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quarta-feira, 30 de março de 2011

Sobre Raikkonen e sua ida para a NASCAR

Aquele ar de quem “não está nem ai”, é a marca registrada de Raikkonen. Nos seus anos de F1 seu comportamento nas corridas foi muito tranqüilo e nenhuma confusão com outro piloto, que tem sido bem normal nos últimos anos, foi registrada. Mas para quem pensava que ele era desligado totalmente do mundo ao ver aquele cara caladão e despojado, enganou-se. Talvez ele estivesse pensando no que iria fazer adiante, enquanto seus colegas de pista cuidavam apenas do momento. Dá para tirar mais ou menos uma idéia disso quando, todos apostavam que ele iria para a Mclaren ou Toyota em 2010, mas notícia de que iria correr nos Ralis na próxima temporada pegou-os de calças na mão. Mas Kimi sempre expressou sua paixão pelos ralis, e isso não deveria ter sido encarada com surpresa. Uma hora ou outra aconteceria naturalmente.
Iniciando sua segunda temporada no Mundial de Rali, Raikkonen apareceu com mais uma: correr na NASCAR. Ele irá montará uma equipe na Truck Series para ir se ambientando com os ovais americanos, para no ano quem, no máximo, chegar à Sprint Cup que é a categoria principal. Nisso ele revezará entre as corridas no Rali e Truck Series neste 2011. É um desafio e dos grandes para ele, mas o que fez mudar a sua cabeça em direção outra categoria?
A impressão que tenho de Raikkonen desde os tempos da F1, é que ele parecer enjoar das coisas com o passar do tempo. Teve uma passagem fabulosa pela Mclaren entre 2002 e 2006, onde conquistou um bom número de vitórias e poles, mas quando chegou à Ferrari em 2007, o finlandês não empolgou tanto quanto na época da equipe rival. Parecia mais desconcentrado e desmotivado. Mas também é de levar em conta que e Ferrari naquela ocasião estava começando a entrar em parafuso, após a saída de Schumi e Ross Brawn e seu carro não era tão bom quanto o de 2006. Mas ao meio da temporada melhoraram na organização e Kimi fez uma segunda parte de mundial irretocável, que culminou no título daquele ano ao desbancar ao duo explosivo da Mclaren Alonso-Hamilton. A queda de rendimento dele em 2008 e 2009 só o fez declinar mais e mais para os ralis. O desespero da Ferrari em trazer Alonso para 2010 ajudou bastante na decisão de Raikkonen, afinal o time italiano não pareceu muito disposto a ficar com o gelado Kimi. Mclaren e Toyota também flertaram com ele, mas nenhuma chegou ao tanto de grana que o finlandês estava a fim de ganhar. Olhando hoje até acho que Raikkonen jogou pesado nas negociações com estas equipes para ver se ambas desistiam, e assim ele pudesse seguir seu caminho rumo a sua paixão que são os ralis. No Mundial de Rali também não foi grande coisa: destruiu mais carros do que conseguiu algo de concreto.
Vendo como foram as coisas para ele desde o ano passado, a mudança de ares é mais que natural na vida do Kimi. Talvez ele já esteja desanimando com os ralis por não ter conseguido alcançar, pelo menos, resultados decentes. Antevendo mais um possível fracasso neste ano, já está se arrumando pelos EUA. E por lá tem a anual subida de Pikes Peaks. Caso consiga uma chance, pode tentar vencer a mais famosa subida de montanha do mundo. O que seria um consolo para ele.
Ao ler a notícia da sua ida para a NASCAR, lembrei de outro personagem muito popular que de vez em quando reaparece das cinzas para destilar seu veneno ou tentar uma “boquinha” em alguma categoria: Jacques Villeneuve. É uma tanto cedo dizer que Raikkonen esteja trilhando o caminho do canadense, mas não há como negar que, a princípio, lembra um pouco. Jacques chegou badalado na F1: fez um alvoroço no seu primeiro ano de F1; ganhou o mundial no seguinte (assim como Hamilton) e depois sua carreira começou a descer ladeira abaixo, feito uma jamanta desgovernada. Formou sua equipe em 99 e quebrou a cara em seguida. Nos anos 2000 teve a chance de ir para a Mclaren, mas tirou o corpo fora pelo fato de achar um saco ter que fazer os mil e um eventos de patrocinadores que a equipe prateada sempre fazia com Hakkinen e Coulthard. Saiu e voltou para F1 em 2006, quando saiu de vez em meio a temporada. Tentou voltar inúmeras vezes, mas por causa da sua idade avançada sempre teve as portas fechadas. Atualmente vagueia feito um cão sem dono por inúmeras categorias para fazer “participações especiais”.
Raikkonen ainda tem um caminho interessante a ser percorrido. Nessa sua ida para a NASCAR ele pode acertar a mão e começar a vencer corridas e tornar-se um ídolo da categoria. Mas não será nada fácil furar a forte bolha que é a NASCAR. No decorrer deste ano e o de 2012 saberemos como se sairá o Homem de Gelo na quente e fervorosa NASCAR.

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