Especiais Volta Rápida

sábado, 30 de julho de 2011

A chicane da curva do Café

Trabalhei nestes dois dias na etapa do Campeonato Paulista de Automobilismo e puder ver um pouco da obra que está sendo feita por lá, para conserva a chicane mal feita que gerou todo aquela rebuliço no Brasileiro de Marcas de quinze dias atrás. 
O que eu vi dessa pequena obra é que a "zebra-guia" não existe mais. Isso já é um bom sinal. Mas ainda
tenho as minhas restrições com aquela chicane. Como todos sabem, principalmente os que me seguem no twitter, é que comentei inúmeras vezes que aquela chicane é a mesma que foi usada em fevereiro 2008 durante os testes de pré-temporada da Stock Car. Na época, pelo fato de ser uma asfalto antigo e que fora usado, apenas, em 1990 quando a Moto GP (na época, 500cc) visitou a pista paulistana, os asfalto estava se soltando e os pilotos preferiram não usá-la no segundo dia, voltando assim a contornar a curva do Café normalmente. Após o acidente fatal de Sondermann em abril, voltou-se a discutir a reutilização da chicane. Quando foram perguntados o porque do não uso daquela chicane após a morte de Sperafico em 2007, os pilotos disseram que aquele desvio era fora de mão, muito ruim. Pois bem, após um monte de blá blá blá reativaram de modo tosco e bem mal feito a chicane e quando os pilotos deram duas voltas na sexta-feira e viram que no lugar de uma zebra tinha uma guia, a casa caiu de vez e guerra estava declarada entre CBA, Administração de Interlagos e pilotos. O brasileiro de Marcas tinha o dever de ser a cobaia e reprovou a construção pavorosa naquele local. 



Durante a semana cancelaram dois dias de treinos (quarta e quinta) que a FASP reserva toda semana que antecede etapas do Campeonato Paulista de Automobilismo, para reformarem a chicane. Bom, o trabalho ficou melhor que o outro, mas como já disse, não me inspirou confiança: a princípio tiraram a guia fora, construíram zebras decentes com três palmos de largura e por dentro deixaram uma espécie de "corcunda", que tem por volta de três metros de comprimento e que fica por dentro da zebra interna. Na entrada e saída da chicane, pequenas zebras, com a mesma medida da interior, foram construídas e todas elas com essas pequenas corcundas. O que me deixa um pouco receoso são essas corcundas, pois quando o carro entrar na chicane e atacá-la pode bater em uma delas e acabar saltando de tal modo que pode, até,acontecer algum acidente. E outro detalhe é que tanto a entrada, quanto a saída, não foram alargadas. Esse é outro ponto que foi criticado pelos pilotos do Marcas. O muro, que dá de cara com quem sai da chicane, ainda está sem nenhuma proteção de pneus. Nesse caso, ainda há um tempo hábil para que seja colocado barreiras de pneus naquele local.
Não quero ser chato, mas talvez tenhamos mais um capítulo dessa guerra sobre a chicane do Café.  

GP da Hungria- Classificação- 11ª Etapa

Antes de tudo, digo-lhes que não assisti ao treino. Nenhum pedacinho se quer e graças a internet do celular soube que e pole de Vettel foi suada, sem aquela habitual folga de etapas passadas. Mas li algumas linhas em blogs e sites que o alemão teve que fazer a sua volta voadora com pneus super macios para tirar a a já garantida pole de Hamilton, que tinha, ao seu lado,o outro Mclaren de Button que constituía uma primeira fila dos sonhos para time britânico. Mas a velocidade do Red Bull Nº1 tirou essa chance de vermos, pela primeira vez no ano, algumas cores diferentes que as conhecidas azul-marinho, azul-grenar e amarela. Outro que tem algo para poder sorrir, é Massa que sai pela primeira vez nesta temporada na frente de Fernando Alonso que está completando trinta anos. É uma boa chance para ele, afinal tem feito boas largadas e também uma injeção de ânimo.
Essa prova húngara, pelo que sei e tenho lido, é uma corrida de pura resistência para os pneus e com esses compostos macios e super-macios que a Pirelli levou para lá, redobra ainda mais a chance de termos uma corrida pautada por estratégia de boxes, ou simplificando, quem poupar mais borracha será o grande vencedor. Vettel, como escrevi logo no início, usou um jogo de super-macios ao contrário de Hamilton que guardou um novo para amanhã. A grande vantagem de Sebastian é que ele largará do lado limpo e isso pode ajudá-lo caso consiga sair melhor na largada e alguém, Button ou Massa, passar Hamilton e segurar o ímpeto do piloto britânico que vem embalado pela sua magnífica vitória em Nurburgring semana passada. Aliás este tipo de corrida é a cara de Button. Largando em terceiro e tendo a fama de ultra-conservador para com os pneus, é uma aposta a ser levada em conta neste domingo. Já os Ferraris fiquei surpreso ao vê-los em quarto e quinto. Imaginava que teriam um desempenho parecido, ao menos, com o que foi apresentado em Mônaco e Valência por serem pistas naturalmente travadas. Mas um consolo é que o desempenho deles com estes pneus em corrida é satisfatório. Agora pensar em vitória já é outro caso.
Tendo essas variáveis sobre as paradas de boxes (que para alguns pode ter até alguém que se arrisque a fazer 5 paradas!) e derrepente um clima chuvoso, a prova ganha contornos interessantes. Agora se Vettel largar bem e desaparecer na frente, resta-nos apenas tirar uma cochilo na frente da TV, afinal a pista deste final de semana é Hungaroring.

GRID DE LARGADA PARA O GRANDE PRÊMIO DA HUNGRIA- 11ª ETAPA

1. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 1m19s815
2. Lewis Hamilton (ING/McLaren) - 1m19s978
3. Jenson Button (ING/McLaren) - 1m20s024
4. Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1m20s350
5. Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1m20s365
6. Mark Webber (AUS/Red Bull) - 1m20s474
7. Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1m21s098
8. Adrian Sutil (ALE/Force India) - 1m21s445
9. Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1m21s907
10. Sergio Perez (MEX/Sauber) - Sem tempo
Q2
11. Paul di Resta (ESC/Force India) - 1m22s256
12. Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault) - 1m22s284
13. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - 1m22s435
14. Nick Heidfeld (ALE/Lotus Renault) - 1m22s470
15. Rubens Barrichello (BRA/Williams) - 1m22s684
16. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - 1m22s979
17. Pastor Maldonado (VEN/Williams) - Sem tempo
Q3
18. Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus) - 1m24s362
19. Jarno Trulli (ITA/Team Lotus) - 1m24s534
20. Timo Glock (ALE/Virgin) - 1m26s294
21. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania) - 1m26s323
22. Daniel Ricciardo (AUS/Hispania) - 1m26s479
23. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso) - 1m24s070*
24. Jérôme d'Ambrosio (BEL/Virgin) - 1m26s510

* Punido com a perca de 5 posições pelo acidente com Heidfeld em Nurburgring, semana passada

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Foto 29: Um macaco na F1

Em 1992, no auge do domínio da Williams Renault, soltaram na imprensa que até um macaco seria campeão do mundo pilotando aquele carro. Mansell ficou bravo, claro. Mas se ele tivesse visto essa foto de 1972 não teria ficado tão revoltado assim. O macaco "pilotou" o Lotus 49 de Dave Walker em algum evento no circuito de Silverstone, em 1972. O resultado do teste com o pequeno primata é desconhecido.

terça-feira, 26 de julho de 2011

GT Brasil- Curitiba- 5ª Etapa

Ao contrário do que serviu nas últimas 2 etapas onde o Ford GT de Valdeno Brito e Matheus Stumpf dominaram com toda tranquilidade, ao conquistar três vitórias consecutivas, a quinta etapa disputada em Pinhais viu uma grande equilíbrio: enquanto que no sábado Khodair r Hahn saíram vencedores após se beneficiarem da punição dada a dupla Serra/Longo por não cumprirem os dois minutos regulamentares de parada de box, no domingo o duelo ficou por conta da Viper de Wagner Ebrahim contra o Ford GT de Brito/ Stumpf. Valdeno atacou o piloto paranaense na última volta e por muito pouco não venceu, mas o motor de “caminhão” do Viper de Ebrahim conseguiu abrir uma vantagem pífia de 0’’151. Foi a primeira vitória do Viper numa temporada que estava fadada ao insucesso deste carro que fechou muito bem o ano de 2010.
Não foi apenas o Viper que teve uma breve melhora nessa etapa: os Lamborghinis LP600 também estiveram bem junto das Ferraris 458 e isso já assombra o poderio dos Ford GT. Mas principal novidade desta etapa, para mim, foi o ressurgimento deste belo carro da Dodge. Ebrahim achou um bom acerto do carro que vinha desde a primeira etapa dando dor de cabeça ao piloto paranaense. O final de semana foi muito bom, pois além da vitória de domingo ele já havia conquistado uma terceira posição no sábado. Este desempenho é semelhante ao que ele apresentou nas duas últimas etapas do ano passado quando venceu a corrida dois em Pinhais e dominou amplamente a concorrência em Interlagos, ao levar os dois troféus de primeiro colocado por ter vencido as duas corridas. E para lembrar a próxima etapa é exatamente em Interlagos, nos dias 27 e 28 de agosto.
Na GT4 a Ferrari Challenge voltou a dominar como antes. Caio Lara Rezende e Cristiano Federico voltaram a vencer após um domínio dos Ginetas nas últimas etapas. Por falar neste carro inglês, o fim de semana foram deles: o melhor resultado alcançado
por um Gineta foi conquistado no sábado, quando Carlos Burza e Leonardo Burti levaram o carro #81 a segunda colocação. Os demais Ginetas abandonaram por problemas mecânicos ou por acidentes. Sinceramente, um fim de semana para se esquecer. Os Ferraris foram bem, obrigado. Ganharam as duas corridas e teve mais outros três carros entre os 5 primeiros na prova de domingo.
Daqui um mês veremos como estará a relação de forças nas duas categorias.


RESULTADOS- 6ª ETAPA GT BRASIL- Autódromo Internacional de Curitiba- Pinhais

Prova 1: 23/07/2011

GT3:

1º) 16 - M.Hahn/A.Khodair (LA, SP/SP), 34 voltas em 50:29.784 (média de 149,27 km/h)
2º) 3 - R.Derani/C.Ricci (FE , SP/RS), a 3.750
3º) 20 - Wagner Ebrahim (VI , PR), a 4.846
4º) 13 - Pedro Queirolo (CO , SP), a 5.502
5º) 19 - C.Longo/D.Serra (FE , SP/SP), a 6.019
6º) 105 - V.Faria/R.Guerra (LA , SP/SP), a 7.215
7º) 30 - Cleber Faria (LA , SP), a 7.871
8º) 7 - V.Brito/M.Stumpf (FO , PB/RS), a 9.163
9º) 77 - S.Jimenez/J.Adibe (FO , SP/SP), a 9.949
10º) 75 - H.Assunção/R.Kastropil (VI , SP), a 1 volta
11º) 9 - X.Negrão/X.Negrão (LA , SP/SP), a 2 voltas

GT4:

1º) 72 - C.Federico/C.Lara (FC , SP/SP)
2º) 81 - C.Burza/L.Burti (GI , SP/SP)
3º) 21 - V.Rossete/F.Greco (MA , SP)
4º) 51 - Otavio Mesquita (FC , SP)
5º) 17 - M.Sant’Anna/C.De Rey (FC , SP)
6º) 55 - J.Gonçalves/C.Coelho (GI , SP/SP)
7º) 6 - Valter Pinheiro (GI , SP)
8º) 57 - S.Laganá/A.Hellmeister (FC , SP/SP)
9º) 82 - M.Melo/W.Freire (GI , SP/SP)
10º) 52 - André Posses (PS , SP)

Prova 2: 24/07


GT3:

1º) 20 - Wagner Ebrahim (VI, PR), 34 voltas em 50:43.474 (média de 148,60 km/h)
2º) 7 - V.Brito/M.Stumpf (FO , PB/RS), a 0.151
3º) 9 - X.Negrão/X.Negrão (LA , SP/SP), a 0.269
4º) 5 - J.Moro/P.Bonifacio (FO , RS/SP), a 1.433
5º) 105 - V.Faria/R.Guerra (LA , SP/SP), a 1.912
6º) 30 - Cleber Faria (LA , SP), a 2.478
7º) 3 - R.Derani/C.Ricci (FE , SP/RS), a 3.300
8º) 16 - M.Hahn/A.Khodair (LA , SP/SP), a 3.777
9º) 13 - Pedro Queirolo (CO , SP), a 7.123
10º) 33 - B.Garfinkel/R.Mauricio (LA , SP/SP), a 7.439
11º) 77 - S.Jimenez/J.Adibe (FO , SP/SP), a 1 volta
12º) 18 - F.Poeta/C.Steyer (LA , RS/RS), a 2 voltas

GT4:

1º) 72 - C.Federico/C.Lara (FC , SP/SP)
2º) 17 - M.Santanna/C.De Rey (FC , SP)
3º) 57 - S.Laganá/A.Hellmeister (FC , SP/SP)
4º) 21 - V.Rossete/F.Greco (MA , SP)
5º) 51 - Otavio Mesquita (FC , SP)
6º) 121 - J.Marcelo/L.Medrado (MA , SP/SP)
7º) 73 - O.Federico/M.Losasso (AM , SP/SP)
8º) 82 - M.Melo/W.Freire (GI , SP/SP)
9º) 52 - André Posses (PS , SP)
10º) 55 - J.Gonçalves/C.Coelho (GI , SP/SP)
11º) 6 - Valter Pinheiro (GI , SP)
12º) 81 - C.Burza/L.Burti (GI , SP/SP)

FOTOS: IVAN PACHECO (SITE TERRA)

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Volta Rápida, 2 anos

Estive um tanto ocupado no sábado e no meio da correria nem me lembrei e apenas no final da noite que tive a lembrança que este espaço, criado numa noite gelada de 23 de julho de 2009, completara 2 anos de existência. Todos que tem um blog sabe bem que é trabalhoso para caramba manter esse passa tempo, que no meu caso é levado a sério. Gosto de escrever e por mais que as vezes eu fique algum tempo fora daqui, é que estou pesquisando algo para ser publicado. Do final do ano passado até a segunda metade deste, o blog dobrou seu número de visitas e, consequentemente, o número de comentários. Isso me deixa bastante feliz. E por isso que tenho que agradecer a todos os meus camaradas que tem o link deste blog nos seus respectivos espaços e também ao pessoal que me segue no Twitter, por estarem a me ajudar a divulgar este meu trabalho. Ainda não algo que eu fique totalmente satisfeito, pois sou muito autocritíco. Mas eu sei que vou melhorar bastante.
Aqui fica meu muito obrigado a todos que lêem meus devaneios todos os dias. Valeu pessoal!

Garotas da F1- GP da Alemanha




O gélido GP alemão, além de ter sido espetacular, ainda nos ofereceu belas garotas para o grid

GP da Alemanha- Corrida- 10ª Etapa

Hamilton havia feito uma bela largada e conseguido uma diferença mediana de 1 segundo e pouco para Webber. Após as primeiras voltas, com os pneus devidamente aquecidos, o australiano começou a se aproximar de Lewis até que o inglês contornou mal a chicane Veedol e Mark emparelhou com ele. O piloto da Red Bull conseguiu a ultrapassagem antes da entrada da reta dos boxes, mas o inglês, com melhor tração, conseguiu emparelhar com Webber no meio da reta efetuando a ultrapassagem no final desta. Mais tarde, após a sua segunda parada, Lewis consegue sair na frente de Mark, mas o australiano não alivia e emparelha com o inglês. Os dois fazem lado a lado a segunda curva e Hamilton, com inteligência, espalha o carro e Webber se vê obrigado a tirar o pé para não rodar ao passar por sobre a zebra. Alonso era o líder naquele momento, mas também para pára nos boxes. Na sua saída o lance é repetido. Fernando fica no lado interno enquanto que Lewis o ataca por fora. Temendo uma rodada por causa dos pneus frios, Alonso tira o pé e não usa a manobra que Hamilton usara uma volta antes no mesmo ponto contra Webber, e assim o piloto da Mclaren consegue ficar na frente da corrida. Aliando estas manobras, com o fato destes três terem duelado a prova toda separados por apenas 3 segundos de diferença entre o primeiro e o terceiro e mais a guerra dos pneus, a prova de Nurburgring foi uma das melhores do ano. E não houve nem a necessidade de chuva, que era prevista. E esse era o meu desejo de ver uma corrida assim, disputada no seco.
Com chuva todo o cenário que desenhava para uma disputa interessante (como acabou acontecendo) mudaria por completo e a prova tornar-se-ia uma doideira sem fim, como acontece em toda corrida chuvosa. O interessante de ver uma prova no seco era o quanto que Vettel poderia render vindo do fundo; o comportamento real da Mclaren e o poder de fogo da Ferrari. E acho que, no meu ver, a prova foi muito bom agrado. Lewis esteve imaculado nesta corrida efetuando uma prova de velocidade pura, do jeito que ele gosta. As suas manobras foram decisivas para conquistar a vitória de hoje em Nurburgring e para a Mclaren a volta do difusor aquecido foi uma benção, depois do fim de semana desastroso que ocorrera em Silverstone quinze dias atrás. Alonso foi batalhador de sempre, tentando tirar o que podia deste Ferrari e para ele foi lucro, pois acreditava que com a temperatura baixa da pista poderia arruinar sua prova. Mas reconheço que o carro melhorou um pouco sim e isso pode dar a ele uma chance tanto de lutar pela vitória novamente na corrida de Hungaroring, que será disputado já no próximo fim de semana. Webber esteve bem até a segunda parada nos boxes e tinha até uma possibilidade de vencer, mas o segundo jogo de pneus pode ter atrapalhado essa oportunidade de vencer. Vettel ficou em quarto e mostrou mais uma vez a sua grande deficiência que é de tentar ultrapassar. Por mais que tivesse ameaçado em algumas oportunidades Massa, não as fez com total agressividade. Foi algo parecido como acontecera quinze dias atrás quando estava atrás de Hamilton em Silverstone. Ganhou a posição nos boxes e hoje fez o mesmo, ao passar Massa dentro dos boxes após mais um vacilo da Ferrari. Massa foi bem e fez, talvez, a sua melhor performance no ano. Mas parecia com o quarto lugar garantido até um mecânico perder a porca na sua última parada nos boxes custando-lhe a posição para o piloto da Red Bull.
Voltando para a grande vitória de Hamilton, esta serviu como um cala aboca para a critícas que este piloto tem enfrentado nos últimos meses. Mas acredito que tudo que foi dito e escrito não era desejar que ele ficasse mais manso em sua pilotagem, ao contrário, que ele tivesse uma pouco mais de cuidado em realizar suas manobras. Dois exemplos claros de como conseguiu fazê-las de modo a ter um grande risco de acidente, foram as ultrapassagens sobre Webber (em principal o troco que ele deu no australiano após perder a liderança da corrida na entrada da reta) e na ultrapassagem Alonso quando ele pegou o espanhol por fora quando este voltava do seu segundo pit stop. Foram manobras corajosas com a marca de Hamilton, mas que tivessem saído erradas certamente teria sido crucificado. Ou seja, é uma estrada de mão dupla. Mas que ele foi perfeito ao executá-las, isso foi.
Hungaroring no seu tradicional layout de pista de kart promete ser uma corrida interessante. Os pneus a serem usados são os macios e super macios, o que dá a Ferrari, mais uma vez, a oportunidade de tentar vencer. Mclaren voltou à dianteira das provas e a Red Bull quer recuperar-se do fiasco em Nurburgring. Os pneus serão decisivos na pista húngara já que o forte calor é marca registrada deste GP, desde 1986.

Foi o pior resultado da Red Bull no ano: enquanto que Webber brigou pela vitória até onde pode, Vettel andou toda a corrida vaqgueando entre a sexta e quarta colocação. Mark foi terceiro e Vettel chegou logo atrás, após ter ganho a quarta colocação de Massa nos boxes


Buemi vai pagar caro por não saber olhar no retrovisor: por causa deste acidente com Heidfeld, ainda no início da prova, o piloto suíço perderá 10 posições no grid do GP da Hungria. Já Nick, terá em seu encalço a presença de Bruno Senna, que treinará em seu carro na sexta


O melhor duelo: por quase toda a corrida Hamilton, Webber e Alonso se alternaram na liderança. Melhor para o inglês, que conquistou em Nurburgring a sua segunda vitória no ano e a 15ª da sua carreira na F1. 


Massa até que fez uma prova decente em Nurbrugring e aguentou bem a pressão de Sebastian Vettel. Mas uma porca solta durante sua última parada nos boxes,o fez perder a quarta posição para o piloto alemão

RESULTADO FINAL
Grande Prêmio da Alemanha- Circuito de Nurburgring
24/07/2011- 10ª Etapa

1º Lewis Hamilton (ING/McLaren) - 60 voltas em 1h37min30s334
2º Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 3.980
3º Mark Webber (AUS/Red Bull) - a 9.788
4º Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - a 47.921
5º Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 52.252
6º Adrian Sutil (ALE/Force India) - a 1min26s208
7º Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 1 volta
8º Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 1 volta
9º Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - a 1 volta
10º Vitaly Petrov (RUS/Lotus-Renault) - a 1 volta
11º Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari) - a 1 volta
12º Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - a 1 volta
13º Paul di Resta (ESC/Force India) - a 1 volta
14º Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth) - a 1 volta
15º Sébastien Buemi (SUI/Toro Rosso) - a 1 volta
16º Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus) - a 2 voltas
17º Timo Glock (ALE/Virgin-Cosworth) - a 3 voltas
18º Jérôme d''Ambrosio (BEL/Virgin-Cosworth) - a 3 voltas
19º Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth) - a 3 voltas
20º Karun Chandhok (IND/Team Lotus) - a 4 voltas

Não completaram

Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth)
Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes)
Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth)
Nick Heidfeld (ALE/Renault-Lotus)

FOTOS: http://www.itv.com/formula1/

sábado, 23 de julho de 2011

Vídeo: Os Renaults no Nordschleife

Quando ocorre corridas em Nurbrugring é impossível que alguém não fazer, ao menos, algumas voltas promocinais no velho traçado de quase 23km. Neste ano a Renault promoveu isso reunindo todos os pilotos que usam seus motores: Sebastian Vettel, Mark Webber, Nick Heidfeld, Vitaly Petrov, Jarno Trulli (antes de ser preterido por Karun Chandok) e Heikki Kovalainen para pilotarem seus modelos Megane GT e Renault Twingo pelo lendário circuito. Assistam:

Foto 28: Jacques Villeneuve, Nurburgring 1997

O olhar de concentração de Jacques Villeneuve antes da largada para o GP de Luxemburgo, antepenúltima etapa temporada de 1997. Villeneuve venceu a corrida, seguido por Alesi e Frentzen. Foi a última vitória do canadense na F1 e da parceria Williams Renault.

GP da Alemanha- Classificação- 10ª Etapa

Mark Webber passou as duas primeiras partes do treino classificatório timidamente abaixo dos três primeiros lugares do grid. Na Q3 ele foi o terceiro a sair para a pista e garantir seu tempo. Os demais, incluindo seu companheiro Vettel, tentaram bater a sua marca (1’30’’079), mas nenhum deles conseguiu. O pior é que Hamilton fez uma bela volta e no final fisgou a segunda posição no grid, jogando Sebastian para a terceira colocação. É a primeira vez desde o GP da Itália que Vettel não larga na primeira fila de uma corrida. Ao seu lado vem Alonso que, aparentemente, sofreu um pouco com o não aquecimento adequado dos pneus, mas quando esteve com pneus macios sempre teve bom desempenho. Massa fez um quinto tempo, ficando 0’’468 de diferença para o espanhol.
A princípio, com esta formação com que irão largar amanhã, acredito que teremos uma corrida no mínimo interessante mesmo que a chuva não venha. Webber largará pela terceira vez na pole, mas em nenhuma ocasião aproveitou-se dessa vantagem tanto que nem liderou uma volta se quer. Com Vettel largando logo atrás, ele terá uma oportunidade de tentar a vitória amanhã. Mas ao seu lado sairá Hamilton que fez uma ótima volta e saiu dessa disputa animado. A volta do difusor aquecido nesta prova melhorou bastante o desempenho do carro e isso ajudará o piloto britânico. Não é de estranhar que ele ataque com tudo Webber na largada, e isso será um ponto crucial na prova. Caso chova, arrisco nele para a vitória e no seco, principalmente na largada, tem que se preocupar com Vettel que vai largar num lugar mais limpo. Sebastian não ficou satisfeito, claro, com a sua classificação, mas ao menos ele tem esse trunfo de largará numa parte mais limpa. Permanecendo em terceiro após a largada, ou até caindo de posições, será legal ver a suas reações em tentar recuperá-las durante a corrida pois, como todos sabem, imagino, esse é o ponto fraco de Vettel em tentar ultrapassagens. Alonso, ao contrário de Silverstone, não o vejo com tantas possibilidades afinal o grande problema da Ferrari é aquecer os pneus e em Nurburgring o tem estado muito frio. E para piorar ainda tem a possibilidade de chuva, que aniquilaria de vez qualquer chance dele tentar algo. Seu otimismo em dizer que a possibilidade de vitória é de 25% para cada um dos quatros primeiros, no meu ver, é exagerado exatamente pelas circunstâncias que acabei de citar. A não ser que faça um sol de rachar amanhã no circuito alemão, aí si as suas chances aumentarão.
No mais, acredito que a corrida seja interessante com pista seca e na chuva uma loucura e tanto. Ainda mais se ela for e vir durante a prova, ficará ainda mais divertido.


GRID DE LARGADA PARA O GRANDE PRÊMIO DA ALEMANHA- 10ª ETAPA

1º Mark Webber (AUS/Red Bull): 1min30s079
2º Lewis Hamilton (ING/McLaren): 1min30s134
3º Sebastian Vettel (ALE/Red Bull):1min30s216
4º Fernando Alonso (ESP/Ferrari): 1min30s442
5º Felipe Massa (BRA/Ferrari): 1min30s910
6º Nico Rosberg (ALE/Mercedes): 1min31s263
7º Jenson Button (ING/McLaren): 1min31s288
8º Adrian Sutil (ALE/Force India):1min32s010
9º Vitaly Petrov (RUS/Lotus-Renault): 1min32s187
10º Michael Schumacher (ALE/Mercedes):1min32s482
11º Nick Heidfeld (ALE/Lotus-Renault): 1min32s215
12º Paul di Resta (ESC/Force India): 1min32s560
13º Pastor Maldonado (VEN/Williams): 1min32s635
14º Rubens Barrichello (BRA/Williams): 1mins33s043
15º Sergio Pérez (MEX/Sauber): 1min33s176
16º Sébastien Buemi (SUI/Toro Rosso): 1min33s546
17º Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso): 1min33s698
18º Kamui Kobayashi (JAP/Sauber): 1min33s786
19º Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus): 1mins35s599
20º Timo Glock (ALE/ Virgin): 1min36s400
21º Karun Chandhok (IND/Team Lotus): 1min36s422
22º Jérome D''Ambrosio (BEL/Virgin):1min36s641
23º Daniel Ricciardo (AUS/Hispania):1min37s036
24º Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania):1min37s011*
*Perdeu posições no grid por trocar a caixa de câmbio

FOTOS:

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Grandes Atuações- Mika Hakkinen, Nurburgring 1998

Chegando ao final de uma temporada que deveria ter sido fácil, Hakkinen e a Mclaren estavam atordoados com a crescente da Ferrari na segunda parte do mundial de 98. Isso era preocupante, pois Mika havia marcado apenas 4 pontos nas ultimas três provas enquanto que Schumi vencera duas delas (Hungria e Itália). Ambos abandonaram em Spa: Hakkinen saiu da prova na segunda largada (após o histórico strike na descida da La Source) e Schumi abandonou na metade da corrida (no famoso acidente entre ele e Coulthard) quando era líder. No fim das contas Mika estava quatro pontos à frente de Michael na tabela de pontos. Uma diferença pífia frente aos 16 que ele tinha quando venceu no GP da Alemanha, dois meses antes. Quando a F1 deslocou-se até Nurburgring para a realização do GP de Luxemburgo, 15ª e penúltima etapa, o clima prometia ser chuvoso. Era a situação perfeita para a Ferrari e altamente desanimador para Mclaren.
No treino classificatório Schumacher marcou a pole e, para piorar o desespero da Mclaren, Irvine fez a segunda marca formando assim a primeira e única dobradinha da Ferrari no ano em grid daquele ano. Hakkinen aparecia em terceiro e agora, mais do nunca, teria que fazer algo de excepcional na corrida do dia seguinte.
No domingo o céu estava cinzento, mas a previsão de chuva era mínima. Talvez isso tenha animado o finlandês naquela manhã, pois acabou fazendo o melhor tempo no warm-up (1’20’’396) sendo 1’’119 mais veloz que Schumi. Er5a um diferença respeitável visto que neste treino os carros já andavam com a configuração a ser usada na corrida de logo mais. Já na corrida a largada foi sem problemas, mas na dianteira ia a outra a Ferrari, a de Irvine, que saíra melhor que Schumacher. Na chegada da chicane Veedol, o irlandês errou (ou deixou?) e Michael ultrapassou-o. O cenário era bom para a Scuderia: com Schumacher na frente, Irvine teria o trabalho de retardar o máximo que pudesse Hakkinen. Algo parecido como fizera com Villeneuve um ano antes no Japão. Curiosamente Michael não abriu grande vantagem e quando Mika passou Irvine na chicane, na 14ª volta, a diferença era de 7,7 segundos. Dez voltas depois a vantagem tinha despencado para 5,2 no momento exato que Schumi foi aos boxes pela primeira vez. Hakkinen, assim como Hill e Villeneuve no passado, tinha experimentado o desgosto de perder uma corrida para o alemão numa estratégia de box. Com Michael voltando 16;3 segundos atrás, Mika mandou ver e virou voltas extremamente velozes. Quatro voltas após a parada do ferrarista, foi vez do finlandês fazer o seu pit. Tinha um ar de suspense, pois Mclaren, nesse quesito, sempre tomou uma sova da Ferrari. Mas o dia era dos prateados e Mclaren fez um pit stop irretocável e entregou Hakkinen na ponta da corrida com Michael colado no câmbio do belo MP4- 13. Pelas 11 voltas seguintes Mika agüentou firme pressão exercida por Schumacher, não fraquejando em momento algum. Na passagem 47 Michael parou e na seguinte foi à vez de Hakkinen. As colocações se mantiveram e o piloto da Mclaren aumentou a vantagem até os 5 segundos para vencer a corrida de modo magistral.
Enquanto que Schumacher e a Ferrari reclamavam dos pneus Goodyear e procuravam achar alguma solução para a corrida de Suzuka, Hakkinen e Mclaren festejavam e saiam fortalecidos daquela batalha de nervos que fora a corrida em Nurburgring. Mais do que nunca, Mika mostrou que, além da sua indiscutível velocidade, ele era a antítese dos outros pilotos: quanto mais a pressão aumentava, mais ele melhorava. E vimos isso na corrida do Japão de 1999, mas isso é um papo para um outro dia.
Mika Hakkinen era um piloto de decisões, de grandes decisões.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

O mestre Sid Mosca

Infelizmente, nestes meus 9 anos que estou envolvido com automobilismo, não tive a chance, de ao menos, conhecer Sid Mosca pessoalmente. Lembro-me vagamente de uma matéria, ainda nos anos 90, que a Rede Globo fez com ele sobre a pintura no capacete de Ayrton Senna, a mais famosa delas e desde então passei a conhecer que era o mestre nesta arte de desenhar tão belos capacetes. Nesta madrugada ele nos deixou, aos 74 anos de idade após ter travado uma luta incessante contra um cancêr na bexiga. Na foto acima três das suas criações que mais conhecidas no mundo do automobilismo, os capacetes de Emerson Fittipaldi, Nélson Piquet e Ayrton Senna. Os três campeões mundiais usaram os cascos pintados por Sid, numa época em que o capacete era a segunda face, ou vezes, a primeira de um piloto. Agora Deus o chamou e ele vai pintar capacetes por lá. Valeu Sid!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Grande Prêmio de Dallas, 1984- Vídeo

Eis a prova de Dallas de 1984, disputado em 8 de julho. A prova foi vencida por Keke Rosberg, seguido por René Arnoux e Elio de Angelis. A corrida ficou mais conhecida pelo forte calor em que foi disputada naquele dia e por isso o horário da prova fora adiantado para as 11 da manhã. O asfalto, que já não era grande coisa, acabou por ser destruido após a corrida dos carros da Can Am. Com a pista a desintegrar-se, até cogitaram seu cancelamento que não acabou não acontecendo. Para completar o final de semana um tanto conturbado, Mansell, que largara na pole, acabou por completar a corrida empurrado sua Lotus Renault até a linha de chegada para garantir o sexto lugar desmaiando logo em seguida. Foi a última aparição da F1 naquele lugar.

sábado, 16 de julho de 2011

Foto 27: Jackie Stewart, Crystal Palace F2 1970

Nos bons tempos da F2, vários pilotos de F1 participavam das corridas. Em Crystal Palace não era diferente. Entitulado como London Trophy, esta corrida trazia a nata do automobilismo europeu tornando-se, junto do Gran Premio della Loteria de Monza e do GP do ADAC disputado em Nurburgring, uma das mais importantes da temporada. Na corrida de 1970 Jackie Stewart, a bordo de um Brabham BT30 do Team John Coombs Racing Organisation, aniquilou seus concorrentes ao marcar a pole, vencer e marcar a melhor volta. Clay Regazzoni e Emerson Fittipaldi completaram o pódio dessa prova. 

terça-feira, 12 de julho de 2011

Foto 26: Peterson e Cevert

A foto é de Anderstorp, com Ronnie Peterson formando a primeira fila com François Cevert para o GP da Suécia de 1973. Pode-se dizer que esta foi uma fila dos "segundos pilotos", pois eles largaram exatamente à frente de seus companheiros Jackie Stewart e Emerson Fittipaldi que sairam em terceiro e quarto, respectivamente. A vitória ficou com Denny Hulme, que largou da sexta posição. Peterson e Cervert completaram em segundo e terceiro; Stewart foi quinto e Emerson abandonou na volta 76 com problemas de câmbio. 
Foi a única vez que o sueco e o françês dividiram uma primeira fila numa prova da F1. 

Garotas da F1- GP da Grã Bretanha





Em alguns momentos o vento estava forte em Silverstone, neste último final de semana...

segunda-feira, 11 de julho de 2011

GP da Grã Bretanha- Corrida- 9ª Etapa

Alonso tinha lutado freneticamente pela vitória nas últimas corridas, mas por azares, ou algo mais, elas lhe escaparam: em Mônaco perseguiu Vettel nas últimas voltas ameaçando-o perigosamente até que uma bandeira vermelha arruinou uma possível chance de ultrapassagem; em Montreal bateu rodas com Rosberg e ficou de fora quando tinham alguma hipótese e nas ruas de Valência duelou com Webber que o atrasou numa possível batalha contra Vettel pela liderança da corrida. Em Silverstone, teoricamente, as suas chances estavam minimizadas: o fato de ter que usar os pneus duros, que tinham ficado de fora das três corridas anteriores, colocaria um freio em qualquer pretensão do espanhol. Mas o cenário foi diferente quando a corrida teve seu início, com pista molhada e a sorte sorriu para Fernando.
O pit-stop desastroso da Red Bull de Vettel aliado ao fato de não ter sido preciso o uso do pneu duro, ajudou bastante Alonso que esteve num tarde de velocidade pura com sua Ferrari. Discutir se Vettel teria alcançado-o, é uma outra história. Ele teve um breve duelo com Hamilton pela segunda posição, com o piloto inglês a defender-se como podia dos ataques. Sebastian mostrou certo nervosismo com essa situação de ter que atacar e por um momento lhe pediram calma, já que o alemão havia atravessado em duas curvas. Sebastian acabou por conquistar a posição nos boxes, mas teve que agüentar o assédio de Webber, que estava em melhor forma nas últimas voltas. Mas a Red Bull interveio e disse ao australiano para manter a distância. Isso não soou bem e Mark acabou não gostando, mas Horner tratou de defender a atitude ao dizer que corriam risco de se tocarem e acabar jogando pontos preciosos no lixo. É discutível essa atitude, mas por um lado Christian tem razão afinal a lição que eles aprenderam na corrida da Turquia do ano passado ainda deve soar forte para aqueles lados. Mais atrás outro belo duelo, e com toques, foi a disputa de Hamilton com Massa para a definição da quarta colocação. O inglês levou a melhor sobre o brasileiro que mostrou alguma raça, enfim, nessa disputa.
A Ferrari levou algumas mudanças para Silverstone e, aparentemente, surtiram algum efeito. Mas o não uso dos pneus duros camuflou isso e não nos deu a real idéia do quanto melhoraram. A proibição dos difusores soprados nesta etapa prejudicou muito mais a Mclaren do que a Red Bull, já que em condições normais, Hamilton não foi tão competitivo e Button parecia estar numa situação um pouco melhor quando o pneu dianteiro direito mal colocado arruinou sua prova forçando seu abandono. Já a Red Bull, se perdeu algo, foi muito pouco. Teve um bom desempenho nos treinos e na corrida venceria caso não tivessem errado com Vettel.
Em Nurburgring, daqui duas semanas, as coisas serão diferentes. Os até então proibidos difusores soprados, ou aquecidos, como queiram, voltarão numa decisão estranha por parte da FERRARI e Sauber que voltaram atrás em suas decisões de não apoiar o uso desta na prova britânica. Será um ganho a mais para a Red Bull e para Mclaren, que sofreu bastante neste fim de semana. Para a Ferrari resta o entusiasmo ganho com a vitória de ontem e com o uso de pneus médios e macios para a corrida alemã, sugere-se que ainda estarão no páreo pela vitória.
Será interessante a prova em solo de Vettel.
As Red Bulls pareciam caminhar para mais uma vitória, em especial com Vettel. Mas o erro nos boxes tirou-lhe essa oportunidade


Kobayashi e Maldonado travaram um bom duelo por meia volta durante a corrida. O japonês venceu a batalha, mas abandonou em seguida por problemas mecânicos. Maldonado completou a na 14ª colocação


Mais um dia ruim para Hamilton que chegou a ter alguma chance de vitória nesta corrida. Com a pista secando, o seu Mclaren não estava no nível de Ferrari e Red Bull e assim acabou sucumbindo as pressões de Vettel e Webber, despencando para quarto. Economizando combustível, teve que travar uma batalha e tanto com Massa nas últimas curvas para garantir a quarta posição.

RESULTADO FINAL
Grande Prêmio da Grã Bretanha- Circuito de Silverstone
52 voltas- 9ª Etapa- 10/7/2011


1º) Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1h28min41s194
2º) Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - a 16s511
3º) Mark Webber (AUS)/Red Bull) - a 16s947
4º) Lewis Hamilton (ING/McLaren) - a 28s986
5º) Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 29s010
6º) Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 1min00s665
7º) Sergio Perez (MEX/Sauber) - a 1min05s590
8º) Nick Heidfeld (ALE/Renault) - a 1min15s542
9º) Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 1min17s912
10º) Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - a 1min19s108
11º) Adrian Sutil (Force India) - a 1min19s712
12º) Vitaly Petrov (RUS/Renault) - a 1min20s600
13º) Rubens Barrichello (BRA/Williams) - a uma volta
14º) Pastor Maldonado (VEN/Williams) - a uma volta
15º) Paul di Resta (ESC/Force India) - a uma volta
16º) Timo Glock (ALE/Virgin) - a duas voltas
17º) Jerome D'Ambrosio (BEL/Virgin) - a duas voltas
18º) Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania) - a duas voltas
19º) Daniel Ricciardo (AUS/Hispania) - a três voltas

Não completaram

Jenson Button (ING/McLaren)
Kamui Kobayashi (JAP/Sauber)
Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso)
Jarno Trulli (ITA/Lotus)
Heikki Kovalainen (FIN/Lotus)

FOTOS: REUTERS; ITV.COM

sábado, 9 de julho de 2011

GP da Grã Bretanha- Classificação- 9ª Etapa

O resultado do treino de hoje, comparado aos outros deste ano, não surpreende. Por mais que Webber tenha sidomais dominante que Vettel (no que se constitui numa ela surpresa, claro), o que mais destaco é a proximidade da Ferrari para com os carros da Red Bull. Alonso marcou o terceiro tempo e ficou apenas 0''117 décimos de Webber enquanto que Massa, que completa a segunda fila da Ferrari, ficou à 0''725 do pole. Sim para o barasileiro ainda é uma distância de tanto, mas para Fernando as coisas podem paracer um tanto mais fáceis para amanha. É sabido que a Ferrari tem um ritmo melhor em corrida e o fato de estar perto dos carros rubro taurinos pode ajudar bastante. Uma boa largada de Alonso e e Massa, que ora e outra tem feito boas saídas, pode complicar a vida em especial de Vettel. Isso para Webber seria um presente, pois ele poderá abrir uma boa vantagem e assim conseguir sua primeira vitória no ano e tentar incomodar o até então inabalável Vettel.
Enquanto que a prova de amanhã poderá ser uma discussão à parte por Red Bull e Ferrari, a Mclaren parece ter despencado ainda mais neste treino. Button sai em quinto, enquanto que Hamilton não conseguiu um bom tranalho e ficou apenas em décimo. Pelo que parece não é um bom fim de semana para eles, mas ambos pegaram em suas últimas tentivas um pouco de pista molhada na saída da curva Chapel arruinando, assim, a tentativa de melhorarem suas posições. O bom é que pelo menos Silverstone tem bons pontos de ultrapassagem e assim terão alguma chance.
A perspectiva para a corrida de amanhã é que o tempo seja instável, como tem sido neste últimos 2 dias de treinos. Sendo assim, a prova virará uma grande bagunça.

GRID DE LARGADA- GRANDE PRÊMIO DA GRÃ BRETANHA- 9ª ETAPA

1º) Mark Webber (AUS/Red Bull) - 1min30s399
2º) Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 1min30s431
3º) Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1min30s516
4º) Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1min31s124
5º) Jenson Button (ING/McLaren) - 1min31s898
6º) Paul di Resta (ESC/Force India) - 1min31s929
7º) Pastor Maldonado (VEN/Williams) - 1min31s933
8º) Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - 1min32s128
9º) Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1min32s209
10º) Lewis Hamilton (ING/McLaren) - 1min32s376

Q2
11º) Adrian Sutil (Force India) - 1min32s617
12º) Sergio Perez (MEX/Sauber) - 1min32s624
13º) Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1min32s656
14º) Vitaly Petrov (RUS/Renault) - 1min32s734
15º) Rubens Barrichello (BRA/Williams) - 1min33s119
16º) Nick Heidfeld (ALE/Renault) - 1min33s805
17º) Heikki Kovalainen (FIN/Lotus) - 1min34s821

Q1
18º) Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - 1min35s245
19º) Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso) - 1min35s749
20º) Timo Glock (ALE/Virgin) - 1min36s203
21º) Jarno Trulli (ITA/Lotus) - 1min36s456
22º) Jerome D'Ambrosio (BEL/Virgin) - 1min37s154
23º) Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania) - 1min37s484
24º) Daniel Ricciardo (AUS/Hispania) - 1min38s059

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Pole Lap: Michael Schumacher - Ímola, 1996

A atmosfera em Ímola estava à toda. Desde os tempos da dupla Prost- Mansell que os tiffosi não tinham um motivo tão forte para torcer pela "rossa". A presença de Michael Schumacehr no belo F310 inflou os italianos, mas todos sabiam que superar as Williams Renault de Damon Hill e Jacques Villeneuve exigiria algo a mais do atual bi-campeão do mundo.
A classificação foi dominada pelo duo da Williams, com Hill liderando Villeneuve distanciados por 0''115 centésimos. Schumcher aparecia em terceiro, com 0''181 de desvantagem para Hill. Até aí um resultado e tanto, já que a diferença não era tão enorme. Nos minutos finais tanto Damon, quanto Jacques, tentaram melhorar seus tempos, mas as marcas de ambos foram altas. Ainda faltava Michael, que havia saído dos pits faltando menos de 3 minutos para o fim do treino. Tirando o que o podia de seu carro, Schumacher fez a melhor das suas poles ao superar a Williams de Hill por 0''215 (1'26''890). Damon tentou algo no final, mas acabou por ficar em segundo, com Villeneuve em terceiro.
Talvez, por um esforço ao atacar as zebras para conseguir melhorar o seu tempo, Schumacher teve uma quebra na suspensão traseira esquerda de sua Ferrari na segunda perna da Tamburello. Mas a pole estava feita, a primeira dele no comando de uma Ferrari e na frente de uma torcida fanática que comemorava como se fosse um título. Schumacher acabara de virar ídolo. E com estilo.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Quando a FIA atrapalha

Toda modalidade esportiva que se preze tem que ter uma entidade honesta. Sei que hoje em dia isso é luxo, e isso podemos ver perfeitamente com CBF aqui no Brasil que vira e mexe faz das suas artimanhas para ajudar um clube ali, outro acolá, direitos de transmissão para uma só TV, amistosos de araque e por aí vai. A FIA ultimamente, mais precisamente desde a última década, tem mudado de modo vertiginoso as regras da F1 como crianças que mudam tudo numa brincadeira a fim de ferrar o melhor do resto. E isso vem detonando ainda mais a categoria nestes últimos. A proibição do difusor assoprado para a prova de Silverstone é apenas mais das palhaçadas que a entidade tem feito nestes tempos, em que a procura por várias ultrapassagens para garantir o show tem sido absurda. 
Mudar o regulamento no meio de temporada ou para o próximo ano, é do feitio deles e não vem de hoje. Não precisamos voltar muito no tempo para vermos isso. Em 2009, sob o domínio avassalador dos carros da BrawnGP, a FIA aceitou as reclamações das demais equipes e proibiu o difusor duplo que tinha pegado todos com as calças na mão num momento que a categoria estava em fase de transição, com as equipes se acostumando aos novos compostos slick e com carros mais limpos, sem aquele monte de apêndices aerodinâmicos. Outro exemplo conhecido foi o de 78, quando Gordon Murray desafiou o gênio Chapman e colocou na pista o Brabham BT46 "Fan-Car". Para o desespero de Colin Niki Lauda truscidou suas Lotus em Anderstorp e quando parecia que a F1 tinha encontrado um novo caminho para o efeito-solo, a Brabham levou um soco no estômago ao saber que seu carro estava proibido pelo simples fato de ser inseguro. A reclamação de Chapman junto a CSI tinha surtido efeito e assim sua cria, o Lotus 79, reinaria sozinho pelo resto da temporada. Outras proibições, como o carro de quatro motrizes da Williams de 83 e os freios mágicos da Mclaren de 1998, foram outras onde a FIA meteu o bedelho e procurou tirar o doce da boca de seus criadores em detrimento a reclamações à boca pequena. Sim, essas idéias de ferrar a concorrência não sairia da cabeça somente dos comandantes da entidade. Qualquer equipe que se sinta lesada, ora por ter sido copiada ou por se sentir atrás da outra que está vencendo (leia-se imcompetente), vai reclamar e muito. E nesse caso, com a proibição deste difusor assoprado, não foi diferente.
 O Brabham BT46 sofreu com a proibição após a sua estréia espetacular no GP da Suécia de 78...
 ... e a Williams também sentiu na pele com as mudanças para 94, após seus Fw14B e Fw15 (acima) terem brilhado em 92 e 93 com toda eletrônica disponível

Newey soltou os cachorros ao dizer que pode ter sido a Ferrari que fez a cabeça da FIA a ponto desta chegar a proibir o uso da peça. E Adrian sabe do que está falando, pois, como ele mesmo afirmou o RB6 foi construído totalmente em função deste artifício e como todos nós sabemos, também, que a Scuderia e um monte de outras equipes trabalhou pesado para copiar e tentar aperfeiçoar esta peça. A concordo com Newey quando ele diz que tudo isso está acontecendo pelo fato da Ferrari não ter conseguido sucesso com a cópia. Ele também apontou a Mclaren como uma das reclamaram, mas no meu ver o time de Woking não tem muito que reclamar, pois foram o que fizeram a melhor cópia e conseguiram desbancar a Red Bull por duas vezes. E essa queda de rendimento nas últimas etapas é especialmente, no meu ver, por causa dos pneus. O fato de Newey ter falado mais da Ferrari também é um ranso de que vem desde 93, quando a FIA proibiu toda eletrônica para a temporada de 94 por pedido dos italianos que não conseguiram, em momento algum, se acertar com toda aquela modernidade. O resultado de tudo isso foram os vários acidentes causados por carros quase inguiáveis na temporada de 94, incluindo as duas mortes do negro 1º de maio em Ímola. E a Ferrari sempre teve passe livre na FIA para fazer o que bem entendesse como destaquei neste texto, escrito em setembro de 2010, sobre a absolvição da Ferrari no caso do GP da Alemanha.
Outro medo que ronda é de que os carros possam ficar instáveis em entrada de curvas tornando-os perigosos, como destacou Webber. Pode até acontecer, mas nisso eu acredito muito pouco e é muito mais um pessimismo por parte dos pilotos do que qualquer outra coisa. 
A pista de Silverstone será o palco de uma possível transformação no mundial deste ano, mas também pode ser motivo de chacotas caso a Red Bull saia vencedora do GP inglês. Sinceramente, essa é a minha vontade.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Foto 25: Copse

Após a reforma de 1990, que deixou a pista totalmente modificada para a temporada de 91, o circuito de Silverstone perdeu um pouco do seu encanto. As velozes Maggots, Chapel, Stowe, Club e Abbey haviam se juntado a desafiante Woodcote e ficado mais "mansas" para aplacar e enorme velocidade dos eletrônicos F1 do inícío dos anos 90. A única que não sofreu, praticamente mudança alguma, foi a Copse. Uma curva simples, feita para a direita em 6ª marcha. A beleza dessa curva esta na foto acima, tirada em 1972 durante uma prova do BTCC (British Touring Cars Championship) onde os carros ( Works Capri ,Kent Capri, Mini Cooper e um Ford Escort) contornam-a praticamente engatados.  

terça-feira, 5 de julho de 2011

Foto 24: Slipstreamer

As retas de Monza proporcionavam algo especial para os pilotos, que era utilizar, em sua totalidade, o vácuo por toda extensão da pista italiana. Um conjunto de carros formando uma coluna para aproveitarem-se do vácuo, era popularmente chamado de Slipstreamer, algo como deslizar pelo vácuo. Na foto acima, tirada durante o GP da Itália de 1970, temos uma idéia do que é isto com Jackie Oliver liderando o pelotão, seguido por Clay Regazzoni, Jackie Stewart, Jacky Ickx, Denny Hulme, Rolf Stommelen e François Cevert. Esta foi  a prova em que Reggazoni conseguiu seu triunfo, 24 horas após a morte de Jochen Rindt.