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quarta-feira, 17 de abril de 2019

Foto 745: GP do Pacífico, 1994







Enquanto que a Fórmula-1 visitava pela primeira vez o circuito de Aida, localizado em Okayama, para a disputa do primeiro GP do Pacifico (segunda etapa do mundial), Ayrton Senna tratava de iniciar a sua recuperação ao marcar a pole para o Grande Prêmio com a marca de 1’10’’218 sendo dois décimos mais veloz que Michael Schumacher que mais uma vez largava ao seu lado.
A tentativa de marcar seus primeiros pontos no mundial, após o desaire no GP do Brasil, acabou logo na primeira curva: ao largar mal e perder a liderança para Schumacher, Senna acabou sendo abalroado por Mika Hakkinen (Mclaren) e quando estava na brita foi acertado na lateral pelo Ferrari de Nicola Larini. Fim de prova para os dois e Ayrton zerava o seu segundo GP consecutivo.
Para Michael Schumacher, sem ter quem o desafiasse, a prova foi um verdadeiro passeio ao vencer tranquilamente. Damon Hill poderia ser um rival a considerar, mas não foi nem sombra e veio abandonar na volta 49 com problemas de câmbio. A segunda posição ficou para Gerhard Berger (Ferrari) e Rubens Barrichello (Jordan) chegou ao terceiro lugar, conquistando o seu primeiro pódio. Christian Fittipaldi (Footwork) também fez grande prova e fechou em quarto.
Essa prova marcou o inicio das desconfianças da FIA em torno de possíveis trapaças de algumas equipes, que estariam usando dispositivos eletrônicos. Nicola Larini vacilou ao falar para a imprensa que estava fazendo uso de controle de tração em sua Ferrari, o que causou enorme rebuliço. E Ayrton Senna, quando estava voltando para o box, percebeu que a Benetton também poderia estar fazendo uso do controle de tração.
Foi apenas o start de uma das temporadas mais controversas e traumáticas da Fórmula-1.


Fotos: Motorsport Images

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Vídeo: As oito vitórias de Michael Schumacher - 1994

E hoje completa 20 anos do desfecho de um dos campeonatos mais trágicos e marcantes da história da Fórmula-1. Ao mesmo tempo que Ayrton Senna desaparecia de cena, a genialidade e o lado negro de Michael Schumacher afloravam a olhos vistos fazendo com que o germânico tomasse o trono de melhor piloto da categoria e ao mesmo inserisse o seu nome entre os melhores de todos os tempos.
Abaixo as nove vitória de Michael "The Machine" Schumacher naquela temporada de 1994.

quarta-feira, 30 de abril de 2014

O Paletti da nossa geração





Há cerca de dois anos, quando eu estava a preparar um texto contando um pouco sobre a biografia de Ricardo Paletti para a Revista Speed, morto durante a largada para o GP do Canadá de 1982, deparei-me com algumas similaridades entre o jovem piloto italiano e também outro piloto que procurava realizar o seu sonho de correr na F1: assim como Paletti, Roland Ratzenberger trilhou o seu caminho para chegar à categoria máxima para, infelizmente, encontrar a morte.

Apesar do desejo incontrolável de chegar à F1, sabe-se que a condição financeira de ambos era bem diferente: enquanto que Ricardo tinha o apoio do pai, que era um representante da Pioneer na Itália e isso já ajudaria a levantar um bom dinheiro para alcançar o seu objetivo, Ratzenberger foi daqueles pilotos que trabalhou duro para conseguir sobreviver no automobilismo sem ter grande apoio financeiro. Por outro lado, ao contrário de Paletti, que subiu rapidamente para a F1, Roland vagueou por inúmeras categorias, o que lhe deu toda a experiência necessária para que pudesse chegar à categoria.

Ambos estrearam por equipes pequenas: Paletti pela Osella e Roland pela Simtek. Até mesmo os percalços para tentar classificar-se para os GPs, foram parecidos: Ricardo ainda teve a oportunidade de levar o seu Osella a dois grids de largada – o famoso GP de San Marino e depois onde perderia a vida, no GP do Canadá. O piloto austríaco aproveitou a experiência adquirida no Japão, onde correu de F-3000, JTCC e JSPC, para conseguir uma vaga na última fila do grid para o GP do Pacífico, realizado em Aida. A diferença é que Paletti ainda ficou na F1 por oito corridas, mesmo que tivesse inúmeros contratempos que o deixaram de treinos ou até mesmo de corridas – um bom exemplo disso foi em Detroit, onde ele havia conseguido tempo para largar, mas devido um problema irreversível no carro de seu companheiro, Jean Pierre Jarier, a Osella acabou repassando seu carro para o francês e o jovem italiano teve que se contentar em ver a corrida dos boxes...

Infelizmente os dois encontraram a morte exatamente após poucas corridas depois de suas estréias: Paletti morreu na oitava corrida da temporada de 1982, enquanto que Ratzenberger veio quando tentava se classificar na terceira corrida de 1994. Outra coincidência foram os fatos que marcaram aqueles dois anos: enquanto que em 1982 a F1 vivia sob a intensa luta pelo poder entre FISA e FOCA pelo controle da categoria, 1994 estava numa fase onde os pilotos reclamavam do quanto que aqueles carros estavam inguiáveis e, consequentemente, perigosos logo após o banimento dos recursos eletrônicos. O desaparecimento de Gilles Villeneuve e Ayrton Senna, nestes respectivos anos, acabou por deixar estas duas personagens deslocadas no tempo de forma injusta. E conforme os anos vão se passando, são poucos aqueles que se lembram destes dois pilotos que tinham a paixão e o sonho de estar na F1 como desejo principal.

Outra faceta que liga Paletti à Ratzenberger são as boas referências. Eram dois pilotos tranqüilos e esforçados ao máximo, isso sem contar que, quem conviveu com os dois, tem ótimas lembranças. Apesar da timidez, Ricardo era visto como um cara legal, de fácil convivência. Roland também era assim, e tinha um ótimo humor. A sua camaradagem também era destacável, assim como a preocupação com os demais pilotos. O acidente de Fuji, durante a prova de F-3000 onde o piloto Anthony Reid sofreu um sério acidente que chegou a arracar-lhe o capacete, Roland percebeu o quanto que era ineficiente o trabalho dos comissários e junto de um jornalista japonês, ajudou a escrever uma matéria para uma revista falando sobre isso. Ironicamente ele seria vitima dessa falta de segurança alguns anos depois, bem longe de Fuji...

Depois destes vinte anos daquele final de semana negro em Ímola, as lembranças ainda são revividas com força. Fotos, vídeos, depoimentos... Tudo voltará com força. Os passos serão recontados várias vezes. Do mesmo modo que Paletti, Ratzenberger, infelizmente, será esquecido aos poucos, não apenas por ele ter morrido 24 horas antes de Senna, mas também porque as gerações estão se renovando. Dificilmente alguém se lembrará deles daqui algumas décadas, mas caberá a nós, que vivemos ao menos em alguma das duas épocas, em manter viva a imagem de dois caras que lutaram para realizar o seus sonhos e que acabaram por perdê-las exatamente no lugar onde mais queriam estar. 

Ratzenberger se preparando para a sua única participação na F1, no GP do Pacífico, em Aida

WEC - Vitória para a Porsche, drama para a Peugeot em Losail

  Um grande inicio para a Porsche no WEC (Foto: Andrew Hall/ Dailysportscar) Sabemos que testes de pré-temporada sempre nos pregam algumas p...