Especiais Volta Rápida

terça-feira, 27 de abril de 2021

Foto 915: Ari Vatanen, Colin McRae Forest Stages 2008

(Foto: Rumple Fugly/ Flickr)


Revivendo uma grande parceria... Ari Vatanen ao volante do Ford Escort 1800 MKII em 2008, durante o evento tributo a Colin McRae intitulado de "Colin McRae Forest Stages". Na ocasião, Vatanen teve David Richards como navegador, reeditando a parceria que fizeram no inicio dos anos 1980 no WRC. 

Vatanen e Richards participaram dos campeonatos de 1980 e 1981 sempre com o Ford Escort 1800 e venceram quatro etapas juntos: os rallies de Acrópole (1980/81); Rally do Brasil e Rally dos Mil Lagos em 1981. No campeonato, Vatanen foi quarto em 1980 com 50 pontos (o campeonato ficou para Walter Röhrl com 118 pontos) e em 1981 Vatanen chegou ao título com 96 pontos. A partir de 1982 Richards aposentou e procurou montar sua equipe de rally, que mais tarde - 1984 - passaria a se chamar Prodrive. Vatanen seguiu no WRC, mas agora com Terry Harryman como navegador. 

Sobre o evento de 2008, os dois veteranos terminaram em 30º na geral e em 5º na classe 12 que foi vencida por Alister McRae (irmão de Colin) e Roy Campbell que pilotavam também um Ford Escor 1800 MKII.

Hoje Ari Vatanen completa 69 anos.

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Foto 914: Jean Pierre Beltoise, Zandvoort 1968

 



Jean Pierre Beltoise com o Matra MS11 durante o GP da Holanda de 1968. A prova realizada em Zandvoort foi a quinta do mundial de 1968.

A corrida foi dominada amplamente por Jackie Stewart que levou o outro Matra a vitória, liderando 87 voltas das 90 programadas. Beltoise terminou com mais um minuto e meio de atraso para Stewart após batalhar para terminar em segundo, sendo que estava em terceiro até a volta 23 quando teve uma escapada por conta da pista molhada. A parada foi para limpeza do acelerador e isso lhe custou algumas posições, ao voltar em sétimo. Conseguiu escalar o pelotão para terminar em segundo, neste que foi o seu primeiro pódio e também a primeira dobradinha da Matra na Fórmula 1. Pedro Rodriguez ficou em terceiro com o BRM.

Beltoise completaria 84 anos hoje. 

domingo, 25 de abril de 2021

Foto 913: Michele Alboreto, Mônaco 1982

 



Michele Alboreto com o Tyrrell 011 durante o final de semana do GP de Mônaco de 1982. Na foto o italiano contornando a Lowes do traçado de Monte Carlo, que recebia a sexta etapa daquele mundial. Foi também a primeira prova após o trágico final de semana do GP Bélgica realizado em Zolder, que vitimou o canadense Gilles Villeneuve.

Alboreto partiu na nona colação e chegou ficar em duas oportunidades ocupando a quarta posição, onde revezou com Keke Rosberg. Quando estava em quarto, teve problemas na suspensão que acabou encerrando a sua participação na corrida na volta 69. A vitória ficou para Ricardo Patrese, após um verdadeiro caos nas voltas finais quando os primeiros - incluindo o próprio Patrese - sofreram alguns problemas e a vitória ficando para Ricardo após ter rodado na Lowes faltando três voltas para o final.

Hoje completa 20 anos da morte de Michele Alboreto, ocasionada por um furo no pneu do Audi R8 durante testes na pista de Lausitz em 2001.

quinta-feira, 22 de abril de 2021

Foto 912: Greg Moore, Long Beach 1995

 

(Foto: Racer)

A estrela em ascensão Greg Moore #99 - e Akira Ishikawa no #35 - durante a etapa de Long Beach de 1995, que foi a terceira do Campeonato da Indy Lights. O canadense venceu com 3,5 segundos de vantagem para Robbie Buhl que terminou em segundo e a terceira colocação ficando para Dave DeSilva. Akira ficou em décimo. 

Foi uma temporada quase que perfeita de Moore naquele campeonato, onde ele venceu 10 das 12 etapas programadas e nas duas únicas que não venceu, ficou em terceiro (Detroit) e em quinto (Vancouver) - estas provas foram vencidas por Robbie Buhl e Pedro Chaves, respectivamente. 

Greg venceu o campeonato somando 242 pontos contra 140 de Buhl e 122 de Affonso Giaffone. A partir de 1996 o canadense faria parte da CART pela mesma Forsythe com a qual conquistara aquele título na Indy Lights e daí em diante escreveria a sua breve -e brilhante - história na categoria.

Hoje Greg Moore completaria 46 anos.

terça-feira, 20 de abril de 2021

Blog Volta Rápida: Aurora AFX British F1, Silverstone 1979

O Bradford & Bingley Trophy realizado em Silverstone, foi a 15ª e última etapa do Campeonato Britânico de Fórmula-1 de 1979, mais conhecido como Aurora AFX.

A vitória foi do estadunidense Gordon Smiley com o Surtees TS20 Cosworth, seguido por Rupert Keegan (Arrows Cosworth) e Geoff Lees (Wolf Cosworth). A corrida foi realizada em 7 de outubro de 1979 e teve 35 voltas.
Gordon Smiley completaria 75 anos hoje.

Foto 911: Mauricio Gugelmin, Indy 500 1994

 

(Foto: Indycar)


Mauricio Gugelmin com o seu Reynard 94I Ford Cosworth da Chip Ganassi, na tradicional foto antes das 500 Milhas de Indianápolis de 1994. Foi a estréia do piloto na tradicional corrida.
Esta que ficou marcada pelo grande domínio da Penske e de Emerson Fittipaldi, que parecia ter a corrida na sua mão até a 185 volta quando escapou de traseira e bateu na curva quatro. Desperdiçou a chance de vencer pela terceira vez e deu a seu companheiro de Penske, Al Unser Jr., a oportunidade de vencer a prova pela segunda vez.
Além de Emerson e Maurício, Raul Boesel e Marco Greco estiveram presentes, mas abandonaram: Boesel saiu na volta 150 com problemas na bomba de água e Greco abandonou na volta 100.
Mauricio Gugelmin, que largou em 29o e terminou em 11o, comentou sobre a sua participação: "Aprendi muita coisa hoje. É impressionante como tudo é diferente dos treinos. Foi ótimo".
Gugelmin completa 58 anos hoje.

Foto 910: Erros e Lições

(Foto: Motor Sport Magazine)

Como escrevi no outro texto logo após a corrida, é dificil você ver um piloto do calibre de Lewis Hamilton errar e isso acaba sendo a grande manchete para vários sites, revistas, jornais, postagens, etc... 

Por outro lado, especificamente falando de Hamilton, seus dois erros acabaram prejudicando a sua corrida que poderia muito bem ter lhe rendido mais vitória ou até mesmo um duelo mais visceral com Max Verstappen. O primeiro desses erros recaem sobre a sua largada, onde ele dividiu a entrada da Tamburello com Max e acabou passando por sobre as "lombadas" colocadas exatamente para que os pilotos não excedessem os limites da pista. Isso lhe custou uma pequena quebra de asa e também um distanciamento em relação a Verstappen que já estava em três segundos logo na volta inicial e que aumentaria para cinco nas voltas seguintes. Talvez se tivesse se segurado mais, pudesse ter conseguido manter-se mais próximo e com a pista criando um trilho bem mais para frente lhe daria todas as chances de ameaçar o piloto da Red Bull. 

O segundo e mais importante dos erros de Hamilton, que poderia muito bem ter mudado totalmente o panorama para ele e favorecido imensamente Verstappen, foi a sua escapada na Tosa onde tentou por uma volta em George Russell por dentro exatamente onde ainda estava molhado, num momento que ele estava com pneus médios que colocara poucas voltas antes. Conseguindo ainda voltar de ré e voltando para pista, para ir aos boxes trocar a asa dianteira danificada, a sorte lhe sorriu quando o acidente de Russel e Bottas forçou o uso da bandeira vermelha pela direção de prova e isso deu a Lewis a possibilidade de manter-se em nono, trocar a asa e esperar pela relargada. Bom, o resto é história e o heptacampeão conseguiu subir de oitavo - herdando uma posição após a rodada de Kimi Raikkonen durante o Safety Car - para conseguir uma importante segunda posição. 

Com estes dois erros, destacando o segundo, foi importante para Lewis ter conseguido voltar para a prova e ainda com chances de ganhar posições que o ajudariam - e ajudou - muito a diminuir o prejuízo que poderia ter sido bem maior. Voltar de imediato e realizar aquela prova de recuperação, ajudou a exorcizar qualquer que fosse a falta de confiança que poderia aparecer em Portimão caso tivesse abandonado. em Imola - e claro que o prejuízo de sair com dobro de pontos atrás Verstappen seria algo bem catastrófico já que temos um mundial bem equilibrado neste inicio. 

Portanto, foi importante que este erro tenha aparecido agora neste inicio de mundial e como o próprio Lewis declarou, é a partir deste que ele precisará tirar lições futuras. 


O outro erro

(Foto: Getty Images)


O acidente entre George Russell e Valtteri Bottas na volta 34 causou um belo susto e ao mesmo tempo despertou a ira do jovem inglês da Williams, que estava prestes a fazer uma bela ultrapassagem sobre Valtteri quando se aproximavam da Tamburello. A leve mudança de trajetória do finlandês, tipica de defendesa de posição, e a tentativa de George em usar o máximo do circuito para tentar a manobra foi o estopim de um mega acidente após o inglês botar os pneus do lado direito na grama molhada que fez o Williams girar para dentro e acertar o Mercedes, causando um mega acidente.

A fúria de George logo após o acidente, indo tirar satisfações com Bottas, que ainda estava dentro do carro, acabou gerando uma situação não muito boa para a sua imagem e comportamento a ponto de Toto Wolf vir a público e repreender o futuro candidato mais forte a assumir uma das vagas na Mercedes em 2022. Para alguns o acidente foi de corrida, enquanto que outros apontaram George como o principal culpado e por isso condenaram a sua atitude com Bottas e também o fato de não assumir a culpa pelo ocorrido.

Com a cabeça mais fria e a poeira tendo assentado - e logicamente, uma conversa bem franca -, George fez uma nota pedindo desculpas por tudo que ocorreu: "Ontem não foi um dia de orgulho pra mim. Eu sei que aquela foi uma das nossas melhores oportunidades de pontuar nessa temporada e, quando os pontos importam tanto como importam para nós agora, às vezes você assume riscos. Mas não deu certo, e eu tenho que assumir minha responsabilidade. Com tempo para refletir sobre o que aconteceu depois, sei que eu deveria ter lidado melhor com a situação. Emoções podem falar mais alto no calor do momento e ontem as minhas apagaram o que tenho de melhor. 

Peço desculpas para Valtteri, a equipe e todos que se sentiram decepcionados por minhas ações. Eu não sou assim e eu espero mais de mim mesmo, assim como outros também esperam mais de mim. Aprendi duras lições nesse fim de semana e me tornarei um piloto melhor e uma pessoa melhor com essa experiência. Agora, o foco é em Portugal e na chance de mostrar pelo que realmente estou aqui. Obrigada a todos pelas mensagens, positivas ou negativas. Todas elas vão me ajudar a amadurecer.".

É de se entender que pilotos logo após um acidente deste nível, saem de cabeça totalmente quente e transtornados a ponto até mesmo de serem ignorantes em alguma situação. Ainda para George que poderia marcar pontos com aquela Williams que de certa forma teve uma breve melhora e que estava prestes a fazer uma ultrapassagem impressionante sobre uma Mercedes. A mistura de frustração com raiva pelo ocorrido, cega o individuo e o leva a ter esse tipo de atitude que não agrada a ninguém. 

Ao menos, ainda teve tempo de refletir e voltar atrás nas suas ações. Ainda é um piloto em formação e de quem se espera muito no futuro e talvez esse capitulo o ajude a amadurecer mais rápido.

domingo, 18 de abril de 2021

GP da Emilia Romagna - Contra-ataque rubro-taurino

 

(Foto: Red Bull/ Twitter)


Sabemos quanto que este duelo entre Hamilton e Max é esperado. Tivemos algumas amostras disso, principalmente na corrida da Hungria de 2019 onde a Mercedes colocou a equipe Rubro-taurina num beco sem saída e teve em Lewis o grande vitorioso. A prova de abertura deste campeonato foi o momento em que a Red Bull aparecia melhor, mas mais uma vez a Mercedes fez a estratégia e deixou a equipe austríaca e situação de precisar resolver na pista. Max até conseguiu, mas a malandragem de Hamilton na famosa curva quatro tirou do holandês a chance de iniciar o campeonato no lugar mais alto do pódio.

Desta vez, em Ímola, para a realização do GP da Emilia Romagna, a Mercedes mostrou uma certa evolução e isso deu uma boa impressão de que o duelo entre os dois principais postulantes seria ainda mais acirrado. O que diferencia as coisas em Ímola, foi a largada precisa de Verstappen que não apenas serviu para redimir-se do erro do sábado, como também foi importante para assumir a liderança logo de cara e bater rodas com Hamilton.

A precisão de Max na pista molhada e aproveitando -se do fato de Hamilton ainda tentar achar aderência necessária, foi importante para ele construir uma vantagem que oscilou entre 5.5 e 4.5, mas com a chegada dos retardatários essa diferença passou a oscilar ainda mais. Com a pista criando um trilho, começou a ficar claro que Hamilton parecia ter mais carro que Max e a diferença passou a cair e aí que morou o erro do inglês voltas depois de fazer o pit-stop quando errou na Tosa ao tentar colocar uma volta em Russell, exatamente quando procurava tirar diferença para Max.

A grande sorte de Lewis, aliado a sua habilidade em sair da brita e voltar para a pista, foi de logo em seguida acontecer o forte acidente entre Bottas e Russell na Tamburello. Isso ocasionou a bandeira vermelha para a limpeza da pista e deu ao inglês a oportunidade de voltar ao jogo.

Enquanto que Verstappen abria grande vantagem com a retomada da prova, foi a vez Norris brilhar ao tomar a segunda posição de Charles Leclerc e ficar ali até quando faltava quatro voltas para o final. Foi o momento em Hamilton, formidavelmente recuperando -se da nona posição, chegou ao segundo lugar após duelar o jovem conterrâneo.

Foi uma grande corrida de Max, assim como a forte recuperação de Hamilton e o talento cada vez mais vistoso de Lando, num pódio onde os três saíram sorrindo e de onde poderemos ter cada vez mais rostos diferentes naquele local.

Um impressionante Max

A cada corrida que passa fica mais claro que Verstappen tem deixado de lado algumas de suas impaciência e procurado ficar exclusivamente na sua condução. Essa corrida foi a prova clara disso ao realizar uma largada dos Deuses e sair de terceiro para primeiro na freada para a Tamburello, jogando duro contra Hamilton que procurou vender caríssimo a posição.
Infelizmente o erro de Lewis nos privou de uma boa batalha entre os dois, mas isso não deve demorar a acontecer - e talvez aconteça com mais frequência a nesta temporada.

Lewis errou, assumiu, teve sorte e competência

É difícil ver o melhor piloto do lote errar e quando erra, é algo impressionante. Pelo menos nessa corrida Lewis teve dois erros: o primeiro na largada, quando tentou intimidar Max na freada para a Tamburello e acabou não funcionando e por muito pouco não danifica a asa dianteira - onde chegou perder uma pequena aleta do lado esquerdo - e depois na sua tentativa de tentar alcançar Vertappen e errar na Tosa, ao sair do trilho seco para a parte molhada quando estava para por volta em Russell.

Sua sorte após o acidente de Bottas e Russell em ter dado a bandeira vermelha lhe deu a oportunidade de sair em nono e recuperar-se fortemente para chegar em segundo e ainda garantir a melhor volta, que lhe garantiu a liderança do Mundial por 1 ponto sobre Max.

Mas ficou claro que o desempenho do Mercedes em pista seca era bem melhor e isso daria ao heptacampeão a chance de buscar a vitória.

Sobre a corrida

Excetuando os dois principais pilotos das duas equipes, Perez e Bottas foram bem abaixo. Iniciando pelo finlandês, este passou todo o momento da corrida tomando calor de Lance Stroll e no momento do acidente estava disputando com Russell. A manobra que ocasionou a batida é questionável, mas Valtteri fez uma leve movimentação de defesa e George, no reflexo, jogou um pouco mais além do asfalto indo pegar a grama molhada. Foi um momento bastante critico, exatamente para dois personagens que tem suas carreiras ligadas a possibilidade de continuar ou chegar a Mercedes.

Perez fez uma classificação espetacular ao ficar em segundo, mas na corrida foi bem sofrível. Teve os problemas no volante, que foi trocado, mas a impressão que ficou, por conta de seus erros, foi de tentar pilotar no mesmo nível de Max e isso é difícil para um piloto que sempre teve a pilotagem cadenciada como é o do mexicano. Tanto os erros quanto a ultrapassagem sobre Vettel, passaram essa impressão de ir além do que lhe é costumeiro.

A Ferrari foi bem com seus dois pilotos e fica claro a impressão que se Carlos Sainz não tivesse errado tanto, poderia até mesmo buscado o pódio. Isso esteve nas mãos de Leclerc, mas perdeu a segunda posição para Norris na relargada e mais tarde para Lewis, fechando em quarto. McLaren apareceu bem mais uma vez e com Norris, que conseguiu um belo terceiro lugar; Ricciardo ficou em sexto, mas longe de ter um grande desempenho como o de Lando. Lance Stroll foi mais uma vez o homem da Aston Martin com bom desempenho entre os dez, sempre dentro das possibilidades do carro; para Vettel restou mais uma tarde de azar, onde foi punido por não ter os pneus montados há cinco minutos antes da largada, mesmo tendo saído dos boxes e depois abandonaria por problemas mecânicos.

Gasly sofreu com o uso dos pneus de chuva extrema e isso o atrasou demais e quando optou pelos intermediários, já havia caído na classificação. Ainda salvou uma oitava posição; Yuki Tsunoda até que realizou uma boa corrida, mas errou após a relargada e ficou em 13o. A Alfa Romeo salvou alguns pontos com a mina posição de Raikkonen, enquanto que Giovinazzi fechou em 14o. A Alpine não teve uma boa jornada, apesar de Ocon ter ficado entre os dez primeiros no grid. Ele e Alonso estiveram próximos por toda corrida e o espanhol ficou logo atrás de Esteban, que conseguiu um ponto com o décimo lugar. Para a Williams foi um final de semana que se desenhava até bom, mas que terminou da pior forma possível com seus dois carros destruídos - primeiramente com o enrosco entre Lattifi e Mazepin e depois entre Russell e Bottas - onde era bem possível que George ficasse com alguns pontos nessa prova. Sobre a Haas, seus dois pilotos competem internamente apenas. Mick chegou anos luz a frente do errático Mazepin - uma vez que o filho de Michael também errou ao bater na saída de box quando aquecia os pneus.

O GP da Emilia Romagna, que iniciou com pista molhada, foi bem melhor do que era imaginado e nos deu uma importante visão do que pode ser neste campeonato, onde a Red Bull e Mercedes serão as postulantes ao título, mas com coadjuvantes que podem muito bem desequilibrar a balança. 

sábado, 10 de abril de 2021

F1 Battles: Carlos Reutemann vs Mario Andretti - Zandvoort 1980


A bela disputa entre Carlos Reutemann e Mario Andretti pela quarta posição no GP da Holanda de 1980, então 11a etapa daquele mundial.

Enquanto que os dois veteranos - e ex-companheiros de Lotus - batalhavam por aquela posição, Nelson Piquet liderava o GP para conquistar uma importante vitória que o deixou com dois pontos de desvantagem para Alan Jones, que terminou em 11o nesta prova. Jones somava 47 pontos contra 45 de Piquet. A segunda posição do GP ficou para René Arnoux e a terceira para Jacques Laffite.
Sobre a batalha da quarta posição Reutemann levou a melhor e ficou com a posição, enquanto que Mario abandonou na volta 70 por pane seca.

Foto 909: Juan Manuel Fangio, GP de Berlim 1954

 


Uma festa para o campeão. As Mercedes W196 lideradas por Karl Kling, Juan Manuel Fangio e Hans Hermann durante o I Grosser Preis von Berlin, realizado em 19 de setembro de 1954 em AVUS.

Esta prova foi organizada para comemorar a conquista de Juan Manuel Fangio naquele ano de 1954 e contou com a participação de 14 participantes ao todo. Além dos três Mercedes, ainda teve três Gordini T16 para Jean Behra, André Pilette e Fred Wacker. A Maserati levou dois 250F oficiais para Stirling Moss e Sergio Mantovani, mas a marca ainda teve outros dois carros de modo particular: Louis Rosier inscreveu um 250F em seu nome e Harry Schell um antigo A6GCM também em seu nome. A equipe de Louis Rosier inscreveu uma Ferrari 625 para Robert Manzon, mas este nem chegou a participar da corrida após apresentar problemas pouco antes da largada. Um Ferrari 500 foi inscrito pela Ecurie Francorchamps e pilotada por Jacques Swaters. A lista de inscritos ainda contou com duas participações particulares: Helmut Nierdermayr pilotou um Klenk Meteor, enquanto que Rudolf Krause usou um BMW Eingebau.

Para a corrida, com 60 voltas programadas, apenas 11 carros estiveram presentes – Moss, Mantovani e Krause nem treinaram – e o número de participantes cairia ainda para 10 quando Robert Manzon não alinhou na oitava posição. Juan Manuel Fangio, que fez a pole com 1.3 segundos de vantagem sobre Hans Hermann, liderou o corrido por um bom tempo e sempre comboiado pelos outros dois Mercedes. Faltando  poucas voltas para o fim, o argentino diminuiria a velocidade e deixaria Karl Kling assumir a liderança para vencer por uma margem de cinco décimos sobre Fangio, com Hermann em terceiro fechando a trinca da equipe Mercedes. O piloto argentino teria abdicado da vitória seguido comando vindo dos boxes para que Kling vencesse.

Na foto em destaque no post ainda pode-se ver a presença de um outro carro, que trata-se do Gordini de Jean Behra que conseguiu acompanhar o ritmo dos Mercedes pelas primeiras voltas, mas que acabaria por ter o motor quebrado - justamente pelo grande esforço em acompanhar os carros alemães - e abandonar na volta 14. 

Ainda sobre Fangio, o argentino acabou recebendo um volante feito por um artesão local e que está em seu Museu na cidade de Balcarce.

quarta-feira, 7 de abril de 2021

Foto 908: Jim Clark, GP da Holanda 1965

 


Jim Clark com Lotus 33 Climax durante o GP da Holanda de 1965. Foi o GP onde Colin Chapman teve uma briga com os policiais locais, tendo dado um soco em um deles pouco antes do início da corrida. Colin foi levado para a delegacia, onde ficou preso por dois dias.
Este foi o GP onde a Honda, com Richie Ginther, desafiou o Lotus de Jim Clark e o BRM de Graham Hill nas voltas iniciais com um bom ritmo. O bom desempenho do Honda RA272 tinha sido visto já em Silverstone semana antes com o mesmo Ginther, e a repetição em Zandvoort durou algumas voltas mais do que foi no GP britânico.
Richie Ginther ficou por duas voltas na liderança até ser ultrapassado por Graham Hill e Jim Clark. Mais tarde, na volta 6, foi a vez de Clark assumir a liderança para não mais perdê-la e conquistar a sua quinta vitória no ano, naquele que foi o sexto GP da temporada.
Hoje completa 53 anos da morte de Jim Clark, que aconteceu durante uma prova de Fórmula 2 em Hockenheim. 

terça-feira, 6 de abril de 2021

Foto 907: Hermann Lang, Trípoli 1939

 


(Foto: Daimler Benz)

Hermann Lang a caminho da vitória no GP de Trípoli de 1939 com o icônico Mercedes Benz W165, cujo carro que foi construído em poucos meses especificamente para esta prova. Rudolf Caracciola, como modelo idêntico ao de Lang, e Emilio Villoresi com Alfa Romeo 158 completaram o pódio.

Lang venceu por três vezes este GP de Trípoli e forma consecutiva, ao vencer de 1937 até 1939. A sua primeira vitória naquele circuito marcou dois fatos curiosos: a primeira foi logo após a conquista, quando estava voltando da premiação e foi abordado por uma pessoa que o beijou várias vezes. Mais tarde soube -se que esta pessoa é a que havia ganhado na loteria - os resultados da prova eram válidos pela loteria também. O outro fato se deu mais tarde quando houve a festa de gala que acontecia tradicionalmente para congratular o vencedor do evento. Tanto Hermann, quanto sua esposa Lydia, não tinham roupas adequadas - e nem dinheiro para comprá-las - para a situação e se trancaram no quarto do hotel, atrasando a ida para a festa - é de se destacar que Hermann Lang não tinha a mesma fama de um Caracciola, Manfred Von Brauchitsch ou Hans Stuck, sendo que o piloto estava despontando para ao automobilismo naquele momento, tendo saído da posição de mecânico para piloto da equipe já em 1935. Alfred Neubauer, o grande chefe da equipe Mercedes, acabou por convencê-los a ir para a festa onde Hermann seria premiado pela conquista.

Hoje Hermann Lang completaria 112 anos hoje.


segunda-feira, 5 de abril de 2021

Foto 906: Michael Schumacher, Interlagos 1992

 

(Foto: Professional Sport)


Michael Schumacher gastando a borracha do Benetton Ford na freada para o S do Senna, durante o GP do Brasil de 1992. Logo atrás Jean Alesi que terminou em quarto, mas durante a prova teve um enrosco com o Benetton de Martin Brundle na volta 31 que acabou forçando o abandono do inglês logo em seguida.
O piloto alemão travou uma boa disputa com Ayrton Senna pela terceira posição durante as primeiras 13 voltas, quando o brasileiro abandonou a corrida para selar um final de semana desastroso da McLaren que estreava no novo MP4/7 que ainda tinha uma série de problemas - tanto que Gerhard Berger teve problemas já no grid de largada, o que obrigou o austríaco sair do fundo e abandonar na volta 4. A McLaren levou sete carros para este GP, sendo três deles a versão B do MP4/6.
Michael Schumacher fechou em terceiro com uma volta de atraso para a dupla da Williams, que teve em Nigel Mansell o vencedor e Ricardo Patrese em segundo.
O GP do Brasil de 1992 completa exatos 29 anos hoje.

domingo, 4 de abril de 2021

Foto 905: Richard Attwood, Mônaco 1968

 


Richard Attwood com o BRM P126 durante o GP de Mônaco de 1968. Essa corrida foi a primeira após as tragédias que abateram sobre a Lotus com as perdas de Jim Clark em Hockenheim e Mike Spence em Indianápolis, num intervalo de um mês e a equipe de Colin Chapman levou o novo Lotus 49B que usava uma pequena asa traseira em forma de cunha para Graham Hill e Jackie Oliver.
Outros ficaram de fora desta etapa por diversos motivos: Jackie Stewart não esteve neste GP por conta do pulso machucado e Johnny Servoz-Gavin o substituiu na Matra; a Ferrari não se fez presente por considerar que a segurança na pista de Monte Carlo não ser a ideal, afinal as lembranças da morte de Lorenzo Bandini um ano antes eram bem vivas; Richard Attwood foi chamado pela BRM que havia perdido Mike Spence e em seguida Chris Irwin, que substituiria Spence, mas que sofreu acidente nos 1000km de Nurburgring onde teve sérios ferimentos na cabeça. Lucien Bianchi foi escalado pela Cooper para o lugar de Brian Redman que estava nos 1000km de Spa-Francorchamps.
O traçado de Monte Carlo sofreu modificação especialmente na chicane do Porto, onde aconteceu o acidente que vitimou Bandini e a prova foi encurtada em vinte voltas. A corrida acabou por ser uma prova de resistência onde apenas cinco carros acabaram terminando. Os destaques foram para Servoz-Gavin que qualificou-se em segundo e assumiu a liderança para ficar ali até a terceira volta, quando teve problemas na transmissão. Graham Hill chegou a sua quinta e última vitória em Monte Carlo, estabelecendo um recorde que duraria por 25 anos. Lucien Bianchi terminou em terceiro, marcando seu único pódio na categoria.
Richard Attwood foi o segundo e com boas chances de vitória, ao terminar em segundo e apenas dois segundos de atraso para Hill. Attwood ainda fez a melhor marca da prova, com o tempo de 1'28"1 na última volta.
Hoje Richard Attwood completa 81 anos.