Acho engraçado algumas coisas que acontecem aqui na cidade de São Paulo, em especial no Autódromo José Carlos Pace. Os caras fecham a pista para uma reforma que inclui a troca do asfalto, alargamento da entrada dos boxes, reforma do pit-lane e outras coisas mais. Até aí tudo bem: tem sido de prache nos últimos anos fechar o autódromo por dois, três meses para atender as exigências da FIA, e enquanto isso categorias que deveriam manter as suas provas por lá se vêem obrigados a interromper as suas atividades ou mudar o seu calendário para não ficar sem a sua etapa naquela pista.
Pois bem, as corridas não podem acontecer devido a reforma. Ok, mas transferir os pancadões de funk para lá pode e pior, exatamente num período onde os últimos retoques para receber a prova da F1 estarão sendo concluídos. Vão transferir isso para porque o barulho e o consumo de drogas - fora outras coisas mais que devem acontecer nestes encontros - estão incomodando a vizinhança nos bairros da Capela do Socorro e Parelheiros, todos na zona sul da cidade.
O que eles esquecem é que ao redor do autódromo também existe uma vizinhança, essa qual que, quando tem o GP do Brasil de F1, reclama do barulho dos carros - este ano eles estarão livres disso. Creio que a prefeitura não pensou nisso.
No dia 13 de julho, quando aconteceu o último evento no autódromo antes de seu fechamento para a reforma - a etapa do Campeonato Paulista de Velocidade no Asfalto - houve um desses pancadões e o barulho era ensurdecedor e podia-se ouvir há quilometros. Não sei se houve alguma reclamação por parte da vizinhança, mas certamente, com a frequência que houver nestes bailes, as reclamações serão frequentes. Isto será acompanhado pela Polícia Civil Metropolitana e Polícia Civil. Mas será que mesmo assim, haverá organização suficiente? Afinal, como tudo nessa vida, começa bonito, nos conformes, organizado... mas depois vira uma várzea. E daí pra bagunça, é um pulo.
Não tenho nada contra, mas creio que há outros locais para tal realização. O sambódromo seria uma boa para isso. Não entendo porque não transferiram isso para lá. Se a questão for distância, não tem problema: é uma turma que consegue fácil transporte. Mas claro, o autódromo é perto e facilita bem a vida...
Enquanto isso o automobilismo regional continua impossibilitado de continuar o seu certame. Afinal de contas, o funk pode. O automobilismo, não.
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
Funk, sim. Automobilismo, não!
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