Especiais Volta Rápida

terça-feira, 31 de maio de 2011

Foto 17: O que estaria pensando De Cesaris?



Andrea De Cesaris é mais conhecido pelos seus acidentes espetaculares, do que qualquer outra coisa. Mas em Long Beach, 1982, ele conseguiu a sua única pole position em mais de 13 anos de F1. As fotos acima são daquele final de semana. E aí fica a pergunta: o que estaria pensando De Cesaris sentado sobre uma bolsa da Marlboro? 
Ele largou na pole, mas não completou a prova acidentando-se na volta 33. A vitória foi de Lauda, com Rosberg em segundo e Patrese em terceiro.

Sobre Lewis Hamilton

Nestes dois últimos dias após os acontecimentos de Mônaco, li bastante sobre a repercussão do que Hamilton fez dentro e fora da pista, com manobras desastradas e declarações infelizes. Vou redigir a minha opinião que tenho sobre ele formada já há algum tempo.
Primeiramente, gosto do seu estilo ousado de atacar os pilotos numa disputa de posição e o único piloto que se compara com ele no grid atualmente neste quesito, é Kobayashi. Eles não medem esforços para tentar uma posição e sempre conseguem de uma forma ou outra. Aí é que está. Desde que surgiu em 2007 como um furacão, Hamilton atraiu fás e detratores como uma voracidade tão maior quanto à sua vontade de vencer. Acredito que isso é pelo fato dele não ter passado por uma equipe menor e ter aprendido lá os macetes da F1, sofrido, comido o pão que o diabo amassou, para quando chegar numa equipe maior, estar totalmente preparado para enfrentar os outros pilotos. Não que ele estivesse preparado na época, até porque conseguiu tirar Alonso do sério fazendo-lhe cair a máscara de bom moço que ele carregava desde os tempos da Renault. Ele estava preparado, mas não como devia. Acho que um tempo em equipes medianas, como um Toro Rosso, por exemplo, ou até mesmo uma Williams, que não deixa de ser um time grande, poderia ter lhe dado mais quilometragem antes de assumir um papel de estrela como ele pegou na Mclaren. Ele perdeu o mundial de 2007 por erros primários e quase que o de 2008 foi pelo ralo por condições idênticas, que viriam a se repetir de modo grotesco em 2010. O outro fator de criticas pesadas, são dos acidentes exagerados. Pilotos como ele, que são arrojados ao extremo, está propenso a cometer erros infantis. Em 2010, como já citei aqui, ele deixou de disputar o título por duas manobras infelizes: uma em Monza, quando bateu na traseira da Ferrari do Massa e abandonou logo após a largada e a outra em Cingapura, quando enrroscou-se com Webber e também abandonou. Foram situações que poderiam ter sido evitadas, afinal ele tinha muito mais carro que estes dois contendores. Visto estas situações e agregando outras como sua atuação alucinada em Monza 2008, quando vinha recuperando posições e chegou a bater rodas com Alonso e Webber na reta dos boxes e depois jogando de modo agressivo o Glock para fora da pista, alguns o chama de perigoso. Realmente nessas ele exagerou um pouco e juntando com Mônaco este ano, os acidentes poderiam ter sido de proporções absurdas. Entendo a cabeça dele. É normal um piloto que tenha essa sede de vitória insaciável e que vê em qualquer brecha uma chance de ultrapassar e tentar a vitória a todo custo. Estas manobras me lembram muito as dos simuladores, onde você arrisca tudo e que o piloto da frente se dane. O problema é que nem ele, e muito menos os outros, estão numa pista virtual. Ele não deve e nem pode mudar o seu estilo de pilotagem, pois isso tiraria o brilho de suas manobras, mas ao menos deveriam ser mais calculadas. Isso evitaria punições e possíveis acidentes.
Por outro lado as declarações foram infelizes, e só fez as coisas piorarem. Acredito que após o rompimento que ele teve com seu pai Anthony e o afastamento de Ron Dennis para cuidar do carro de rua da Mclaren, Lewis ficou sem quem pudesse filtrar suas declarações. Digo isso, porque sempre achei superficial todos os comentários de Hamilton. Pareciam manipulados, frases feitas, sem sal. Mas pode ser um engano meu também, pois ele começou a descer o pau na equipe nos últimos meses chegando a cogitar que poderia sair da equipe caso eles não entregassem um bólido competitivo, ao dizer que toda a história de amor tem um fim. Mas também há o fato dele se comparar ao Senna em algumas situações, como ele comparou recentemente ao dizer que ele era o Ayrton e Alonso o Prost, quando os dois dividiram o espaço na Mclaren. Num modo ele até tinha razão. No domingo ele voltou a enfatizar isso, quando disse que todos estavam contra ele. Sinceramente, ele anda a ver muito este documentário e querer se espelhar no Ayrton. O fato de ter tomado três punições no fim de semana não quer dizer esteja sendo perseguido. Aliás ele próprio foi uma tanto protegido pela FIA entre 2007 e 08, ao cometer algumas infrações e sair ileso delas. Exemplos: a prova de Nurburgring, onde ele ficou encalhado na brita e voltou com auxilio de um trator e a outra, mais uma vez, foi em Monza 2008 quando ele pilotou feito um louco e só pela manobra sobre o Glock ele deveria ter sido punido. O Ayrton em 89-90 arrumou uma briga danada com o Balestre por ter descido a lenha na entidade, principalmente após os acontecimentos de Suzuka 89 e por todo o ano de 90. Hamilton, talvez esteja querendo arrumar uma encrenca onde não exista e sua declaração de tudo está acontecendo por ser negro, pegou muito mal. Está na hora dele parar de frescura e procurar ser mais responsável dentro da pista e focar tudo no próximo GP, em Montreal, onde ele consegue ser insuperável. E se der para proibi-lo de assistir a este documentário do Senna, será bom também. Está fazendo mal a cabeça dele.

FOTO: ITV.COM

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Garotas da F1- GP de Mônaco





 O verão europeu sempre colabora para belas imagens. E Mônaco, nesse quesito, não nos decepciona nunca. Jamais...

GP de Mônaco- Corrida- 6 ª Etapa

A estratégia inicial da Red Bull jogara Vettel de primeiro para segundo durante a corrida. Uma parada nos boxes duas voltas depois de Button, não havia sido uma boa e por isso a equipe preferiu manter Sebastian na pista para arriscar uma só parada de boxes, forçando seu astro a correr 63 voltas com o mesmo composto. Sim, hoje nesse dias de pneus que se desmancham facilmente, era uma insanidade, mas eles tinham que correr o risco. Button e Alonso eram os seus oponentes mais perigosos na busca pela vitória. Mas o inglês teve que parar mais duas vezes e o espanhol mais outra. Assim, Vettel retomou a ponta da corrida após um pequeno período de liderança do
piloto da Mclaren, com Fernando em segundo e Jenson voltando na terceira posição. Faltando 15 voltas para o término, os três primeiros estavam separados por menos de 1 segundo. Sebastian se defendia como podia dos ataques de Fernando, enquanto que e este se preocupava com Jenson que vinha mais rápido que os dois. Quando se aproximavam para dobrar um comboio de pilotos, um acidente nos Esses da piscina entre Petrov e Alguersuari, que estavam no meio deste bolo de carros, interrompeu a corrida quando faltava 6 voltas para seu término. O russo foi retirado do seu Renault e levado de ambulância para o centro médico. Mas nada demais foi constatado em Petrov, que está bem. Passaram-se alguns minutos e a relargada foi feita atrás do safety car. Com pneus novos, assim como a maioria, Vettel conseguiu completar a corrida com tranqüilidade para vencer seu quinto GP no ano.
Vettel venceria a prova de qualquer forma. A sua tocada mesmo com Fernando no seu cangote, não entregou nenhuma falha do alemão e quem estava mais propenso a isso era o próprio espanhol que além de atacar Sebastian, tinha que se preocupar com Button que estava bem mais rápido. A batalha dos três nas últimas voltas que antecederam a interrupção, era de cortar a respiração. E isso, mais as várias disputas que teve durante o GP, calou uma pouco os críticos que malhavam a pista se Monte Carlo todo ano por não dar chance de ultrapassagem à ninguém. Os pneus ajudaram bastante, mas a de se dizer que os pilotos estiveram corajosos também. Hamilton abusou em algumas manobras (farei um post sobre ele) que lhe renderam duas punições e uma baita polêmica pro suas declarações duras após a prova. Schumi também achou espaço em duas ultrapassagens na Lowes, assim como Barrichello que o ultrapassou na Mirabeau. Kobayashi, que terminou em quinto em mais uma bela exibição, também foi outro que conseguiu ultrapassar, quando pegou por dentro Sutil na Mirabeau. Após a prova o piloto da Sauber tomou uma dura dos comissários por causa dessa manobra, por entender que Kobayashi fora um tanto afoito.
A corrida foi ótima. Muito mais do que poderia imaginar. Mesmo com esses pneus que se desgastam rapidamente, não acreditava que a prova seria tão movimentada assim. Nas posições intermediárias o pau sempre comeu à solta, mas na dianteira do GP sempre foi muito morna ou gélida. Ninguém queria se arriscar ficar espetado numa barreira de pneus ou nos guard-rails. Com essa alternativa inserida pela Pirelli nos GPs, é uma tanto impossível achar que tudo estará resolvido quando algum piloto desaparecer na frente. Se alguém for corajoso e meter pneus moles nas últimas 15 voltas de uma corrida, pode tirar, até, 3 segundos por volta caso o cara da frente tenha a sua borracha quase na lona. Sim, pode a até tornado as coisas mais artificiais, mas em vista que os pilotos estavam mais acomodados esperando uma estratégia de pit stops para resolver suas vidas, esta artimanha da Pirelli surtiu efeito e agora obriga o cara poupar pneus ou talvez se arriscar a levar uma pressão danada e se sair bem, como Vettel nos mostrou nestes dois últimos GPs. E Mônaco, que sempre foi detestada pelo seu pouco espaço, agradece pela prova de ontem. E eu, que gosto pacas desta prova, também.
 Sebastian seguido por Button e Alonso: ao final da prova era o espanhol que pressionava o piloto da Red Bull, mas sem obter sucesso
 Hamilton ataca Schumi: foi a única manobra bem sucedida do inglês, que..
 ... bateria rodas com Massa mais tarde numa tentativa de ultrapassagem na Lowes.
 Massa abandona após bater dentro do túnel ao pegar a parte suja
O início do acidente que definiu a corrida: Petrov trava tudo para não acertar Alguersuari, mas seu Renault acaba acertando a Toro Rosso do espanhol e depois vai direto no guard-rail machucando o piloto russo.

RESULTADO FINAL
Grande Prêmio de Mônaco- Circuito de Monte Carlo
78 voltas- 29/05/2011

1. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull): 78 voltas em 2h09min38s373
2. Fernando Alonso (ESP/Ferrari): a 1s138
3. Jenson Button (INGL/McLaren): a 2s378
4. Mark Weber (AUS/Red Bull): a 23s100
5. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari): a 26s900
6. Lewis Hamilton (INGL/McLaren): a 27s200
7. Adrian Sutil (ALE/Force India): a uma volta
8. Nick Heidfeld (ALE/Lotus-Renault): a uma volta
9. Rubens Barrichello (BRA/Williams): a uma volta
10. Sébastien Buemi (SUI/Toro Rosso): a uma volta
11. Nico Rosberg (ALE/Mercedes): a uma volta
12. Paul di Resta (ESC/Force India): a duas voltas
13. Jarno Trulli (ITA/Lotus): a duas voltas
14. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus): a duas voltas
15. Jerome d'Ambrosio (BEL/Virgin): a duas voltas
16. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania): a três voltas
17. Narain Karthikeyan (IND/Hispania): a três voltas
18. Pastor Maldonado (VEN/Williams): a cinco voltas

Não completaram:
Vitaly Petrov (RUS/Lotus-Renault)
Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso)
Felipe Massa (BRA/Ferrari)
Michael Schumacher (ALE/Mercedes)
Timo Glock (ALE/Virgin)

FOTOS: REUTERS; AP; ITV.COM

sábado, 28 de maio de 2011

F1 Battles- Jean Alesi vs Damon Hill- GP do Japão, 1995


Precisa de muita coragem para atacar um piloto usando pneus slick numa pista ainda muito húmida. E Jean Alesi tinha de sobra, como comprova essa magnífica ultrapassagem sobre Damon Hill durante o GP do Japão pegando o inglês por fora, na entrada da chicane.Infelizmente Jean abandonaria a prova com o motor do seu Ferrari estourado, numa altura que estava alcançado Michael Schumacher na liderança do GP.

GP de Mônaco- Classificação- 6ª Etapa

Nico Rosberg havia levado um susto pela manhã, quando seu Mercedes escapaou e bateu após a saída do túnel indo parar logo após a chicane do Porto. O acidente já havia impressionado pelo modo de como o carro perdeu a frente e por pouco não indo bater na barreira de pneus de uma bifrcação, onde Wendlinger, 17 anos atrás, quase perdera a vida. O problema é que a cena se repetiu hoje, quando Pérez também perdeu o controle de sua Sauber e foi bater neste mesmo local. Sem mexer a cabeça por alguns instantes, assombrou a comunidade automobilística.Mas os primeiros socorros vieram rápido e logo após um silêncio inquietante, veio a noticía de que Pérez estava consciente, mas que estava queixando-se de dor em uma das pernas.
O treino ficou paralisado por vários minutos e antes disso, Vettel havia feito um tempo inalcançavel pelos demais. Hamilton estava numa sétima posição e tinha sido prejudicado pela bandeira vermelha, quando vinha numa volta veloz. Ele voltou após a paralisação, mas abortou e assim como Button, Webber e Alonso, não pode tirar a quinta pole de Vettel em seis treinos oficiais neste ano e assim sairá em sétimo. Pérez ao lado de Maldonado, era uma das estrelas do treino ao conseguir levar sua Sauber ao Q3 com um bom ritmo de treino. Pastor também fez ótimo treino e mais uma vez, seguidamente, levou sua Williams ao Q3 e sai em nono amanhã. Alonso, que havia dominado dois treinos livres, ficou apenas em quarto e mostrou desapontamento. Mas o vejo numa briga interessante com Webber pela terceira posição na corrida e com uma pouco mais de sorte, pode conquistar uma segunda posição. Button também teve um bom treino ao marcar a segunda posição. Caso faça uma prova de econômia de pneus como fez em Barcelona, é um perigo para a supremacia de Vettel. Massa ficou em sexto, enaquanto que Barrichello marcou apenas o 12º tempo do dia.
Como sempre a largada será chave e com Vettel saindo bem, não haverá muita chance para os demais. Mas mesmo assim, ainda acho que Button poderá surpreendê-lo durante a prova.

GRID DE LARGADA PARA O GRANDE PRÊMIO DE MÔNACO- 6ª ETAPA

1. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull): 1min13s556
2. Jenson Button (INGL/McLaren): 1min13s997
3. Mark Weber (AUS/Red Bull): 1min14s019
4. Fernando Alonso (ESP/Ferrari): 1min14s483
5. Michael Schumacher (ALE/Mercedes): 1min14s682
6. Felipe Massa (BRA/Ferrari): 1min14s877
7. Lewis Hamilton (INGL/McLaren): 1min15s280
8. Nico Rosberg (ALE/Mercedes): 1min15s766
9. Pastor Maldonado (VEN/Williams): 1min16s528
10. Sergio Pérez (MEX/Sauber): sem tempo
11. Vitaly Petrov (RUS/Lotus-Renault): 1min15s815
12. Rubens Barrichello (BRA/Williams): 1min15s826
13. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari): 1min15s973
14. Paul di Resta (ESC/Force India): 1min16s118
15. Adrian Sutil (ALE/Force India): 1min16s121
16. Nick Heidfeld (ALE/Lotus-Renault): 1min16s214
17. Sébastien Buemi (SUI/Toro Rosso): 1min16s300
18. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus): 1min17s343
19. Jarno Trulli (ITA/Lotus): 1min17s381
20. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso): 1min17s820
21. Timo Glock (ALE/Virgin): 1min17s914
22. Jerome d'Ambrosio (BEL/Virgin): 1min18s736
23. Narain Karthikeyan (IND/Hispania): sem tempo
24. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania): sem tempo

FOTO: AP

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Foto 16: Lotus, Indianápolis, 1965

 Dan Gurney? Alguém confirma?




Estas são algumas das imagens da Lotus de Jim Clark nas 500 Milhas de Indianápolis de 1965, ano que ele venceu a prova e desbancou a supremacia dos motores dianteiros. No ano anterior eles já haviam incomodado a concorrência com a pole, mas a desistência na volta 47 após uma quebra na suspensão traseira, adiou o sonho. Em 65, além do carro de Clark, o Team Lotus alinhou mais um carro que foi para Bob Jonhs (7ª colocação) e forneceu o chassi Lotus para Parnelli Jones (2º colocado), Al Miller (4º colocado), A.J.Foyt (abandonou na volta 115 com problemas de câmbio) e Dan Gurney (abandonou na volta 42 com problemas de câmbio). Todos usavam motores Ford, que conquistavam também sua primeira vitória na Indy 500.  

Garotas da F1- GP da Espanha



Está ai a resposta para o bom desempenho de Pérez e Maldonado em Montmeló...

segunda-feira, 23 de maio de 2011

GT Brasil- Curitiba- 3ª Etapa

As mudanças que a CBA impôs aos carros da GT3 já em Curitiba, não privou-nos de duas belas provas. No sábado uma corrida movimentada que só foi decidida nas últimas voltas e metros do circuito curitibano. Enquanto que todos imaginavam que Xandy/Xandinho Negrão venceriam, o Lamborghini os deixou sem gasolina na última volta. E isso que eles já haviam assumido a ponta após um erro do Dharuj/Sperafico (Corvete) ao escapar para fora antes. E esta mesma dupla (ufa!) também tinha herdado a posição de Stumpf/Brito após o Ford GT ter apresentado problemas. Isso tudo após a parada obrigatória nos boxes. Quem beneficiou-se de tudo isso foi Queirolo, que levou sua Corvete número 13 à terceira vitória.  
No domingo não houve uma batalha pela liderança, pois Brito/Stumpf dominaram tranquilamente a prova e levaram o Ford GT a sua primeira vitória no ano. Nem mesmo a entrada do Safety Car em duas oportunidades (para tirar o Lamboghini de Vanuê Faria batido logo no início da prova na reta boxes e mais tarde, o Viper de Fernando Croce que bateu na entrada da reta principal), deram aos adversários chance de incomodar a dupla do Ford GT. Boni/Bernoldi no outro Ford GT tiveram problemas de freios e talvez fossem os únicos a incomodarem os seus parceiros de equipe, mas ainda assim fecharam em 6º. Xandinho/Xandy Negrão se aproximaram no final de Brito/Stumpf, mas não havia tempo para ameaçá-los e acabaram em segundo. Queirolo acabou errando e caindo para oitavo quando tinha aquarta colocação no bolso, mas ainda é líder do campeonato com 67 pontos, contra 64 de Cleber Faria (Lamborghini).
Na GT4 festa dobrada para Marçal Melo/William Freire que venceram no sábado, partindo da pole, e no domingo, saindo de último. Foram as primeiras vitórias da Ginetta este ano, quebrando a sequência de vitórias das Ferrari 430 Challenge que haviam dominado em Interlagos e Anhembi.
Após esta corrida fica claro que as mudanças de peso, altura e outros componentes podem ter tirado algo dos Lamorghinis LP600 e Corvetes Z06 e dado aos Ford GT um empurrãozinho para chegarem na dianteira das corridas. E acredito, que mesmo sem estas mudanças, os Ford estariam brigando forte pela vitória em Pinhais.E me passa a impressão que os Viper já eram. São carros formidáveis, mas não há atualizações para eles desde o início do campeonato há quatro anos atrás. Creio que está na hora de aposentá-los. Enquanto que na GT4 esta dupla vitória da Ginetta deu uma lufada de ar fresco, num momento que parecia que o campeonato estava destinado a ficar para um dos Ferraris. O bom é que para as próximas etapas novos carros devem estrear, como é o caso do Maserati Grand Sport que foi testado pela dupla Valter Rossete/Fábio Greco na quinta-feira em Pinhais. Só não foi usado por ter ainda baixissíma quilometragem, pois o carro chegou exatamente na quinta e por isso correram de Ferrari. E há outro Aston Martin Vantage para chegar.
Tudo indica um belo campeonato daqui para frente, com belos carros e ótimas disputas.

RESULTADOS DAS DUAS PROVAS DE CURITIBA- DIAS 21 E 22 DE MAIO- 3ª ETAPA

Prova 1:
GTBR3
1. Pedro Queirolo (TNT Energy Corvette): 50min50s921
2. Xandy Negrão/Xandinho Negrão (A. Mattheis Lamborghini): +2s224
3. Enrique Bernoldi/Paulo Bonifácio (BMG Racing Ford GT): +10s786
4. Chico Longo/Daniel Serra (Via Italia Ferrari): +12s110
5. Cléber Faria (Itaipava Racing Lamborghini): +28s767
6. Vanuê Faria/Renan Guerra (Itaipava Racing Lamborghini): +29s477
7. Marcelo Hahn/Allam Khodair (Blau Lamborghini): +30s381
8. Rafael Derani/Cláudio Ricci (CRT Ferrari): +36s606
9. Henrique Assunção (Dodge Viper): +1 volta
10. Fernando Croce/Daniel Croce (Dodge Viper): +2 voltas

GTBR4
12. Marçal Melo/William Freire (Crystal Racing Ginetta): +3 voltas
13. Sérgio Laganá/Alan Hellmeister (M2 Competições Ferrari): +3 voltas
14. Otávio Mesquita (Itaipava Racing Ferrari): +3 voltas
15. Carlos Burza/Leonardo Burti (Crystal Racing Ginetta): +3 voltas
18. Valter Rossete/Fábio Greco (TNT Energy Greco Maserati): +4 voltas
19. Marcelo Sant'Anna/Christian De Rey (TNT Energy Greco Ferrari): +4 voltas
20. Caê Coelho/João Gonçalves (CRT TNT Energy Ginetta): +4 voltas
21. Cristiano Federico/Caio Lara (ATW BVA Ferrari): +5 voltas
22. Eduardo Ramos/Leandro Almeida (Old Boys Aston Martin): +6 voltas
23. Marcelo Losasso/Osvaldo Federico (ATW BVA Maserati): +6 voltas

Prova 2:
GTBR3
1. Matheus Stumpf/Valdeno Brito (BMG Racing Ford GT): 50min58s327
2. Xandy Negrão/Xandinho Negrão (A. Mattheis Lamborghini): +0s758
3. Cléber Faria (Itaipava Racing Lamborghini): +4s215
4. Chico Longo/Daniel Serra (Via Italia Ferrari): +4s545
5. Marcelo Hahn/Allam Khodair (Blau Lamborghini): +9s094
6. Enrique Bernoldi/Paulo Bonifácio (BMG Racing Ford GT): +17s860
7. Rafael Derani/Cláudio Ricci (CRT Ferrari): +18s400
8. Pedro Queirolo (TNT Energy Corvette): +19s063

GTBR4
9. Marçal Melo/William Freire (Crystal Racing Ginetta): +2 voltas
10. Sérgio Laganá/Alan Hellmeister (M2 Competições Ferrari): +2 voltas
11. Cristiano Federico/Caio Lara (ATW BVA Ferrari): +2 voltas
12. Valter Rossete/Fábio Greco (TNT Energy Greco Maserati): +2 voltas
14. Caê Coelho/João Gonçalves (CRT TNT Energy Ginetta): +2 voltas

FOTOS: Ivan Pacheco/ Terra

GP da Espanha- Corrida- 5ª Etapa

A maior perspectiva que antecedeu o GP espanhol era sobre o uso da asa móvel no circuito permanente mais difícil de se ultrapassar na F1, depois de Monte Carlo e Hungaroring. Montmeló é uma pista que até poderia ser interessante, pois há pontos de extrema velocidade (reta dos boxes), curvas de alta (como a curva Renault), de baixa velocidade (curvas "Banc Sabadell" e a nova chicane) e com alguns aclives e declives. Mas as curvas de raio longo e as pequenas retas, atrapalham esta ação. Tanto que os únicos pontos reais de ultrapassagem, são o final da reta dos boxes e na freada para a curav "La Caixa". Desta vez o DRS não funcionou como esperado e para muitos, a corrida foi chata, sem nenhum atrativo. Ao meu ver foi interessante sim. Claro que uma corrida repleta de troca de posições, com vários pilotos se alternando na liderança da prova dá uma acordada no povo. Mas a corrida de ontem foi tensa, afinal quem poderia imaginar que Hamilton ameaçasse tão veemente a liderança de Vettel? A quarta e última troca de pneus de ambos tinha me dado a impressão que Vettel estaria mais tranquilo na frente, já que havia saído com um pouco mais de 2 segundos de diferença para Hamilton (antes disso Lewis estava a menos de meio segundo do alemão!!). Mas o piloto da Mclaren rapidamente se recuperou e foi à caça de Vettel, que tinha algum folêgo apenas na saída da última curva, onde conseguia contorná-la melhor e sair mais rápido de Hamilton. Isso dava ao alemão uma distância para ele percorrer toda a reta dos boxes sem que o inglês pudesse usar a asa na ultrapassagem. Hamilton só chegava em Vettel na freada para o "S" e ai, a chance de ultrapassagem, já havia ficado para trás. As últimas 15 voltas foram um verdadeiro "rato contra o gato", que mostrou mais uma vez que Vettel está num outro nível de excelência. Até o ano passado, se ele fosse pressionado como ontem, talvez não chegasse na frente, ou até mesmo, poderia errar e ficar de fora da corrida. Ontem ele foi formidável e acredito que está pronto para novas batalhas, tão intensas quanto a de ontem.
Por outro lado, a Mclaren entregou aos seus pilotos um carro muito bom que dava a eles a chance de preservar muito bem os pneus. Talvez por isso, que Hamilton não tenha destruido o seus durante a corrida e assim pode brigar diretamente com Vettel. Mas o melhor foi Button, que após cair de quinto para décimo e escalar o pelotão até a quinta posição, andou forte com pneus macios por mais de 30 voltas. Isso deu a ele a chance de subir ao pódio e caso não tivesse errado, poderia até ter ganho a corrida, pois acredito que ontem ele tinha mais iniciativa que Lewis na hora das ultrapassagens.
Outro belo destaque foi Alonso que fez uma largada foguete no melhor estilo Gilles Villeneuve, ao sair de quainto para primeiro pegando um surpreso Webber por dentro. Alonso liderou até a segunda parada de box, quando caiu para terceiro e a partir daá travou bons duelos com Webber que estava no seu encalço. Mas os pneus duros mais uma vez acabaram com seu desempenho e isso fez com que Alonso terminasse em quinto, uma volta atrás dos líderes equanto que Mark fechou em quarto
A de destacar as corridas de Heidfeld e Kobayashi que sairam do fundo para pontuarem. No caso do japonês, ele teve um pneu traseiro esquerdo furado logo na primeira volta que o forçou cair para o fundo. mas recuperou-se e chegou em décimo, equanto que Nick saiu de último para oitavo. Infelizmente não podemos dizer o mesmo de Massa e Barrichello que tiveram uma tarde infeliz. Felipe saiu em oitavo e estava na casa dos pontos, até que seu carro  apresentou problemas de câmbio que o forçou a abandonar. Já Rubens estava otimista, mesmo largando da  19ª posição, por ter três jogos novos de pneus moles. Até facilitaria as coisas, mas foi uma tarde desastrosa e acabou ficando em 17º com uma volta de desvantagem para Maldonado que levou o seu carro ao Q3 e terminou a prova em 15º.
O resultado de Montmeló é que as inovações introduzidas para melhorar as ultrapassagens, não surtiram efeito e assim a pista espanhola continua sendo o seu ferrolho habitual de muitos anos. Vettel dispara na frente do mundial, mas com Lewis no seu encalço e Alonso ainda vai incomodar os quatro da frente por muito tempo. Em Mônaco, no próximo domingo, a história repetirá. Mas sem ultrapassagens, claro.
 No melhor estilo Villeneuve, Alonso não tomou conhecimento e mergulhou por dentro para assumir a liderança após sair da quarta posição
 Schumi andou a prova toda com Rosberg na sua cola, mas fechou na frente do seu companheiro pela segunda vez no ano
 A farofa de Montmeló: o desgaste foi enorme e os pneus duros não davam a menor aderência aos carros. Foi a grande critíca do final de semana
 O grande duelo com Hamilton a perseguir Vettel por mais de 20 voltas

RESULTADO FINAL
Grande Prêmio da Espanha
Circuito de Montmeló- Barcelona
22/5/2011- 5ª Etapa
1. Sebastian Vettel (ALE) - Red Bull
2. Lewis Hamilton (GBR) - McLaren - a 0s6
3. Jenson Button (GBR) - McLaren - a 35s6
4. Mark Webber (AUS) - Red Bull - a 47s9
5. Fernando Alonso (ESP) - Ferrari - a 1 volta
6. Michael Schumacher (ALE) - Mercedes - a 1 volta
7. Nico Rosberg (ALE) - Mercedes - a 1 volta
8. Nick Heidfeld (ALE) - Renault - a 1 volta
9. Sergio Pérez (MEX) - Sauber - a 1 volta
10. Kamui Kobayashi (JAP) - Sauber - a 1 volta
11. Vitaly Petrov (RUS) - Lotus Renault - a 1 volta
12. Paul di Resta (GBR) - Force India - a 1 volta
13. Adrian Sutil (ALE) - Force India - a 1 volta
14. Sébastien Buemi (SUI) - Toro Rosso - a 1 volta
15. Pastor Maldonado (VEN) - Williams - a 1 volta
16. Jaime Alguersuari (ESP) - Toro Rosso - a 2 voltas
17. Rubens Barrichello (BRA) - Williams - a 2 voltas
18. Jarno Trulli (ITA) - Team Lotus - a 2 voltas
19. Timo Glock (ALE) - Virgin - a 3 voltas
20. Jérôme D'Ambrosio (BEL) - Virgin - a 4 voltas
21. Narain karthikeyan (IND) - Hispania - a 5 voltas

Não completaram:
22. Felipe Massa (BRA) - Ferrari - Abandonou
23. Heikki Kovalainen (FIN) - Team Lotus - Abandonou
24. Vitantonio Liuzzi (ITA) - Hispania - Abandonou

FOTOS: Getty Images, AP, France Press

sábado, 21 de maio de 2011

Foto 15: Personalidades

Após sua vitória na Copa Vanderbilt de 1936, Tazio Nuvolari reuniu-se com seus parceiros de pistas para comemorar o belo resultado. Junto deles, outras personalidades juntaram-se para deixar uma foto imortalizada no tempo. Vamos aos nomes à partir da esquerda: Raymond Sommer (4º colocado na prova); Giuseppe Farina (abandonou a corrida); O Conde Antonio Brivio, companheiro de Nuvolari na Ferrari (3º colocado na prova); o americano multi-campeão dos pesos pesados Jack Dempsey, um dos mestres do boxe em sua história; Nuvolari (vencedor da Copa Vanderbilt); Rudy Vallee, um dos melhores artistas americanos de todos os tempos. Em pé, ao fundo: John Perona, dono da popular boate "El Morocco" que era frenquentado pela nata da alta sociedade de Manhattan entre os anos 30 e 50; Nick Quatrione, que também era dono da famosa casa "Boraccho". Já o terceiro, fico a dever a identificação (quem souber, se pronuncie nos comentários. Mas será difícil, eu sei!). A foto é de Jerome Zerbe, fotográfo oficial da casa "El Morocco".

GP da Espanha- Classificação- 5ª Etapa

Webber desceu do seu carro após sua volta canhão de 1'20''981 e teve o desfrute de ver, calmamente, os demais tentarem o impossível: tirar sua pole. Vettel, que teoricamente, seria o único com essas possibilidades, também parou nos boxes e saltou do carro para tomar calmamente sua água. Ambos repetiram a cena de quinze dias atrás em Istambul Park, quando, em situações inversas, se deram ao luxo de encerrar mais cedo suas atividades. O domínio gritante da Red Bull dão à eles esse tipo de regalia, e não é exagero algum compará-los com a Williams de 1992, que triturava a concorrêcia sem dó. E para amanhã, acreditem, só haverá briga pelo terceiro lugar para baixo. Qualquer que seja o resultado após virarem a primeira curva do circuito catalão, será total surpresa. 
Hamilton (3º), Alonso (4º) e Button (5º), os únicos que ainda podem incomodá-los em alguma situação, terão que se concentrar na largada para tentar algo. Fora essa possibilidade, vão ter que pedir aos céus por um milagre.
Para a corrida de amanhã sem dúvida que dará dobradinha da Red Bull, mas sem indicar quem chegará na frente. Para completar o pódio, Hamilton, Alonso e Button vão duelar intensamente, mas vejo Lewis com mais possibilidades. Massa fará, mais uma vez, uma corrida para chegar e Rubens, que teve problemas de câmbio, vai para uma prova de recuperação intensa após ficar com o 19º tempo, mas terá ao seu favor 3 jogos novinhos de pneus macios. Heidfeld é outro que virá de trás após ter seu carro destruido pelo fogo duarante a prática da manhã, assim não pode treinar e sairá em último.

GRID DE LARGADA PARA O GRANDE PRÊMIO DA ESPANHA- 5ª ETAPA


1. Mark Webber - Red Bull - 1min20s981
2. Sebastian Vettel - Red Bull - 1min21s181
3. Lewis Hamilton - McLaren - 1min21s961
4. Fernando Alonso - Ferrari - 1min21s964
5. Jenson Button - McLaren - 1min21s996
6. Vitaly Petrov - Lotus Renault - 1min22s471
7. Nico Rosberg - Mercedes - 1min22s599
8. Felipe Massa - Ferrari - 1min22s888
9. Pastor Maldonado - Williams - 1min22s952
10. Michael Schumacher - Mercedes
11. Sebastien Buemi - Toro Rosso - 1min23s231
12. Sergio Perez - Sauber - 1min23s367
13. Jaime Alguersuari - Toro Rosso - 1min23s694
14. Kamui Kobayashi - Sauber - 1min23s702
15. Heikki Kovalainen - Team Lotus - 1min25s403
16. Paul di Resta - Force India - 1min26s126
17. Adrian Sutil - Force India - 1min26s571
18. Jarno Trulli - Team Renault - 1min26s521
19. Rubens Barrichello - Williams - 1min26s910
20. Timo Glock - Virgin - 1min27s315
21. Tonio Liuzzi - Hispania - 1min27s809
22. Narain Karthikeyan - Hispania - 1min27s908
23. Jerome D'Ambrosio - Virgin - 1min28s556
24. Nick Heidfeld - Lotus Renault - Sem tempo

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Race of Champions, Brands Hatch, 1983

Ontem escrevi sobre o Spirit Racing e no texto mencionei o ROC de 1983, disputado em Brands Hatch a 10 de abril. Acabou por ser a última prova da história do Race of Champions na F1, com Rosberg vencendo com a Williams após uma perseguição implacável de Danny Sullivan com a Tyrrell. A terceira posição foi de Alan Jones, com Arrows.



O acidente de Simona em Indianápolis

Nos treinos de hoje em Indianápolis, Simona de Silvestro sofreu grave acidente na entrada da curva três após seu carro ter quebrado, aparentemente, a suspensão traseira. O carro da suiça chegou a levantar voôu antes do primeiro impacto e prosseguiu se arrastando por toda a curva, até levantar voôu por completo mais à frente e capotar. Seu carro chegou a ter princípio de incêndio, que foi logo controlado pelo resgate. Ela saiua andando, mas foi logo divulgado que sua mão direita está com queimaduras de segundo grau. Sobre o estado de saúde de Simona, o centro médico ainda não divulgou. Segue o vídeo do acidente:

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Spirit Honda, 1983

Na décima segunda posição do grid para a Corrida dos Campeões de 1983 em Brands Hatch, a Spirit Racing, equipe oriunda da F2, alinhou um carro para Stefan Johansson. Até então algo corriqueiro, já que era uma prova que não valia nada para o campeonato mundial daquele ano, mas isso servia, e muito, para que a Honda colocasse em prática seu retorno ao mundial de F1 após 15 anos. Agora, como fornecedora, os japoneses haviam produzido uma unidade V6 1.5 Turbo e colocado no chassi 201 da equipe Spirit (projetados por Gordon Coppuck e Tim Whrigth) para aquela prova, mas como todo motor em sua juventude, os problemas foram inúmeros e só nos treinos foram dois propulsores estourados. E na corrida não foi diferente, sendo que o problema da vez era um furo no radiador que tirara Johansson após 4 voltas.
As movimentações da Honda começaram ainda em Jacarepaguá na semana seguinte a prova de abertura do mundial de 83, a fim de testar os motores em temperaturas altas. O verão estava forte naquela ocasião, com temperaturas de quase 42°C à sombra e isso era um baita teste para o motor novo. Mas todos foram pegos de surpresa com uma queda de temperatura que acabou por anular todo seu programa. Após a sua rápida participação no ROC (Race of Champions) de 10 de abril em Brands Hatch, a Honda ainda testou em Silverstone, Willow Springs e Riverside com Thierry Boutsen e Johansson.
A estréia oficial na F1 se deu no GP da Inglaterra com Johansson abandonando na 5ª volta por problemas no pescador de combustível. Em outras cinco provas a Spirit Racing se fez presente, sempre com Johansson ao volante: no GP da Alemanha, abandono na 11ª volta por problemas de motor; GP da Áustria a primeira corrida completa, chegando na 12ª posição com cinco voltas de atraso para o vencedor Alain Prost; no GP da Holanda o melhor resultado com sétima posição, duas voltas atrás de René Arnoux; na Itália novo abandono na 4ª volta por avaria no distribuidor; no GP da Europa, disputado em Brands Hatch, completaram a prova na 14ª posição com duas voltas de atraso para Nelson Piquet.
A Spirit não foi à Kyalami para a disputa do derradeiro GP daquele ano na África do Sul, encerrando assim sua parceria com a Honda. Os japoneses se associaram a Williams de tio Frank e em dois anos, já estava colhendo os resultados com vitórias e mais tarde títulos. A Spirit ficou na F1 até 85, encerrando suas atividades após 25 GPs disputados. 


 Thierry Boutsen em testes com o Spirit Honda em Willow Springs, na Califórnia em 1983

segunda-feira, 16 de maio de 2011

FIA GT1- Sachsenring- 4ª Etapa

Ficam os vídeos da rodada dupla da quarta etapa do FIA GT1 disputado neste fim de semana em Sachsenring, na Alemanha.
A qualifying race do sábado, foi vencida pela dupla Maxime Martin/ Fredéric Makowieck com um Ford GT (Team Marc VDS):

GT1 Qualifying Race Short Highlights from... por GT1
No domingo a vitória foi da dupla Christian Hohenadel/Andrea Piccini com um Aston Martin DB9 (Team Hexis AMR):

GT1 Championship Race Short Highlights por G1
 Bernoldi, em dupla com Warren Hughes, fechou as duas corridas na quarta posição.  

Foto 14: A primeira e a última

Como ontem não tive tempo de colocar algo para homenagear Elio de Angelis, que completou ontem 25 anos do seu falecimento, ai fica a foto da chegada do GP da Áustria de 1982 onde ele conquistou sua primeira vitória chegando milésimos à frente de Rosberg. E de quebra fica última cena, uma das mais folclóricas da história da F1, que é o boné ao alto de Chapman ao comemorar pela última vez uma vitória do seu Team Lotus. Ele morreria (?) ao final daquele ano. 

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Garotas da F1- GP da Turquia

E não será apenas do GP turco que sentirei saudades. Sem sombra de dúvida...

F1 Battles: Jacques Laffite vs Rene Arnoux, GP da Àustria 1981


Apenas para comemorar a reinauguração de um dos mais belos circuitos em que a F1 já realizou corridas, eis um duelo entre Laffite e Arnoux durante o GP da Áustria de 1981 disputado no veloz circuito de Osterreichring (que já foi chamado de Zeltweg e A1-Ring). A vitória ficou com Laffite, seguido por Arnoux e Piquet.
A sua reabertura será neste domingo com presença de Vettel, Webber, Loeb e de outros tantos que defendem as cores da bebida energética no automobilismo. A pista foi comprada por Dietrich Mateschitz em 2004 e levará o nome de Red Bull Ring. Boa sorte ao novo ciclo deste velho circuito.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Foto 13: Favela

Até este tipo de imagem desapareceu da F1 ao passar dos tempos. A foto é da curva Acqua Mineralle, tirada durante o GP de San Marino de 1990.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

GP da Turquia- Corrida- 4ª Etapa

A chegada da F1 à Europa não mudou em nada o panorama visto nas últimas três etapas. Até digo que pela performance apresentada no domingo em Istambul Park, será complicado alguém fazer frente à Vettel caso não tenha um fator que mude o curso desta história. Ele desapareceu na frente após uma largada tranqüila, sem problemas, para garantir sua terceira vitória em 4 corridas disputadas até aqui. Ele pareceu estar imune a todos os problemas enfrentados pelos demais concorrentes, que sofreram à beça com os pneus que se desgastavam excessivamente. Isso acabou sendo um uppercut nas equipes que apostavam num clima mais frio, já que a sexta-feira fora de tempo ruim e o sol do sábado e domingo acabou por mudar todas as estratégias de paradas. E isto serviu para que tivéssemos uma corrida com vários duelos interessantes e intensos por diversas posições.
Mesmo com uma corrida à parte de Vettel, podemos contemplar disputas memoráveis. Button VS Hamilton, Massa Vs Rosberg, Alonso Vs Webber, Button Vs Massa, Kobayashi Vs Schumi, foram alguns que abrilhantaram a prova turca. Claro que devemos muito aos pneus e a asa móvel por estes momentos, mas acredito que mesmo sem o subterfúgio da asa poderíamos ter uma série de ultrapassagens. Os pneus se desgastaram de tal forma que os pilotos perdiam tração facilmente nas saídas de curvas e isso proporcionava a aproximação do piloto de trás com facilidade. Em um dos duelos entre Massa e Rosberg ficou claro isso. O brasileiro perseguiu o alemão por toda a curva 8 praticamente colado e foi efetuar a ultrapassagem em um ponto muito pouco usado, que é no final da reta que antecede o “S” antes da reta de uso da asa móvel. Se bem que Massa não pode segurá-lo logo em seguida, perdendo a posição novamente para Nico. A maioria dos pilotos parou nos boxes quatro vezes. Apenas Button e Barrichello, que pararam três vezes, acabaram perdendo posições, pois seus pneus duros não agüentaram o ritmo final frente ao demais que usavam pneus macios ou duros novos na parte final da corrida. Valeu pela ousadia deles, mas não deu certo assim como já havia sido certo a escolha de Vettel em Xangai de parar apenas 2 vezes contra três da concorrência. Acredito que em situações como esta da Turquia, onde Button e Barrichello apostaram em uma parada a menos que o restante é melhor sacrificar o Q3 usando um jogo de pneus duros e fazer um stint mais longo na corrida e assim terá dois jogos de pneus moles para a parte final da prova. Como o pneu duro tem uma longevidade de até 30 voltas, mesmo podendo se desgastar antes dessa previsão é uma aposta a ser levada em diante.
A prova foi boa para Alonso, que pode conseguir o primeiro pódio para a Ferrari neste ano. E o melhor: seguiu de perto Webber, com quem duelou pela segunda posição na parte final da prova. A Ferrari saiu satisfeita e só não marcou pontos com os segundo carro, porque Massa caiu de rendimento durante a prova e terminou em 11º após ter passado todo o tempo entre os pontuáveis. Rosberg fez outra bela corrida e mostra que a Mercedes já está no encalço da Mclaren nos treinos e pelo menos, nas corridas, pode incomodá-los como fez ontem em Istambul. Destaco também a prova de recuperação e o alto número de ultrapassagens de Kamui Kobayashi, que largou em 22º após ter perdido todo o treino de classificação devido um problema a bomba de combustível. Só Schumi levou, pelo menos, três ultrapassagens do japonês. A jornada da Mclaren não foi tão proveitosa: Hamilton vagueou entre a quarta e a sétima posição na corrida e logo com dez voltas de corrida, seus pneus já haviam se degradado, assim como o de Massa. E isto se repetiu em outras oportunidades na corrida que acabou privando-o pela briga por um lugar no pódio. Button, por certo momento, pareceu tentar um bote contra Vettel ao optar por apenas três paradas. Até funcionaria em outros tempos, mas o desgaste brutal destes Pirelli detona qualquer tipo de estratégia ousada e nem mesmo ele, que consegue preservar tão bem os pneus, foi páreo para isso e despencou de quarto para sexto na corrida.
Catalunha, circuito de Montmeló, será a próxima parada para a F1 realizar o GP da Espanha. E a pista é conhecida por ser historicamente dominada por carros construídos por Newey. Foi assim nos tempos da Williams e Mclaren e no ano passado e Webber venceu ano passado com folga. E o resultado de ontem em Istambul pode repertir-se com total folga em Montmeló. E para o Istambul Park fica desde já minhas saudades do mais belo e completo circuito dos muitos já construídos por Tilke. A curva 8 já é histórica.

Resultado Final
Grande Prêmio da Turquia
Circuito de Istambul Park- Istambul
8/5/2011- 4ª Etapa

1. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 1h30min17s558
2. Mark Webber (AUS/Red Bull) - 8s807
3. Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 10s075
4. Lewis Hamilton (ING/McLaren) - 40s232
5. Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 47s539
6. Jenson Button (ING/McLaren) - 59s431
7. Nick Heidfeld (ALE/Renault) - 1min00s857
8. Vitaly Petrov (RUS/Renault) - 1min08s168
9. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso) - 1min09s300
10. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - 1min18s000
11. Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1min19s800
12. Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1min25s400
13. Adrian Sutil (ALE/Force India) - a 1 volta
14. Sergio Perez (MEX/Sauber) - a 1 volta
15. Rubens Barrichello (BRA/Williams) - a 1 volta
16. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - a 1 volta
17. Pastor Maldonado (VEM/Williams) - a 1 volta
18. Jarno Trulli (ITA/Lotus) - a 1 volta
19. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus) - a 2 voltas
20. Jerome D'Ambrosio (BEL/Virgin) - a 2 voltas
21. Narain Karthikeyan (IND/Hispania) - a 3 voltas
22. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania) - a 5 voltas

Não Completaram
Paul Di Resta (ESC/Force India)
Timo Glock (ALE/Virgin)

sábado, 7 de maio de 2011

GP da Turquia- Classificação- 4ª Etapa

Ao cruzar a linha de chegada e cravar um excepcional tempo de 1'25''049, tendo Webber na segunda posição com 0''405 décimos de desvantagem, Vettel se deu ao luxo de encostar seu carro na garagem e assistir pela TV os seus rivais se matarem para chegar ao menos perto. Mak tambémk acompanhou Sebastian e nem foi pra pista após marcar a segunda posição. Resumindo, foi um classicatório fácil para o duo da Red Bull em Istambul Park.
Nem as Mclarens, que tem duelado com eles nos últimos GPs, conseguiram incomodá-los. Hamilton ficou em quarto enquanto que Button marcou o sexto tempo. Os intrusos Rosberg e Alonso, furaram o bloqueio e se enfiaram no meio dos favoritos com o alemão marcando o terceiro tempo e o espanhol o quinto. Massa sairá em décimo, sendo que abortou para ter ao menos um jogo de pneus macios já que usou um deles no Q1, quando foi o mais rápido.
Olhando o grid, sem dúvida é uma prova para Vettel largar bem e desaparecer na frente. Tendo Webber em segundo facilita bastante, mas não é de se surpreender caso o australiano pule na frente e protagonize um duelo como o do ano passado, onde os dois enroscaram rodas e entregaram para a Mclaren um dobradinha. A chuva pode embaralhar e ajudar a Mclaren, afinal seu treino não foi dos melhores e seus pilotos terão que batalhar contra Rosberg e Alonso. E isso não será tarefa fácil. Rosberg esteve no páreo pela vitória em Shangai e só perdeu por causa da estratégia que não deu certo, enquanto que Alonso precisa de um resultado melhor até para animar o ambiente na Ferrari que tem sido tenso nas últimas semanas. Massa não é de se esperar muito dele, apesar de conhecer bem o circuito turco. Legal foi ter visto Barrcichello com chances de ir para a Q3, quando foi superado no final da Q2 por Heidfeld. Largará em 11º. 

GRID DE LARGADA PARA O GP DA TURQUIA- 4ª ETAPA

Q3
1. Sebastian Vettel - Red Bull 1min25s049
2. Mark Webber - Red Bull - 1min25s454
3. Nico Rosberg - Mercedes - 1min25s574
4. Lewis Hamilton - McLaren - 1min25s595
5. Fernando Alonso - Ferrari - 1min25s851
6. Jenson Button - McLaren - 1min25s982
7. Vitaly Petrov - Lotus Renault - 1min26s296
8. Michael Schumacher - Mercedes - 1min26s646
9. Nick Heidfeld - Lotus Renault - 1min26s659
10. Felipe Massa - Ferrari - sem tempo
Q2:
11. Rubens Barrichello - Williams - 1min26s764
12. Adrian Sutil - Force India - 1min27s027
13. Paul di Resta - Force India - 1min27s145
14. Pastor Maldonado - Williams - 1min27s236
15. Sergio Perez - Sauber - 1min27s244
16. Sebastien Buemi - Toro Rosso - 1min27s255
17. Jaime Alguersuari - Toro Rosso - 1min27s572
Q1:
18. Heikki Kovalainen - Team Lotus - 1min28s780
19. Jarno Trulli - Team Lotus - 1min31s119
20. Jerome D'Ambrosio - Virgin - 1min30s445
21. Vitantonio Liuzzi - Hispania - 1min30s692
22. Timo Glock - Virgin - 1min30s813
23. Narain Karthikeyan - Hispania - 1min31s564
24. Kamui Kobayashi - Sauber - sem tempo

terça-feira, 3 de maio de 2011

GT Brasil- Anhembi- 2ª Etapa

A segunda rodada dupla do GT Brasil revelou algo que já estava mais do certo que iria acontecer, mais cedo ou mais tarde: a vitória do Corvete. E não foi apenas uma vitória, mas sim duas com Pedro Queirolo. E de quebra ainda fez a pole para a segunda corrida disputada no domingo.
No sábado Queirolo partiu da oitava posição e foi subindo de posições com uma boa dose de arrojo, não se intimidando com os adversários. Mas talvez a vitória ficasse difícil, pois Daniel Serra com a Ferrari 458 estava fabuloso com uma tocada de mestre tirando o máximo da nova máquina. Mas após a as paradas obrigatórias para troca de pilotos, a sorte virou para o piloto da Corvete que já estava num bom terceiro lugar. Chico Longo assumiu o comando da Ferrari, mas em pouco tempo rodou e deixou a primeira posição para o Lamborghini de Hahn/Khodair, com Queirolo logo em seguida. As últimas voltas foram de total ataque do Corvete sobre o Lamborghini. Hahn defendendeu-se como pode e faltando três volta para o fim, Pedro conseguiu assumir a ponta da corrida para vencer a sua primeira prova no GT assim como o da Corvete.
No domingo pela manhã, Queirolo partiu da pole e teve que duelar na primeira parte da corrida contra os Ford GT de Stumpf/Brito e Boni/Moro sendo ultrapassando por ambos. Com a parada nos boxes, Queirolo reassumiu a liderança e pode manter uma confortável diferença de 8 segundos sobre Valdeno Brito que sofria com a falta de freios no Ford.
Na GT4 as duas vitórias ficaram para a dupla Cristiano Federico/Caio Lara Rezende, sendo no domingo tiveram que disputar a vitória conta Otávio Mesquita que acabou errando no final da reta do sambódramo e abandonando, após bater na barreira de pneus.
A força mostrada pelo Corvete no Anhembi já havia sido vista em Interlagos durante a primeira etapa,mas os problemas de juventude deste carro ainda vão atrapalhá-los neste início de campeonato. Desta vez o problema foi com Sperafico/Dahruj, que nem completaram a corrida do sábado. A Ferrari 458 é magnífica, mas confesso que só o Daniel Serra não é o suficiente para levar este carro as vitórias. Longo errou feio no sábado ao pegar o carro em primeiro e rodar poucas voltas depois de ter assumido o volante do carro. Os Ford GTs dispensam comentários, principalmente da dupla Brito/Stumpf que estão sempre brigando pelas vitórias. No domingo, em especial, tinham chances de sobra para vencerem se não fosse o problema de freio. Esta corrida serviu para marcar a despedida do Audi R8 LMS de Xandi/Xandynho Negrão. O carro venceu três corridas das seis que disputou, mas mesmo com um currículo tão bom, o velho Negrão preferiu trocá-lo por achar que a vitórias foram mais por obra do acaso do que pelo desempenho do bólido alemão. Eles usarão na próxima etapa o Lamborghini LP600 que já venceu a corrida um de Interlagos neste ano, com Khodair/Hahn.
Na GT4 nada de novidades: os Ferrari 430 Challenger ainda são fortes e os únicos adversários que podem barrá-los são os Aston Martin Vantage, que não andaram nesta etapa. Os Gineta são fortes, mas confesso que terão que pegar uma jornada muito boa para barrar as Ferraris.
A próxima etapa será em Curitiba, nos dias 20, 21 e 22 de maio.