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domingo, 12 de novembro de 2017

GP do Brasil: Uma final alternativa

Quando Lewis Hamilton acidentou-se ainda na sua primeira tentativa de volta veloz para a qualificação, talvez houvesse torcedores dos Vettel que pensassem “Porquê não antes?”. Por outro lado, os torcedores de Hamilton tenham tido os mais variados pensamentos quando viu o Mercedes espatifado contra a barreira de pneus: “E se...”
A verdade é que o mundial, já encerrado à favor de Hamilton no México, e com certo drama, nos deu a oportunidade de presenciarmos uma corrida bem agradável em Interlagos. Se o duelo pela vitória não foi o grande chamariz, as atuações de Hamilton e Ricciardo, partindo do fundo, foram as grandes atrações deste GP. E ainda tivemos Felipe Massa, terminando na sétima posição e sendo o melhor do “resto” e tendo a chance a chance de fazer a sua segunda despedida de Interlagos agora na casa dos pontos, uma vez que em 2016 o acidente durante a prova acabou antecedendo as homenagens.
Independente se tenha tido ajuda da asa móvel ou não, a verdade é que Hamilton esteve no seu grande dia, desfrutando ao máximo do carro que tem. Foi uma pilotagem limpa e extremamente alucinante, sabendo tirar todo o desempenho que os pneus macios e super macios lhe proporcionavam. Nem parecia aquele carro apático que ele pilotou no Hermanos Rodriguez quinze dias atrás, onde ficou travado em último por várias voltas enquanto Vettel, que também caíra para o fundo do pelotão após um toque com o inglês ainda na largada, fazia uma recuperação brilhante para terminar em quarto e ver as suas poucas chances de títulos escorrerem para o ralo. Uma prévia do que poderíamos ver de Hamilton em Interlagos foi muito bem demonstrado nos treinos livres, quando ele teve o máximo domínio das ações falhando apenas no terceiro treino livre. Na classificação, assumiu a culpa do acidente e via-se que estava realmente puto da vida com o que havia acontecido. A sua atuação no decorrer destas 71 voltas da prova paulistana sintetizou o real momento de Lewis neste seu estágio na Fórmula-1: extremamente confiante e isso acaba traduzindo em velocidade pura e tenacidade para ir buscar os resultados. Ok, você dirá que com este carro fica fácil, mas se olharmos o que fez Valtteri nestas mesmas 71 voltas, verá que tem uma enorme – gigantesca – diferença entre os dois pilotos prateados.
Sobre a disputa pela vitória, Sebastian Vettel assumiu a ponta no contorno do S do Senna e por ali ficou, sem ser incomodado por Valtteri Bottas. Foi uma atuação tranquila do alemão que não vencia desde o GP da Hungria, numa altura em que a Ferrari estava praticamente no mesmo nível que a Mercedes. Logo após a única parada de boxe, que talvez tenha sido o momento onde ele tenha tido a maior ameaça – já que a Mercedes havia chamado Bottas para a troca de pneus uma volta antes – Vettel conseguiu voltar ligeiramente à frente de Bottas e logo atrás de Lewis, cerca de 3.5 segundos de desvantagem. Assim que retomou a liderança com a ida do inglês aos boxes, conseguiu ter todo controle da prova a seu gosto e assim foi até a bandeirada final. Bottas foi apático: se conseguiu uma fenomenal pole no sábado, não teve o mesmo poder de fogo de outras grandes largadas que fizera neste ano – Rússia e Áustria – e acabou perdendo a primeira colocação para Vettel ao virar da primeira curva. Pior mesmo é que não teve muito ânimo em tentar atacar Sebastian e lutar abertamente pela liderança da prova quedaria a ele, chances de conquistas pontos importantes na disputa pelo vice-campeonato. Pior mesmo é ter visto que Hamilton esteve num dia de fúria e chegou a poucos segundos dele na classificação final. Talvez essa prova explique e muito o porque da Mercedes ter passado a dar toda atenção à Lewis no virar do mundial.
Felipe Massa teve o seu grande dia em Interlagos. Todos sabiam que furar a bolha criada por Mercedes, Ferrari e Red Bull seria extremamente difícil, mas Felipe acabou saindo dessa corrida como o vencedor do resto – ou da Classe B da categoria. Manteve Fernando Alonso todo o tempo do GP a uma distância acima de um segundo, para que o espanhol não pudesse usar asa móvel e assim foi durante todo GP. Apenas nas voltas finais, talvez com os pneus já bem desgastados, é que teve uma pressão considerável de Alonso e de Pérez neste. Aguentou bem as investidas e pôde terminar na sétima colocação e ter uma despedida mais honesta, com direito a uma fala do seu pequeno Felipinho no rádio.
E Interlagos foi mais uma vez o palco de uma corrida muito boa.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Foto 610: Enquanto isso, em Grove...

Do outro lado... E a Williams confirmou a continuidade de Felipe Massa na equipe, para ajudar o novato Lance Stroll no desenvolvimento do FW40 com as novas especificações que serão usadas nesta temporada.
Enfim, um retorno relâmpago.
E toda sorte ao Massa.

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

GP do Brasil: Um dia especial

Tempos atrás eu havia refletido sobre os pilotos brasileiros, aqueles que tiveram a chance de vencer ao menos um GP na F1. O destino não tinha sido muito generoso com eles: ora por indefinição, ora por tragédia. José Carlos Pace e Ayrton Senna não tiveram tempo de uma despedida, pois acidentes acabaram encerrando prematuramente suas carreiras; Emerson Fittipaldi encerrou às escuras, após o GP dos EUA de 1980 em Watkins Glen, sem ao menos ter uma homenagem honesta ao cara que escancarou a porta para os demais pilotos brasileiros; Nelson Piquet também saiu na calada ao final de 1991 e Rubens Barrichello acabou encerrando sua carreira na F1 ainda acreditando que pudesse conseguir uma vaga.
Quando Felipe Massa anunciou a sua retirada da categoria em setembro, sabiámos que ele teria tempo de fazer algumas "minis despedidas" pelas provas que ainda restavam. Mas a semana de GP do Brasil, conforme os dias iam passando, as emoções iam aflorando. Com um piloto empenhado a conquistar o melhor resultado possível na sua última aparição num GP local, ele estava ainda tentando escalar o pelotão quando acabou entrando forte na zebra interna da curva do café e indo para o muro. Infelizmente um desfecho que poderia ter sido melancólico, mas como um daqueles caprichos da vida, quis que aquele acidente fosse o ponto de partida para uma dos momentos mais belos e humano da F1 em tempos. Com um Massa retirando a bandeira brasileira e colocando-a envolto de suas costas, ele saudou a torcida brasileira e foi sendo aplaudido da entrada do box até a chegada no pit lane onde ainda foi cumprimentado por todos integrantes das equipes que ali estavam, para depois chegar aos braços de sua esposa Rafaela e de seu filho Felipinho.
Massa não foi dos melhores pilotos que vi, mas existe algo de importante que qualquer ser humano precisa para vencer na vida: garra e coragem. Chegar numa categoria que na maioria das vezes é um verdadeiro moedor de talentos, correr contra os melhores pilotos de seu tempo - tendo alguns como seus companheiros, como Villeneuve, Schumacher, Raikkonen e Alonso - e ainda sustentar-se por 15 temporadas, não é fácil. Felipe Massa escreveu um capítulo importante para ele e o automobilismo brasileiro na F1.
Ainda terá sua última participação na F1, em Abu-Dhabi daqui quinze dias, mas certamente as cenas que vimos ontem em Interlagos serão eternamente guardadas na lembrança de cada um.
Valeu, Felipe!

domingo, 13 de novembro de 2016

GP do Brasil: Bem vindos ao mundo de Interlagos

Ah... Interlagos. Casa que tão bem conheço desde 2002, seu clima bipolar que nos dá a generosidade de assistirmos corridas que desafiam a perícia dos pilotos e faz ao vivo os crash tests para nos mostrar o quanto que os carros de hoje são bem seguros. A proximidade dos muros na reta dos boxes mostra o quanto que a pista paulistana é uma deliciosa - e perigosa - armadilha para a atual F1. Que digam Raikkonen, Ericsson, Massa e outros tantos que já espatifaram seus carros nos muros da curva do café até o da reta dos boxes. É de gelar a espinha, como foram os três acidentes de hoje, pois a névoa d'água cega os que vem de trás e a possibilidade de um grande acidente é enorme. Mas os aplausos em ver o piloto sair caminhando, acaba sendo a recompensa do desfecho de um momento dramático.
Fora os acidentes, as atuações também foram de grande valia neste GP: um Carlos Sainz fazendo a sua melhor corrida na categoria, ao andar consistentemente - e convicentemente - na quarta colocação; Felipe Nasr aproveitando-se bem de uma condição caótica para escalar o pelotão e conseguir segurar pilotos do calibre de um Alonso e Vettel para salvar dois preciosíssimos pontos para a Sauber. Deve ter ganhando certa moral, uma vez que seu companheiro teve um erro crasso na subida do café ao passar sob a linha branca e se arrebentar do outro lado do traçado. Perez também esteve em grande forma, ao andar em terceiro, mas Max... ah, Max Verstappen. O garoto que tantos malharam por conta de sua pilotagem agressiva que extrapola a física, fez a corrida de sua vida num terreno que ainda não tínhamos visto. Se precisávamos de uma corrida para coroar de vez o talento latente deste rapaz, isso aconteceu hoje.
E sobre Interlagos, a velha casa não decepciona. Não tem o glamour das novas praças que a categoria tem visitado nos últimos anos, mas natureza de um traçado setentão não nega uma boa prova ao seu público.
Portanto, a cada corrida que for neste naipe, só falo uma coisa: Bem vindos ao mundo de Interlagos!

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Foto 595: Divirta-se, Massa. E até mais!


Felipe Massa no pódio, após o GP da Itália de 2015 quando terminou em terceiro

De certa forma, era algo esperado desde que os rumores sobre a sua continuação na Williams, para 2017, começaram a ficar em xeque. Mas num todo, a sua decisão foi a mais correta. Talvez tenha reconhecido que a sua velocidade não é mais mesma de outros tempos e continuar remando contra a maré, numa equipe que apareceu no cenário de 2014 como a segunda ou terceira força e está em queda livre desde então, não está dando a ele o mesmo prazer que teria se estivesse num carro bem melhor. Por outro lado, as opções que tenham aparecido para ele não eram das melhores. Portanto, para quê continuar correndo para lugar algum, sendo que já esteve em alto nível algumas vezes em sua carreira? Foi uma sábia decisão e terá, ao contrário de outros conterrâneos, tempo para fazer uma despedida digna.
Felipe teve um momento brilhante na sua passagem pela F1, mas sabemos bem que nos últimos anos as suas performances nos GPs tem sido bem abaixo. Salvo algumas segundas metades de campeonatos, onde ele conseguiu reagir bem, até, o resto foi mais de dores de cabeça e algumas marteladas para conseguir entender, especialmente, a funcionalidade dos pneus da Pirelli nesta era onde é preciso saber economizar tudo para conseguir ir o mais rápido possível. Massa foi formado numa época onde não era necessário isso: tinha a sua disposição – nos tempos da Ferrari – uma gama de informações sobre os pneus da Bridgestone, onde horas e horas de testes em Fiorano, Mugello e Monza, dava à ele a possibilidade de extrair o máximo daqueles compostos japoneses e aliado a era do abastecimento foi um trunfo também: podia fazer stints curtos, de velocidade pura e crua, sem se preocupar com o consumo da gasolina e o desgaste da borracha. Por isso era possível ver um Felipe Massa mais vigoroso, numa pilotagem mais bruta, sempre atingindo o máximo do carro. Não era um piloto espetacular naqueles tempos, mas a sua velocidade e agressividade casaram bem naquele tempo onde a economia de pneus e combustível era a única coisa que devia se preocupar. Sem dúvida aprendeu bem com o seu professor Michael Schumacher.
A mudança nos regulamentos, tirando o reabastecimento afetou um pouco a sua pilotagem, mas ainda era possível vê-lo em bons momentos, principalmente na segunda parte dos campeonatos. A necessidade em economizar combustível e pneus nesta era de motores híbridos, complicou ainda mais sua condução. Se Felipe começasse a prova com ritmo alucinante, a queda na performance era certa durante o restante da corrida, uma vez que teria de passar a preocupar-se com a economia do carro. A queda da Williams, flagrada já em 2015, só contribuiu para que a sua pilotagem passasse a ficar ainda mais sofrível. Por isso é que não me apego muito a questão de seu acidente em 2009, quando toda vez que é dito a sua má jornada é atribuído a aquela batida em Hungaroring. Acho que Massa, na verdade, não se encontrou nestes tempos de uma F1 mais “econômica”.
Ele terá ainda mais algumas corridas para curtir a sua estadia na categoria. Talvez, sem grandes pressões, poderá se dar ao luxo de realizar corridas mais tranqüilas.
Para onde ele vai? Nem ele mesmo sabe, mas uma olhadinha para o WEC seria uma boa para ele. Quem sabe o trabalho de Mark Webber no Mundial de Endurance inspire em sua decisão para o futuro.
Enfim, vai lá curtir o restante da temporada, Felipe. Ainda tem algumas corridas para você se divertir.
Até mais!

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

O meu Grande Prêmio do Brasil, Por Ron Groo

A galera que já acompanha os inúmeros blogs sobre automobilismo espalhados pela rede, conhece bem a faceta bem humorada e sarcástica com qual Ron Groo conduz brilhantemente seus textos no Blig Groo.
E hoje ele relembra o GP de 2006, onde um certo alemão roubou a cena numa das melhores atuações de sua carreira.

Grande Prêmio do Brasil 2006




"Dois mil e Seis...

O ano do segundo título de Fernando Alonso e da primeira vitória de Felipe Massa em Interlagos.
Também foi o último Grande Prêmio do Brasil disputado por Michael Schumacher pela Ferrari, quando o alemão se aposentou pela primeira vez.

Foi seu último grande ato na categoria.
Havia chances matemáticas de que o alemão hepta campeão conseguisse sua oitava estrela no topo de seu capacete.

Eram pequenas, sim... O adversário era jovem, ambicioso, contava com uma equipe que trabalhava totalmente para si e era apadrinhado pela encarnação do capeta em pessoa, mas até o desfecho da corrida ninguém ousava dizer que era impossível.

Michael dependia de uma composição de resultados que consistia em ter que vencer a corrida e que o asturiano não marcasse pontos.

A coisa ficou ainda mais complicada quando no Q3 dos treinos de classificação o alemão ficou sem tempo.

Aparentemente nem ele e nem sua torcida pareceu se preocupar já que no Q2 o alemão havia marcado um tempo melhor até que o tempo oficial da pole posítion de seu companheiro de equipe, Felipe Massa.

Nem mesmo com Fernando Alonso largando na quarta posição e já na décima volta ser o terceiro colocado.

Michael que havia largado em décimo e no fim da primeira passagem pela reta oposta já havia feito duas ultrapassagens.

Mais algumas voltas e o alemão já era o quinto, mas um pneu furado o mandou para a última posição.

Fim das esperanças de título, mas começo do show.

Schumacher pilotou como um alucinado tirando de sua Ferrari tudo que poderia dar e um algo a mais.

Ultrapassou gente em todos os pontos da pista (lembrando que ainda não existia DRS) incluindo seu sucessor no time vermelho, Kimi Raikkonen, no fim da reta de largada de forma espetacular e – até certo ponto – humilhante assumindo a quarta posição nas ultimas voltas da prova.

Para coroar a apresentação, ainda fez a volta mais rápida da corrida. (1.12:162 no giro de número setenta)

O alemão se aposentou das pistas (esqueça seu comeback pela Mercedes, não conta) deixando nos fãs – dele e da categoria – um gosto de quero mais e a certeza de que aquele piloto contestado por muitos era um dos personagens mais importantes da F1 em sua era pós-romântica.

Todo o resto sobre ele é dor de cotovelo.

E deste mal não sofremos."

sábado, 7 de novembro de 2015

O meu Grande Prêmio do Brasil, Por Beatriz Lourenço

A Beatriz Lourenço é fã do Kimi Raikkonen e muito antes dele, de Mika Hakkinen. Não hesitei em chamá-la para escrever sobre o GP do Brasil mais marcante, pois sabia muito bem qual seria a escolha dela.
Pois bem, hoje quem comanda por aqui é a Senhorita Be!

Grande Prêmio do Brasil, 2007



"Quando o Paulo me convidou pra escrever um texto sobre minhas memórias do GP do Brasil eu adorei a ideia porque eu amo F1, amo escrever e sou fã do Kimi Raikkonen... E qualquer chance que eu tiver pra juntar as três coisas é uma ótima chance que eu não deixaria passar.

Tudo começou em 25 de setembro de 2005, o dia do GP do Brasil. 'Tava um tempo esquisito, uma tarde meio escura em São Paulo, e eu estava - como sempre - assistindo a corrida e torcendo pra chuva. Lembro que o Kimi estava disputando com o Alonso o título e lembro exatamente a minha raiva e tristeza quando o asturiano saiu campeão (naquela época o mais jovem campeão) e lembro desse dia em detalhes porque, logo depois da corrida, eu recebi o primeiro pedido de namoro da minha vida, de um moço que tinha decidido me pedir naquele dia porque queria que eu não ficasse triste depois da derrota do meu piloto predileto. Eu aceitei, é claro - o que fez a derrota ser deixada em segundo plano e aquele GP se tornar inesquecível.

Dois anos depois, em 2007, eu estava em ano de vestibular e tinha dado uma pausa no namoro com o moço do GP 2005 porque eu queria (precisava) passar na USP e estudar era a minha prioridade. Tinha terminado gostando do cara, correndo o maior risco da vida, e não estava nem um pouco feliz com isso. A temporada 2007 foi uma das melhores pra mim: O ano foi tão bom que até o Alonso, que eu DE-TES-TA-VA desde 2005, tinha se tornado uma figura menos odiável depois do surgimento do Hamilton. A McLaren era minha equipe predileta e eu não tinha engolido a ida do Kimi pra Maranello. 

Nem as vitórias do Kimi na Austrália, na França, na Inglaterra e em Spa tinham diminuido meu ranço - embora eu, no fundo, considerasse um grande avanço se comparado a temporada 2006 (Mercedes, NUNCA te perdoarei!).

No GP da China, quando o Hamilton fez aquela lambança. eu subi a plaquinha do "Eu acredito" e tava na maior expectativa pro GP do Brasil de 2007.
E ele chegou.

21 de outubro, um domingão que era uma pausa entre dois vestibulares e começou com uma mensagem de "vamos nos ver depois da corrida?" do ex-namorado. Falei que só ia sair de casa se o Kimi ganhasse e ele debochou, dizendo que eu ia perder o vestibular porque jamais sairia. E fui pra corrida.
Massa na pole, Lewis em segundo, Alonso em quarto atrás do Kimi... E todo mundo apostando que o título ficaria com alguém dos prateados. E tudo levava a crer que sim já que a combinação do Kimi era a mais difícil das três (tinha que ganhar e torcer pro Alonso não chegar em segundo e pro Hamilton não chegar entre os cinco).

Na última parada nos boxes o Kimi assumiu a ponta e ficou lá até o fim, contando com uma boa dose de sorte (e a minha torcida) pra se tornar campeão Mundial da temporada 2007 por UM PONTO de diferença pro Alonso e pro Hamilton, que terminaram empatados com 109 pontos.

Terminei aquele dia vestindo vermelho, na rua, comemorando e jurando amor eterno à Ferrari, ao Kimi e ao ex-namorado, que se tornou namorado de novo aquele dia e pelos próximos 3 anos.
Dessas três paixões a única que dura até hoje é a do Kimi. Já a Ferrari e o (novamente e em definitivo) ex-namorado... Bem... O que comentar, não é mesmo?

Vamos focar no GP do Brasil que esse ano, mesmo sendo só pra cumprir tabela, tem tudo pra ser uma prova emocionante JUSTAMENTE POR ISSO.

E fiquem de olho nos finlandeses disputando o quarto lugar do mundial, hein? O Bo77as já andou dizendo por aí que não vai deixar barato as duas últimas corridas. Vale a pena separar a pipoca e sentar a bunda na frente da TV (ou ver in loco, se você é do tipo que vê in loco)."

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

O meu Grande Prêmio do Brasil, Por Diego Trindade

Diego Trindade assina os textos no Blog do Trindade e por um bom período, foi o editor chefe da saudosa Revista Speed.

Hoje é ele que quem comandas as ações aqui, ao falar um pouco do GP do Brasil de 2006.

Grande Prêmio do Brasil 2006




"Nunca fui ao autódromo para acompanhar a um Grande Prêmio. Este ano, mais uma vez, havia esboçado uma possível ida ao GP do Brasil; porém, nada feito. Percebi que precisava ter me organizado um pouco mais cedo e contar com mais dinheiro, digamos que $$$$.

Em 2013 eu havia ganho um ingresso da patrocinadora da Sauber para assistir ao GP. Não me desfazendo, mas era o setor G e não cobriam as despesas com viagem e hospedagem. A verdade é que a empresa não conseguiu me enviar os ingressos a tempo para a corrida. Um atendente me ligou dizendo: “Diego, o ingresso está em minhas mãos. Se enviarmos para você, não chegará a tempo. O que eu faço?”. A minha vontade era de responde: “Coloque fogo!”.

O título de 2013 já havia sido decidido em favor de Sebastian Vettel e a corrida nem foi tão emocionante assim. Não perdi muita coisa.

Mas o GP de alguns anos antes, em específico 2006, esse sim, esse foi emocionante.
Felipe Massa havia ganho uma vaga de titular ao lado do heptacampeão Schumacher. O então garoto teria de aprender muito e colaborar no que fosse com o alemão. Em especial no 35º GP do Brasil, Felipe Massa poderia ter tido um papel importante na disputa, quase decida, do título daquele ano. Isso porque Schumacher se encontrava 10 pontos atrás de Alonso na última corrida.

Assim que os carros saíram dos boxes no Q3 da qualificação, Schumacher teve um problema em sua Ferrari. Não recordo ao certo o que era, fiz questão de não procurar. Lembo-me que durante a qualificação, estava junto com um amigo meu, naquilo que seria o “sótão” da casa de seu avó. Estávamos jogando algum game de 64 bits; Atari, se não me falha a memória. Por algum motivo, sabe-se lá qual, eu torcia desenfreadamente para o Barrichello, enquanto o Léo, meu amigo, torcia de mesmo modo para o Massa. Se tivéssemos apostado, Léo teria ganho.

A verdade é que durante todo esse tempo acompanhando a carreira do Massa na Ferrari, poucas vezes vi ele andar como naquela corrida. Não pela disputa ou pela competitividade, mas sim pelo domínio exercido. Ok, naquela altura do final de semana a concorrência não era muito forte, mas o controle que Massa exerceu foi excepcional.

Até então, poucas vezes eu havia visto um brasileiro vencer uma corrida; uma com o Massa, GP da Turquia, e umas duas com o Barrichello. Imginem ver um brasileiro vencer em casa, 13 anos depois do grandioso Senna? Sem contar que dois anos antes havia visto a tentativa frustrada de Barrichelo.


A corrida foi marcante. Não houve grandes duelos entre os pilotos, porém dois se destacaram: a dupla da Ferrari. Schumaher em sua última grande oportunidade da carreira, deu um show sem igual; desde a largada, até mesmo no “toque” com Fisichella, ele vindo passando todo mundo lá de trás e… o mais legal: a ultrapassagem onde foi espremido por Raikkonen no “S do Senna” a três voltas do fim.

O outro, claro, foi Felipe Massa. O brasileiro “só” venceu a corrida de ponta a ponta. Após a bandeirada, pegou a bandeira brasileira e fez a “volta da vitória”; foi para emocionar qualquer um.
Para fechar a conta, pódio com vitória do Brasil, Hino Nacional e macacão verde a amarelo.

Menção Honrosa: GP do Brasil de 2008
Eu admito. A tensão foi maior durante a corrida de decisão do título de 2008. Convenhamos, já havia visto um brasileiro vencer em casa dois anos antes. Imaginem agora: ver um brasileiro vencer a corrida de casa, na chuva, e ainda levar o título mundial depois de 17 anos? Esse teria sido o melhor GP do Brasil de todos se não tivesse acontecido o que aconteceu 20 segundo após Massa ter cruzado a linha de chegada ."

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

O meu Grande Prêmio do Brasil, Por Rubem Ferresi Jr.

De hoje até o sábado do GP do Brasil estarei postando alguns textos sobre o evento, que acontece desde 1972 - com a prova extra-oficial - até os dias de hoje de forma ininterrupta, fazendo com que a prova daqui seja uma das mais tradicionais da Fórmula-1 perdendo apenas para Itália, Grã-Bretanha, Alemanha, Espanha, Mônaco e Bélgica. Pedi para alguns camaradas escreverem suas impressões dos GPs do Brasil que mais marcaram em suas vidas, independente se estivessem na sala de casa, na arquibancada ou até mesmo trabalhando no evento.

E o primeiro a escrever por aqui é o meu amigo Rubem Ferresi, com quem trabalhei na equipe de sinalização Speed Fever de 2002 até 2009. Rubem trabalha no GP desde 1998 e este ano estará na sua 15ª participação.

Portanto, com a palavra, Rubem Ferresi:


GP do Brasil, 2007

Kimi Raikkonen durante o fim de semana do GP do Brasil, onde veio a coroar-se campeão do mundo
(Foto: Rubem Ferresi)

"A pedido do meu grande amigo Paulo Abreu, a Barsa do automobilismo mundial, pediu para que eu descrevesse sobre o meu GP Brasil preferido. Difícil falar depois de tantos GP’s na pista... desde 1998. E cada um com uma história mais interessante que a outra. GPs com chuva, como em 2003 e 2012, acidentados como 2006, tranquilos demais como 2011, os zerinhos no final de 2013, etc. Mas um que sempre vem a mente foi o GP de 2007, onde as atenções estavam para a disputa do título entre Fernando Alonso, o novato Lewis Hamilton, e o ferrarista Kimi Raikkonen. Uma disputa tripla, ao vivo! 

Na sexta-feira, dia dos primeiros treinos livres, foram com chuva. Apesar disso, os treinos foram tranquilos, sem maiores incidentes. No sábado, com muito calor, Felipe Massa voou com sua Ferrari e conquistou a pole position. As McLaren’s pareciam que estavam “escondendo” o jogo para o domingo. 
E o publico vibrou com a pole do brasileiro ferrarista. Mas no domingo... que calor! Jamais ví Interlagos daquela forma! Na hora da largada, temperatura ambiente beirando os 40º, e a pista quase nos 60º! Na largada o estreante Lewis Hamilton mostra o peso de ser novato, e com um erro logo na primeira volta, e voltas depois com seu carro lento passeando pela pista (lembro quando ele passou pelo meu posto balançando a cabeça) logo foi alijado da disputa. E quando todos achavam que o título seria do Fernando Alonso, a Ferrari fez mais um dos seus famosos “jogo de equipe”, e deu ao finlandês o seu primeiro (e até agora único) título da F1. 

E foi um momento raro vermos Kimi Raikkonen sorrindo no podium, e após andando pelo paddock. Este foi o ultimo GP com a galera “das antigas” na Sinalização, onde só voltamos a nos encontrar em 2011."

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Vídeo: Duas belas largadas

Quando vi a largada de Massa, lembrei imediatamente de uma que foi feita por Gilles Villeneuve no GP do Brasil de 1980.
Claro, guardada devidas proporções de época e dirigibilidade dos carros, mas foram duas ótimas largadas.
Abaixo, as largadas seguidas pelos melhores momentos de ambas as provas.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Vídeo: Bottas no FW18

Pensa num cara que divertiu hoje? Este foi Valtteri Bottas, que tomou posse do Williams FW18 Renault, campeão do mundo de 1996 com Damon Hill.
O evento foi organizado por um dos patrocinadores da Williams, e ainda contou com a presença de Felipe Massa, Felipe Nasr e David Coulthard - estes dois últimos pilotaram os modelos FW08 e FW08C, com direito a um "Cover" de Keke Rosberg feito por Coulthard.


WEC - Vitória para a Porsche, drama para a Peugeot em Losail

  Um grande inicio para a Porsche no WEC (Foto: Andrew Hall/ Dailysportscar) Sabemos que testes de pré-temporada sempre nos pregam algumas p...