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segunda-feira, 19 de março de 2012

Análise dos dez primeiros - Grande Prêmio da Austrália - 1ª Etapa

1. Jenson Button – Apesar de não ter marcado a pole, fez uma bela largada e controlou bem ao seu modo. Não teve nenhum tipo de incômodo na liderança e sempre tinha a resposta pronta quando Hamilton ameaçava uma reação, cravando tempos melhores. Nem a perda da sua vantagem de dez segundos quando o Safety Car apareceu lhe tirou a tranquilidade.

2. Sebastian Vettel – Após um treino nada satisfatório, esperava-se maior dificuldade para o Bi-campeão. Mas a boa largada que ele fez, pulando de sexto para quarto, lhe facilitou a vida. Mesmo após um erro durante sua perseguição a Schumacher, recuperou-se e herdou a posição quando este abandonou. Apesar de estar andando no mesmo ritmo de Lewis, dificilmente ultrapassá-lo-ia na pista. Mas contou com a sorte da entrada do SC e da competência do time que o devolveu em segundo após a parada de box.

3. Lewis Hamilton – A pole de sábado foi fenomenal e indicava que ele poderia ter um domínio absoluto na corrida. Mas não foi o que aconteceu após patinar na largada e virar a curva em segundo, atrás de Button. Estranhamente não acompanhou o ritmo de seu companheiro e teve a companhia de Vettel até antes do SC. Perdeu o segundo posto e não me pareceu animado em brigar com o alemão para recuperá-lo. Aparentemente parece ter adotado um estilo mais conservador, mas esteve apático ao não tentar lutar pela vitória.

4. Mark Webber – Largou mal e teve que batalhar por posições contra Rosberg e Alonso. Em certo momento da prova era o mais rápido da pista, mas ficou nisso. No final da corrida ameaçou a terceira posição de Hamilton.

5. Fernando Alonso – O erro na classificação lhe custou uma boa posição no grid, forçando-o largar da 12ª posição. Largou bem e já estava em oitavo no término da primeira volta. Não baixou os braços em nenhum momento da prova e sempre esteve na briga contra Rosberg e Webber por posições. Nas últimas voltas teve que segurar a pressão de Maldonado. Tirou o que não podia do carro, mais uma vez.

6. Kamui Kobayashi – Esperava-se dele mais na classificação, mas compensou durante a prova ao disputar posições contra Ricciardo, Massa, Perez e principalmente Raikkonen, com que teve boas disputas. Em velocidade de reta perdeu apenas para Hamilton. Esteve num grande final semana em Melbourne.

7. Kimi Räikkönen – Foi um bom desempenho neste seu retorno, mas a classificação foi o seu ponto fraco ao largar apenas na 17ª colocação enquanto seu companheiro de Lotus, Romain Grosjean, se classificou em terceiro. O enrosco de alguns carros na primeira curva lhe facilitou a vida e ele pode disputar posições na casa dos pontos desde o início.

8. Sergio Perez – Largaria em 14º, mas a troca de câmbio obrigou-o a sair em último. Isso não foi empecilho algum para o jovem mexicano fizesse uma bela corrida de recuperação, ficando momentaneamente entre os três primeiros. Fez apenas uma troca de pneus e acabou em oitavo.

9. Daniel Ricciardo – Pilotando um carro mais competitivo, o piloto da casa obteve seus dois primeiros na F1. Saiu em décimo, enfrentou problemas na primeira volta após os incidentes, recuperou-se e terminou em nono.

10. Paul Di Resta – Foi dominado de forma ampla por Hulkenberg nesta primeira corrida. Dos treinos livres ao classificatório, ele não ficou na frente do alemão em nenhum momento. Tanto que ele ficou no Q2 com a 15ª posição, enquanto Hulk posicionava-se em nono para a corrida. Sem ele na corrida, que abandonara logo no início, passou a ser a referência da Force India na pista e conseguiu a décima posição graças aos problemas enfrentados por Rosberg na última volta. Não terá vida fácil neste ano.

sábado, 3 de março de 2012

O sonho que virou realidade

Um garotinho dormindo com seu urso, sonha com a F1. No seu quarto, troféus do kart e miniaturas da Ferrari e Williams. Na parede do seu quarto, pôsters da batida Prost x Senna de 1989. Do outro lado, um pôster de Mansell e a nova sensação da F1, o alemão Michael Schumacher e do lado da sua cama um pôster de Jochen Rindt.
Ao acordar e ligar a TV, ele se deparada com cena de Schumi vencendo. O garoto fica impressionado e o copo de leite que segurara, cai. A vida do garoto já não era mais a mesma.
Pega o seu kart, vai para pista, vence corridas, campeonatos. Sobe para categorias menores, vence-as até chegar na Fórmula-1, o sonho de 8 de cada dez garotos que estão no automobilismo. Vence uma corrida em seu primeiro ano completo e dentro de três temporadas, já é bi-campeão.
Esta é a introdução do vídeo oficial da F1, que mostra belas imagens do que foi o campeonato de 2011 conquistada de modo magistral por aquele garoto que deixou cair o copo de leite. Seu nome: Sebastian Vettel.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Os dez melhores pilotos de 2011

Vida ingrata de quem faz uma lista dessas. Você pode cometer a injustiça de colocar e de não colocar um piloto neste tipo de eleição, mas como nem tudo é unânime é aí que fica a graça.
Com relação à minha lista de 2010, não coloquei nem Webber e Massa entendendo que por ter carros melhores que o restante (no caso de Mark, o melhor carro do grid e um dos melhores da história), suas performances não foram dignas de estarem no top 10. Nem a vitória de Webber me comoveu para tal, a não ser que ele tivesse feito uma corrida épica.
Nas três primeiras posições, os melhores das equipes grandes que massacraram seus companheiros num ano totalmente deles. Fiz questão de enfatizar, também, o bom trabalho que os pilotos do meio do pelotão fizeram neste 2011.
Antes que me joguem pedras, eu não coloquei Sergio Pérez na lista por achar que ele fez pouco a bordo da Sauber, apesar de reconhecer que ele é um piloto de grande talento e, com este ano de aprendizado, ele estará forte para o ano que vem.



1º Sebastian Vettel – Se os seus números neste ano foram surpreendentes, o modo como ele os conquistou foram ainda mais impressionantes. Sebastian esteve num nível absurdamente acima dos seus rivais, com performances que fez lembrar, em quase todas as corridas, as mesmas que Schumacher fazia nos seus tempos de domínio absoluto na primeira metade da década passada. As suas poles, conquistadas com folga ou com voltas canhão, que mais pareciam ter sido tiradas da cartola (vide Suzuka e Abu Dhabi), são de uma finesse insuperável. Pode-se dizer que Vettel amadureceu muito desde os seus dias tempestuosos que quase lhe custaram o título do ano passado, mas exatamente, após esta fase infeliz, ele cravou belas performances nas últimas provas de 2010 e quando voltou para a primeira prova deste campeonato, nem parecia que esteve de férias, tamanha a facilidade com que dominou a corrida em Melbourne. O RB7 pode ter facilitado a sua vida, claro, mas se você olhar o que Webber, aquele mesmo que quase o destronou ano passado, não fez com um carro idêntico, verá o quanto que Sebastian esteve empenhado para dominar o seu veterano companheiro, como para conquistar o seu segundo título. Resumindo: ele não teve rivais.

2º Jenson Button – A segunda temporada a serviço da Mclaren revelou-se totalmente positiva para o campeão de 2009. Se em 2010 ele foi derrotado por Hamilton, este ano ele esteve acima do seu badalado companheiro, que atravessou um ano de azares. Button venceu três corridas com desempenhos soberbos e, enquanto Lewis ficava pelo caminho, ele colecionava pontos e ganhava ainda mais a admiração e confiança do time. O seu estilo super suave na condução foi perfeito para domar o brutal desgaste dos compostos da Pirelli, que esfarelavam facilmente. Mas isso não o privou de pilotagens totalmente agressivas, como aconteceu em Barcelona ou então na sua hipnótica perseguição à Vettel nas voltas finais do GP canadense. Tivesse largado melhor em algumas corridas e/ou contado com um carro melhor desde o início do mundial, poderia ter feito frente ao domínio quase absoluto de Sebastian.

3º Fernando Alonso – Com relação à lista que fiz ano passado, Alonso despencou duas posições. Mas não foi por culpa dele. A Ferrari esteve num ano totalmente improdutivo no campo técnico, com vários problemas para resolver e isso refletiu no resultado do espanhol nesta temporada. Fernando continuou lutando bravamente contra Red Bull e Mclaren, que tinham carros muito superiores. Enquanto esteve com pneus macios e super macios, foi um tormento para estas equipes e suas largadas foguete em Barcelona e Monza, aonde chegou a liderar suportando toda a pressão, mostraram do que é feito o Bicampeão. Apesar da mutreta armada pela Ferrari para tirar os difusores aquecidos de Red Bull e Mclaren para a prova de Silverstone, Alonso foi brilhante ao levar a equipe para a sua única vitória no ano pilotando o carro no limite extremo, algo que foi totalmente corriqueiro nesta temporada. As suas voltas tentando alcançar Hamilton em Abu Dhabi, trazendo o Ferrari feito um kart, resumem bem como foi 2011 para ele.

4º Lewis Hamilton – O talento de Lewis nunca esteve tão em xeque quanto neste ano. Dono de uma tocada agressiva e que na maioria das vezes encanta quem o assiste, teve uma face desastrada em 2011. Acidentes e incidentes que podiam ser evitados estragaram uma temporada que se desenhava para ele ser o maior oponente de Sebastian na luta pelo título. Apesar de duas vitórias convincentes nos GPs da China e Alemanha, a sua temporada entrou em parafuso com inúmeros incidentes e a separação da sua namorada só o afetou ainda mais, fazendo-o perder o foco nas pistas. As novelas com Massa, onde os dois sempre trocavam esbarrões durante as corridas, foi o ponto negativo para ambas as partes. Mas Hamilton esteve em grande forma quando não tinha Felipe pelo caminho: duelou com Vettel em Shanghai, disputou roda a roda com Webber a terceira posição na Coréia por várias curvas e a grande disputa por inúmeras voltas com Schumacher em Monza, foi o ponto alto da temporada. A falta de paciência lhe custou caro este ano.

5º Nico Rosberg – A sexta temporada do filho de Keke na F1 foi parecida com a do ano passado: boas provas, apagado em algumas e sofrendo com um carro inconstante. Mas a sua principal disputa, como sempre, foi com Schumacher, de quem ele conseguiu sair 16 vezes na frente nas tomadas de tempos. E foi assim, também, na tabela dos pontos, onde ele marcou 89 contra 76 de seu companheiro. Uma melhoria no carro da Mercedes, que é esperada por todos desde o ano passado, pode ser uma chance dele, enfim, ingressar no clube dos top drivers da categoria.

6º Jaime Alguersuari – Desde a sua estréia em 2009 no GP da Hungria pela própria Toro Rosso, que observo a evolução deste piloto. Em 2010 ele conseguiu chegar próximo de Buemi e este ano, com uma carga maior de experiência, pode mostrar o seu valor: conseguiu levar o carro algumas vezes à casa dos pontos, lutando bravamente pelas posições sem tirar o pé (em especial contra as Force Índia) e fez algumas classificações que chamaram a atenção, como o seu sexto lugar em Spa. Buemi pode até ter conseguido mais vezes largar à sua frente (13x6), mas o espanhol ganhou mais pontos (26x15). Caso continue nesta crescente em 2012, pode, quem sabe, pleitear um lugar na Red Bull quando Webber sair. Mas é claro, a disputa será feroz.

7º Adrian Sutil – A chegada de Di Resta a Force India poderia ter desestabilizado o reinado deste piloto que está na equipe desde 2007. Apesar das boas performances de seu novo companheiro, Sutil esteve tranqüilo quanto a isso. Trabalhou serenamente e os resultados apareceram e ele colocou o seu talentoso parceiro no bolso. Mas as classificações foram apertadas, com o alemão ganhando por 10x9. Se hoje a Force India é algo, isso se deve muito à Adrian que deve estar de saída para outra equipe em 2012. Provavelmente a Williams.

8º Vitaly Petrov – Sem Kubica, a sua referência maior, a Renault Lotus teve que apostar as suas fichas no trabalho de Heidfeld. Mas foi Petrov quem assumiu as rédeas e surpreendeu a todos com uma tocada firme no comando desta equipe dentro da pista. Apesar da queda de rendimento do carro, o russo esteve sempre forte e apesar da chegada badalada de Senna, com quem teve um pouco mais de serviço, ele conseguiu se impor. Para o ano que vem apenas uma vaga está aberta na Lotus (Kimi Raikkonen é o outro piloto) e ele terá que lutar contra Bruno e Grosjean. Pelo que fez este ano e com dinheiro polpudo dos russos, acredito que a vaga já é sua.

9º Kamui Kobayashi – Vida difícil deste piloto japonês neste ano. Assim como em 2011 ele não teve boas performances nos classificatórios, o que o deixou em condições difíceis para tentar melhores posições de chegada. Os melhores exemplos ficam reservados à sua primeira parte no mundial, onde marcou pontos em 7 provas de dez disputadas, principalmente em quatro delas onde ele largou muito mal. As quebras na segunda parte do mundial, os erros e péssimas apresentações, contrastaram com a subida de produção de Pérez. O GP do Canadá, quando chegou a andar em terceiro antes da interrupção da corrida, num momento em que lutava até com os líderes. Foi o seu melhor momento no ano.

10º Paul Di Resta – Com o título da DTM no bolso e mais a fama de ter sido um dos poucos a derrotar Vettel nas categorias de base, este escocês, primo de Dario Franchitti, teve um aprendizado muito bom neste ano. Foi o novato que mais marcou pontos dentre os que estrearam neste ano (27) e foi, também, uma pedra no sapato de Sutil que cortou um dobrado com este piloto. Caso Sutil saia da equipe, Di Resta passará a ser a referência na Force India. Mas caso seu companheiro seja o veloz Hulkenberg, podemos ter um dos melhores duelos entre companheiros equipe em 2012.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Foto 46: Um grande dia para todos nós

 Foto: Cibele Pereira
 Foto: Alexandre Antunes
 Foto: Artur Penteado Teixeira

Como a maioria que me conhece, ou me segue pelo twitter e facebook, sabe que não trabalhei este ano no GP do Brasil de Fórmula-1. É o terceiro ano consecutivo em que fico de fora, ou melhor, toda a equipe da qual faço parte desde 2002 Speed Fever, está sem trabalhar na corrida. Mas digo-lhes, que mesmo de longe, fiquei feliz para caramba com as voltas que Nelson Piquet deu a bordo da Brabham BT-49C do seu primeiro mundial de pilotos, conquistada 30 anos atrás numa prova de resistência que foi aquela de Caesar’s Palace. E claro, deu um pontinha de vontade de estar lá, pelo menos naquelas voltas, para ver este momento histórico assim como no ano passado, quando o Emerson Fittipaldi andou com a sua Lotus 72 JPS momentos antes da largada. E ao contrário daquela eterna picuinha entre Sennistas e Piquetistas, que foi muito alimentada pela imprensa, eu gosto do estilo despojado do Nelson Piquet. Sua irreverência, malandragem, esperteza, criatividade, contribuíram muito para o folclore da F1 dos anos 80, época que considero um das melhores da categoria.
As suas voltas em Interlagos no domingo passado foram demais, e ainda teve o adendo dele ter corrido empunhado uma bandeira do Vasco da Gama – seu time de coração – para provocar, em especial, os corintianos. E este gesto gerou vaias das arquibancadas e que alguns classificaram de falta de respeito com o momento. Sim, se formos observar pela homenagem que foi feita, realmente faltaram com respeito com aquele momento mágico. Mas o Nelsão não estava nem aí para o que havia acontecido, ou que estava para acontecer. Ele curtiu como um garoto que pilotava pela primeira vez um F1 e isso se pode ver assim que ele desceu do carro: um sorriso largo e constante. E como ele definiu bem, após uma pergunta da Mariana Becker se ele havia chorado, “tenho que chorar por coisas ruins, e sorrir das boas”. Ele sabe o que diz.
Voltando a minha vidinha daquele domingo, de frente às migalhas que a Globo jogava na TV, abri a internet do celular e vi duas fotos dos meus amigos, que lá estavam trabalhando como comissários de pista, especialmente dedicada para mim: da Cibele Pereira “Para você Paulo Abreu, com todo meu carinho” e do Alexandre Antunes “Em homenagem ao Sr. Paulo Abreu”. Na segunda-feira, outra foto, mandada pelo grande Artur Teixeira, estava encabeçando a minha lista de e-mails. Todas estas três fotos eram do Nelsão passando em cada local onde eles trabalharam neste fim de semana passado. Fiquei feliz pela lembrança, mas não chorei. Segui a dica do Nelsão, claro.
E aqui vos agradeço, mais uma vez! De coração!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

GP do Brasil - Corrida - 19ª Etapa

Desde que Interlagos passou a ser umas das últimas três provas do calendário da F1, fato que acontece desde 2004, esta foi a corrida mais sem graça. A do ano passado pode também entrar neste rol, mas como foi a penúltima prova do campeonato, ganhou certo interesse por ter a possibilidade de encerrar o mundial. Dessa vez a chuva, tão prometida 15 dias antes da corrida, caiu em forma de garoa, bem fina e super passageira em alguns pontos do circuito que mal deram para umedecer o asfalto. E a garoa começou a cair quando Piquet estava na sua histórica volta com a Brabham BT49C de 81, em comemoração aos 30 anos do seu primeiro título. Não atrapalhou o tricampeão e muito menos os pilotos, que quando foram para a instalação do grid a pista estava tinindo de tão seca.
A corrida em si não foi nada interessante. Uma disputa ali, outra acolá, serviu apenas dizer que havia uma competição. Para dizer até havia algo em disputa que era o de honroso vice-campeão, ou seja, campeão do resto entre Button e Alonso. E foi exatamente daí que saiu os dois únicos grandes duelos: se Alonso foi brilhante ao passar Button, por fora, na entrada do Laranjinha pela disputa do terceiro lugar, Jenson deu o troco mais tarde quando Alonso já tinha colocado os pneus duros e vinha perdendo rendimento, ultrapassando o espanhol no final da reta oposta. Outra disputa legal foi entre Sutil e Rosberg que trocaram duas vezes de posições (sem piadinhas, claro) quando disputavam a sétima posição, com vantagem para Adrian que venceu o duelo. Hamilton e Massa também estavam numa perseguição de gato e rato, quando o câmbio do Mclaren deixou Lewis na mão. O entrevero mais comentado da tarde foi entre Bruno e Schumacher, quando o sobrinho de Ayrton acabou acertando a roda traseira esquerda do alemão na descida do “S”. Antes disso já haviam batido rodas na freada para a entrada do “S”. Senna tomou uma punição por ter sido considerado culpado e mais tarde um problema na asa, proveniente ao toque com Michael, arruinou de vez a sua prova. Aliás foi um dia apagado dos brasileiros, mostrando bem como foi o ano deles na F1: Massa fechou em quinto, mas em momento algum teve fôlego para chegar ao pelotão da frente; Bruno teve o enrosco com o Schumacher e foi 18º e Barrichello, na sua possível última prova na F1, fez um bom trabalho nos treinos, mas a largada foi péssima caindo de 12º para vigésimo. Lutou como pode e encerrou a corrida na 14ª posição.
Já sobre o jogo de equipe (ou não) da Red Bull, digo que foi certo, porém deveriam ter sido mais discretos. Acusar um problema de câmbio durante a prova é normal, mas o problema é que quando foi ver os tempos de Vettel, não tinha nada de especial: ele perdia cerca de 2,3.4 5 décimos para Webber, e em outras situações ele conseguia ser mais rápido, por muito pouco, mas conseguia. Foi uma palhaçada total por parte dos rubros taurinos que arranjaram uma vitória para Webber, num ano que o piloto australiano não foi nem sombra do que apresentou nas duas últimas temporadas. A Ferrari esperneou após a prova sobre o acontecido, mas vale dizer que o campeonato já estava liquidado, ao contrário dela que mata a chances de um piloto em detrimento a outro antes mesmo das coisas se resolverem naturalmente. Claro que Webber tinha chances de ser vice, mas dependia totalmente de uma combinação de resultados (Alonso tinha que ser quarto e Button nono), que naquele momento não estava acontecendo. Para a Red Bull, faltou um pouco de traquejo. Talvez um atraso de box durante uma das trocas de pneus em Vettel, poderia “camuflar” de modo mais “decente” a entrega para Webber. Mas repito: o campeonato já estava decidido e por aí entendo que é válido o jogo de equipe.
Enfim, o campeonato acabou. Foi bom? Para mim, sim. Respeito a opinião daqueles que acham que o mundial foi ruim e o espetáculo foi prejudicado pelo fato da FIA introduzir algumas ajudinhas para facilitar a ultrapassagem durantes as corridas. Pneus esfarelantes, asa móvel, KERS, acabou, no fundo sendo importantes, apesar de achar que deixaram as coisas mais artificiais. Mas se estão lá, paciência. Não adianta chorar querendo que câmbio manual volte e a eletrônica nos carros de F1 desapareça que não vai acontecer, nem a pau. Escrevo isso porque tenho amigos que gostariam que voltassem aqueles tempos em que o piloto era o diferencial. Concordo com eles, gostaria que fosse assim, mas desde a revolução eletrônica que a Williams fez no início dos anos 90, a F1 ficou dependente disso e qualquer categoria top atualmente, tem eletrônica embarcada nos carros. A F1 em si diminuiu bastante nos últimos anos e creio que só o fato de eliminar o controle de tração e de largada, já foi uma benção.
 A largada foi tranquila, com as duas Red Bulls intocáveis em primeiro e segundo. Alonso saiu bem, mais uma vez, e já apertava Button na freada do esse
 Button esteve em grande forma em Interlagos, apesar do baixo rendimento dos pneus macios no seu Mclaren. Hamilton esteve apagado e quando estava prestes a passar Massa, o câmbio o deixou à pé
 Um grande trabalho, só que ao contrário: nem para apertar a porca do pneu os mecânicos da Virgin prestaram e glock já perdeu o pneu na saída de box. Mico.
 Um bom duelo: Rosberg e Sutil travaram boa disputa pela sétima colocação por duas voltas. Adrian levou melhor.
Para os que esperaram por anos uma disputa entre Schumacher e Senna, ela aconteceu em Interlagos e justamente no esse do tio famoso. O saldo foi um pneu furado para Schumacher e uma punição para Bruno, que mais trade teve um problema na asa dianteira por causa do toque no alemão

Resultado Final
Grande Prêmio do Brasil  
Interlagos - 19ª Etapa
71 voltas - 27/11/2011

1: Mark Webber (AUS/Red Bull) - 71 voltas em 1h32min17s434
2: Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - a 16s983
3: Jenson Button (ING/McLaren) - a 27.638
4: Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 35s048
5: Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 1h06min733s
6: Adrian Sutil (ALE/Force India) - a uma volta
7: Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a uma volta
8: Paul di Resta (ESC/Force India) - a uma volta
9: Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - a uma volta
10: Vitaly Petrov (RUS/Renault) - a uma volta
11: Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - a uma volta
12: Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso) - a uma volta
13: Sergio Perez (MEX/Sauber) - a uma volta
14: Rubens Barrichello (BRA/Williams) - a uma volta
15: Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a uma volta
16: Heikki Kovalainen (FIN/Lotus) - a duas voltas
17: Bruno Senna (BRA/Renault) - a duas voltas
18: Jarno Trulli (ITA/Lotus) - a duas voltas
19: Jerome d'Ambrosio (BEL/Virgin) - a três voltas
20: Daniel Ricciardo (AUS/Hispania) - a três voltas

Abandonaram:
Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania) - Volta 61
Lewis Hamilton (ING/McLaren) - Volta 46
Pastor Maldonado (VEN/Williams) - Volta 26
Timo Glock (ALE/Virgin) - Volta 21

FOTOS: ITV.COM

sábado, 26 de novembro de 2011

GP do Brasil - Classificação - 19ª Etapa

Das duas grandes expectativas para este treino em Interlagos, apenas um se confirmou: a pole de Vettel. A segunda era a chuva, que por algum momento pareceu que chegaria a tempo de bagunçar um treino classificatório que, de início, parecia ter tudo para ser um dos mais disputados no ano. Mas Sebastian parece gostar de brincar com seus rivais: deixou a Webber ser o mais rápido no primeiro treino livre de ontem; viu a Mclaren deitar e rolar ontem com a dobradinha Hamilton-Button no segundo treino livre e hoje pela manhã, no terceiro, foi o mais rápido com Jenson em segundo, colado cerca a cerca de 81 milésimos. Por mais que indicasse uma disputa acirrada, Sebastian acabou com graça no Q3 quando enfiou um volta em 1’12’’2 para depois acabar com qualquer esperança dos concorrentes ao baixar para impressionantes 1’11’’9. Webber aparece em segundo, com Button em terceiro e Hamilton em quarto. Alonso, com a sua habitual virtuosidade frente a um carro médio como o da Ferrari, arrancou um quinto lugar no braço. Rosberg levou sua Mercedes para a sexta posição, com Massa em sétimo. Outro destaque dos bons em Interlagos é a performance elogiável de Sutil que esteve bem em todos os treinos livres e nas 3 partes do classificatório, ficando sempre à frente de Di Resta. Ele sairá em oitavo, seguido por Bruno Senna que fez um Q2 primoroso ao colocar sua Renault na casa dos dez primeiros sendo que não tinha feito um trabalho tão bom em nenhum dos treinos anteriores. Isso lhe valeu um empate nos confrontos contra Petrov, que sairá em 15º, nos treinos classificatórios em 4x4. Schumi abortou a sua volta e ficou em décimo. Barrichello fez um bom trabalho nos limites da sua Williams, e fechou em 12º.
A pole de Vettel foi a 15ª nesta temporada desbancando o velho recorde de Mansell, estabelecido em 92 com 14. É também a 30ª pole de Sebastian na F1, que está na sua quarta temporada e meia na F1.
Essa chuva que ficou no quase, pode dar o ar da graça amanhã durante a corrida o que embaralharia toda a estratégia das equipes e isso tornaria a prova de amanhã interessante, porque, em condições normais, esqueçam: Vettel ganhará com facilidade.

GRID DE LARGADA PARA O GRANDE PRÊMIO DO BRASIL - 19ª ETAPA


1. Sebastian Vettel (Red Bull Renault): 1min11s918
2. Mark Webber (Red Bull Renault): 1min12s099
3. Jenson Button (McLaren Mercedes): 1min12s283
4. Lewis Hamilton (McLaren Mercedes): 1min12s480
5. Fernando Alonso (Ferrari): 1min12s591
6. Nico Rosberg (Mercedes GP): 1min13s050
7. Felipe Massa (Ferrari): 1min13s068
8. Adrian Sutil (Force India Mercedes): 1min13s298
9. Bruno Senna (Lotus Renault GP): 1min13s761
10. Michael Schumacher (Mercedes GP): sem tempo no Q3
11. Paul di Resta (Force India Mercedes): 1min13s584
12. Rubens Barrichello (Williams Cosworth): 1min13s801
13. Jaime Alguersuari (Toro Rosso Ferrari): 1min13s804
14. Sebastien Buemi (Toro Rosso Ferrari): 1min13s919
15. Vitaly Petrov (Lotus Renault GP): 1min14s053
16. Kamui Kobayashi (Sauber Ferrari): 1min14s129
17. Sergio Perez (Sauber Ferrari): 1min14s182
18. Pastor Maldonado (Williams Cosworth): 1min14s625
19. Heikki Kovalainen (Team Lotus Renault): 1min15s068
20. Jarno Trulli (Team Lotus Renault): 1min15s358
21. Vitantonio Liuzzi (Hispania Cosworth): 1min16s631
22. Daniel Ricciardo (Hispania Cosworth): 1min16s890
23. Jerome d'Ambrosio (Virgin Cosworth): 1min17s019
24. Timo Glock (Virgin Cosworth): 1min17s060

FOTO: GETTY IMAGES

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

GP de Abu Dhabi - Corrida - 18ª Etapa

Ontem não escrevi um linha sobre a prova de Abu Dhabi pelo simples fato do meu computador ainda estar de "férias", tiradas por conta própria. É a vida, mas vamos nessa.
Lewis Hamilton venceu, tirou aquela zica que o atormentava há alguns GPs, mas tem que ser dito, também, de como seria caso Vettel não tivesse saido prematuramente da corrida. Ok, vocês dirão que ele iria sumir e todos, inclusive Hamilton, veriam-no apenas no pódio. Concordo, mas ainda tenho uma idéia que, talvez, pelo ritmo que Lewis fez, ele pudesse acompanhar Sebastian por toda prova, ou quase isso. O meu "achismo" é baseado pelo que ambos fizeram nesta pista nos dois últimos anos, em que as corridas, nada diferente do que foi mostrado ontem, foram modorrentas a ponto de cochilar e acordar com aqueles espasmos de como estivesse caindo. Vettel soi soberano nas corridas de 2009 e 2010, mas a Mclaren, em especial com Lewis, sempre esteve na sua cola. Escrevi sobre isso brevemente no texto sobre o treino de sábado, mas infelizmente aquele pneu furado (ou seria mal encaixado? ou estourado) nos privou de um possível duelo, que acredito, seria dos bons, entre estes dois grandes pilotos.
Hamilton tirou a sorte grande e venceu, tirando umas férias dos azares (que só vou acreditar se ele fizer um final de semana tranquilo em Interlagos) que estavam o importunando há meses. Claro, ele se enconrou com Massa pelo caminho, e isso facilitou bastante. Isso serve para o próprio Felipe, que ao meu ver, fez uma boa corrida perto do que acostumamos a ver desde o ano passado e que este ano passou alguns perrengues ao encontrar Lewis pela pista. Massa  foi bem, mas Alonso, como sempre, foi brilhante ao dar a Ferrari a chance de sonhar em duelar com a Mclaren de Hamilton pela liderança da corrida. Teve até alguma esperança no seu últimos pit, onde conseguiu salvar quase 20s para o inglês, mas por causa de uma Hispania e incompetência da Ferrari, perdeu, por pouco, a chance de voltar à frente de Lewis. Claro, não ficaria muito tempo na frente, pois os Ferraris com pneus médios e/ou duros, são uma porcaria. Mas ao menos fez uma prova muito boa pelo carro que tem.
Mais algo sobre a corrida de Abu Dhabi? Não. A prova foi chata pra caramba e salvo alguns duelos no pelotão intermediário, não cochilei. O mais triste de tudo meus amigos, é que os árabes tem grana pra caramba e por isso essa prova não sairá tão cedo do calendário da F1.
Em Interlagos será mais festa,pois é a última do calendário. O bom que sempre nos reserva ótimas provas e espero que neste ano ela continue com esta sina. Ah, e não fiquem bravos com outra vitória de Vettel, porque o garoto virá com sangue nos olhos afim de descontar o atraso de vida que aquela rodou lhe proporcionou na "pista travesti" de Abu Dhabi, como bem definiu o Ron Groo neste fim de semana. Sensacional!
Cena inédita no ano: Vettel à caminho dos boxes com pneu furado. Em seguida abandonaria.

A pista de Yas Marina pode ser uma porcaria para as corridas, mas ao menos nos proporciona belas fotos como estas de D'Ambrosio e Massa 
 Alonso esteve impecável na prova, mas o seu Ferrari não lhe dá melhores perspectivas. 
Kobayashi nos pontos: enfim o mito voltou a pontuar 

Resultado Final
Grande Prêmio de Abu Dhabi
Circuito de Yas Marina - 55 voltas
13/11/2011

1. Lewis Hamilton (McLaren Mercedes) 55 voltas
2. Fernando Alonso (Ferrari): +8s4
3. Jenson Button (McLaren Mercedes): +25s8
4. Mark Webber (Red Bull Renault): +35s7
5. Felipe Massa (Ferrari): +50s5
6. Nico Rosberg (Mercedes GP): +52s3
7. Michael Schumacher (Mercedes GP): +1min15s9
8. Adrian Sutil (Force India Mercedes): +1min17s1
9. Paul di Resta (Force India Mercedes): +1 volta
10. Kamui Kobayashi (Sauber Ferrari): +1 volta
11. Sergio Perez (Sauber Ferrari): +1 volta
12. Rubens Barrichello (Williams Cosworth): +1 volta
13. Vitaly Petrov (Lotus Renault GP): +1 volta
14. Pastor Maldonado (Williams Cosworth): +1 volta
15. Jaime Alguersuari (Toro Rosso Ferrari): +1 volta
16. Bruno Senna (Lotus Renault GP): +1 volta
17. Heikki Kovalainen (Team Lotus Renault): +1 volta
18. Jarno Trulli (Team Lotus Renault): + 2 voltas
19. Timo Glock (Virgin Cosworth): + 2 voltas
20. Vitantonio Liuzzi (Hispania Cosworth): + 2 voltas

Não completaram a prova
21. Daniel Ricciardo (Hispania Cosworth): + 7 voltas
22. Sebastien Buemi (Toro Rosso Ferrari): + 36 voltas
23. Jerome d'Ambrosio (Virgin Cosworth): + 37 voltas
24. Sebastian Vettel (Red Bull Renault): + 54 voltas

Volta mais rápida
Mark Webber (Red Bull Renault): 1min42s612, na 51ª volta

FOTOS: ITV.COM

sábado, 12 de novembro de 2011

GP de Abu Dhabi - Classificação - 18ª Etapa

As câmeras estavam focadas em Hamilton e Button na última parte do treino. Normal. Afinal eram eles que haviam dominado os treinos livres e Hamilton tinha feito os melhores tempos nas duas primeiras partes do treino classificatório. Vettel, o rei das poles, estava vagueando entre a terceira e a segunda posição. Apesar do tempo ainda próximo do que Hamilton já havia estabelecido. Curiosamente as apostas eram para um pole, e talvez, uma primeira fila toda cromada. No primeiro giro, Hamilton cravou o primeiro tempo seguido por Button e Vettel. A marca era boa e com Button na segunda posição, era um resultado dos sonhos. Na segunda tentativa, novamente o resultado se fez: Button cravou primeira posição que foi rapidamente tomada por Hamilton. Bang! Uma primeira fila que já estava a ser comemorada quando Vettel, na sua habitual volta canhão, acabou com festa dos ingleses e se colocou na primeira posição 0’’141 à frente de Hamilton. Sim, foi um balde de água gelada nas costas dos cromados tanto que Hamilton nem fez questão de tirar o capacete quando saiu do carro, tamanha a frustração.
Foi uma volta feita na raiva, afinal Vettel não tinha ficado em primeiro em nenhum dos treinos livres e muito menos e em nenhuma das duas primeiras partes do classificatório. Andou no limite e tirou o que pode do carro. Acredito que, pelo menos nestes treinos, seu carro estava em desvantagem para os Mclarens. Na corrida é outra história. Sebastian anda bem, muito bem, em Yas Marina: ganhou as duas provas realizadas até hoje por aquelas bandas e teve a oposição apenas da... Mclaren. Os cromados de Woking tiveram uma possibilidade em 2009 com Hamilton (quebrou) e no ano passado ficaram no encalço do então futuro campeão Vettel por toda a prova. Então, a princípio, podemos ver uma corrida disputada, ou não. Pelo histórico das duas últimas provas disputadas neste circuito, me faz optar pela última alternativa.
O que tem de se destacar nesta prova, é a marca de 14 poles na mesma temporada de Mansell que foi igualada por Vettel, que de quebra ainda empatou com Fangio no mesmo quesito (28 para cada); as duas Force India mais uma vez passaram para o Q3, num bom trabalho de Sutil e Di Resta. Outro destaque, mas negativo, e a última fila da Williams formada por Maldonado e Barrichello: Rubens teve problemas no Cosworth no terceiro treino e nem foi para o classificatório, enquanto que o Pastor treinou e fez apenas o 17º, mas por ter trocado o motor (o nono dele) perdeu dez posições.
Um marca, que apesar de não ter sido conquistada por falta de performance e sim por problemas de motor, é negativa para o grande time de Frank Williams.

GRID DE LARGADA PARA O GRANDE PRÊMIO DE ABU DHABI - 18ª ETAPA

1. Sebastian Vettel (Red Bull Renault): 1min38s481
2. Lewis Hamilton (McLaren Mercedes): 1min38s622
3. Jenson Button (McLaren Mercedes): 1min38s631
4. Mark Webber (Red Bull Renault): 1min38s858
5. Fernando Alonso (Ferrari): 1min39s058
6. Felipe Massa (Ferrari): 1min39s695
7. Nico Rosberg (Mercedes GP): 1min39s773
8. Michael Schumacher (MercedesGP): 1min40s662
9. Adrian Sutil (Force India Mercedes): 1min40s768
10. Paul di Resta (Force India Mercedes) - sem tempo no Q3
11. Sergio Perez (Sauber Ferrari): 1min40s874
12. Vitaly Petrov (Lotus Renault GP): 1min40s919
13. Sebastien Buemi (Toro Rosso Ferrari): 1min41s009
14. Bruno Senna (Lotus Renault GP): 1min41s079
15. Jaime Alguersuari (Toro Rosso Ferrari): 1min41s162
16. Kamui Kobayashi (Sauber Ferrari): 1min41s240
17. Heikki Kovalainen ( Team Lotus Renault): 1min42s979
18. Jarno Trulli (Team Lotus Renault): 1min43s884
19º - Timo Glock (ALE) Virgin-Cosworth - 1min44s515
20. Daniel Ricciardo (Hispania Cosworth): 1min44s641
21. Jerome d'Ambrosio (Virgin Cosworth): 1min44s699
22. Vitantonio Liuzzi (Hispania Cosworth): 1min45s159
23. Rubens Barrichello (Williams Cosworth): sem tempo
24. Pastor Maldonado (Williams Cosworth): sem tempo no Q3*

*Punido por troca de motor

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

GP da Índia - Corrida - 17ª Etapa

Aquela expectativa gerada sobre a nova pista de Buddh não se confirmou: corrida modorrenta, poucas ultrapassagens e nenhum duelo para, ao menos, animar tarde empoeirada deste novo traçado. A pista é boa, talvez uma das melhores dessa era “Tilkeana” de pistas insossas. Ela lembra um pouco sua outra irmã famosa, a de Istambul Park, mas assim como ela, não oferece bons espetáculos. Há dois pontos que devem ser levados em conta: primeiro a sujeira, que era demais e isso levou os pilotos a não se arriscarem tanto em busca de ultrapassagens com medo de perderem preciosos segundos; e a segunda, que para mim é a mais importante, é que não houve um desgaste de pneus que exigisse um alto número de trocas, o que daria chances de várias disputas e, consequentemente, ultrapassagens. A pista é lisa e isso ajuda a conservar bem os pneus, lembrando que Pirelli levou os duros e macios para esta etapa.
Sobre a corrida, não muito que ser falado. Vettel venceu a sua décima primeira corrida neste ano e de quebra, embolsou mais um recorde: chegou a marca de 711 voltas lideradas neste campeonato superando Mansell, quando liderou 693 em 1992. Não satisfeito, Sebastian ainda cravou a melhor volta na sua última passagem e assim anotou, pela primeira vez na sua carreira, o “Grand Chelem” que é conquistado pelo piloto que fizer a pole, liderar a prova inteira, vencer e fazer a melhor volta. Logo atrás, chegou Button que ainda tentou alcançar o piloto alemão, mas sem sucesso. Alonso venceu um breve duelo com Webber que foi quarto, mostrando quanto está apático neste RB07. Massa e Hamilton voltaram a se enroscar, mas dessa vez foi Felipe quem pagou o pato e tomou um “Drive Through”. Curiosamente Massa sofreu o mesmo incidente de sábado ao quebrar a suspensão dianteira esquerda (no sábado fora a direita) após passar sobre uma “corcunda” interna das zebras. Por mais que ele tenha sido imprudente, principalmente no domingo, talvez tirem essas “corcundas” internas para o próximo ano para que não haja mais problemas. Senna teve uma chance de pontuar e, até certo ponto, fazia boa prova, andando entre os dez primeiros desde o início da corrida. Porém a estratégia da Renault não foi das melhores e a poucas voltas do fim, ele teve que parar para colocar pneus duros e despencou para 12º. Barrichello envolveu-se num enrosco com Kobayashi na largada e teve a sua prova prejudicada, fechando em 15º.
Em Abu Dhabi, próxima etapa, não há como não apostar em Vettel novamente. Ele venceu as duas edições realizadas até aqui desta prova (2009-10) e é bem provável que repita a dose. Ano passado as Mclarens, em especial a de Hamilton, esteve muito próximo dele então isso sugere alguma disputa. Mas com a gana que Sebastian tem demonstrado mesmo após o seu título, acredito que o encontrarão apenas no pódio. Algo totalmente normal.
 Alonso e Webber tiveram um breve duelo, mas o espanhol, que conquistara a treceira posição após a sua segunda parada de box, permenceu à frente.
Barrichello se enrosca com Kobayashi: ele ainda continuou na prova, terminando em 15º; Koba não teve chances e abandonou no ato.
 Homenagem: Dan Wheldon e Marco Simoncelli foram lembrados antes da largada em Buddh
 A melhor disputa: Perez e Di Resta duelaram por um bom tempo na corrida, mas foi o mexicano quem sorriu ao final da corrida ao terminar em décimo.
Michael termeinou à frente de Nico nesta prova, fechando em quinto, após largar em 11º

Resultado Final
Grande Prêmio da Índia
Circuito de Buddh - 60 voltas
30/10/2011


1. Sebastian Vettel (Red Bull Renault): 60 voltas
2. Jenson Button (McLaren Mercedes): +8s4
3. Fernando Alonso(Ferrari): +24s3
4. Mark Webber (Red Bull Renault): +25s5
5. Michael Schumacher (Mercedes GP): +65s4
6. Nico Rosberg (Mercedes GP): +66s8
7. Lewis Hamilton (McLaren Mercedes): +84s1
8. Jaime Alguersuari(Toro Rosso Ferrari): +1 volta
9. Adrian Sutil (Force India Mercedes): +1 volta
10. Sérgio Perez (Sauber Ferrari): +1 volta
11. Vitaly Petrov (Lotus Renault GP): +1 volta
12. Bruno Senna (Lotus Renault GP): +1 volta
13. Paul di Resta (Force India Mercedes): +1 volta
14. Heikki Kovalainen(Team Lotus Renault): +2 voltas
15. Rubens Barrichello(Williams Cosworth): +2 voltas
16. Jerome d'Ambrosio (Virgin Cosworth): +3 voltas
17. Narain Karthikeyan (Hispania Cosworth):+3 voltas
18. Daniel Ricciardo (Hispania Cosworth): +3 voltas
19. Jarno Trulli (Team Lotus Renault): +5 voltas

Não completaram
20. Felipe Massa (Ferrari): +28 voltas
21. Sebastien Buemi (Toro Rosso Ferrari): +36 voltas
22. Pastor Maldonado (Williams Cosworth): +48 voltas
23. Timo Glock (Virgin Cosworth): +58 voltas
24. Kamui Kobayashi (Sauber Ferrari): + segundos

FOTOS: ITV.COM

sábado, 29 de outubro de 2011

GP da Índia - Classificação - 17ª Etapa

Vettel, assim como nos outros 12 classificatórios em que foi pole, dominou. Hamilton ainda forçou uma "virtual" disputa - digo isso porque perderia três posições no grid devido uma volta rápida sob bandeira amarela na sexta - ao marcar o tempo de 1'24''474 ficando à poucos milésimos de Sebastian, que viria em seguida e aumentaria a marca em quase três décimos. Com a punição de Lewis, que foi parar em quinto, Webber herdou a segunda posição seguido por Alonso, Button, Massa em sexto com Rosberg aparecendo em sétimo; oitava posição para Sutil, nona e décima colocação para o duo da Toro Rosso Buemi e Alguersuari. Senna aparece em 14º, com Barrichello em 15º.
Sobre o treino em si não há muito o que se ser falado, mas vale lembrar de dois fatos que aconteceu nesta sessão: Vettel deu à Red Bull o novo recorde de poles de uma equipe numa temporada de F1: a rubro taurina chegou a 16ª pole no ano, desbancando a marca que pertencia a Mclaren no distante ano de 1988 quando o time de Ron Dennis marcou 15 poles em 16 corridas. A única corrida que não marcaram a pole, naquela ocasião, foi em Silverstone, quando Berger liderou a dobradinha da Ferrari com Alboreto em segundo; Massa sofreu um acidente após passar com tudo sobre uma zebra alta e com isso quebrou a suspensão dianteira esquerda do seu Ferrari. Para alguns ele abusou, mas eu não vejo assim. Vários pilotos atacaram as zebras e sairam com os carros inteiros e Felipe recebeu critícas pela manobra. A quebra foi estranha e dá até para pensar numa fadiga da suspensão, tamanha a facilidade com que se arrebentou. Mas isso é uma suspeita por minha parte, apenas.
Para a corrida, a grande jogada ficará por conta dos pneus. Sabe-se que a diferença entre o macio e o duro é de até dois segundos de diferença na performance dos carros, e isso sugere que a prova será baseada em estratégia, já que os pneus não se desgastam tão fácil no poeirento e ainda não aderente asfalto de Buddh.
E pelo desempenho Vettel vai partir para mais uma vitória amanhã coma briga ficando intensa pelos dois últimos lugares do pódio entre Webber, Alonso, Button e Hamilton. Algo corriqueiro nos últimos meses.

GRID DE LARGADA PARA O GRANDE PRÊMIO DA ÍNDIA - 18ª ETAPA

1º - Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), 1min24s178
2º - Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), 1min24s508
3º - Fernando Alonso (ESP/Ferrari), 1min24s519
4º - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), 1min24s950
5º - Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), 1min24s474*
6º - Felipe Massa (BRA/Ferrari), 1min25s122
7º - Nico Rosberg (ALE/Mercedes), 1min25s451
8º - Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), sem tempo
9º - Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), sem tempo
10º - Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), sem tempo
11º - Michael Schumacher (ALE/Mercedes), 1min26s337
12º - Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), 1min26s503
13º - Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth), 1min26s537
14º - Bruno Senna (BRA/Lotus Renault), 1min26s651
15º - Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), 1min27s247
16º - Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault), 1min26s319*
17º - Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), 1min27s876
18º - Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus-Renault), 1min28s565
19º - Jarno Trulli (ITA/Team Lotus-Renault), 1min28s752
20º - Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari), 1min27s562*
21º - Jérôme D'Ambrosio (BEL/Marussia Virgin-Cosworth), 1min30s866
22º - Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth), 1min30s216*
23º - Narain Karthikeyan (IND/Hispania-Cosworth), 1min30s238*
24º - Timo Glock (ALE/Marussia Virgin-Cosworth), 1min34s046

Punições:
*Lewis Hamilton perdeu três posições no grid - ignorou a bandeira amarela no primeiro treino livre.
*Vitaly Petrov perdeu cinco posições no grid - causou o acidente com Michael Schumacher no GP da Coreia.
*Sergio Perez perdeu três posições no grid - ignorou a bandeira amarela no primeiro treino livre.
*Daniel Ricciardo perdeu cinco posições no grid - realizou a segunda troca de câmbio em menos de cinco corridas.
*Timo Glock deverá ser eliminado da prova - ultrapassou o máximo de 107% do melhor tempo do Q1
*Narain Karthikeyan perdeu cinco posições no grid - atrapalhou Michael Schumacher durante o Q1

domingo, 16 de outubro de 2011

GP da Coréia do Sul - Corrida - 16ª Etapa

Ao término do treino, após perder a pole para Hamilton, Vettel trazia seu carro para os boxes e pelo rádio soltou uma frase para a equipe algo como “Vamos lá, levantem a cabeça. Amanhã tem mais.” Foi algo incentivador perante a primeira derrota da Red Bull num treino classificatório neste 2011 e Sebastian fez questão lembrá-los que no domingo ainda havia uma corrida a ser disputada. Ele estava certo.
Vettel partiu com decisão para cima de Hamilton que segurou até onde pode a pressão exercida pelo piloto alemão. Sebastian superou Lewis no final da segunda reta dos boxes durante a primeira volta e não deu chances a mais ninguém. Na primeira parte, antes das paradas de Box, Vettel soube administrar bem a liderança. A vantagem sobre Lewis não subiu além dos três segundos e quando o inglês estava próximo, no máximo, ficava à 1 segundo do piloto da Red Bull. Lewis teve alguma esperança quando o Safety Car entrou na pista devido o enrosco de Petrov e Schumacher na volta 17. Quando relargaram, a vantagem manteve-se perto de 1 à 1.5 segundo por uma bom número de voltas. Mas quando Hamilton esboçava uma reação, Vettel estava pronto par dar a resposta e isso perdurou até o fim da prova, com o bi-campeão vencendo a corrida com mais de dez segundos sobre Hamilton. Este último, porém, teve alguma dificuldade inicial com seu jogo de pneus macios após a segunda parada quando Webber o pressionou se dó desde a saída de Box. O duelo entre os dois permitiu a aproximação de Button e mais tarde de Alonso, mas sem levar perigo aos dois contendores. Lewis ganhou uma folga nas últimas 5 voltas e garantiu a segunda posição, com Webber em segundo, Button em quarto e Alonso, que fizera voltas rápidas por 12 voltas consecutivas, ficando em quinto com hipóteses de até ganhar o quarto posto. Massa, que fechou em sexto, fez uma boa corrida ao andar bem na frente de Alonso até a volta 35 quando fez a sua segunda parada de Box. Segurou bem os ataques de Alonso neste período e pode até pensar em chegar mais à frente, pois seu ritmo de prova era satisfatório e por vezes até mais veloz que o de Fernando. De se destacar também que foi a quarta prova, das cinco últimas, que largou na frente do espanhol. Outro que fez um trabalho de respeito foi Alguersuari que passou por toda a corrida duelando com Di Resta e ao final ainda teve tempo para ganhar a sétima posição de Rosberg, ficando atrás, apenas, das três grandes equipes da temporada. Barrichello conseguiu levar uma complicada Williams ao 12º lugar e Bruno chegou em 13º, na mais apagada de suas corridas desde o seu retorno neste ano. Não posso, também, deixar passar despercebido o ótimo trabalho do duo da Lotus-Carteham, Kovalainen e Trulli, que chegaram a andar em 13º e 14º na corrida coreana. Talvez tenham mostrado alguma evolução, ou não, mas não deixa de ser um bom desempenho da mais séria das equipes nanicas.
A corrida de Yeongam não é unânime, claro. O povo coreano não lotou o autódromo que fica muito distante do grande centro que é Seul e a pista não é grande coisa, como já ficou provado na sua primeira edição em 2010. É uma pista que está no calendário mais pelo dinheiro que proporciona à Bernie, porque se fosse pela popularidade, certamente nem existiria. É uma prova que não durar muito tempo no calendário da F1.
Para os críticos ficou o cala a boca que Vettel deu à maioria que falou e/ou pensou que o garoto estava acomodado após o seu título de semana passada. As voltas velozes, o desempenho durante o GP e principalmente, a marca de melhor volta alcançada na última volta da corrida, uma altura em que o vencedor normalmente só completa a corrida com calma, mostra o quanto que ele está animado para este final de campeonato.
Ainda faltam três corridas para o fim: a estréia da pista Indiana, Abu Dhabi e Interlagos. Na Índia tudo é novo e não e sabe bem como será o desempenho dos carros por lá, mas em Marina Bay e Interlagos já tivemos a mostra de como Vettel foi perfeito nestas duas corridas ano passado. Portanto não é de se duvidar que ele vá igualar, ou tentar, o recorde de vitórias de Michael Schumacher, que é de treze vitórias em 2004. Posso dizer que Vettel está num outro nível.
 Hamilton saiu bem na largada, mas Vettel tomou-lhe a primeira posição ainda na primeira volta.
 Massa conseguiu um bom desempenho ficando à frente de Alonso por 35 voltas e se defendendo como podia dos ataques do espanhou. Fechou em sexto.
 Alguersuari foi o grande destaque do final de semana ao bater travar bons duelos contra Di Resta (acima) e Rosberg, vencendo ambos e terminado na 7ª colocação
Petrov perdeu o ponto de freada e bateu em Schumacher na freada da mais longa reta do circuito coreano, eliminando os dois da prova. O piloto russo perderá 5 posições no grid do GP indiano, próxima etapa.

Resultado Final
Grande Prêmio da Coréia do Sul
Circuito de Yeongam - 17ª Etapa
55 voltas-16/10/2011


1: Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) 1h30min01s994
2: Lewis Hamilton (ING/McLaren) + 12s019
3: Mark Webber (AUS/Red Bull) + 12s477
4: Jenson Button (ING/McLaren) + 14s694
5: Fernando Alonso (ESP/Ferrari) + 15s689
6: Felipe Massa (BRA/Ferrari) + 25s133
7: Nico Rosberg (ALE/Mercedes) + 49s538
8: Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) + 54s053
9: Sebastién Buemi (SUI/Toro Rosso) + 1min02s762
10: Paul di Resta (ESC/Force India) + 1min08s602
11: Adrian Sutil (ALE/Force India) + 1min11s229
12: Rubens Barrichello (BRA/Williams) + 1min33s068
13: Bruno Senna (BRA/Lotus Renault) + 1 volta
14: Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus) + 1 volta
15: Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) + 1 volta
16: Sergio Pérez (MEX/Sauber) + 1 volta
17: Jarno Trulli (ITA/Team Lotus) + 1 volta
18: Timo Glock (ALE/Virgin) + 1 volta
19: Daniel Ricciardo (AUS/Hispania) + 1 volta
20: Jerome D'Ambrosio (BEL/Virgin) + 1 volta
21: Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania) + 3 voltas

Não completaram:
Pastor Maldonado (VEN/Williams)
Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault)
Michael Schumacher (ALE/Mercedes)

FOTOS: GETTY IMAGES; REUTERS; ITV.COM

sábado, 15 de outubro de 2011

GP da Coréia do Sul - Classificação - 16ª Etapa

Aquela performance da Mclaren nos treinos para o GP do Japão de semana passada estendeu-se para os treinos do GP coreano e ao contrário do que aconteceu no sábado, com Vettel tomando a pole de Button por um piscar de olhos, não se se repetiu hoje quando Hamilton, enfim, acertou uma ótima volta e cravou a sua primeira pole no ano desbancando a Red Bull da primeira posição em 19 treinos classificatórios, fato que não ocorria desde o GP do Brasil do ano passado quando Hulkenberg conseguiu uma surpreendente pole em Interlagos com a Williams. Lewis fez 1’35’’820 e teve que esperar pela passagem de Button e Vettel para comemorar a sua pole que não acontecia desde o GP do Canadá do ano passado. Sebastian até parecia forte para tomar a pole ao virar mais rápido nos dois primeiros trechos, perdeu no último setor e ficou a 0”222 da pole do inglês. Na segunda fila aparecem Button e Webber. Massa, pela segunda vez consecutiva e quarta na temporada, sairá na frente de Alonso que marcou o sexto tempo. Bruno Senna não teve uma bom treino (não se acertou em nenhum momento na pista coreana) e largará em 15º. Barrichello ficou de fora logo na Q1 e ficando com a 17ª posição.
A maior preocupação dos times, claro, é com o desgaste dos pneus em Yeongam. Como não é uma prova de Endurance, onde reservar pneus é importante para corrida, (digo que até mesmo crucial) os pilotos e suas equipes têm adotado isso com freqüência. Rubens sacrificou a sua ida ao Q2 para ter três jogos de pneus macios para a corrida e Sutil, junto com Di Resta, não apareceram na Q3 para treinar visando o mesmo. Claro, caso chova, essa estratégia irá para as cucuias, mas é o preço que se paga por ter usar os pneus esfarelantes da Pirelli. Ou você salva algo para o dia seguinte, ou então está ferrado.
Mclaren está forte para essa corrida, assim como esteve em Suzuka. Hamilton aparece com força para tentar espantar o azar que lhe persegue há tempos, mas ao seu lado sai Vettel que já mostrou ter ousadia o suficiente para partir para cima de Lewis. São dois pilotos velozes e ousados que não costumam dar espaço para seus adversários em divididas. E o melhor de tudo: nenhum deles tem mais nada a perder. Nem Vettel que acabou de ganhar seu segundo mundial e muito menos Hamilton, que está em busca de uma vitória que possa lhe reerguer na F1 e na Mclaren, principalmente.
A primeira curva do insosso circuito coreano pode ser pequena para estes dois.

GRID DE LARGADA PARA O GRANDE PRÊMIO DA CORÉIA - 17ª ETAPA

Q3
1: Lewis Hamilton (ING/McLaren): 1min35s820
2: Sebastian Vettel (ALE/Red Bull): 1min36s042
3: Jenson Button (ING/McLaren): 1min36s126
4: Mark Webber (AUS/Red Bull): 1min36s468
5: Felipe Massa (BRA/Ferrari): 1min36s831
6: Fernando Alonso (ESP/Ferrari): 1min36s980
7: Nico Rosberg (ALE/Mercedes): 1min37s754
8: Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault): 1min38s124
9: Paul di Resta (ESC/Force India): sem tempo
10: Adrian Sutil (ALE/Force India): sem tempo

Q2
11: Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso): 1min38s315
12: Michael Schumacher (ALE/Mercedes): 1min38s354
13: Sebastién Buemi (SUI/Toro Rosso): 1min38s508
14: Kamui Kobayashi (JAP/Sauber): 1min38s775
15: Bruno Senna (BRA/Lotus Renault): 1min38s791
16: Pastor Maldonado (VEN/Williams): 1min39s189
17: Sergio Pérez (MEX/Sauber): 1min39s443

Q1
18: Rubens Barrichello (BRA/Williams): 1min39s538
19: Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus): 1min40s522
20: Jarno Trulli (ITA/Team Lotus): 1min41s101
21: Timo Glock (ALE/Virgin): 1min42s091
22: Jerome D''Ambrosio (BEL/Virgin): 1min43s483
23: Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania): 1min43s758
24: Daniel Ricciardo (AUS/Hispania): sem tempo

domingo, 9 de outubro de 2011

GP do Japão - Corrida - 15ª Etapa

Button estava convencido ontem, quando terminou o treino classificatório, de que a sua volta tinha sido suficiente para garantir a pole. Claro, a volta era ótima, mas Vettel o superou por míseros 9 milésimos. Enfim, naquele momento, Jenson foi desbancado do primeiro posto de um treino em Suzuka. Ao menos, com a segunda posição garantida, ele teria alguma chance durante a prova.
Button conseguiu sair bem de um local sujo que é a segunda posição e quando tentou ameaçar Vettel, foi espremido pelo piloto alemão a tal ponto que teve de colocar os dois pneus na terra. Com isso Hamilton o passou por fora. Até a oitava volta, Sebastian tinha 3 segundos sobre Lewis e cinco sobre Button. Ora, com oito voltas e uma diferença dessas era de se pensar que o futuro bi-campeão faria uma daquelas provas sonolentas. Hamilton apresentou um furo em um dos pneus exatamente na oitava passagem, o que possibilitou Button subir para segundo. A partir daí, a corrida passou a ser discutida entre os dois postulantes ao título e isso perdurou até que Vettel fez a sua segunda parada de Box e voltou logo atrás de Button. Sebastian ainda tentou alguma reação, mas Jenson esteve pronto para reagir aos ataques. Após a sua terceira parada, Vettel ainda teve que lutar contra um surpreendente Alonso que conseguiu levar uma Ferrari, de pneus médios, à segunda colocação de um GP duelando contra o melhor carro da atualidade. Um feito notável, diga-se. Button venceu e mostrou que o seu momento dentro da Mclaren é fantástico e de que agora é uma referência por lá. Coisa inimaginável até o início deste ano confesso.
A corrida foi boa. Além de Button ter peitado Vettel e ganhado, tivemos bons duelos por outras poisições. Massa e Hamilton se encontraram na pista novamente e, para não perder o costume, Lewis acabou tocando-se com Felipe quando se aproximavam para a freada da chicane. Foi considerado um incidente normal, mas Hamilton se quer olhou no retrovisor e mudou para a trajetória normal onde acabou por acertar Felipe que vinha por fora. A prova de ambos não foi prejudicada, mas rendeu alguns comentários por parte de Massa que alertou mais uma vez a FIA sobre a pilotagem de Hamilton. Outro duelo interessante foi pelas duas últimas posições pontuáveis que envolveram Kobayashi, Sutil, Rosberg, Petrov e Alguersuari, nas voltas finais. Vantagem para Petrov e Rosberg, que fecharam em nono e décimo. Bruno Senna não teve uma boa jornada em Suzuka: largou mal e passou toda a corrida abaixo da posições pontuáveis, terminando assim em 16º. Barrichello também não teve uma boa tarde em Suzuka, para variar, e fechou em 17º.
O campeonato foi decidido com Vettel chegando na terceira posição e, como destaquei num texto que escrevi na sexta passada, o seu amadurecimento como piloto foi determinante para isso. Não cometeu os erros de impaciência do ano passado (qualquer semelhança com o atual momento de Hamilton, é mera coincidência) e pode desfrutar, assim, da bela máquina que Adrian Newey fez este ano. Seu desempenho foi tão destruidor, que Webber, aquele mesmo que incomodou aos montes o jovem bi-campeão em 2010, não passou de uma sombra extremamente invisível este ano. E o seu desempenho em Suzuka mostrou bem isso. Vettel, como todos já sabem, escreveram e falaram, é jovem e ainda tem um belo caminho a ser feito para tentar, ao menos, chegar próximo dos recordes de Schumacher. Claro, para isso terá que contar e muito com Adrian Newey para construir ótimos carros, porque somente o seu talento não será o suficiente para dar continuidade a essas conquistas. Ao contrário do que ouvi nos dois últimos dias, onde disseram que era preciso ver como Sebastian comportar-se-ia com um carro médio, é só dar uma olhada em seu desempenho em 2008 com um carro da Toro Rosso. Por mais que fosse o mesmo carro que a Red Bull usasse, aquele STR03 não recebia qualquer tipo de atualizações do qual o carro “oficial” da matriz tinha. Assim como hoje, era a equipe ítalo-austríaca que fazia as atualizações e Vettel pode levar o carro a uma vitória respeitável em Monza e ficar regularmente entre os dez melhores tanto nos grids,quanto nas classificações finais.
Sebastian chegou a um nível espetacular de pilotagem e concentração. E ainda tem muito para evoluir, afinal tem apenas 24 anos e dois mundiais consecutivos no bolso. É cedo para dizer isso, mas confesso que estamos presenciando uma possível era Vettel.
Vettel espreme Button na grama pelo lado direito durante a largada. Hamilon se prepara para assumir o segundo posto
 Hamilton se manteve à frente de Button por oito voltas até um dos pneus apresentar um furo e jogá-lo para o meio do pelotão. Teve mais um toque com Massa, onde creditou a culpa ao retovisor que vibarava demais
 O novo bi-campeão: Vettel festeja o título com a terceira posição em Suzuka
 Alonso não fez uma classificação vistosa (5º), mas conseguiu levar uma problematica Ferrari à segunda posição. Algo impensável antes da corrida.
 Button venceu o duelo com Vettel e levou a corrida em Suzuka, a sua terceira vitória nesta temporada. Mais uma vez soube bem poupar os pneus
Massa teve algum lampejo durante a prova ao tentar atacar Hamilton onde, novamente, tocaram-se, mas sem consequências. Webber terminou em quarto, mas foi apagadão durante todo o fim de semana.

Resultado Final
Grande Prêmio do Japão - Suzuka
53 voltas - 9/10/2011

1º Jenson Button (ING/McLaren) 1h30:53.427
2º Fernando Alonso (ESP/Ferrari) + 1.160
3º Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) + 2.006
4º Mark Webber (AUS/Red Bull) + 8.071
5º Lewis Hamilton (ING/McLaren) + 24.268
6º Michael Schumacher (ALE/Mercedes) + 27.120
7º Felipe Massa (BRA/Ferrari) + 28.240
8º Sergio Pérez (MEX/Sauber) + 39.377
9º Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault) + 42.607
10º Nico Rosberg (ALE/Mercedes) + 44.322
11º Adrian Sutil (ALE/Force India) + 54.447
12º Paul di Resta (ESC/Force India) + 1:02.326
13º Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) + 1:03.705
14º Pastor Maldonado (VEN/Williams) + 1:04.194
15º Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) + 1:06.623
16º Bruno Senna (BRA/Lotus Renault) + 1:12.628
17º Rubens Barrichello (BRA/Williams) + 1:14.191
18º Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus) + 1:27.824
19º Jarno Trulli (ITA/Team Lotus) + 1:36.140
20º Timo Glock (ALE/MVirgin) + 2 laps
21º Jérôme D'Ambrosio (BEL/Virgin) + 2 laps
22º Daniel Ricciardo (AUS/Hispania) + 2 laps
23º Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania) + 2 laps

Não terminaram: 
Sebastian Buemi (SUI/Toro Rosso) à 35 voltas

FOTOS: AP; GETTY IMAGES; AFP; REUTERS; ITV.COM

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