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terça-feira, 9 de abril de 2019

Foto 734: Jacques Villeneuve, Indy 500 1995




Jacques Villeneuve no seu primeiro grande momento no esporte a motor, ao conquistar a Indy 500 de 1995.
Pode-se dizer que foi de "presente" após um erro de cálculo - misturado com pressa - por conta de outro canadense Scott Goodyear, que acabou ultrapassando o Pace Car antes que esse recolhesse aos boxes faltando míseras voltas para o final, resultando numa bandeira preta que lhe tirou uma vitória certa no Brickyard. Mas enquanto um canadense chorava, outro festejava.
Jacques Villeneuve ainda seria coroado como campeão de 1995 da CART e a partir de 1996 estaria a serviço da Williams na Fórmula-1.
Jacques Villeneuve completa hoje 48 anos.

sábado, 3 de agosto de 2013

Documentário: O Audi 90 Quattro na IMSA GTO, 1989

(Foto: SpeedHunters.com)
Depois do sucesso alcançado com o seu projeto nos Rallies, com o Audi Quattro com tração integral, a fábrica de Ingolstadt rumou para os EUA. O desafio em questão não era apenas enfrentar os americanos em seu próprio território, mas também recuperar um pouco do prestígio da marca que estava em baixa devido os problemas com os seus carros. A solução foi aproveitar toda as informações adquiridas durante os anos no finado Grupo B dos Rallies e aplicá-los nas pistas de corrida.
A primeira aparição da Audi nas competições americanas, em caráter oficial, foi em 1988 no campeonato da Trans-Am e não fez feio: com a intenção de acumular informações, a Audi, com o seu modelo 200 Quattro que foi entregue a Hurley Hailwood, Hans Joachim Stuck e Walter Röhrl, venceu oito provas das 13 disputadas naquele ano com Hailwood sagrando-se campeão. O plano seguinte era a IMSA, uma categoria mais aberta do que a Trans-Am, onde a Audi podia trabalhar mais com o seu projeto Audi Quattro.
A máquina que foi construída para aquela temporada de 1989 tinha praticamente o mesmo pacote do que foi utilizado nos rallies: tração integral, chassi em fibra de carbono e motor 700HP Turbo. Com a denominação de Audi 90 Quattro, este foi entregue a Hans Stuck e Walter Röhrl e um segundo para Hurley Hailwood e Scott Goodyear, que participou de algumas provas na classe GTO.
Com a oposição dos Mercury Cougar XR-7 e dos Nissan 280Z, a Audi conseguiu vencer sete provas (todas com Hans Stuck, sendo que uma foi em parceria com Röhrl nos 500 Km de Watkins Glen) das doze que não tinham a participação dos protótipos. Apesar dos bons resultados, o título ficou com Peter Halsmer pilotando o Mercury Cougar do Team Roush Racing, alcançando 203 pontos. O mais bem classificado dos pilotos Audi foi Hans Stuck, que terminou em terceiro com 173 pontos.
Apesar do grande sucesso alcançado nestes dois anos, a Audi rumou de volta para a Europa, onde começaria o seu projeto no DTM com o seu modelo V8 Quattro. E não foi preciso muito tempo para vencer: Stuck viria a ganhar o campeonato naquele ano e Frank Biela repetindo o feito em 1991.
Mudou-se o cenário, mas o sucesso continuou o mesmo.
Abaixo o documentário da Audi no campeonato na IMSA em 1989. Infelizmente está em alemão, mas vale a pena.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

A caótica e emocionante Indy 500 de 1992


Por um nariz: Al Unser Jr. cruza a linha na frente de Scott Goodyear na mais ferrenha chegada
da Indy 500

Michael Andretti desfilava certa arrogância naquele fim de semana em Indianápolis. Segundo ele, o desempenho dos motores Ford era muito superior aos demais principalmente frente aos Chevrolet, seus principais concorrentes: “O motor Ford tem mais força que o Chevy e deveremos ganhar até três milhas por hora em cada volta. Mas a única maneira segura de saber isso é olhando para o computador. Naquela velocidade não dá para sentir o torque.” De certa forma, apesar de sua empáfia, ele tinha razões para acreditar que a corrida seria uma briga particular entre os carros com motores Ford.

O Ford tinha sofrido algumas modificações visando retomar a supremacia em Indianápolis, que tinha sido perdida para os Chevrolet ao final dos anos 80. O novo Ford, batizado de Cosworth XB, foi um dos mais rápidos durantes os treinos daquele mês de maio, perdendo apenas para os Buick V8 do Team King Racing conduzido por Roberto Guerrero, que veio marcar a pole e quebrar o recorde do circuito ao andar na casa de 230MPH. As duas primeiras filas eram formadas por carros com motores Buick e Ford Cosworth. O melhor dos Chevrolet aparecia na terceira fila, na oitava posição com Danny Sullivan da equipe Galles. No “Carburation Day”, do dia 21 de maio, Mario Andretti cravou o melhor tempo e logo em seguida mais outros três carros com motor Ford ficaram nas posições seguintes, mostrando a real força dos propulsores. Mas a corrida é longa e imprevisível. Bem típico da Indy 500.

O dia da prova estava com a temperatura baixa, devido uma frente fria que chegara da noite anterior. Isso era horroroso para uma tentativa de esquentar os pneus com aquele tempo como se comprovou horas depois, quando Roberto Guerrero, então pole-position, rodou em plena reta oposta quando tentava aquecer os pneus de seu Lola-Buick. O resultado foi uma batida no muro interno que danificou a suspensão dianteira, impedindo-o de voltar para a prova (igualando, assim, Cliff Woodbury em 1929 e Pancho Carter em 1985). Bizarrice total. Mas ele não foi o único. O novato Phillipe Gache fez mesmo, mas retornou aos boxes e pôde continuar na prova até a volta 61, quando bateu e abandonou de vez. 
Aliás, aquela 76ª Edição da Indy 500 foi uma das mais acidentadas em boa parte por causa da temperatura baixa do dia da prova. Se nos treinos nada mais que quatro pilotos se acidentaram com gravidade (Pancho Carter, Hiro Matsushita, Nelson Piquet e Jovy Marcelo – que viria morrer após este acidente) na corrida outro punhado de pilotos também visitaram o Hospital Metodista de Indianápolis: Mario Andretti, Jeff Andretti, Rick Mears, Emerson Fittipaldi e Jim Crawford passaram alguns dias na cama do hospital devido às fraturas e escoriações.

A corrida, em si, foi de domínio quase que enjoativo de Michael Andretti que imprimiu um ritmo diabólico enquanto esteve em pista. Mesmo com as interrupções por parte de bandeiras amarelas provenientes de acidentes ou incidentes, ele estava pronto para retomar a velocidade e disparar na frente rumando para sua possível primeira vitória no Brickyard. Mais atrás, de modo compassivo, Al Unser Jr e Scott Goodyear que estavam a escalar o pelotão sobrevivendo as armadilhas impostas pelo mal aquecimento dos pneus. Al Jr, que largou em 12º, encontrava-se numa liderança momentânea na volta 144 depois de uma série de pit stops, mas perderia em seguida para Michael quando entrou para fazer sua parada. Goodyear vinha mais atrás, mas já entre os dez melhores.

Na volta 166 volta, Michael mostrou o quanto estava decidido a vencer: cravou a melhor volta em 229.118 MPH. Talvez aquilo fosse um excesso de arrogância, uma vez que naquela altura ele tinha mais de dez segundos de avanço sobre o segundo colocado Al Unser Jr. Mesmo após a última parada de box, que aconteceu entre as voltas 171-177, Andretti voltou com uma margem ampliada para 23 segundos sobre Scott Goodyear, que agora ocupava a segunda colocação. Ou seja, a vitória estava mais do que garantida.

Enquanto que Mario Andretti saiu com alguns dedos quebrados após bater de frente...

...Al Unser Sr. foi o terceiro, na corrida que consagrou seu filho.

Mas quando foram pegar o leite na geladeira para deixar no ponto para que Michael pudesse bebê-la no “Victory Circle”, o infeliz parou seu carro branco no gramado com problemas no motor... Ford Cosworth. A empáfia de Michael de antes da prova, tinha terminado com a pressão do óleo em níveis alarmantes. Foi um dia doloroso para a família Andretti, em todos os sentidos.

Mas ainda tinha a corrida, ora! E que final, que final! As últimas oito voltas foram de total perseguição de Goodyear contra Al Unser Jr., que havia ultrapassado o piloto canadense antes da quebra de Michael. Todos nas arquibancadas estavam de pé para ver aquele final.

Para Scott Goodyear aquilo era um prêmio. Havia largado em último, após seu companheiro de equipe Walker, Mike Groff ter classificado seu carro – ambos trocaram de carros, com Goodyear a pilotar o de Mike Groff e vice versa. Porém já havia sido dito que eles voltariam ao seus carros originais depois da classificação. O problema é que Scott batera o carro de Groff no último dia de treinos do “Bump Day” e este último conseguiu qualificar o carro #15 na 26ª colocação. Com a troca, Goodyear assumiu o carro acabou tendo que largar em 33º. Em relação a Al Unser Jr. a chance de vencer a sua primeira 500 Milhas de Indianápolis voltara para ele, afinal este havia perdido a chance de vencer em 1989 quando bateu no muro durante uma perseguição a Emerson Fittipaldi.
Goodyear tentou por duas vezes ultrapassar Al Jr., e foi na segunda que, por muito pouco ele não conseguiu. Emparelhou com Al Jr. na reta principal, mas não teve motor suficiente para conseguir passar na frente. Assim Al Unser Jr. vencia a sua primeira Indy 500 por uma mísera diferença de 0’043 segundos. Um piscar de olhos, ou menos disso.

Enquanto que Little Al entrava para a história, Michael lamentava os acontecimentos daquele dia: “Este lugar é cruel, muito cruel. Primeiro aconteceu o acidente com papai, depois com Jeff. Eu sabia que Jeff estava mal. Eu sabia que ainda tinha um trabalho duro para fazer, mas realmente era impossível manter a concentração. E eu nunca tive um carro tão perfeito na mãos.” Michael, naquela ocasião, tinha tornado-se o terceiro piloto a liderar mais voltas (160) na Indy 500 a não levar a vitória. O outro piloto era... Mario Andretti, que havia liderado 170 voltas em 1987. Família azarada.

Por outro lado, a família Unser não tinha do que reclamar: Al Jr havia ganhado sua primeira Indy 500, a oitava do clã (Al Unser Sr. tinha 4 vitórias e o tio Bobby Unser outras 3). A outra coincidência era de que a prova tinha sido disputada pela 3ª vez na sua história em um dia 24 de maio, e os vencedores nestas datas eram... da família Unser: Bobby Unser venceu em 1981 e Al Unser Sr vencera em 1987. Azar para uns, sorte para outros.
   
Al Unser Jr. ainda venceu outra edição da Indy 500, em 1994, quando disputou diretamente contra Emerson Fittipaldi a vitória quando eram parceiros de Penske. Scott Goodyear teve a sua segunda chance em 1995. Venceria se não tivesse cometido a idiotice de ter entrado nos boxes quando nem tinham o chamado, deixando assim a primazia para Jacques Villeneuve. 


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