quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Agora sim!




Depois de uma novela quase interminável se ia ou não, Alonso e Ferrari confirmaram o contrato que vai durar pelas três próximas temporadas e que põe fim à essa novela que durava já desde o ano passado.
O anúncio foi feito hoje no site oficial da equipe italiana que destacou que Alonso é o segundo espanhol a correr pela Scuderia na história do mundial. O espanhol será companheiro de Massa na próxima temporada e talvez, se Montezemolo conseguir a autorização para colocar um terceiro carro na pista, Fisichella também fará parte. Mas de principio o italiano já é piloto de testes para o ano de 2010.
Stefano Domenicali, chefe da equipe, exaltou a contratação do espanhol: "Estamos orgulhosos de receber no nosso time outro piloto vencedor, que demonstrou seu incrível talento ao conquistar dois títulos mundiais até hoje", disse o dirigente. Ele também agradeceu as três temporadas de Raikkonen na Ferrari: "Queremos agradecer Kimi por tudo que ele fez durante o seu período na Ferrari: no seu primeiro ano, foi campeão, contribuindo com a história da equipe, além de ter um papel vital nos títulos de Construtores de 2007 e 2008. E, mesmo em uma temporada difícil como a atual, demonstrou seu grande talento com ótimos resultados, como a grande vitória em Spa. Temos certeza de que vamos dividir novos ótimos momentos nas três últimas provas do ano."
O outro piloto espanhol que correu na Ferrari foi Alfonso Antonio Vicente Eduardo Ángel Blas Francisco de Borja Cabeza de Vaca y Leighton (UFA!!!!) ou simplesmente Alfonso de Portago, que correu nos anos de 1956 e 1957. A sua melhor posição de chegada numa corrida de F1 foi o segundo lugar no GP da Inglaterra de 1956 pilotando uma Lancia-Ferrari (a Ferrari comprou os carros da Lancia no final de 55 já que a equipe estava de saída da F1) em dupla com Peter Collins. De Portago viria morrer num acidente durante as Mille Miglia de 1957 quando sua Ferrari estourou um pneu e invadiu a multidão que estava na beirada da pista.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Análise dos 8 primeiros- GP de Cingapura


LEWIS HAMILTON-Marcou uma pole com muito mais gasolina que os outros 4 que estavam logo atrás dele. A sua vitória pareceu fácil quando terminou a corrida, mas realmente acabou tendo uma ajudinha de seus amigos Rosberg e Vettel para que ficasse tranquila sua prova. Não tem nada a perder e como ele já havia dito antes, está indo pra cima dos demais sem tomar conhecimento.

TIMO GLOCK- Quando o carro não oscila tanto ele consegue bons resultados. Tinha um grande ritmo de prova, mas não o suficiente para incomodar Vettel e nem Hamilton. Dai seu compatriota deu uma mancada e ele aproveitou para ganhar a segunda posição. Com um carro melhor pode dar bastante trabalho.






FERNANDO ALONSO- O carro é péssimo, mas mesmo assim ele consegue fazer milagres. E assim vai sendo suas últimas provas pela Renault. Sentiu o gostinho de liderar uma prova, pelo menos por 4 voltas, mas lutou muito e foi agraciado, na base da sorte, por um lugar no pódio. Pelo menos força de vontade e garra não faltam ao espanhol.





SEBASTIAN VETTEL- Se tinha um cara que poderia ter saído vencedor neste domingo, além de Hamilton, era ele. Tinha uma diferença de 0.7 segundos quando foi para o box fazer sua segunda parada, dai acabou andando rápido demais no pit lane e tomou uma punição que o jogou para 7º. Saiu caro e isso custou, de vez, sua chances de tentar o título.





JENSON BUTTON- Parecia que a vaca tinha ido pro brejo ao ter que sair da 11ª posição, mas acabou tendo um desempenho quase igual ao de Barrichello, mesmo tendo 30Kg de combustivel à mais que o brasileiro. O Safety também ajudou e isso mudou as coisas. Saiu com um ponto a mais que Barrichello e pode liquidar o título já em Suzuka.





RUBENS BARRICHELLO- Talvez tivesse sorte melhor, mas acabou se dando mal com a entrada do Safety após sua primeira parada, o que acabou com sua diferença, que antes da parada estava na casa de 7 segundos para Button e depois do seu pit cairia para, talvez, uns 5 segundos. No seu segundo pit o motor morreu e ele perdeu tempo que saiu caro mais tarde com perda de posição para seu rival. Com quinze pontos de desvatagem agora terá que incorporar o desempenho de Kimi em 2007 para descontar esse atraso.


HEIKKI KOVALAINEN- Outra corrida normal do finlandês. Passou a prova toda no pelotão intermediário lutando contra as Brawns, a Red Bull de Webber e a BMW de Kubica. Com essas atuações sua cabeça já está prêmio na equipe, apesar dos esforços do pai de Hamilton para tentar deixá-lo lá, afinal ele é inofensivo ao filhinho.




ROBERT KUBICA- Continua vendendo seu peixe. O carro teve uma leve melhora o que possibilita ele e Heidfeld marcarem pontos, coisa inimaginável até pouco tempo atrás. Não tem emprego para o próximo ano, mas acho que a equipe continua com o nome Sauber e dai ele pode continuar por lá mesmo.

domingo, 27 de setembro de 2009

MUNDIAL DE PILOTOS01 Jenson Button/ Brawn 84 pts
02
Rubens Barrichello/ Brawn» 69pts
03
Sebastian Vettel/ Red Bull» 59pts
04
Mark Webber/ Red Bull» 51,5pts
05
Kimi Raikkonen/ Ferrari» 40pts
06
Lewis Hamilton/ McLaren Mercedes» 37pts
07
Nico Rosberg/ Williams» 30,5pts
08
Fernando Alonso/ Renault» 26pts
09
Timo Glock/ Toyota» 24pts
10
Jarno Trulli/ Toyota» 22,5pts
11
Felipe Massa/ Ferrari» 22pts
12
Heikki Kovalainen/ McLaren Mercedes» 22pts
13
Nick Heidfeld/ BMW Sauber» 12pts
14
Robert Kubica/ BMW Sauber» 9pts
15
Giancarlo Fisichella/ Ferrari» 8pts
16
Adrian Sutil/ Force India» 5pts
17
Sebastien Buemi/ Toro Rosso» 3pts
18
Sebastien Bourdais/ Toro Rosso» 2pts
MUNDIAL DE CONSTRUTORES

01 Brawn» 153
02
Red Bull» 110,5
03
Ferrari» 62
04
McLaren Mercedes» 59
05
Toyota» 46,5
06
Williams» 30,5
07
Renault» 26
08
BMW Sauber» 21
09
Force India» 13
10
Toro Rosso»
5

As equipes- GP de Cingapura 2009

MCLAREN- Teve um final de semana quase perfeito. Digo isso porque só faltou Kovalainen para treminar no pódio ou próximo pelo menos. A equipe colocou novas evoluções no carro para esta prova e surtiram efeito. Hamilton fez outra prova muito boa e conseguiu uma vitória que no final pareceu fácil.
FERRARI- Não foi um final de semana dos melhores. Raikkonen, que tinha conseguido ótimos resultados nas últiamas provas, não teve chances nessa apesar de estar sempre combativo. Fisichella ainda bate cabeça com o carro italiano e não conseguiu nada de bom nesta prova. Parece que o carro é muito complicado.
BMW SAUBER- Outra prova legal da equipe, pelo menos com Kubica que conseguiu andar num ritmo parecido com as Brawns e a Red Bull de Webber. Já Heidfeld abandonou a prova após se acidentar com Sutil. Mas sua prova já estva compliocada após a troca de motor e câmbio antes da corrida. O carro teve um melhora, o que pode ser um bom trativo para quem quiser comprar a equipe ou apoiá-la para o ano que vem.
RENAULT- Era melhor colocar só o carro de Alonso na pista. É apenas com ele que a equipe pode contar afinal Grosjean abandonou no inicio da prova. Ele foi a piada do final de semana ao rodar e bater, de leve, no mesmo local em que Nelsinho fez a batida do escandalo no ano passado.
Alonso, como de costume, levou a equipe nas costas e conquistou uma terceira posição inesperada. A equipe já começa a se despedir dele para o ano que vem.
TOYOTA- É estranho essa equipe. Ora andam em algumas corridas e em outras ficam se matando nas posições intermediárias. Nesta prova, Glock foi quem comandou a equipe e conseguiu andar quase no ritmo dosd ponteiros, mas no final da prova acabou chegando ao pódio. Trulli ficou encaixotado lá nas posições intermédias e terminou em 12º. A Toyota já pensa em destinar esforços para o projeto Le Mans, o que pode ser um indício de que a equipe pode realmente acabar no final deste ano.
TORO ROSSO- O carro parece ter melhorado pouca coisa, o que possibilitou Buemi e Alguersuari fazerem uma boa prova. Mas acabaram abandonado a corrida na mesma volta por problemas no no carro.
RED BULL- Parecia que tinha tudo para conquistar a vitória. Mas Webber teve problemas e caiu de quarto para sexto na largada e durante a prova caiu para nono. Abandonou com problemas nos freios. Vettel era o que tinha a melhor chance, mas acabou abusando da velocidade nos pits e tomou uma punição o que tirou dele a chance de vencer. Agora só um milagre para coloca-los de volta na briga pelo mundial.
WILLIAMS- A exemplo da Red Bull tinha chances de vencer com Rosberg, mas este acabaou jagando tudo por terra quando saiu da faixa limite que separa a saída dos boxes da pista. Com a punição caiu para 14º e as chances de vitória foram pro espaço. Nakajima mais uma vez nada fez de especial e terminou em nono.
FORCE INDIA- O sonho de uma noite de verão da equipe acabou. Depois de dua exibições maravilhosas em Spa e Monza, eles voltaram a realidade. Largaram com Sutil em 16º e Liuzzi em último. Na prova, Sutil abandonou após rodar e ter o bico do carro arrancado por Heidfeld e Liuzzi terminou em 14º e último. Mas quero vê-los em Suzuka, daqui uma semana. O circuito se assemelha um pouco com Spa que tem curvas de variadas velocidades e isto pode trazê-los de volta aos pontos.
BRAWNGP- A briga caseira teve como vencedor Button, mas Barrichello terminou próximo. A disputa entre eles está bem legal, sem apelações para parte alguma e isso vai até quando decidir o campeonato. Em Suzuka não teram grandes chances, até porque a temperatura pode estar baixa por lá. Mas acho que podem fazer um bom papel por lá, mesmo com essa adversidade.

Button chega em 5º e marca um ponto a mais que Barrichello. Hamilton vence com tranquilidade

O medo que todos tinham de que a chuva abatesse sobre a pista citadina de Cingapura, graças à DEUS não aconteceu porém o Safety-Car foi decisivo para definir as posições de Barrichello e Button.
Ambos largaram próximos- Barrichello em 9º e Button em 11º- até porque Heidefeld- que largaria em sétimo- acabou trocando câmbio e motor e caiu para último no grid. O ritmo de prova de ambos durante a corrida foi muito parecido, com Barrichello a fazer voltas entre 49''7 e 49''9 e Button fazendo o mesmo quando ocupava a 10ª posição. Até que em uma curva do circuito, Sutil, numa disputa com Alguersuari, roda e fica atravessado. Heidfeld que vinha logo atrás acerta em cheio o bico do carro do compatriota. Heidfelf anandonou a corrida com a suspensão traseira direita arrebentada e Sutil prosseguiu com a avaria do bico, mas muitos pedaços ficaram na pista, dai a entrada do Safety foi solicitada. Barrichello havia feito sua parada voltas antes e quem acabou se beneficiando disso foi Button, que fez sua parada com tranquilidade e voltou em 8º atrás de Kovalainen (7º) e Barrichello (6º).
O Safety ficou na pista por mais 6 voltas. O ritmo de Barrichello para Button continuou muito parecido, apesar dele ter conseguido abrir 5 segundos de vantagem para o seu rival. Na segunda parada, ele voltou em 7º, atrás de Raikkonen. Button ficou mais 4 voltas na pista, o que foi suficiente para fazer voltas rápidas na casa de 48''1 e 48''6 para fazer sua parada e voltar, no limite, à frente de Raikkonen e Barrichello. O finlandes parou algumas voltas depois e Rubens subiu para sexto. No final da prova Button começou a ter problema de freios e Barrichello conseguiu descontar nas últimas 4 voltas um diferença que estava em 10 segundos. Mas nada pode fazer. Agora ele sai com 15 pontos de desvantagem para Button, mas se for pensar que na hora em que trocou o câmbio isso poderia ter sido o fim de tudo, este 1 pontinho até que saiu barato.
Hamilton teve um domínio amplo na corrida e teve apenas as ameaças de Rosberg e Vettel. Rosberg vinha até bem, mantendo uma diferença de 1.5 à 2.3 segundos de desvantagem para o inglês, mas quando fez sua primeira parada, acabou errando na saída do box e atravessando a linha que separa da pista. foi punido e caiu para 14º dando adeus a chances de vitória. Vettel tinha chances mais reais de vitória, já que antes da sua segunda parada estava à 0.7 de Hamilton e isso dava totais chances a ele para tentar pegar a primeira posição quando o inglês parasse. Mas acabou excedendo a velocidade nos boxes e tomou um drive&through que o jogou para trás na classificação. Terminou em 4º e suas chances de título acabaram de vez.
Hamilton ainda teve em Alonso, que chegou a liderar, e Glock os adversários mais próximos, mas estes não ofereceram perigo algum e o inglês pode comemorar sua segunda vitória no ano e da Mclaren.

RESULTADO FINAL DO GRANDE PRÊMIO DE CINGAPURA-14ªETAPA
1 - Lewis Hamilton (ING/McLaren) - 61 voltas em 1h56min06s337
2 - Timo Glock (ALE/Toyota) - a 9s634
3 - Fernando Alonso (ESP/Renault) - a 16s624
4 - Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - a 20s261
5 - Jenson Button (ING/Brawn GP) - a 30s015
6 - Rubens Barrichello (BRA/Brawn GP) - a 31s858
7 - Heikki Kovalainen (FIN/McLaren) - a 36s157
8 - Robert Kubica (POL/BMW) - a 55s054
9 - Kazuki Nakajima (JAP/Williams) - a 56s054
10 - Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari) - a 58s892
11 - Nico Rosberg (ALE/Williams) - a 59s777
12 - Jarno Trulli (ITA/Toyota) - a 1min13s009
13 - Giancarlo Fisichella (ITA/Ferrari) - a 1min19s890
14 - Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India) - a 1min33s502
Não completaram:
Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - na volta 48
Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso) - 48
Mark Webber (AUS/Red Bull) - 46
Adrian Sutil (ALE/Force India) - 24
Nick Heidfeld (ALE/BMW) - 20
Romain Grosjean (FRA/Renault) - 4

sábado, 26 de setembro de 2009

E no escurinho de Cingapura, Barrichello bate e Hamilton conquista pole


Foi um treino tranquilo, se compararmos com outros que vimos neste ano realmente faltou emoção, a não ser no segundo treino quando nos instantes finais Button lutava para entrar para o grupo dos 10 que iriam para a Q3 e Barrichello que estava pendurado. O ele conseguiu se safar,, mas Jenson ficou na 12ª posição.
Hamilton ficou com a pole, a terceira dele nesta temporada, mas pelo que parecia era Vettel que ficaria com a primeira posição já que este tem 651Kg contra 660,5Kg do inglês. Realmente saiu no lucro o Lewis. Dos dez primeiros, ele é o quarto piloto mais pesado.
Barrichello já teria seu treino complicado por que acabou trocando o câmbio no treino livre e assim perderia cinco posições. Mas quando já havia garantido a 5ª colocação, faltando 26 segundos para o fim do treino, acabou escapando e batendo o que beneficiou a pole de Lewis tirou o doce da boca de Vettel e Rosberg que poderiam ameaçar o inglês. Vai largar em 10º e está mais leve que Button.
No mais o treino foi só isso, nada de mais interessante. Mas a prova promete ser estratégica (novidade não?) e isso sugere uma disputa acirrada entre os ponteiros e uma prova de recuperação de Barrichello e Button.
Ah, e tem outra, o pessoal comentou de possibilidade de chuva, que é remota, mas existente. Agora é só esperar o que vai acontecer no escurinho de Cingapura.
GRID DE LARGADA PARA O GRANDE PRÊMIO DE CINGAPURA- 14ª ETAPA
Q3
1 - Lewis Hamilton (GBR/McLaren) - 1min47s891
2 - Sebastien Vettel (ALE/Red Bull) - 1min48s204
3 - Nico Rosberg (ALE/Williams) - 1min48s348
4 - Mark Webber (AUS/Red Bull) - 1min48s722
5 - Fernando Alonso (ESP/Renault) - 1min49s054
6 - Timo Glock (ALE/Toyota) - 1min49s180
7 - Nick Heidfeld (ALE/BMW-Sauber) - 1min49s307
8 - Robert Kubica (POL/BMW-Sauber) - 1min49s514
9 - Heikki Kovalainen (FIN/McLaren) - 1min49s778
10 - Rubens Barrichello (BRA/Brawn GP) - 1min48s828*Q2
11 - Kazuki Nakajima (JAP/Williams) - 1min47s013
12 - Jenson Button (GBR/Brawn GP) - 1min47s141
13 - Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari) -1min47s177
14 - Sebastién Buemi (SUI/Toro Rosso) - 1min47s369
15 - Jarno Trulli (ITA/Toyota) - 1min47s413Q1
16 - Adrian Sutil (ALE/Force India) - 1min48s231
17 - Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - 1min48s340
18 - Giancarlo Fisichella (ITA/Ferrari) - 1min48s350
19 - Romain Grosjean (FRA/Renault) - 1min48s544
20 - Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India) - 1min48s792
*Barrichello perdeu cinco posições por troca de câmbio.
PESOS DOS CARROS:
1 - Lewis Hamilton (GBR/McLaren) - 660,5 kg
2 - Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 651 kg
3 - Nico Rosberg (ALE/Williams) - 657,5 kg
4 - Mark Webber (AUS/Red Bull) - 654,5 kg
5 - Fernando Alonso (ESP/Renault) - 658 kg
6 - Timo Glock (ALE/Toyota) - 660,5 kg
7 - Nick Heidfeld (ALE/BMW-Sauber) - 650 kg
8 - Robert Kubica (POL/BMW-Sauber) - 664 kg
9 - Heikki Kovalainen (FIN/McLaren) - 664,5 kg
10 - Rubens Barrichello (BRA/Brawn GP) - 655,5 kg
11 - Kazuki Nakajima (JAP/Williams) - 680,7 kg
12 - Jenson Button (GBR/Brawn GP) - 683 kg
13 - Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari) - 680,5 kg
14 - Sebastién Buemi (SUI/Toro Rosso) - 678 kg
15 - Jarno Trulli (ITA/Toyota) - 690,9 kg
16 - Adrian Sutil (ALE/Force India) - 693 kg
17 - Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - 683,5 kg
18 - Giancarlo Fisichella (ITA/Ferrari) - 678,5 kg
19 - Romain Grosjean (FRA/Renault) - 683 kg
20 - Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India) - 656 kg

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Cartaz do dia


Grande Premio da França de 1927 realizado pelo ACF (Automóvel Clube da França). Foram realizadas duas provas naquele final de semana: as corrida da Fórmula Livre e o 21º GP do ACF. Na primeira corrida, a Fórmula Livre, disputada no dia 2 de julho tiveram 10 participantes. A vitória ficou com Albert Divo (Talbot T700) após 10 voltas pelo circuito de Montlhéry no tempo de 1h02m20.4. A segunda posição ficou com Louis Chiron (Bugatti T35B) e a terceira com George Eyston (Bugatti T35C). No GP do ACF (categoria Grand Prix), disputado no dia 3 de julho, 14 participantes estiveram na prova e apenas 4 terminaram. A vitória ficou com Robert Benoist (Delage 15S8) após 48 voltas com o tempo de 4h45m41.2. A segunda posição e terceira posições também ficaram com pilotos da Delage, Edmond Bourlier e André Morel respectivamente. O circuito de Montlhéry tinha 12,504 metros de distancia.

Lutando pela supremacia

Neste GP de Singapura Barrichello e Button continuarão a batalha pelo primeiro título de ambos na F1. Mas também estará em jogo a supremacia de de dois países nas estatísticas da categoria: a de maior nação com títulos mundiais.
Desde a criação do campeonato mundial em 1950, 14 países ganharam o campeonato. Brasil e Inglaterra dividem o topo da lista com oito títulos cada, seguido de perto da Alemanha que tem sete.
A rivalidade começou nos anos 70, quando o Brasil conquistou seus dois primeiros campeonatos com Emerson Fittipaldi em 1972 e 74. Até aquele momento a Inglaterra tinha 4 campeonatos (Hawthorn 1958; Graham Hill 1962 e 1968; John Surtees 1964) mas em 1976 James Hunt conquistou o 5º título para os ingleses, empatando com Escócia e Argentina que tinham o mesmo número de campeonatos conquistados até ali.
Na década de 80 as coisas mudaram de rumo. O Brasil voltou a conquistar mais 4 campeonatos com Nélson Piquet 1981, 83 e 87 e Ayrton Senna 1988 somando assim seis campeonatos mundiais e passando a frente como país com maior números de títulos. Também foi uma década de azares para os ingleses que tiveram de amargar 2 vice-campeonatos de Mansell em 1986 e 87.
Nos anos 90, Senna conquistou mais outros dois campeonatos (1990 e 91) isolando de vez o Brasil na tabela de campeonatos. Mansell teve outro vice em 1991, mas em 92 ganhou seu tão sonhado título. Passaram mais 4 anos até Damon Hill, filho do único inglês Bi-campeão do mundo Graham Hill, ganhasse seu título em 1996 e levando a Inglaterra ao sétimo mundial.
Em 2008 Hamilton travou uma batalha histórica com Massa e acabou levando seu primeiro Mundial e também empatando a disputa Brasil vs Inglaterra no número de campeonatos mundiais em 8x8.
Agora é a vez do tira teima entre Button vs Barrichello e também de quem será a maior nação com títulos na F1.

Mike Hawthorn: Primeiro campeão inglês na F1 em 1958

Emerson Fittipaldi: O primeiro campeão brasileiro na F1 em 1972

Ayrton Senna: 8 título para o Brasil na F1, 1991



Lewis Hamilton: 8º título da Inglaterra na F1, 2008

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Grandes Atuações: Gilles Villeneuve, Jarama 1981


Qualquer vitória que se conquiste na F1 é sempre festejavel. Não importa como, se foi ou não difícil ou até mesmo de pura sorte, mas sempre terá sua importância. Agora, se for conquistada de um modo adverso e principalmente, se o piloto tiver uma participação ativa, superando as deficiências do carro, a vitória é mais fabulosa ainda. Assim foi a conquista de Gilles Villeneuve na 7ª etapa do campeonato de 1981 disputado na Espanha, no circuito de Jarama.

O ano de 1980 foi complicado para a Ferrari (marcara apenas 6 pontos com Villeneuve em todo campeonato) e para o ano de 81 deixara a cargo do Dr. Harvey Postlethwaite a construção do modelo 126CK, mas este era um trabalho a longo prazo já que o ano alvo da equipe era o de 1982. O 126CK não era tão rápido e apesar de ter uma potência absurdamente poderosa de seu V6 turbo, o chassi não conseguia aproveitar toda essa vantagem. Por isso Villeneuve e Pironi tinham que se virar contra carros menos potentes, porém espertos, de Williams, Mclaren, Lotus e Brabham todos usuários dos Ford-Cosworth.

As 5 primeiras etapas daquele campeonato tiveram 3 vitórias das Williams de Jones e Reutemann e 2 da Brabham de Piquet. A sexta etapa, o GP de Mônaco, tinha sido vencida por Villeneuve. O GP da Espanha foi disputado no travado circuito de Jarama próximo a Madrid. A pole ficou com Jacques Laffite (Ligier JS17- Matra), mas na largada este caiu para 11º enquanto Jones e Reutemann assumiam as duas primeiras

Mas Jones acabou errando e caiu para a 16ª posição e Villeneuve assumiu a primeira posição com Reutemann à pressioná-lo.
posições. E Villeneuve? Bom, este fez a sétima colocação nos treinos e na corrida colocou em pratica sua "largada-foguete" pulando para a terceira posição após a largada. Na segunda volta Reutemann foi ultrapassado por Gilles, mas este ao assumir a segunda posição verificou que Jones estava longe e aumentava cada vez mais a distância. A conquista do primeiro lugar parecia pouco provável.

O canadense começou a ter problemas na sua Ferrari, que inicialmente era com o acelerador e depois os pneus também estavam desgastados. Os seus perseguidores ficaram mais próximos. Com Reutemann na segunda posição e mais tarde Laffite, que se recuperava da má largada, ultrapassara o piloto da Willliams e agora era o novo segundo colocado da prova e estava colado no câmbio de Villeneuve. John Watson (Mclaren MP4-1-Ford) também ultrapassa Reutemann e entra na brincadeira assumindo o terceiro posto. Villeneuve tinha dificuldades extremas no miolo do circuito, porém, na reta, aproveitava a potência do motor turbo para aumentar a diferença para os demais e isso eliminava o risco de Laffite conseguir o vácuo. Assim foi o resto da prova, com os outros atacando e Villeneuve fazendo milagres para defender a sua posição. Gilles venceu a corrida com uma diferença de 1,24 segundos para Elio de Angelis (Lotus 87-Ford) que chegou na quinta posição, o que mostra o quanto foi fabulosa essa corrida e atuação de Villeneuve. Foi a última vitória de Villeneuve naquela temporada e também da sua carreira. A Espanha também sediou seu último GP e os espanhóis voltariam a ver corridas da categoria somente em 1986 no novo circuito construído em Jerez. A Ferrari voltou ao pódio somente na corrida do Canadá, onde Gilles terminou em 3º após outra grande exibição.

O GP da Espanha daquele ano acabou por ser considerada como uma das melhores da década, mas é Reutemann quem definiu melhor aquela corrida: "Isso não foi uma corrida, foi um show".
E ele estava certo!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Análise dos oito primeiros do GP da Itália

BARRICHELLO- Teve outro fim de semana sensacional. Largando da 5ª posição com estratégia de uma parada, conseguiu um ritmo que o deixou no páreo pela vitória. Descontou mais dois pontos com relação à Button, que passou a prova toda no seu encalço. Foi uma vitória que o deixa à 14 pontos de seu companheiro e também iguala também Nelson Piquet em vitórias em Monza. Ambos tem 3 conquistas no GP italiano.BUTTON- Com estratégia idêntica à Barrichello, fez também uma prova com um ritmo muito bom o que lhe permitiu, sempre seguindo Rubens, á subir para a segunda posição. Chegou a ameaçar seu cmpnheiro algumas vezes, mas este sempre tinha a resposta engatilhada. Foi seu primeiro pódio nesta segunda parte do campeonato, o que caracterizou um grande alivio para ele.
RAIKKONEN- Ele sabia que não teria condições de briga pela vitória nesta prova. Teve uma boa batalha com Sutil, mas sempre deixando uma margem de 0,5 à 1,2 segundos de diferença para o alemão da Force Índia. Foi seu quarto pódio seguido desde o GP da Hungria.






SUTIL- Foi um final de semana dos sonhos para ele. Mais rápido na sexta, quase foi pole no sábado e na prova caiu de segundo para terceiro. Batalhou muito para ultrapassar Raikkonen, com quem brigou a prova inteira, mas foi recompensado ao marcar a volta mais rápida da prova, a primeira dele e da equipe indiana na F1.


ALONSO- Acabou se decepcionando com KERS que não teve resultado algum na prova. Mas mesmo assim lutou por posições contra Kovalainen e Liuzzi. Conseguiu a 5ª posição, mas seu carro é muito inferior aos outros e em circuitos mais velozes isso fica evidente.

KOVALAINEN- Pra quem disse que ultrapassaria à todos na largada foi muito mal. No final da segunda volta, tinha caído para 8º, ali ficando por quase toda a prova. Subiu de posição graças ao abandono de Liuzzi e o erro de Hamilton no final da prova. Seus dias na McLaren estão contados.


HEIDFELD- Tinha esperança de tentar levar o carro para a Q3, mas problemas no motor acabaram deixando-o na Q2. Na prova fico brigando por posições intermediárias e chegou aos pontos com os abandonos de Liuzzi e Hamilton.



VETTEL- Ainda saiu no lucro. Assim como Heidfeld marcou pontos na sorte. Seu carro está limitadíssimo por causa do motor e sua classificação em 9º revela isso. Em Singapura esperam uma melhora, mas na verdade um milagre será bem vindo. O título parece mais distante.

domingo, 13 de setembro de 2009

Análise das equipes

MCLAREN- A pole de Hamilton e a quarta posição de Kovalainen sugeria uma grande prova para eles hoje, porém Kova caiu nas primeiras voltas da corrida para 8º e Hamilton liderou boa parte do GP, mas este não conseguiu construir uma vantagem que o deixasse confortável para vencer. Perdeu a prova e ainda viu Hamilton espatifar o carro na última volta ficando com apenas os 3 pontos da sexta posição de Kovalainen.
FERRARI- Conseguiu um bom terceiro lugar com Raikkonen após outra vez batalhar com a Force India. Mas andaram com apenas uma carro de novo entre os primeiros já que Fisichella está se adaptando ao carro. Mas o carro não foi veloz o suficiente para acompanhar o ritmo da Mclaren de Hamilton a prova toda. Contra os Brawns não tinha nada a fazer. O terceiro lugar foi um presente de Hamilton.
BMW SAUBER- Nos treinos de sexta conseguiram ser rápidos e esperavam resultados melhores no sábado, mas acabou tendo problemas nos motores dos carros de Heidfeld e Kubica. Na prova, Kubica se enroscou com Webber e teve problemas na asa dianteira e abandonou voltas depois de ter trocado o aerofólio dianteiro. Heidfeld passou a prova toda nas posições intermediárias e acabou fechando a prova em 7º. Não tem muito o que esperar, apesar de ter tido uma leve melhora na performance dos carros.
RENAULT- Teve apenas em Fernando Alonso a esperança de pontuar e conseguiu com mais uma boa atuação do piloto espanhol. Mas seu carro não teve ritmo para acompanhar o resto da turma como era esperado. Já Grosjean, ficou lutando da décima posição para baixo e fechou em 15º.
TOYOTA- Engraçado essa equipe. Eles oscilam de condição de uma ora para outra. Em Spa até que andaram bem, mas em Spa tiveram um final de semana apagadissimo. Na prova ficaram no pelotão intermediário, ora lutando contra os outros, ora entre si, com Glock e Trulli degladiar por posições. Glock fechou em 11º e Trulli ficou em 14º.
TORO ROSSO- Não podiam esperar nada dessa prova. Com seus dois pilotos largando na última fila. Alguersuari trocou de câmbio e largou dos boxes e abandonou a prova e Buemi abandonou a prova na última volta.
RED BULL- Estão descendo ladeira abaixo. O carro é bom, mas o motor está sendo um pesadelo afinal os dois pilotos estão no sétimo motor. Webber acabou abandonando a prova logo ínicio após enrosco com Kubica e Vettel tentou fazer o que podia mas acabou garantindo 1 ponto no final da prova. As chances de título minguaram.
WILLIAMS- Foi um fim de semana péssimo. Classificaram seus carros nos últimos lugares e na prova Rosberg teve um pneu furado e caiu muito na classificação da prova terminando em 16º. Nakajima terminou em décimo. Os pilotos, em especial Rosberg, reclamaram muito da aerodinamica do carro que não esteve boa nesta prova. Talvez em Singapura voltem a ter dias melhores.
FORCE INDIA- Outro final de semana perfeito para eles. Largaram da segunda posição com Sutil e perderam para Raikkonen após a largada. Durante a prova teve bom ritmo e perseguiu o finlandês a prova toda. A quarta posição foi merecida e muito comemorada. Liuzzi abandonou a prova quando estava em 7º. A grande prova se realmente evoluiram tudo isso será em Singapura, dia 27 deste mês.
BRAWN GP- Outra aula de estratégia. Com carros mais pesados, fizeram Barrichello e Button pararem apenas uma vez para tentar conter os carros com KERS, o que acabou funcionando bem graças ao bom ritmo que eles tiveram a prova toda. Os dois títulos estão mais perto deles e a briga pelo mundial de pilotos está restrita aos seus dois pilotos. Voltaram ao topo.

Classificação dos Mundiais

MUNDIAL DE PILOTOS

1º - J. Button (ING)- 80 pts
2 º - R. Barrichello (BRA)- 66pts
3º - S. Vettel (ALE)- 54pts
4º - M. Webber (AUS)- 51,5pts
5º - K. Raikkonen (FIN)- 40pts
6º - N. Rosberg (ALE)- 30,5pts
7º - L. Hamilton (ING)- 27pts
8º - J. Trulli (ITA)- 22,5pts
9º - F. Massa (BRA)- 22pts
10º - H. Kovalainen (FIN)- 20pts
11º- F. Alonso (ESP)- 20pts
12º - T. Glock (ALE)- 16pts
13º - N. Heidfeld (ALE)- 12pts
14º - G. Fisichella (ITA)- 8pts
15º- R. Kubica (POL)- 8pts
16º - A. Sutil (ALE)- 5pts
17º - S.Buemi (SUI)- 3pts
18º - S. Bourdais (FRA)- 2pts
19º- K. Nakajima (JAP)- 0pts
20º- J. Alguersuari (ESP)- 0pts
21º- R. Grosjean (FRA)- 0pts
22º- L. Badoer (ITA)- 0pts


MUNDIAL DE CONSTRUTORES

1º - Brawn GP- 146pts
2º - Red Bull- 105,5pts
3º - Ferrari- 62pts
4º - McLaren- 47pts
5º - Toyota- 38,5pts
6º - Williams- 30,5pts
7º - BMW Sauber- 20pts
8º- Renault- 20pts
9º - Force India- 13pts
10º - Toro Rosso- 5pts

E o câmbio aguentou, sorte para Barrichello

Foi uma corrida de pura estratégia e decisões. Barrichello tinha nas mãos uma "bomba", já que na noite anterior ele e equipe decidiram não trocar o câmbio que poderia dar algum defeito e deixa-lo a pé na prova de hoje. Assim ele partiu para uma corrida tensa, lutando contra os carros com KERS (Mclarens e a Ferrari de Raikkonen) e contra Button.
Na largada acabou saindo bem e deixando Kovalainen para 5º e assumindo a quarta posição e perseguindo de inicio Sutil que havia perdido o segundo posto para Raikkonen. Button teve um certo trabalho para se livrar de Kovalainen que só foi concretizado na segunda perna da curva "Lesmo".
Com um carro mais pesado que os 3 primeiros, Barrichello perdeu terreno mas não de uma forma que ficasse prejudicado, pois quando Hamilton parou na volta 15 ele tinha de desvantagem para o líder 13 segundos. Tanto que com as paradas de Raikkonen e Sutil, ele assumiu a primeira posição. Barrichello tinha a estratégia de apenas uma parada, que aconteceu na volta 30, uma volta depois de Button.
Voltando em 4º, Barrichello tinha cerca de 12 segundos de desvantagem para Hamilton, e este tinha que fazer ainda sua segunda parada. O piloto inglês reclamava que seu carro saía muito de traseira, talvez proveniente dos desgaste dos pneus traseiros. Quando tinha 15 segundos de vantagem para Barrichello, Hamilton fez sua segunda parada na volta 34 e voltou 8 segundos atrás de Barrichello que assumia a liderança com as paradas de Raikkonen e Sutil.
Durante o resto da prova, Barrichello administrou bem sua vantagem. Ele tinha tinha cerca de 5.8 segundos de vantagem para Button quando Hamilton saiu dos boxes e este cerca de 8.2 segundos de atraso para o piloto brasileiro. Nas últimas 20 voltas, Button descontou apenas 1.8 segundos de Barrichello e Hamilton, pilotando tudo que podia, tirou 1,6. Hamilton acabou rodando e batento na curva "Lesmo" na última volta da prova, assim Raikkonen herdou a 3ª posição.
Barrichello acabou por vencer a prova em Monza, pela terceira vez na sua carreira e venceu também o câmbio que aguentou a prova toda sem dar um defeito se quer. Agora sua diferença para Button é de 14 pontos.
RESULTADO FINAL- GRANDE PRÊMIO DA ITÁLIA- MONZA- 13ª ETAPA

1 - Rubens Barrichello (BRA/Brawn GP) - 1h16min21s706
2 - Jenson Button (GBR/Brawn GP) - a 2s866
3 - Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari) - a 30s664
4 - Adrian Sutil (AUT/Force India) - a 31s131
5 - Fernando Alonso (ESP/Renault) - a 59s182
6 - Heikki Kovalainen (FIN/McLaren) - a 1min00s693
7 - Nick Heidfeld (ALE/BMW Sauber) - a 1min22s412
8 - Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - a 1min25s427
9 - Giancarlo Fisichella (ITA/Ferrari) - a 1min26s856
10 - Kazuki Nakajima (JAP/Williams) - a 2min
11 - Timo Glock (ALE/Toyota) - a 2min43s925
12 - Lewis Hamilton (ING/McLaren) - a 1 volta
13 - Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso) - a 1 volta
14 - Jarno Trulli (ITA/Toyota) - a 1 volta
15 - Romain Grosjean (FRA/Renault) - a 1 volta
16 - Nico Rosberg (ALE/Williams) - a 2 voltas
Abandonaram:
Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India) - 23 voltas
Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - 20 voltas
Robert Kubica (POL/BMW Sauber) - 16 voltas
Mark Webber (AUS/Red Bull) - 1 volta

sábado, 12 de setembro de 2009

Cartaz do dia...

Cartaz do GP da França disputado em 7 de julho de 1968 realizado no fabuloso circuito de Rouen-Les Essarts, conhecido por suas curvas em descidas feitas de quase pé em baixo (isso para quem tinha mais coragem). A prova teve 18 participantes e destes, 11 completaram a prova. A pole foi feita por Jochen Rindt, austríaco, (Brabham BT26-Cosworth) em 1'56''1. A prova foi ganha por Jacky Ickx, belga, (Ferrari 312-68) com o tempo de 2h25m40.9 após ter completado 60 voltas pelos 6.544 metros de Rouen. Em segundo ficou John Surtees, inglês, (Honda RA301) e em terceiro Jackie Stewart, escocês, (Matra MS10-Cosworth). A melhor volta foi de Pedro Rodrigues, mexicano, (BRM P133) feita em 2'11''5. Esta prova marcou também a morte do estreante em GPs Jo Schlesser, francês, (Honda RA302) na segunda volta da corrida, quando escapou e bateu forte nos ESSES em descida do circuito. Schlesser acabou morrendo carbonizado.

Peso dos carros (a partir do mais leve)

Lewis Hamilton (1º) - 653,5 kg
Adrian Sutil (2º) - 655 kg
Kimi Raikkonen (3º) - 662 kg
Fernando Alonso (8º) - 677,5 kg
Vitantonio Liuzzi (7º) - 679,5 kg
Sebastian Vettel (9º) - 682,0 kg
Heikki Kovalainen (4º) - 683 kg
Mark Webber (10º) - 683 kg
Jenson Button (6º) - 687 kg
Rubens Barrichello (5º) - 688,5 kg
Giancarlo Fisichella (14) - 690.0 kg
Robert Kubica (13º) - 697,5 kg
Nick Heidfeld (15º) - 697,5 kg
Romain Grosjean (12º) - 699,8 kg
Jarno Trulli (11º) - 703,0 kg
Sebastién Buemi (19º) - 706 kg
Jaime Alguersuari (20º) - 706 kg
Kazuki Nakajima (17º) - 706,2 kg
Nico Rosberg (18º) - 708,6 kg
Timo Glock (16º) - 709,8 kg

Após este anuncio dos pesos, realmente a volta de Barrichello foi fantástica deixando carros mais leves como, por exemplo, o duo da Red Bull, Vettel e Webber, Liuzzi e Alonso para trás. Ele também deixou o Button em 6º tendo 1,5Kg à mais que seu rival. Mas poderá perder 5 posições se a equipe trocar o câmbio.

Hamilton na pole


Foi por 0''195 que Hamilton ficou a frente da novamente surpreendente Force India, desta vez pelas mãos de Adrian Sutil. O piloto alemão consegue assim sua melhor posição de largada na F1 e confirma a ótima evolução deste carro indiano. E de quebra, Liuzzi, substituto de Fisischella, sai em sétimo.
As Mclarens tiveram um bom desempenho e se recuperaram do fracasso em Spa e além do pole Hamilton, Kovalainen sai em 4º.
Raikkonen mostrou mais uma vez que parece estar motivado e larga em 3º e estando com o KERS, também tem chances de vencer. Fisichella na outra Ferrari sai apenas em 14º na sua estréia pela a equipe.
Na briga pelo título, Barrichello conseguiu uma boa vantagem: sai em 5º enquanto Button larga ao seu lado em 6º e as duas Red Bull, se apoiando nos seu sétimos motores, saíram com Vettel e Webber em 9º e 10º respectivamente. Pelo jeito farão uma prova parecida com a de Spa, quando Vettel deixou para atacar no final da prova. E em Monza as chances são boas de ultrapassagens. Concerteza estão torcendo por chuva!
Alonso, no meio do turbilhão que vive a Renault, colocou o carro em 8º.
Decepção dos treinos foram as Williams, em especial a de Rosberg, que parece não ter tido um bom acerto para esta pista e sairá em 18º logo atrás de seu companheiro Nakajima.
Dos sete primeiros carros do grid, 6 usam motor Mercedes. O único intrometido é Raikkonen com sua Ferrari largando em terceiro. E dos 4 primeiros colocados, 3 usam KERS. Somente Sutil não usa o dispositivo.
GRID DE LARGADA PARA O GRANDE PRÊMIO DA ITÁLIA- 13ª ETAPA
1- Lewis Hamilton (GBR/McLaren) - 1min24s066 2- Adrian Sutil (ALE/Force India) - 1min24s261 3- Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari) - 1min24s523 4- Heikki Kovalainen (FIN/McLaren - 1min24s845 5- Rubens Barrichello (BRA/Brawn GP) - 1min25s015 6- Jenson Button (GBR/Brawn GP) - 1min25s030 7- Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India) - 1min25s043 8- Fernando Alonso (ESP/Renault) - 1min25s072 9- Sebastien Vettel (ALE/Red Bull) - 1min25s180 10- Mark Webber (AUS/Red Bull) - 1min25s314
11- Jarno Trulli (ITA/Toyota) - 1min23s611 12- Romain Grosjean (FRA/Renault) - 1min23s728 13- Robert Kubica (POL/BMW-Sauber) - 1min23s866 14- Giancarlo Fisichella (ITA/Ferrari) - 1min23s901 15- Nick Heidfeld (ALE/BMW-Sauber) - 1min24s275
16- Timo Glock (ALE/Toyota) - 1min24s036 17- Kazuki Nakajima (JAP/Williams) - 1min24s074 18- Nico Rosberg (ALE/Williams) - 1min24s121 19- Sebastién Buemi (SUI/Toro Rosso) - 1min24s220 20- Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - 1min25s951

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Surpresinhas em Monza

E denovo voltamos a ter surpresas nos treinos. Sutil colocou a Force India na primeira posição desta sexta em Monza e mostrou que, pelo menos em circuitos velozes, os carros da equipe indiana conseguem ótimos resultados.
Outros frequentadores das posições intermedárias e do fundão também se aventuraram por lá, como Heidfeld e Kubica, que duelaram com Sutil pela ponta da tabela.
Os pretendentes ao título ficaram na rabeira da tabela: Barrichello em 16º, Vettel em 18º e Button em 19º. Webber esteve um pouco melhor e fechou o dia em 14º.
As Ferraris estiveram em situações opostas: Raikkonen ficou em 8º e Fisichella, estreando na equipe, ficou em último. Mas antes de mais nada, ele fechou o primeiro treino em 8º, duas posições à frente de Raikkonen.
As Mclarens também andaram bem no primeiro treino fazendo 1-2 com Hamilton e Kova. Mas no segundo período, Hamilton foi apenas 11º e Kovalainen terminando em 4º.
Sobre o caso Renault nem dá para falar algo, afinal baixaram o nível e mais ta parecendo uns programas sensacionalistas que temos por aqui do que uma acusação de sobre um acidente arranjado. Lamentável!

RESULTADO DO TREINO LIVRE DESTA SEXTA EM MONZA (TEMPOS AGREGADOS):

1. Adrian Sutil (Force India) - 1min23s924
2. Lewis Hamilton (McLaren) - 1min23s936
3. Romain Grosjean (Renault) - 1min24s163
4. Fernando Alonso (Renault) - 1min24s297
5. Heikki Kovalainen (McLaren) - 1min24s332
6. Robert Kubica (BMW) - 1min24s622
7. Timo Glock (Toyota) - 1min24s634
8. Nick Heidfeld (BMW) - 1min24s683
9. S. Buemi (Toro Rosso) - 1min24s703
10. Jenson Button (Brawn) - 1min24s706
11. G. Fisichella (Ferrari) - 1min24s732
12. Mark Webber (Red Bull) - 1min24s759
13. Kimi Raikkonen - 1min24s761
14. Kazuki Nakajima (Williams) - 1min24s799
15. R. Barrichello (Brawn) - 1min24s826
16. V. Liuzzi (Force India) - 1min24s921
17. Nico Rosberg (Williams) - 1min24s927
18. Jarno Trulli (Toyota) - 1min24s967
19. J. Alguersuari (T. Rosso) - 1min25s003
20. Sebastian Vettel (Red Bull) - 1min25s386

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

As 5 voltas mais rápidas da história da F1

5ª LUGAR- NÉLSON PIQUET (WILLIAMS FW11B/HONDA)
Treinos para o GP da Inglaterra de 1987- Silverstone: 1m07s110; 256,315km/h

4º LUGAR- AYRTON SENNA (MCLAREN MP4-6/HONDA)
Treinos para o GP da Itália de 1991- Monza: 1m21s114; 257,409km/h

3ºLUGAR- KEKE ROSBERG (WILLIAMS FW10/HONDA) Treinos para o GP da Inglaterra de 1985- Silverstone: 1m05s591; 259,005km/h

2º LUGAR- JUAN PABLO MONTOYA (WILLIAMS FW24/BMW)
Treinos para o GP da Itália de 2002- Monza: 1m20s264; 259,827km/h

1º LUGAR- JUAN PABLO MONTOYA (WILLIAMS FW26/BMW)
/hTreinos pré-classificatórios para o GP da Itália de 2004- Monza: 1m19s525; 262,242km
OBS: Se alguém souber de outro recorde me avisem!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Cartaz do dia


Cartaz do Grande Prêmio da Itália disputado à 4/9/1966. A pole foi marcada por Mike Parkes (Ferrari 312-66) com o tempo de 1'31''3. A prova foi vencida por Ludovico Scarfiotti (Ferrari 312-66) após ter completado 68 voltas pelos 5, 752 km no tempo de 1h47s14. A segunda posição foi de Mike Parkes e a terceira de Denny Hulme (Brabham BT20-Repco). A melhor volta também foi de Scarfiotti feita em 1'32''4. Foi a única vitória na carreira de Scarfioti na F1 e também de um piloto italiano no GP da Itália pilotando uma Ferrari.

sábado, 5 de setembro de 2009

Grandes atuações: Tazio Nuvolari, Nurburgring 1935


Tazio Nuvolari num dos trechos do circuito de Nurburgring em 1935


Certa vez alguém falou que o piloto que conseguisse andar bem em Spa-Francorchamps, teria sucesso nos demais circuitos do calendário da Fórmula-1. De certa forma, tem seu fundo de verdade, mas em outros tempos Nurburgring era o parâmetro para isso e quando quase todas as categorias frequentavam o “Inferno Verde” ficava fácil distinguir quem tinha o real talento para a coisa, e isso servia tanto para o automobilismo quanto para o motociclismo. Independente se o Nordschleife fosse combinado com o Sudscheleife ou apenas no seu formato original, o impressionate circuito de quase 23 km era o grande desafio e domar aquele sinuoso traçado, ladeado por árvores e barrancos, era o desafio supremo comparado apenas a enfrentar as estradas empoeiradas e/ou lamacentas que faziam parte do percurso da Targa Florio. Rudolf Caracciola e Bernd Rosemeyer eram os homens que conseguiam decifrar aquele circuito e domá-lo nas mais variadas situações climáticas, mas houve outro piloto que andava tão bem quanto eles naquele local, mas que até então não havia conquistado uma vitória naquele solo: Tazio Nuvolari fez a corrida de uma vida na edição de 1935 e para chegar nesta que foi a sua única conquista no fabuloso Nordschleife, precisou desafiar a poderosa armada alemã que foi representada por Mercedes e Auto Union.

Recuando no tempo, precisamente no ano de 1935, o Campeonato Europeu de Pilotos estava de volta após dois anos de recesso e agora sob a luz dos regulamentos que permitiam carros de até 750kg. Desta vez, ao contrário do que foi visto em 1932 com Tazio Nuvolari dominando aquele campeonato, as vedetes da vez eram os carros alemães que estavam representados pela Mercedes-Benz e Auto Union que haviam entrado na competição já em 1934. Sabia-se desde já que o favoritismo repousaria sobre eles e apenas circunstâncias extremas é que poderiam contribuir para derrota destas equipes. Do outro lado da moeda, apareciam os italianos que até o final de 1933 eram os soberanos nas competições europeias: os até então poderosos Alfa Romeo P3 que eram de propriedade da Scuderia Ferrari, agora estavam imensamente superados pelos carros alemães, seja em potência, seja em mecânica – a defasagem de motor entre eles chegava ultrapassar os 100cv de potência e isso fazia uma tremenda diferença na maior parte dos circuitos europeus daquele tempo, que exigiam ao máximo da velocidade – e  isso, tanto Mercedes quanto Auto Union, tinham de sobra. Portanto, se os Alfa Romeo P3 já não eram páreo para os W25B da Mercedes e os Type B da Auto Union, outras fabricantes como Maserati, Bugatti e ERA teriam suas chances reduzidas a zero.

Para Tazio Nuvolari, o grande piloto daquele tempo, o ano de 1935 foi de retomada. Sabe-se que a sua saída da Scuderia Ferrari em julho de 1933 devido a desavenças com Enzo Ferrari, significava que as portas estavam fechadas. Porém foi tentar a sorte na Maserati a partir da segunda metade de 1933 onde acabou por vencer três corridas das sete que conseguira naquela temporada, mas em 1934, já com a presença das fábricas alemãs, o máximo que conseguiu foram duas conquistas em Modena e Nápoles provas que não contaram com a presença dos alemães. A melhor qualidade dos carros da Mercedes e Auto Union abriu curiosidade de Nuvolari em tentar vagas numa dessas equipes, já que eram as únicas que poderiam lhe dar uma real chance de vitória. Apesar das tentativas, as duas recusaram a presença de mantuano com direito até de uma carta vinda da Auto Union onde os pilotos não teriam gostado da idéia de ter Tazio por lá – mas na verdade sabe-se que a relação entre Nuvolari e Achille Varzi, então piloto da equipe alemã em 1934, nunca foi das melhores e talvez, aí, é que tenha aparecido o tal empecilho. Com as portas de Mercedes e Auto Union fechadas, restou ao piloto nascido em Mântua a mirar seus esforços de voltar a equipe de Enzo Ferrari. Apesar de Ferrari ter negado a principio o retorno de Tazio para sua equipe, ele acabou cedendo quando a politica interveio: Benito Mussolini exigiu que Nuvolari fosse o principal piloto da Scuderia naquele ano, uma vez que a equipe já colocara René Dreyfus e Louis Chiron como principais líderes. A contragosto de Enzo, o “Mantuano Voador” estava de volta.

Antes que o Campeonato Europeu tivesse seu inicio, a Scuderia Ferrari venceu a primeira prova do ano realizado no circuito de rua em Pau, onde Tazio Nuvolari e Rene Dreyfus, com os dois únicos Alfa Tipo B/P3 inscritos pela equipe, dominaram o Grand Prix de Pau. Tazio acabou por vencer a prova com Dreyfus em segundo e Luigi Soffietti (Maserati) em terceiro. Apesar do inicio animador, sabia-se que resultado desta ordem seria bem difícil de se repetir quando Mercedes e Auto Union estivessem presentes – e isso ficou bem claro em provas como Trípoli e Avus, onde a Scuderia Ferrari desafiou os alemães e perdeu justamente quando colocou seu Alfa Romeo P3 Bimotore que debitava 540cv, mas que sofria com o alto peso que ficava em cerca de 1000kg por conta dos dois motores Isso prejudicava e muito o consumo dos pneus – e também dos freios, que eram menores –, como ficou visto em Tripoli onde Nuvolari parou duas vezes nas sete primeiras voltas para trocar um dos pneus traseiros que havia se desgastado. Mesmo com estes problemas e contando com uma prova bem variável, a Scuderia Ferrari ainda colocou três carros entre os dez melhores, com os dois Bimotores de Nuvolari e Louis Chiron em quarto e quinto e em sexto Dreyfus com um P3 tradicional em prova que foi vencida por Rudolf Caracciola (Mercedes). Em Avus, Louis Chiron garantiu um segundo lugar na prova final, mas problemas extra-pista acabaram prejudicando o andamento da Scuderia Ferrari já que peças importantes do carro – como as engrenagens do câmbio, por exemplo – foram perdidas quando a equipe voltava de Trípoli. Luigi Fagioli, com Mercedes, garantiu a vitória em Avus.

O Campeonato Europeu, era constituído por sete GPs, teve seu início em Mônaco onde a Mercedes acabou por vencer com Luigi Fagioli e a Scuderia Ferrari tendo em Rene Dreyfus seu melhor piloto, ao terminar em segundo com 31 segundos de atraso para Fagioli. A equipe de Enzo Ferrari ainda teve Antonio Brivio em terceiro e Louis Chiron em quinto. Tazio Nuvolari, que dividiu o carro com Carlo Felice Trossi, deixando para este a condução do Alfa P3 após detectar problemas de freios na 39ª volta, acabou abandonando na volta 53 devido a este problema. Em Linàs Montlhery, para o tradicional GP do Automovel Clube da França, os dois Alfa P3 conduzidos por Nuvolari e Chiron conseguiram dar combate aos Mercedes e Auto Union até a volta 14, quando Tazio, que havia liderado parte da prova e com ritmo muito bom , abandonou com problemas no diferencial – o mesmo que afetara Chiron na volta 8. Rudolf Caracciola venceu pela Mercedes e Manfred Von Brauchitsch, também com Mercedes, ficou em segundo. No GP da Bélgica, em Spa-Francorchamps, a vitória foi mais um vez da Mercedes com Caracciola em primeiro e Fagioli/ Brauchitsch em segundo com a outra Mercedes. Os dois Alfa P3 presentes da Scuderia Ferrari foram conduzidos por Louis Chiron e Rene Dreyfus – este último em conjunto com Attilio Marinoni – ficaram em terceiro e quarto, com Chiron ocupando o pódio. O próximo GP era o mais esperado pelos alemães, onde o imponente – e temível – Nurburgring seria o palco do GP da Alemanha.

Para Nurburgring, 22 carros foram inscritos: a Mercedes levou cinco carros para esta provas, sendo que dois eram o W25B que ficaram para Rudolf Caracciola e Manfred Von Brauchitsch, enquanto que Luigi Fagioli, Hanns Geier e Hermann Lang ficaram com o W24A de 1934 totalmente reformulados. A Auto Union levou quatro Type B para Bernd Rosemeyer, Hans Stuck, Achille Varzi e Paul Pietsch. Este foi o retorno da equipe alemã após duas provas de ausência, onde procuraram melhorar o motor V16 do Type B que apresentara muitos problemas ali mesmo em Nurburgring quando foi realizada a Eifelrennen e no GP francês em Montlhéry, os dois no mês de junho. Para isso, a equipe trabalhou incansavelmente e tiveram uma semana completa de testes em Nurburgring para solucionar estes contratempos.

A Alfa Romeo colocou três Alfa P3B para Tazio Nuvolari, Louis Chiron e Rene Dreyfus, mas este último teve problemas de saúde e acabou sendo substituído por Antonio Brivio. Durante as práticas para o GP, a Alfa Romeo resolveu problemas de freio em seus carros e teve uma boa impressão ao verificar que seus carros conseguiam ir mais rápidos que os carros alemães na parte sinuosa do Nordschleife, apesar de, na volta total, ainda perdesse um bocado para os anfitriões.

A Scuderia Subalpina levaria três dos novos Maserati V8-RI de 4,8 litros, mas acabou desistindo e inscreveu três dos já conhecidos 6C-34 de seis cilindros para Goffredo Zehender, Philippe Etancelin e Eugenio Siena e um 8CM para Pietro Ghersi – este último acabou substituindo Eugenio, o que reduziu contingente da Scuderia para três carros. O Maserati V8 haviam estreado na em Reims, onde foi realizado o GP de Marne no inicio de julho.

A ERA de Raymond Mays também se fez presente para essa etapa com dois modelos ERA B, sendo um para ele  outro para Ernest Von Delius. A Bugatti inscreveu um T59 para Piero Taruffi e as demais inscrições consistiam em pilotos particulares: Renato Balestrero com Maserati 8C3000; László Hartmann e Hans Rüesch com Maserati 8CM que cada um inscreveu por conta própria.

Apesar da lista apresentar 22 inscrições, apenas vinte carros largaram já que a Scuderia Subalpina competiu com três Maserati e o ERA de Von Delius que ficou de fora após o acidente e o piloto alemão acabou dividindo o outro ERA com Raymond Mays.

Este GP da Alemanha foi o quarto do calendário tornou-se um dos mais importantes do ano, partindo com a sua polpuda premiação que girava na cas dos 43.000 Reichmarks que foram distribuídos do vencedor até o sexto colocado  (divisão dos prêmio: 20 mil para o primeiro; 10 mil para o segundo;  6 mil para o terceiro; 4 mil para o quarto; 2 mil para o quinto; e 1 mil para o sexto). A prova teve o envolvimento de três entidades: a ONS (Oberste Nationale Sportbehörde) esteve na organização da corrida, mas toda a execução desportiva ficou a cargo da DDAC (Der Deutsche Automobil-Club) e da NSKK (National-Sozialistiche Kraftfahr-Korps).

 

Uma qualificação confusa e uma corrida histórica

Houve um belo problema envolto da qualificação para esta prova: com o intuito de eliminar qualquer chance dos carros mais lentos atrapalhassem os mais velozes durante a largada e a idéia que foi colocada era de determinar as posições através de uma pequena prova de arrancada, onde os pilotos partiriam da linha de largada e teriam seu tempo fechado assim que passassem no ponto determinado na reta de trás dos boxes, o que dava em torno de 1,4km de distância utilizando parte do ciruito “Betonschleife”. A idéia parecia boa, mas o pilotos rechaçaram a idéia por conta da linha final onde o tempo seria marcado ficar próximo da curva Nordkurve e isso poderia resultar em acidentes e/ou capotamentos caso algum piloto perdesse o controle após a freada. Levando em conta os protestos, a ideia da classificação foi deixada de lado e partiram para o sorteio.

O grid ficou com Hans Stuck, Tazio Nuvolari e Renato Balestrero na primeira fila; Goffredo Zehender e Manfred Von Brauchitsch em segundo; Philipe Etancelin, Rudolf Caracciola e Louis Chiron na terceira; Hann Rüesch e Raymmond Mays na quarta; Achille Varzi, Bernd Rosemeyer e Luigi Fagioli na quinta; László Hartmann e Paul Piestch na sexta; Pietro Ghresi, Hermann Lang e Piero Taruffi na sétima; Hanns Geier e Antonio Brivio fechando a oitava fila.

 

Tazio Nuvolari contra o resto

A largada para o Grande Prêmio da Alemanha de 1935, que estava em sua oitava edição

Após o retorno dos alemães para as competições de Grand Prix no ano de 1934, vencer os eventos realizados em solo alemão passou a ser uma obrigação principalmente por conta de todo investimento que o governo nazista depositava na Mercedes e Auto Union. E para aquele “Grosser Preis Von Deutschland” não era diferente: os nove carros alinhados pelas duas representantes alemãs tinha a tarefa de sair de lá com a vitória e no mínimo, com os três lugares do pódio completos sem dar chance para os adversários. Apenas a Scuderia Ferrari com seus três Alfa Romeo P3B é que ainda tinha possibilidade, remota, mas tinha em tentar sair daquele fabuloso circuito com um resultado que desse ao menos a chance de furar a bolha das duas equipes. Com um publico de 250.000 mil e mais a presença de Adolf Hitler, eles presenciariam  que as 22 voltas previstas para aquele GP entrariam para a história do motorsport alemão e mundial.

A chuva forte que caíra desde a noite, parou horas antes da largada o que significou com que a prova seria disputada com a pista molhada em sua grande parte, aumentando ainda mais a dificuldade num circuito daquele porte. A grande novidade para aquele GP era a adoção de faróis para a largada, abdicando do tradicional aceno da bandeira alemã para a partida. Como é usado em sinais de transito, a luz vermelha foi acesa primeiro para depois a amarela indicar que em poucos segundos a largada seria dada. Com a luza verde sendo acesa os 20 carros saíram para prova, mas apenas 18 contornaram a Südkurve: Hans Stcuk e Paul Piestch não conseguiram sair de suas posições e as coisas pioraram quando o mecânico do carro de Stuck, Rudolf Friederich, pulou o muro para tentar ajudar o piloto – o cambio não engatou e o motor apagou em seguida – e no momento que ele corria por detrás do carro de Stuck, Varzi acabou acertando o mecânico com uma das rodas de seu Auto Union. Friederich caiu inconsciente e foi lavado ao hospital onde passou cerca de um mês internado em Adenau e recuperou-se, porém perdendo a memória dos momentos que antecederam o acidente.

Com toda essa confusão na linha de largada a corrida transcorria já com Tazio Nuvolari liderando os primeiros metros, mas sendo superado por Caracciola que completou a primeira volta na liderança com Tazio em segundo e Fagioli em terceiro. O mantuano era o único carro da Scuderia Ferrari entre quatro carros alemães, sendo três Mercedes e um Auto Union.  Com o circuito ainda bem molhado – e em partes até encharcado – Nuvolari continuava com uma tocada forte para manter-se o mais próximo possível de Caracciola e também para se se afastar de possíveis investidas de seu compatriota Fagioli, mas na segunda volta o piloto da Scuderia acabou exagerando e rodando na curva Bergwerk. Essa rodada custou caro para Tazio, uma vez que a sua diferença para Fagioli naquele momento chegava aos dez segundos de vantagem e agora o piloto italiano despencava para sexto na classificação.

Rudolf Caracciola parecia caminhar fortemente para mais uma conquista no "seu circuito" quando
o rendimento passou a cair drasticamente, o que possibilitou a chegada de Bernd Rosemeyer e de
dos outros pilotos. Sua velocidade continuou a cair durante a prova, o que tirou dele a chance de,
ao menos, brigar pela vitória. Horas depois soube-se que ele tinha um grande verme.
Por recomendações do Dr. Gläser, que acompanhava a Mercedes nas corridas, Caracciola comeu
arenque azedo marinado na noite da segunda-feira e sarando do problema já na terça-feira


Sem a presença de Nuvolari por perto a prova parecia estar mais tranquila para Caracciola, mas o emergente Bernd Rosemeyer com seu Auto Union era o piloto a ser temido: durante a terceira volta a pista passou a secar e com isso Rosemeyer conseguiu diminuir a diferença para a Mercedes de Rudolf para sete segundos, indicando que em breve podia ter uma luta pela liderança. A perseguição de Bernd para Rudolf continuou na quarta volta quando o piloto da Auto Union diminuiu a diferença ainda mais, baixando para quatro segundos. Uma luta entre o grande ídolo e o futuro ídolo do automobilismo alemão era quase certa. Mais atrás, Louis Chiron mostrava boa velocidade ao ultrapassar o Mercedes de Brauchitsch pelo quarto lugar.

Rudolf Caracciola sabia muito bem domar a situação e com a crescente do jovem Rosemeyer, Rudolf acelerou e recuperou uma parte dessa vantagem ao subir dos quatro segundos para quase seis e se manter na liderança, mas na sexta volta é que as coisas pioraram para Bernd: o piloto da Auto Union exagerou em sua condução e acabou escapando para fora da pista no trecho da Breidscheid. Uma das rodas traseiras danificou e para complicar ainda mais, a lama e grama acabou entrando no motor e prejudicou até mesmo o acelerador. Um pequeno desastre que privou o público de uma grande disputa e também tirou de Rosemeyer a chance de vencer, uma vez que este problema no motor acabou perseguindo ele pelo restante da corrida.

Caracciola manteve a sua liderança e agora com uma diferença acima dos trinta segundos sobre Fagioli e isso indicava que o piloto alemão podia passar a administrar a seu gosto. A pista secava ainda mais e isso proporcionava aos pilotos a oportunidade de baixar seus tempos de voltas e foi aí que Tazio ressurgiu na corrida ao descontar a diferença para Brauchitsch e ultrapassar o piloto da Mercedes no meio do circuito para assumir a terceira posição. Vale lembrar que Nuvolari tinha subido para quarto beneficiado com os problemas enfrentado por Louis Chiron – que teve um pistão quebrado e também com a parada de box de Rosemeyer para reparos em seu Auto Union após a escapada. Outro fato ainda envolvendo Nuvolari era de ser o único piloto da Scuderia Ferrari na pista com os abandonos de seus companheiros Chiron e Brivio – este na primeira volta por problemas no diferencial. Mas a terceira posição de Tazio duraria apenas uma volta, quando Brauchitsch recuperou a posição no complemento da oitava volta.

A pista estava bem seca na altura da nona volta quando Luigi Fagioli caiu de segundo para quinto de forma inexplicável. A batalha entre Nuvolari e Brauchitsch pelo terceiro lugar premiou o italiano acabou subindo para segundo de imediato após a queda na classificação de Fagioli. A condução de Tazio mais o rendimento do Alfa Romeo P3B naquela corrida, deixava os adversários impressionados. Era de se esperar um bom andamento dos carros italianos naquela prova devido a sua melhor velocidade na parte sinuosa, já detectado nos treinos livres, mas aquela apresentação de Nuvolari enfrentando os carros alemães fora algo impressionante, principalmente quando anotou uma volta abaixo dos dez minutos (10’57’’8) enquanto que os pilotos da Mercedes e Auto Union marcavam suas voltas na casa dos 11 minutos.  

A grande condução de Nuvolari acabou lhe rendendo a liderança quando a prova estava na décima volta. Ele aproximou rapidamente de Caracciola e fez a ultrapassagem e tratou logo de abrir boa vantagem. Rudolf não estava em seu grande momento e no embalo de Tazio, apareceu Rosemeyer que também vinha em grande recuperação após os problemas adquiridos em voltas anteriores, levando os dois a andarem lado a lado por alguns metros. Brauchitsch também estava próximo de seus dois compatriotas, mas apenas comboiando-os. Tazio estava com boa folga na liderança colocando nove segundos sobre a trinca alemã, quando foi para os boxes após completar a 11ª volta. Neste instante, Rosemeyer havia subido para segundo e Brauchitsch para terceiro, relegando um irreconhecível Caracciola para quarto e os três acabariam indo aos boxes também. Os trabalhos de box de Mercedes e Auto Union foram relativamente rápidos, sendo o de Brauchitsch o mais veloz (47 segundos) o que deu a ele a oportunidade de voltar na frente de Caracciola e Rosemeyer. Tazio Nuvolari, que havia parado bem antes quando estava na liderança, teve uma parada totalmente desastrosa quando os mecânicos quebraram a alavanca da bomba de combustível e tiram que colocar a gasolina por via de um funil, o que fez demorar de forma considerável a sua parada. Para quem havia entrado nos boxes como líder e com quase dez segundos de vantagem, saiu de lá com quase 1 minuto e 30 segundos de atraso e na sexta colocação.

Com a parada de box dos líderes, Fagioli assumiu a liderança por toda volta de número 12, mas acabou fazendo sua parada de box ao final desta e deixando a liderança para Brauchitsch que agora tinha uma confortável diferença de 40 segundos para Rosemeyer e Caracciola. Nuvolari subiu de sexto para quarto com as paradas de box de Fagioli e Stuck que iam a sua frente, mas a sua distância para o trio alemão ainda era bem grande. Com pista livre, Manfred Von Brauchitsch abriu ainda mais vantagem sobre Rosemeyer e Caracciola na volta 13 quando a marca subiu para 1 minuto e 9 segundos. Por outro lado, Nuvolari continuava com a sua recuperação e agora estava apenas nove segundos de Rosemeyer que ia em segundo, mostrando que o seu ritmo não tinha sido abalado pela péssima parada de box. Nessa volta era a vez de outro italiano sofrer problemas durante a parada de box: Fagioli perdeu mais de três minutos nos boxes para que a os amortecedores fossem apertado. Uma volta depois, quando a 14ª foi aberta, Rosemeyer precisou ir aos boxes para arrumar o cabo do acelerador que voltou apresentar problemas ainda em decorrência da sua escapada na sexta volta. Perdendo quatro minutos para que o cabo fosse arrumado, Rosemeyer voltou em quinto e sem chances de disputar a vitória. Brauchitsch estava em grande forma ao elevar a diferença para Caracciola em 1 minuto e 30 segundos, enquanto que Nuvolari, agora em terceiro, estava apenas seis segundos de Rudolf – e a ultrapassagem do mantuano sobre Caracciola se deu na volta 15, numa altura que a distância feita por Manfred tinha chegado até 1 minuto e 37 segundos.

Não havia nenhuma dúvida que agora os dois melhores pilotos do GP alemão tinham sido postos a uma prova de gato e rato: Brauchitsch tinha feito as primeiras voltas da corrida de forma discreta, batalhando apenas contra o próprio Tazio nas voltas seis, sete e oito pela terceira posição, onde o italiano acabou levando a melhor. Já Nuvolari, mostrara que a velocidade do seu Alfa P3 estava em excelente forma enquanto que a sua condução dispensava comentários. E o italiano continuou a forçar o ritmo quando completou a volta 16 descontando dez segundos para Brauchitsch, caindo a diferença para 1 minuto e 26 segundos. E essa diferença desceria para 1 minuto e 13 segundos na volta 17, mostrando o quanto que Nuvolari estava determinado a ponto de pilotar com extrema agressividade por todo circuito transformando até mesmo a grama em pista. Mas tem que ser dito, também que a Mercedes estava preocupada com os pneus do carro de Brauchitsch, tanto que Alfred Neubauer passou a pedir para que seu piloto abrandasse o ritmo para preservar a borracha e o equipamento.

Manfred Von Brauchitsch no Karussell: Não pode-se negar que Manfred era um dos pilotos mais velozes da equipe Mercedes Benz naquele período dos anos 1930. Por outro lado o seu trato com o carro e pneus sempre o deixaram a mercê de problemas. Este GP da Alemanha de 1935 talvez tenha sido a sua melhor apresentação ao volante dos Mercedes, mas não ter seguido as recomendações de Carl Dietrich, então Chefe do Departamento de Corridas dos Pneus Continental, custou caro para ele. 
(Foto: @meikelangelo/gramho.com)


Os cuidados de Brauchitsch com os pneus resultaram ainda mais na diminuição da diferença por conta de Tazio, que conseguira baixar para 47 segundos na 18ª volta. Manfred decidiu aumentar o ritmo na 19ª volta ao conseguir elevar para 53 segundos para o piloto italiano. Apesar dos aparentes problemas nos pneus, Brauchitsch parecia que ainda tinha algumas reservas para contra-atacar as investidas de Nuvolari. Na 20ª volta é que as coisas começaram a entrar num drama quando Manfred verificou que seus pneus traseiros estavam bem gastos e ele sinalizou para os boxes sobre isso, indicando para as rodas de trás. De imediato Alfred Neubauer tratou de organizar os boxes para que Brauchitsch fizesse a sua parada na próxima passagem. Neste momento a diferença do alemão para Tazio Nuvolari tinha caído para 42 segundos, já que o piloto italiano tinha feito uma volta onze segundos mais veloz que Manfred – 10’47 de Tazio contra 10’58 de Brauchitsch. Quando a 21ª volta foi completada, Brauchitsch não parou nos boxes, deixando a equipe Mercedes sem entender nada, já que ele sinalizara na volta anterior. O piloto alemão aumentou o ritmo naquela volta 21 sendo três segundos mais veloz que Nuvolari e subindo a diferença para 45 segundos. Faltando apenas uma volta para o final, ao passo que Manfred Von Brauchitsch caminhava para um grande conquista em Nuburgring, a preocupação da Mercedes aumentava ainda mais quando eles avistaram os pneus do carro de Manfred bem deteriorados. Aquela derradeira volta nos 22,810km de Nurburgring era de pura tensão e mais nada. Seria difícil saber se os pneus do Mercedes W25B de Manfred Von Brauchitsch resistiriam mais volta, mas ele fez a sua escolha e entregou o seu destino a sorte. Mais atrás, Tazio Nuvolari continuava a sua caçada e mesmo que os pneus de Alfa Romeo P3B estivesse gastos, o italiano ainda conseguia tirar o máximo do carro.  

Os dois pilotos continuaram a toda naquela volta final sem aliviar seus carros, mas as coisas passaram a mudar quando Nuvolari começou a reduzir de forma drástica a diferença de 45 segundos que o separava de Brauchitsch por aquele percurso sinuoso. Ficava claro que o Mercedes de Manfred estava perdendo rendimento de forma absurda e as coisas pioraram quando o pneu do traseiro esquerdo estourou no momento que ele contornava o Karussell, Brauchitsch ainda conseguiu controlar o carro e andar alguns metros em três rodas, mas seria inevitável fazer algo contra o espetacular Tazio Nuvolari que ultrapassou o Mercedes para assumir a liderança. O surgir do Alfa Romeo de Nuvolari para receber a quadriculada foi uma tremenda surpresa negativa para todos que estavam presentes ali no circuito, mesmo sabendo que a prova feita pelo piloto italiano tinha sido fora de série. Enquanto que Tazio vencia do Grosser Preiss, Brauchitsch tentava ainda ficar com o segundo lugar, mas o estourou do pneu traseiro direito o deixou sem nenhuma chance de conseguir o pódio ao ser superado por Hans Stuck, Rudolf Caracciola e Bernd Rosemeyer. O                quinto lugar de Manfred deixou um gosto para lá de amargo, onde o piloto não conseguiu disfarçar a decepção e chorou.

Independentemente do que tenha acontecido com as duas equipes alemãs – sendo que a Mercedes acabou não levando a sério as recomendações da Continental sobre os pneus traseiros que estavam se desgastando de forma absurda, principalmente no carro de Brauchitsch – a conquista de Tazio Nuvolari foi a amostra do talento e esperteza do experiente mantuano que percebeu, ainda nos treinos livres, que o carro de Antonio Brivio era bem mais rápido que o dele e com isso ele pediu que os carros fossem mudados – o que acabou por ser uma grande cartada de Nuvolari, uma vez que ele acabou sendo o único carro da Scuderia Ferrari a completar a prova. E isso surtiu efeito na corrida, com ele conseguindo manter no ritmo dos principais carros alemães, queira na pista molhada, queira na pista seca e com tempos de voltas parelhos aos de Brauchitsch com quem duelava desde as primeiras voltas. O melhor trato com os pneus, também auxiliado por um carro com potência menor que ajudava, também, na conservação dos mesmos, foi primordial para toda a construção para chegar a uma vitória espetacular frente a um público que acreditava fortemente que um carro alemão, especialmente pilotado por um piloto da casa, fosse o vencedor. Isso foi muito bem visto no pódio quando os organizadores não tinham o hino italiano e Nuvolari consertou esta situação ao pegar seu disco, que ele levava em todas as competições, e emprestar para que a Marcia Reale fosse tocada.

Numa temporada que foi dominada e vencida pela Mercedes, com Rudolf Caracciola tornando-se o grande campeão europeu, foi a conquista de Tazio Nuvolari com um Alfa Romeo P3 já superado em todos os aspectos pelos alemães que chamou atenção e ajudou – e ainda ajuda – a coroar o já espetacular mantuano como um dos melhores pilotos de todos os tempos.


O encerramento de um grande momento: Tazio Nuvolari recebendo a quadriculada na sua grande vitória. Sem dúvida, a mais brilhante da carreira de um dos melhores pilotos do Século XX.


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