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segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Foto 686: John Surtees, Oulton Park 1970

O terceiro elemento...
John Surtees e o seu Surtees TS7 Cosworth durante a Gold Cup de 1970, em Oulton Park. O piloto inglês marcou a pole e venceu a primeira bateria, seguido por Jackie Oliver (BRM) e Jochen Rindt (Lotus). A segunda bateria foi vencida pelo austríaco da Lotus, seguido por Surtees e Oliver. Na soma das duas baterias, Surtees saiu como vencedor, com Rindt em segundo e Oliver em terceiro. A Gold Cup contava também com a presença dos carros da F5000 e nesta quem levou a melhor foi Howden Ganley, com um McLaren M10B Chevrolet.
Apesar de ser um evento extra-oficial, podemos considerar Surtees como o terceiro piloto a vencer na Fórmula-1 com um carro que levava seu nome, fazendo o trio com Bruce McLaren e Jack Brabham.

sexta-feira, 10 de março de 2017

Foto 617: Big John




Para o mais poético, o maior título de John Surtees foi de ter sobrevivido a uma época que morrer na curva seguinte era altamente corriqueiro. E isso não deixa de ser uma grande verdade. John Surtees esteve presente nas duas e quatro rodas com enorme sucesso e competência e nos registros de sua carreira, até onde se sabe, o único acidente grave em sua carreira foi pilotando para a Lola na Can-Am, em 1965, em St. Jovite no Canadá. Descontando isso, seus sucessos foram marcantes: após uma passagem brilhante nas motos, onde colecionou vitórias e sete títulos mundiais - três nas 350cc (1958, 59 e 60) e quatro nas 500cc (1956, 58, 59 e 60), as quatro rodas foram o seu destino e ele desembarcou na F1 pela Lotus ainda em 1960, para mostrar uma velocidade e destreza ao volante dos F1 logo de cara, num momento que ainda estava disputando o título mundial nas motos.
John saiu da Lotus quando percebeu que Innes Ireland poderia ser desalojado da equipe para que ele ocupasse o lugar do irlandês. Para John, isso não era correto e por isso preferiu sair. Nisso o caminho para novato Jim Clark estava aberto...

A sua ida para a Ferrari acabou sendo um casamento perfeito, até o momento do seu primeiro e único título na categoria, em 1964. Mas as divergências políticas dentro da equipe italiana, fez com que John jogasse tudo para o alto e mudasse para a Cooper durante o campeonato de 1966. Para Surtees, aquele ano era possível uma conquista dele e da Ferrari, mas alguns problemas impediram isso: "Seguramente, com todo respeito a Jack Brabham, poderíamos ter vencido o campeonato de 1966. Eu competi para vencer, apesar da mudança para a equipe Cooper. Minha saída foi um desafio para a Ferrari, levando-os a construir o novo motor de três válvulas, que nós deveríamos ter pronto no início da temporada daquele ano. Eu não fiquei muito satisfeito naquela época, mas acho que haviam problemas financeiros." E certamente isso e, principalmente, a condição política, vindo de homens como Eugenio Dragoni - então gerente da Ferrari e que não nutria grande simpatia por Surtees - acabou sendo a gota d'água para o fim da estadia do inglês na equipe italiana. A sua ida para Cooper foi apenas uma breve passagem, coroada com a vitória em Magdalena Mixhuca (GP do México) derradeira etapa de 1966. Surtees ainda voltou a correr pelas Ferrari em 1970, pelo Mundial de Marcas com o modelo 512 e nisso até uma oportunidade de voltar a equipe da F1 existiu, mas foi logo descartada.

A sua chegada na Honda poderia ter sido algo grandioso, mas não passou de efêmero sonho. "De fato, quando se analisa o quanto progredimos com um orçamento limitado, que era certamente menor que o de nossos principais adversários, e apesar de todos os problemas, não fomos tão mal. Em Goodwood, em 1999, um dos meus antigos mecânicos veio falar comigo, quando as Hondas estavam correndo e disse: 'Se você considerar como nós éramos competitivos e se não tivéssemos aqueles problemas rídiculos, poderíamos ter sido campeões naquele ano (1968)'.,  eu respondi 'Eu sei disso!'.

Talvez do mesmo modo que hoje, mas numa escala menor, a Honda pudesse ter entregado um material condizente ao talento que Surtees possuía e isso poderia ter sido traduzido em título: "Derek White havia projetado um bom chassi e Nobuhiko Kawamoto tinha nos prometido um novo motor e uma caixa de mudanças bem leves. Kawamoto-san também estava em Goodwood e ele disse novamente como lamentava que o motor não tivesse ficado pronto em 1968. Eu disse que ambos estávamos aborrecidos. Acredito realmente que a situação posterior da Honda na Fórmula-1 poderia ter surgido antes. O 301 era o carro certo e com o novo motor e caixa de mudança ele teria ficado mais curto e mais leve."

Após estas passagens por Ferrari, Cooper, Honda e BRM, Surtees acabou por criar a sua equipe Team Surtees, idéia qual não era sua intenção. Mas antes disso, revelou que gostaria de ter voltado à Lotus: "Se tivesse raciocinado claramente, e não emocionalmente, teria procurado Colin Chapman no final daquela temporada (1969) e dito que sentia muito ter ido embora em 1961, e que queria trabalhar junto com ele novamente. Sempre fui seu grande admirador...". A equipe Surtees foi importante para o próprio John - que extendeu a sua carreira de piloto até 1972 - e principalmente para pilotos como Mike Hailwood - outra legenda das duas rodas - e também para José Carlos Pace. A equipe de Big Jonh encerrou as atividades em 1978. E John fez uma breve análise de sua carreira: "Acho que me compliquei algumas vezes, mas é difícil quando se precisa melhorar uma equipe, ter que fornecer inspiração e pilotar com ela."

Os anos se passaram e caminhada dos Surtees parecia que teria continuidade com Henry. Mas numa dessas ironias da vida, justamente num automobilismo atual onde a segurança é a palavra chave, um pneu solto de outro competidor acabou acertando a cabeça de Henry durante uma prova de F2 em Brands Hatch e vindo ceifar a vida do jovem inglês. John foi forte e em memória ao seu filho, criou a Fundação Henry Surtees que cuida de pessoas com traumas neurológicos e físicos.

A carreira de John Surtees foi de coragem, a acima de tudo. Acreditar em suas idéias e colocá-las em prática, mesmo que as consequências não fossem as melhores, foi a marca de John nesta sua passagem na Fórmula-1. Era um homem de opinião forte e única.

Hoje John Surtees foi ao encontro de seu filho Henry. O homem que conquistou os dois mundos, faleceu aos 83 anos após problemas respiratórios.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Foto 511: Mirabeau

Bela foto onde pode-se ver dois trechos do circuito de Monte Carlo, em 1971: na Mirabeau, Jean Pierre Beltoise com sua Matra e lá embaixo, o Surtees com o patrão John ao volante, saindo da Lowes.
A foto foi feita durante a classificação, que foi feita com pista molhada.
Na corrida, Beltoise abandonou na volta 47 e Surtees terminou na sétima colocação. Jackie Stewart venceu, seguido por Ronnie Peterson e Jacky Ickx.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Vídeo: GP da Itália, 1967

Foi uma matéria feita pelos japas da Honda e que na época acabaram por ver a equipe de fábrica vencer o GP da Itália com John Surtees, chegando míseros dois décimos à frente de Jack Brabham.
Mas claro que a estrela do dia acabaria por ser Jim Clark com a sua apresentação de gala em Monza, no que foi um dos melhores desempenhos de um piloto na história da F1. Senão, a maior.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Foto 352: Fogo

Um pequeno contratempo para a Ferrari. Willy Mairesse, que dividia o volante da Ferrari 250P #23 com John Surtees durante as 24 Horas de Le Mans de 1963, teve um princípio de incêndio que obrigou a sua retirada quando liderava a prova em Sarthe.
A vitória ainda ficou para a Ferrari, com Lorenzo Bandini / Ludovico Scarfiotti a comandar o #21 da equipe oficial. A fábrica italiana ocupou as seis primeiras posições, sendo duas para a equipe oficial (1º e 2º) e o restante para as equipes particulares.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Foto 332: Kyalami, 1968

John Surtees e sua bela Honda RA300 puxando um pelotão formado por Graham Hill (Lotus-Ford 49), Chris Amon (Ferrari 312/67), Dan Gurney (AAR Eagle-Weslake mkI), Andrea de Adamich e Jacky Ickx (Ferrari 312/67) e Denny Hulme (McLaren-BRM M5A), durante o GP da África do Sul de 1968 primeira etapa daquele mundial.
Essa prova significou algumas mudanças para alguns pilotos e equipes nessa foto: foi a última vez que a Lotus usou a sua clássica cor em verde britânico e amarelo, colocando já para a prova de Jarama - segunda etapa - as cores dos cigarros da Gold Leaf; a Mclaren terminou ali a sua parceria com a BRM, usando, também à partir de Jarama, os Ford Cosworth. Para Andrea De Adamich esta foi a primeira e última corrida corrida pela Ferrari na F1. Ele continuaria a serviço da "Rossa" apenas na F2.
Com relação a prova, Surtees terminou em sétimo, Hill foi segundo; Amon quarto; Hulme quinto. Gurney, Ickx e De Adamich, abandonaram.
A vitória foi de Jim Clark. Aliás, última vitória e corrida de Clark na F1.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Vídeo: O tributo à Jim Clark em Goodwood 2013

O vídeo do tributo feito aos 50 anos do primeiro título de Jim Clark na F1, onde reuniram todos os carros - ou quase todos - que ele guiou na carreira. Neste evento realizado em junho do ano passado, pilotos como John Surtees, Stirling Moss, Tony Brooks, Dario Franchitti e Jackie Stewart estavam presentes.
O Festival Of Speed Goodwood será entre os dias 26 à 29 de junho.

sábado, 5 de outubro de 2013

Foto 261: Bruce e Graham, Riverside 1966

Como eram belos estes carros da Can-Am. Nesta foto, tirada durante a etapa de Riverside de 1966, Bruce Mclaren (Mclaren Elva Mark IIB Chevrolet #4) na cola de Graham Hill (Lola T70 Mk.2 Chevrolet #3).
A etapa de Riverside foi a quinta daquele campeonato que marcava a estréia da Can-Am. Entre os Mclarens e Lolas existentes carros como o Hamil SR3, Porsche 906, Genie MK.2, Chaparral 2E também faziam parte do certame.
A prova de Riverside foi vencida por John Surtees, que era companheiro de Graham Hill e dono da equipe. E o próprio Surtees veio a sagrar-se campeão do primeiro ano da Can-Am com 27 pontos, seis a mais que Mark Donohue.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Foto 256: Clark, Nurburgring 1964

Uma das mais belas fotos que já vi de um GP disputado no velho Nurburgring. Aqui Jim Clark e sua Lotus 33 durante o GP alemão de 1964, prova que foi vencida por John Surtees com a Ferrari. Graham Hill e Lorenzo Bandini completaram o pódio.
Clark abandonou a corrida na sétima volta com problemas de motor.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Foto 248: Nurburgring, 1984


(Foto: Motorsport Golden Age/ Facebook)
A prova inaugural do novo traçado de Nurburgring, que na época era o mais moderno da Europa. Como todos sabem - estão cansados, diria - a prova foi realizada pela Mercedes que entregou aos pilotos participantes o modelo 190. Aliás, só top drivers naquela ocasião: Niki Lauda, Jody Scheckter, Phil Hill, Klaus Ludwig, John Surtees, Alain Prost e outros e mais um tal de Ayrton Senna... que acabou por dominar amplamente aquela corrida.
Na foto que encabeça o post Senna perseguindo Lauda em um dos estágios da corrida e abaixo o resultado final da prova, com o brasileiro chegando quase dois segundos na frente do austríaco. 

sábado, 30 de março de 2013

Foto 186: Reclame

E o que estaria reclamando Jo Siffert?
E mais uma vez o glorioso circuito de Nurburgring é retratado aqui no blog com os mítticos 1000Km, que eram realizados no traçado de 22Km. A foto mostra a Ferrari 512S Spyder #57 de Ignazio Giunti/ Arturo Merzario sendo acossada pelo Porsche 908/03 #20 de Jo Siffert/ Brian Redman. Mais atrás a outra Ferrari 512S Spyder, comandada pela dupla John Surtees/ Nino Vaccarella sendo perseguida pelo Porsche 908/03 de Vic Elford/ Kurt Ahrens Jr. e ao fundo, a Alfa Romeo T33/3 de Rolf Stommelen/ Piers Courage.
Pelo que mostra a foto, ela foi tirada no início dos 1000Km de 1970 e nos treinos os Porsches 908/03 da J.W.Automotive Engineering e da Porsche Konstruktionen Salzburg dominaram as quatro primeiras colocações, com pole ficando para a dupla Siffert/ Redman.
A prova foi vencida pela dupla Elford/ Ahrens no Porsche #22 e a segunda posição ficou com o outro Porsche 908/03 #15 de Hans Hermann e Richard Attwood, garantindo assim a dobradinha para a Porsche Konstruktionen Salzburg. Em terceiro fechou a Ferrari #55 de Surtees/ Vaccarella com uma volta de atraso.


quarta-feira, 20 de março de 2013

Foto 181: 1000Km de Monza, 1970

O duelo que monopolizava as atenções no Mundial de Marcas do início dos anos 70. Aqui a Ferrari 512 S Spyder #3 (Spa Ferrari SEFAC) do trio Ignazio Giunti/ Nino Vaccarella/ Chris Amon na cola do Porsche 917K #7 (J.W. Automotive Engineering) de Pedro Rodriguez/ Leo Kinnunen durante os 1000Km de Monza, quarta etapa do Mundial de Marcas de 1970.
A dupla da Porsche venceu o desafio frente ao trio Ferrarista, com uma vantagem de 1min e 26s após 174 voltas completadas. Na terceira colocação ficou a outra Ferrari 512 S #2 da dupla John Surtees/ Peter Schetty.
Chris Amon ainda fez turno numa outra Ferrari 512 S de #1, onde formou dupla com Arturo Merzario e veio a terminar na quarta colocação.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Foto 104: GP de Mônaco, 1961

Algumas imagens do GP de Mônaco de 1961, vencida por Stirling Moss com a Lotus do Team de Rob Walker.
Bruce Mclaren com a Cooper T55 #26, terminou em sexto

Cliff Allison #32, pilotando a Lotus da equipe Rob Walker, foi o oitavo

Dan Gurney com a Porsche 718 #4, terminou em quinto. Na foto ele está
sendo perseguido por uma BRM (Tony Brooks ou Graham Hill?)

John Surtees com a Cooper T53 do Team da Yeoman Credit. Terminou em 11º

Wolfgang Von Trips foi quarto com a sua Ferrari 156

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Grandes Atuações: Jim Clark, Nurburgring 1962

Nos tempos áureos do automobilismo, assim como hoje, o grande teste para um novato era ver o quanto ele era bom em circuitos extremamente difícieis. A grande diferença é que naquela época o número de pistas “antiquadas” era bem maior: você podia se deparar com Rouen, com as sua sessões de curvas rápidas feitas em descida ou então tentar a sorte de dividir uma freada na entrada da Masta Kink em Spa-Francorchamps e esperar para ver o que poderia acontecer. Mas o grande teste, aquele que, talvez, valesse realmente a pena, era encarar os longos 23 km do velho Nurburgring. Se com a pista seca, debaixo de um sol escaldante, as coisas já não eram fáceis, imagina com pista molhada por inteira, ou pior, tendo trechos secos intercalando com outros totalmente encharcados? Nurburgring, no seu esplendor da era dos Grand Prix, era um local onde os garotos não tinham vez. Na corrida de 1962, Jim Clark fez uma das suas melhores exibições ali mesmo, no “Inferno Verde”.
Clark já havia mostrado as suas credenciais nos seus dois primeiros anos de F1. Em 1960 não disputou todas as corridas, mas arrancou um terceiro lugar no GP de Portugal disputado nas ruas do Porto e em 61, correndo em todas as provas, conseguiu mais outros dois pódios, sempre em terceiro, nos GPs da Holanda e da França. Para o ano de 62 Colin Chapman lhe entregara uma Lotus 25 que se mostrou rápida desde a sua prova de estréia, em Zandvoort. Clark dominou, mas não venceu e isso aconteceria na prova seguinte em Mônaco. Somente em Spa (3ª etapa) é que o escocês entrou para o grupo dos vencedores ao ganhar debaixo de uma chuva intensa e repetiu a dose duas corridas depois ao ganhar em Aintree. Em Nurburgring, sexta etapa, o domínio de Clark foi ofuscado pela magnífica pole de Dan Gurney que colocou a sua Porsche na primeira posição do grid, ficando três segundos à frente de Graham Hill (BRM) e quatro com relação à Clark que aparecia em terceiro. John Surtees fechava em quarto com sua Lola-Climax.
No dia da prova a forte chuva que caiu antes da largada, fez com barreiras caíssem em alguns pontos da pista e assim o início da corrida foi atrasada. Após serem feitos os reparos, a prova teve a sua largada realizada, mas Clark cometeu o erro de esquecer de ligar as bombas de combustível e rapidamente foi tragado pelo pelotão, despencando de terceiro para vigésimo quarto. Clark mostrou do que era feito quando ultrapassou nada mais que 16 carros naquela primeira volta e quando abriu a segunda passagem, já estava em oitavo, pressionando Ricardo Rodriguez que brigava ferozmente com Jo Bonnier e Phil Hill pela quinta posição. Foi uma primeira volta de mestre, algo que Ayrton Senna faria 30 anos depois, mas claro, numa escala bem menor. Jim continuou a sua escalada e quando chegou à metade da corrida, já estava em quarto. Com um ritmo absurdamente alucinante, ao cravar incessantemente a melhor volta a cada passagem, ele estava chegando próximo da batalha que Gurney, Surtees e Graham Hill travavam pela primeira posição. Clark tinha condições e tempo de sobra para encostar e passar os três para vencer uma corrida épica, mas, com o ritmo que estava a imprimir naquele momento, um erro era quase certeiro. Na décima primeira passagem, quando estava a poucos segundos de Hill, a Lotus de Clark sofreu uma forte derrapagem que quase a atirou para fora da pista. O escocês conseguiu controlar a saída do carro e de imediato diminuiu o ritmo, conformando-se com a quarta colocação. Enquanto isso, Graham Hill avançou e conquistou as posições de Surtees e Gurney para vencer a prova.
Apesar das discussões de qual teria sido a sua melhor prova na F1, onde muitos apontam a corrida de Monza, em 1967, como a melhor, Clark sempre apontou esta de Nurburgring como sendo a mais espetacular de sua carreira. As duas não o levaram a vitória (em Monza a bomba de gasolina o deixou na mão na última volta, quando contornava a curva Parabólica), mas pelo grau de dificuldade com qual ele se deparou naquele 5 de agosto de 1962, talvez o velho Clark tinha total razão.

domingo, 13 de março de 2011

GP da Itália, 1967

Em setembro do ano passado tinha escrito um post sobre a a genial recuperação de Jim Clark no GP italiano, após um furo em um dos pneus. O vídeo abaixo mostra as imagens de quando Jim assumiu a liderança da prova ao ultrapassar Jack Brabham (Brabham) na reta dos boxes (no mesmo instante em que o então líder Graham Hill, Lotus, abandonou a prova) e depois, na última volta, quando o escocês perdeu a liderança para John Surtees (Honda) e Jack Brabham na saída da primeira curva de Lesmo. O post você confere aqui.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Foto 4: Bons companheiros

Eram bons tempos. De camaradagem simples e muito honesta. Neste instantâneo reconheço apenas Jim Clark, Jo Bonnier, Phil Hill, Dan Gurney, Jack Brabham, Jo Siffert, John Surtees, Graham Hill, camaradas dentro e for das pistas. Atualmente é um tanto difícil repetir uma foto destas, pois a guerra de egos e a vida extremamente ocupada dos atuais astros da F1 atrapalham um pouco estes registros.  


quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Grandes Atuações- Jim Clark, Monza 1967


Uma das poucas critícas feitas a Jim Clark era sobre seu desempenho quando tinha que fazer uma prova de recuperação. Quando estava no comando era formidavelmente rápido e dominante, porém, tendo que abrir caminho entre seus oponentes para subir de posições, encontrava dificuldades. Talvez esquecessem da sua magnífica prova em Nurburgring 1964, onde em uma só volta ultrapassou 17 carros, quase um carro por quilometro dos lendários 23Km do Nordschleif na primeira volta. Mas em setembro de 1967, durante o GP da Itália, Clark calaria seus críticos com uma condução ainda mais soberba que a apresentada na Alemanha, três anos antes.
Mesmo com a estréia vitoriosa dos motores Cosworth em Zandvoort (3ª etapa) pelas mãos de Clark pilotando o Lotus 49, este motor ainda não era páreo para os Repco da Brabham, conduzido por Jack Brabham e Denny Hulme que vinham na liderança do mundial. O motor Cosworth havia apresentado vários problemas, tendo deixado Clark na mão em três oportunidades após a estréia deste propulsor. E isso deixou o escocês de fora da briga pelo título (mesmo tendo vencido em Zandvoort e Silverstone e depois ficado em sexto em Spa), pois tinha abandonado também a as duas primeiras provas, quando a Lotus estava usando os motores BRM somando assim cinco abandonos em oito corridas.
A largada do GP da Itália de 67
Já em Monza para a disputa da nona etapa, Clark crava a pole, mas numa pista em que era formada basicamente de retas e curvas velozes, esta posição significava pouco. Seus adversários diretos eram Brabham e Hulme, seu companheiro de Lotus Graham Hill, Dan Gurney com seu Eagle e John Surtees a bordo do Honda V12 desenhando por Eric Broadley, o mesmo que havia concebido o Lola vencedor da Indy 500 de 1966 e por isso o carro japonês lembrava um pouco o bólido inglês. Prometia ser uma corrida de grandes ases.
Mesmo com uma largada complicada com Dan Gurney pulando à frente, Clark conseguiu recuperar a primeira posição e pelas treze voltas seguintes, ele conseguiu abrir uma boa diferença para Brabham que lutava freneticamente contra outros contedores nos famosos “slipstreamig” que Monza oferecia sem a existência das chicanes. Era pé cravado no acelerador quase que a volta toda, aliviando apenas nas duas de “Lesmo” (quem tivesse mais coragem, fazia de pé embaixo) e na entrada da “Parabólica”. Na 14ª passagem, um furo em um dos pneus fez com que Clark abrandasse o ritmo e assim caísse várias posições. Entre completar uma volta com pneu furado e a troca deste, Jim voltou em décimo quinto com uma volta de atraso para os demais. Para qualquer um que visse tal situação, diria que a prova para o escocês já havia acabado, mas ainda faltavam 52 voltas para o fim da corrida (de um total de 68) e muita coisa ainda poderia acontecer.
A grande recuperação: Clark passa pelo então líder Graham Hill, para descontar o atraso de uma volta
Com o uso do vácuo, Clark fez uma das recuperações jamais vistas numa corrida. Descontou sua desvantagem de uma volta e na passagem 58, para espanto de todos em Monza, ele estava em primeiro após herdar a liderança de Hill que abandonara com problemas no seu Cosworth. Tomando certa distância da luta titânica que Surtees e Brabham travavam pela segunda posição, Jim caminhava para sua maior vitória na F1.
Porém o azar o visitou novamente. Quando estava no contorno da “Curva Grande” o motor Cosworth começou a falhar e Jim foi alcançado ultrapassado facilmente por Brabham e Surtees, que passaram colados. Ambos decidiram a vitória na linha de chegada, com Surtees a vencer por um bico o Brabham do “Old Jack”. Clark chegou 23 segundos atrás com o motor a sugar as últimas gotas de gasolina.
Jim saiu do carro revoltado por ter perdido a vitória por falta de gasolina, afinal tinha confiado nos cálculos de Colin Chapman. Ele ficaria ainda mais enraivecido quando soube que o tinha lhe tirado a vitória não era a falta de gasolina, mas sim um problema no pescador de combustível que não havia conseguido sugar o resto de gasolina que ainda tinha no reservatório e que com certeza lhe daria a conquista. Clark tinha perdido a sua maior vitória por algumas gotas de combustível.
A chegada mais apertada até então: Surtees (esquerda) vence a prova com uma diferença de 0''2 à frente de Jack Brabham. Clark terminaria em terceiro

WEC - Vitória para a Porsche, drama para a Peugeot em Losail

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