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sábado, 10 de abril de 2021

Foto 909: Juan Manuel Fangio, GP de Berlim 1954

 


Uma festa para o campeão. As Mercedes W196 lideradas por Karl Kling, Juan Manuel Fangio e Hans Hermann durante o I Grosser Preis von Berlin, realizado em 19 de setembro de 1954 em AVUS.

Esta prova foi organizada para comemorar a conquista de Juan Manuel Fangio naquele ano de 1954 e contou com a participação de 14 participantes ao todo. Além dos três Mercedes, ainda teve três Gordini T16 para Jean Behra, André Pilette e Fred Wacker. A Maserati levou dois 250F oficiais para Stirling Moss e Sergio Mantovani, mas a marca ainda teve outros dois carros de modo particular: Louis Rosier inscreveu um 250F em seu nome e Harry Schell um antigo A6GCM também em seu nome. A equipe de Louis Rosier inscreveu uma Ferrari 625 para Robert Manzon, mas este nem chegou a participar da corrida após apresentar problemas pouco antes da largada. Um Ferrari 500 foi inscrito pela Ecurie Francorchamps e pilotada por Jacques Swaters. A lista de inscritos ainda contou com duas participações particulares: Helmut Nierdermayr pilotou um Klenk Meteor, enquanto que Rudolf Krause usou um BMW Eingebau.

Para a corrida, com 60 voltas programadas, apenas 11 carros estiveram presentes – Moss, Mantovani e Krause nem treinaram – e o número de participantes cairia ainda para 10 quando Robert Manzon não alinhou na oitava posição. Juan Manuel Fangio, que fez a pole com 1.3 segundos de vantagem sobre Hans Hermann, liderou o corrido por um bom tempo e sempre comboiado pelos outros dois Mercedes. Faltando  poucas voltas para o fim, o argentino diminuiria a velocidade e deixaria Karl Kling assumir a liderança para vencer por uma margem de cinco décimos sobre Fangio, com Hermann em terceiro fechando a trinca da equipe Mercedes. O piloto argentino teria abdicado da vitória seguido comando vindo dos boxes para que Kling vencesse.

Na foto em destaque no post ainda pode-se ver a presença de um outro carro, que trata-se do Gordini de Jean Behra que conseguiu acompanhar o ritmo dos Mercedes pelas primeiras voltas, mas que acabaria por ter o motor quebrado - justamente pelo grande esforço em acompanhar os carros alemães - e abandonar na volta 14. 

Ainda sobre Fangio, o argentino acabou recebendo um volante feito por um artesão local e que está em seu Museu na cidade de Balcarce.

sábado, 28 de março de 2020

Foto 854: Nurburgring 1952


Os Mercedes 300SL Spyder na linha de frente em Nurburgring. Na foto, Karl Kling #24 puxa o pelotão seguido por Hermann Lang #21, Fritz Riess #22.
A corrida teve um total de 11 participantes, com a Mercedes alinhando quatro 300SL Spyder que ficaram sob os cuidados de Karl Kling, Hermann Lang, Frietz Riess e Theo Helfich. A Gordini entrou com um T15S oficial para Robert Manzon, enquanto que o restante dos inscritos foi de forma particular: Varnö Hollming alinhou um Jaguar XK120; Robert Nelleman foi com um Allard J2; Jean Lucas inscreveu um Ferrari 212, enquanto que Piero Carini seguiu o exemplo ao correr com um Ferrari 340 America; Alfred Hitchings foi de Healey Silverstone; e Jean Blanc inscreveu um Talbot Lago T26GS.
A prova foi dominada amplamente pela Mercedes, que colocou seus quatro carros nas quatro primeiras posições, com a vitória ficando para o veterano Hermann Lang com 1.9 segundos de vantagem sobre Kling. A terceira posição ficou para Fritz Riess, com Theo Helfich em quarto. Alfred Hitchings terminou em quinto, com o Healey Silverstone.
O Grosser Jubilaumspreis von Nurburgring foi realizado em 3 de agosto de 1952 para comemorar os 25 anos da inauguração do circuito de Nurburgring. Na mesma data foi realizado o GP da Alemanha, então sexta etapa do Mundial de Fórmula 1, que contou com a vitória de Alberto Ascari que também serviu para coroa-lo campeão do mundo daquela temporada.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Vídeo: GP da Grã-Bretanha, 1955

Realizado pela primeira vez no antigo hipódromo de Aintree, o GP da Grã-Bretanha de 1955 foi vencido por Stirling Moss nessa que foi a sua primeira conquista na F1. Para muitos a vitória do piloto da casa foi "arranjada", uma vez que Alfred Neubauer, o chefe de equipe da Mercedes, pediu para que Fangio (principalmente ele), Karl Kling e Piero Taruffi abrandassem o ritmo, mas o piloto argentino era o único que poderia competir de igual pra igual com Moss naquela tarde de 16 de julho e por isso o tal pedido. Mesmo com essa possibilidade de a corrida ter sido facilitada para a vitória de Stirling, Fangio foi elegante em dizer que o seu companheiro venceu por méritos.
A corrida foi dominada pela Mercedes, que teve alguma oposição dos carros da Ferrari, fechando a prova com os quatro carros nas quatro primeiras colocações.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Foto 232: Argentina, 1955

Fangio sendo saudado pela imprensa e pelo público, nas arquibancadas
(Foto: Reprodução)
O calor escaldante daquele GP da Argentina, que foi a prova de abertura do campeonato de 1955 da F1, não foi empecilho para que Juan Manuel Fangio vencesse a corrida.
Junto do forte calor, o desgaste físico - e mecânico - foram os grandes rivais dos pilotos, tanto que a segunda colocação foi conquistada por três pilotos que partilharam a Ferrari 625 #12 (José Froilan Gonzalez/ Giuseppe Farina/ Maurice Trintignant) e quarta colocação foi da Mercedes W196 com Stirling Moss/ Hans Hermann/ Karl Kling. Mas o desempenho de Fangio foi assombroso, pois completou a prova sem partilhar o carro com ninguém - se bem que ele deveria ter entregue o Mercedes para Moss, segundo uma ordem de Alfred Neubauer, que ele acabou por ignorar.
Com os pilotos levando seus respectivos carros para que seus companheiros assumissem o volante, devido ao tempo quente, Fangio continuava na pista: “Comecei a imaginar que eu era um homem perdido na neve e que teria que seguir em frente senão morreria de frio. Houve um momento que achei que não conseguiria, porem quando um  certo momento critico era superado, meu animo se restabelecia e a vontade de vencer retornava” Declarou logo após a corrida.
Juan venceu a prova com quase dois minutos de avanço sobre o trio da Ferrari, mas após encostar a sua Mercedes, foi atendido pela equipe médica.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Foto 63: O início do massacre

Fangio e Karl Kling alinhados com suas novissímas Mercedes W196 na primeira fila, junto de Alberto Ascari com a sua Maserati 250F no GP da França de 1954, disputado em Reims.
O piloto italiano abandonou na primeira volta por problemas de motor. Fangio e Kling fizeram a dobradinha da Mercedes, colocando uma volta de vantagem sobre francês Robert Manzon que terminou em terceiro

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Quando José Froilan Gonzalez derrotou as Mercedes na Copa Perón, 1951



Ainda quando se reerguia dos escombros do que tinha restado pós segunda guerra mundial, os alemães da Mercedes decidiram voltar às corridas de Grand Prix. Esta decisão tinha sido tomada quando a fábrica percebeu que as Alfas 158, construídas em 1938, ainda estavam em forma e desde quando voltaram a competir não haviam sido derrotadas em nenhuma prova em que estivessem participando. Assim a Mercedes ressuscitou seus W154/163 que haviam dominado a temporada de 1939 e que em algumas provas, havia batido as mesmas Alfas 158 com certa tranqüilidade. Se apoiando nisso, eles acreditavam que seus carros também podiam fazer igual ou melhor que os carros italianos.

A volta da Mercedes as corridas se deu na Copa Perón realizada em fevereiro de 51, na Argentina, em duas provas disputadas nas ruas de Buenos Aires chamada de “circuito do Litoral Norte”. A fábrica alemã era a única estrangeira na lista de inscritos para a disputa da Copa Perón, o restante eram da Argentina. Para essa prova eles trouxeram 3 carros, destinados a Hermann Lang, Karl Kling e Giuseppe Farina, mas este último foi substituído por Fangio. A ACA (Automóvel Clube da Argentina) exigiu que um dos carros fosse pilotado por Fangio, assim Farina reclamou junto a FIA contra a ACA pelo acontecido. Mas nada foi feito e o piloto argentino pode pilotar um dos poderosos W154.

Abaixo segue a lista de inscritos para a primeira e segunda provas:
2- Juan Manuel Fangio- (ARG) Mercedes-Benz W154/163
4- Hermann Lang- (ALE)- Mercedes-Benz W154/163
6- Karl Kling- (ALE)- Mercedes-Benz W154/163
8- Oscar Galvez- (ARG)- Ferrari 166 FL
10- Jose Froilan Gonzalez- (ARG)- Ferrari 166 FL
12- Jose Felix Lopes- (ARG)- Simca Gordini T-15
14- Luis Alberto de Deus- (ARG)- Simca Gordini T-15
16- Alfredo Pian- (ARG)- Maserati 4CL
18- Victorio Rosa- (ARG)- Maserati
20- Hector Niemitz- (ARG)- Alfa Romeo
22- Pascual Puopolo- (ARG)- Maserati
24- Clemar Bucci- (ARG)- Alfa Romeo 12C-37
26- Alberto Crespo- (ARG)- Maserati
28- Carlos Menditeguy- (ARG)- Alfa Romeo 8C 308
30- Onofre Marimon- (ARG)- Maserati
32- Roberto Mieres- (ARG)- Maserati
34- Eitel Cantoni- Maserati 4CLda
36- Jorge Daponte- (ARG)- Maserati 4CL
?- Viannini- (ARG)- Maserati 4CL

Cartaz das provas da Copa Perón

A largada do GP Presidente Perón, dia 18: Fangio (Nº 2) a direita na foto e Lang (Nº 4) 

 Gonzalez já a frente de Lang


Um dos vários problemas que a Mercedes enfrentou nas duas provas na Argentina: nesta foto, Kling com sérios problemas no motor se defende como pode de Carlos Menditeguy


Traçado do circuito de Costanera, onde foi disputado a Copa Perón


A primeira vista, os Mercedes eram os favoritos e uma vitória de Juan Manuel Fangio batalhando lado a lado contra o campeão europeu de 1939, Hermann Lang, seria o ponto alto de não só apenas nesta corrida inaugural, denominada “V Grand Premio General Juan Perón y de La Ciudad de Buenos Aires”, mas também para a segunda prova que seria disputada na semana seguinte no mesmo traçado. Nem a presença de outros heróis argentinos como Oscar Galvez, Onofre Marimon e Jose Froilan Gonzalez fez a opinião popular mudar. Mas Froilan Gonzalez mudou a lógica ao mostrar sua classe.

Os treinos tiveram inicio numa quinta com domínio absoluto das Mercedes que se estendeu até o sábado, quando Fangio confirmou o favoritismo ao marcar a pole com o tempo de 2m1s7, contra 2m3s7 de Lang. Froilan Gonzalez aparecia em terceiro, na frente do outra Mercedes de Kling. Mas o piloto argentino caiu para quarto após um erro na cronometragem no tempo das voltas e assim Kling completou a trinca da Mercedes.

No domingo, dia 18, o circuito do Litoral Norte estava lotado com o público esperando um grande duelo entre as Mercedes durante as 45 voltas pelos 3.5 Km do traçado e já com a presença do Presidente Perón e sua esposa Eva, a prova teve seu inicio as 17h00. Froilan Gonzalez pulou de quarto para segundo e já estava na cola de Lang na disputa pela primeira posição. Fangio despencou de primeiro para terceiro, mas na quarta volta ele recuperaria a posição junto a Gonzalez subindo para segundo. Kling também perdera posições, caira para 5º, e agora estava a lutar contra Menditeguy (4º) e Bucci (6º).

A Mercedes dominava a prova com a dobradinha Lang-Fangio, mas o piloto argentino entrou as pressas nos boxes com a roda dianteira direita avariada. Isso lhe custou mais de trinta segundos nos boxes e quando voltou, estava em oitavo sem grandes chances de tentar a vitória. Na frente continuava Lang, mas no seu encalço já se encontrava Froilan Gonzalez com sua Ferrari. Esta cena se manteve até a 25ª volta quando o piloto alemão foi para os boxes e o argentino passou para primeiro.
Froilan Gonzalez pilotou como nunca e conseguiu salvar mais de 30s de diferença para Lang e na volta 34 ele fez sua parada nos boxes para reabastecer, pois havia uma rachadura no reservatório de seu Ferrari e a fuga de combustível era considerável. As últimas voltas foram angustiantes, com Froilan a ser pressionado por Lang e Fangio se sustentando em terceiro com falhas no motor. Gonzalez conseguiu se manter a frente do piloto da Mercedes para passar e vencer a corrida. Fangio ficou em terceiro e Oscar Galvez fechou em quarto.

A segunda prova foi realizada na semana seguinte, no dia 24 de fevereiro, levando o nome de “V Grand Premio Extraordinário Eva Duarte Perón” e como na semana anterior, a primeira fila ficou com as Mercedes de Fangio e Lang. Menditeguy se colocou em terceiro, seguido por Kling, Froilan e Daponte. Estava um dia frio no circuito de Costanera (Litoral Norte), mas o publico compareceu em peso que acreditava em mais uma vitória de um piloto local.
Quem baixou a bandeira ordenando a largada foi Eva Perón, que em seguida saiu correndo. Fangio e Lang sustentaram suas posições, mas Froilan mais uma vez surpreendeu a todos ao sair de quinto para terceiro. Fangio abdicou da primeira posição por problemas de carburação em seu Mercedes (isso que a equipe havia feito um teste rigoroso com os carros de Fangio e Lang na sexta no mesmo tempo que a prova seria executada e o problema, aparentemente, estava resolvido) e assim Lang subiu para primeiro. Na volta 5, Lang se atrapalhou em um trecho do circuito e Froilan Gonzalez apareceu para assumir a liderança da prova.

Ao contrário da última corrida, que tinha sido trabalhosa para ele, Gonzalez aumentou o ritmo sobre Lang, que também enfrentava problemas no seu carro. Fangio abandonou a corrida com o carburador avariado na volta 9 e Lang fez o que pode para chegar em terceiro. Froilan Gonzalez mais uma vez passou para vencer a prova, seguido por Karl Kling com Mercedes.


A largada da segunda prova, o GP Eva Perón, disputado a 24 de fevereiro: Fangio vai a frente, seguido por Lang. Froilan Gonzalez aparece em terceiro, contornando por fora.

 Fangio com a Mercedes: problemas de carburador o forçaram abandonar a prova

José Froilan Gonzalez caminhando para a segunda vitória na Copa Perón: desempenho magnifíco de "El Cabezon"
Foram duas vitórias maiúsculas de Froilan Gonzalez. Todos sabiam que a força da Mercedes, mesmo com carros de 12 anos antes e que já algum tempo estavam sem uso, ainda podiam fazer frente a máquinas um tanto mais novas que eles (afinal os W154 tinham cerca de 500hp contra 310 da Ferrari). E sem contar, claro, com o virtuosismo de Lang e a finesse do mestre Fangio que acabaram sendo traídos pelos problemas de idade dos carros alemães. Mas isso não tirou em nada o brilho das conquistas de Gonzalez, que passou a ter seu nome respeitado no automobilismo europeu.
As provas também foram lucrativas para a ACA, que pode recuperar boa parte do dinheiro gasto na temporada de 1950 no apoio aos seus pilotos na temporada européia.

Para a Mercedes, mesmo tendo a mão de ferro de Alfred Neubauer, isso não foi o bastante. Pois além das derrotas na Argentina, testes realizados posteriormente em Nurburgring não foram convicentes e assim fábrica decidiu adiar sua volta ao Grand Prix por mais três anos, quando reapareceu no GP da França de 1954. Acredita-se que o não envolvimento de Rudolf Uhlenhaut, projetista chefe da Mercedes, tenha sido fundamental para tal fracasso.

Voltando para Froilan Gonzalez, alguns meses depois de suas grandes apresentações na Copa Perón, ele ainda teve o gosto de levar a Ferrari pela primeira vez a uma vitória no campeonato mundial de pilotos, em Silverstone, no se caracterizou na primeira derrota da Alfa Romeo 158 após seu retorno as pistas.

E agora os europeus tinham que venerar mais um argentino. Foi o inicio da era de ouro da Argentina na F1.

Com a coroa de flores Jose Froilan Gonzalez, no meio Fangio e Eva Perón de braços cruzados: a grande festa do automobilismo argentino 


O pódio com a presença de Froilan Gonzalez e Fangio


O semanário "Autódromo" exautando a vitória de Gonzalez sobre as Mercedes


Fonte: http://www.jmfangio.org/

Fotos: Revista Autos de Época, Augé Bacqué, Alfredo Parga, Revista Corsa,
Gravura que abre este post:  Alfredo De La Maria

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