segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Os duelos na 50ª 24 Horas de Daytona

O tri-campeonato do Brasil nas 24 Horas de Daytona, que teve a sua edição de número 50 realizada neste final de semana, contou com dois duelos pela liderança da corrida nas últimas 5 horas: em primeiro plano, Oswaldo Negri Jr (#60) teve uma batalha interessantíssima com Allan Mcnish (#08) que durou quase uma hora, onde o piloto escocês pressionou-o de forma impiedosa em alguns momentos. O ponto alto dessa disputa foi quando ambos dobraram dois retardatários na parte oval: A outra batalha teve como protagonista, mais uma vez, Mcnish que agora estava na liderança. O Ford Riley de #60 estava na briga, mas desta vez era o americano AJ Allmendinger. Com uma postura mais agressiva, o piloto americano tentou de todas as formas a ultrapassagem, tanto que chegaram a se tocar duas vezes quando estavam contornando a parte oval lado a lado. Allmendinger levou a melhor na disputa, ultrapassando Allan na entrada da "Bus Stop": Negri, que diviu o volante do Ford Riley #60 do team Michael Shank Racing com AJ Allmendinger, Justin Wilson e John Pew, juntou-se à outros dois brasileiros que venceram esssa prova: Raul Boesel, que venceu em 1988 com um Jaguar XJR-9 e Christian Fittipaldi, que levou a melhor em 2004 com um Doran JE4-Pontiac.

sábado, 28 de janeiro de 2012

A evolução dos pneus na F1, segundo a Pirelli

Um ótimo vídeo onde a Pirelli mostra toda a evolução dos seus pneus na F1 desde a sua criação em 1950. A animação mostra os vários tipos que a categoria usou neste período, assim como o trabalho das suspensões.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Foto 58: As três grandes de São Paulo

 Largada do GP Cidade de São Paulo de 1940
 Os 500 Km de Interlagos, 1971
 Mil Milhas de 1970

Apesar de estarem engavetadas, mofando em algum cérebro do nosso automobilismo paulista, essas são as três grandes corridas que agitavam a cidade de São Paulo todos os anos.
Essa é a minha homengem a esta megalópole, que apesar de todos os problemas, ainda é uma lugar muito bom de se morar e que devia ser cuidada com louvor e paixão. 
Parabéns pelos seus 458 anos de existência, São Paulo!

Vídeo: Uma volta no novo Toyota Híbrido TS030

Após a apresentação do seu novo protótipo que marca a sua volta as provas de Endurance, a Toyota entregou o TS030 Hybrid para que Alex Wurz desse algumas voltas no circuito de Paul Ricard:

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

F1 Battles: John Watson vs Mario Andretti, GP da França 1977

Um duelo de gentlemans envolvendo Watson e Andretti que disputavam a primeira posição do GP francês, disputado em Dijon. Apesar da monotonia que foi esta disputa, a última volta é a que vale, quando Mario passa Watson nas últimas curvas para garantir a sua terceira vitória naquele campeonato.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Foto 57: Açougue


Numa evolução natural dos bem sucedidos 917K, a Porsche produziu em 1971 o 917/20 aproveitando a ótima aerodinâmica dos 917K e a cauda longa do 917LH, que era um verdadeiro foguete na reta Mulsanne, em Le Mans. 
Desenvolvido em conjunto com a SERA, uma empresa francesa especialista em aerodinâmica espacial, o 917/20 apareceu numa prova teste em Le Mans, 1971, e foi o carro mais rápido em reta. De fato este era o intuito da Porsche quando encomendou este trabalho, fazer com que este carro tivesse um desempenho assombroso na grande reta da Hunaudiéres. Por isso o largo chassi, se comparado ao seus irmão 917K e LH, que servia para melhorar o escoamento do ar. Porém, a Martini não colocou a sua marca neste carro assim que a Porsche apresentou-o com o layout inspirado nos cortes de carne, resultado de algumas piadas britânicas por compararem o 917/20 a um Porco por conta do volume do carro. Com isso, o carro acabou sendo chamado de " The Pink Pig".
Reinhold Joest e Willy Kauhsen pilotaram o carro inscrito pela Martini Internacional Racing Team (que correu sob a batuta do Team Auto-Usdau). Fizeram o sétimo tempo na classificação e quando estavam em terceiro, na 12ª hora, acidentaram-se após uma falha nos freio que forçou o abandono do carro.
Além deste layout inusitado, o 917/20LH serviu para testar peças para outro carro da fábrica que viria a fazer tremendo sucesso nos EUA: o 917/30, que correu na Can-Am.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Foto 56: Viva, Gilles...

E, se estivesse vivo, completaria hoje 62 anos de idade. Gilles é um daqueles que, infelizmente, não pude ver correr. Mas agradeço imensamente à tecnologias de hoje que possibilitam isso, como o youtube, que tem várias imagens deste sensacional piloto.
Além desta foto, aqui fica um post com dois vídeos dele em Mônaco que, como todos sabem, é um lugar difícil pacas para ultrapassar.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Foto 55: Tin tin

E aqui fica um pôster de um dos melhores desenhos que já existiu, e que agora está nas telonas do cinema: Tin Tin

Foto 54: E terminou...

A foto em questão é do GP da Itália de 2008, aquela que Vettel, de modo soberbo, venceu e assombrou o circo com uma mirrada Toro Rosso frente a Ferraris e Mclarens que se matavam pelos títulos de pilotos e construtores. Lá trás, o drama: tanto Barrichello, quanto Button, lutavam por algo naquela corrida. Mas nada veio: Jenson foi o 15º e Rubens o 17º.
No GP do Brasil, última etapa, aquele clima de decisão tinha os dois lados: a batalha entre Hamilton e Massa pelo título monopolizava o ambiente, mas do outro lado a decisão vinha do time da Honda, onde Barrichello parecia viver seus últimos instantes. Cheio de perguntas sem respostas, Rubens usou naquele final de semana o capacete de Ingo Hoffman, homenageando o piloto brasileiro que correu na F1 nos anos 70 pela Copersucar. Não foi um grande final de semana, pois terminou em décimo quinto. E parecia que os seus dias haviam terminado. E parecia, claro, afinal ninguém, nem mesmo o próprio, tinha idéia do que iria acontecer no futuro principalmente depois da Honda anunciar que não participaria do mundial de 2009. 
E de repente, num daqueles contos de fada que acontecem de tempos em tempos, Ross Brawn assumiu o comando, fundou uma equipe e deu à Barrichello a chance de mais uma temporada. E ao seu lado Button. Foi uma bela temporada, muito além do que todos poderiam imaginar: a novata equipe foi campeã de pilotos com Button e de construtores, e Rubens pôde voltar à linha de frente e vencer mais dois GPs na sua carreira. 
Terminado o sonho, ele seguiu rumo à Williams, para realizar o sonho de competir pela equipe de Grove. Foram duas temporadas, medianas, que chegou ao fim hoje com o anúncio que Bruno Senna havia sido o escolhido para fazer dupla com Maldonado. 
Foram dezoito temporadas de ódio e paixão em doses igualmenete cavalares, onde ele inflou a torcida de esperanças e depois teve que arcar com as inúmeras chacotas por não conseguir resultados que o público e, porque não, imprensa esperava.
Agora Rubens está à pé e, pela sua obsessão doentia pela F1, ele deixou de ter uma despedida decente da categoria que por tantas vezes declarou sua paixão. Mas ele soube aproveitar bem os momentos que passou ali, talvez tanto qualquer um piloto quew tenha passado ali. 
O que faltou: o mundial e uma vitória o Brasil, claro. Mas se tiver gana, pode conquistar outras vitórias em outras praças. É só querer.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Vídeo: CART Indycar Rio 400, 1996

Segunda etapa do campeonato da CART em 1996, a categoria desembarcava pela primeira vez no Brasil para realizar uma corrida no novo "oval" construído na pista de Jacarepaguá.
A pole position foi de Alessandro Zanardi (Chip Ganassi) com a marca de 40''162 e a vitória ficou com André Ribeiro (Tasman) após 2 horas de corrida. Al Unser Jr. (Team Penske) foi o segundo e Scott Pruett (Patrick Racing) fechou em terceiro.
Abaixo fica o vídeo, com o resumo da prova, e o resultado final:


 (Clique para ampliar)

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Foto 53: Multidão

As provas de rali são emocionantes, principalmente as dos anos 80, onde as pessoas desafiavam os poderosos carros turbo do saudoso Grupo B. 
Nesta foto o Lancia 037 abre caminho em meio a multidão, que arrisca a vida por uma foto.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Foto 52: Peterson e Emerson

Uma linda correção de Peterson com a fracasada Lotus 76, bem na frente de Emerson durante o GP da Bélgica de 74, disputado em Nivelles. 
O piloto brasileiro venceu aquele GP e Ronnie abandonou na volta 56 com vazamento de combustível.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Taça Gordon Bennett - 1ª Parte

A evolução dos carros de corrida do final do século 19 ao virar do século 20 estavam em franca ascensão. As potências e velocidades alcançadas na primeira corrida da história, a Paris-Bourdeaux vencida por Koechlin (FRA) com um Peugeot à média de 19,56Km/h eram apenas uma sombra ao final daquele século. Em 1900 René de Knyff (FRA), pilotando um Panhard, alcançou 69,77Km/h na sua vitória em Pau mostrando que os progressos tinham sido rápidos em apenas 5 anos. As potências também tinham se elevado. O Panhard-Levassor do segundo colocado da Paris-Bourdeaux de 1895, Emile Levassor, debitava 4 cv de potência. Já em 1900 o Mors de Levegh tinha 24cv. Esse crescimento era fruto do desenvolvimento em grande escala da indústria automobilística francesa, que estava anos luz à frente de qualquer outra naquela época e isso refletia nas suas competições, que serviam de laboratórios paras as fábricas e também como propaganda para que estas vendessem seus carros. Em 1900 James Gordon Bennett, editor do jornal americano New York Herald, decidiu financiar uma corrida internacional a fim de motivar outros países, inclusive os EUA seu país natal, a melhorarem seus carros através da competição e de algum modo, desafiar o poderio francês que até então estava intacto. A prova aconteceria anualmente e cada país teria o direito de inscrever até três carros e esta inscrição quem deveria fazer era o automóvel clube do país e não o construtor. Também foi introduzido pela primeira vez as cores que identificavam a qual nação aquele(s) carro(s) representava(m): Amarelo para a Bélgica; Azul para a França; Verde para a Grã-Bretanha; Branco para a Alemanha; Vermelho para os EUA. Anos mais tarde a cor vermelha foi passado para os italianos e aos americanos foi acrescentado a cor branca. O país que tivesse o carro vencedor organizaria a prova do ano seguinte. O ACF (Automóvel Clube da França) foi incumbido a organizar a primeira corrida e o trajeto escolhido foi de Paris-Lyon. Mas os acidentes em corridas de estrada aberta estavam a crescer e tudo se agravou após o grave acidente da prova Paris-Roubaix onde várias pessoas se machucaram após serem atingidas por dois carros. Alguns estados franceses acabaram por banir as provas de suas cidades, e assim a corrida de Gordon Bennett quase não aconteceu. A indústria francesa persuadiu o governo argumentando da importância da competição para o desenvolvimento de seus carros. Sendo assim, convenceram o governo e a primeira Gordon Bennett pode ser realizada.  
O senhor James Gordon Bennett

A CORRIDA 

Para a primeira corrida, 8 participantes de quatro países:
EUA: Alexander Winton e Anthony Riker pilotando os Winton
BÉLGICA: Camille Jenatzy pilotando um Snoek Bolide
FRANÇA: Fernand Charron, René de Knyff e Léonce Girardot pilotando os Panhard 40
ALEMANHA: Eugene Benz pilotando um Benz

O outro participante era Pierre Velghe (que usava nas provas o apelido de "Levegh") que correu com um Mors. Estes eram franceses e estavam inscritos na prova para desafiar os Panhard tudo por causa da escolha do ACF, que foi feita de modo secreto, quando escolheu os três pilotos que a representaria na prova. Mas eles eram pilotos Panhard e a Mors se sentiu prejudicada, já que seus carros eram mais competitivos e assim decidiu entrar na prova, mas sem apoiar país algum. No dia 14 de junho, 6 carros estavam presentes na para a partida em Paris. Eugene Benz e Anthony Riker tiveram problemas em seus carros e nem apareceram. A largada foi dada e assim, como a tentativa da organização desta prova, também foi caótica. Levegh tinha sumido na frente abrindo 30 minutos de diferença para Fernand Charron, segundo colocado, mas o piloto do Mors viria a ter problemas mecânicos o que acabou lhe roubando a vitória. Ele terminaria a corrida no segundo lugar. Os outros concorrentes também tiveram problemas. Girardot teve problemas com a direção do seu Panhard, o que lhe privou de brigar pela vitória; De Knyff abandonaria a prova assim como Camille Jenatzy; Winton também apresentou problemas com umas das rodas que acabou quebrando. Mas Charron foi quem teve mais problemas. De ínicio, quando era segundo na prova, passara sobre uma pequena vala entortando o eixo traseiro do seu carro. Após os reparos feitos por seu mecânico Henri Fournier, Charron continuou na prova, mas Fournier teve que jogar óleo nas correntes durante o resto da corrida para que a roda não travasse. Mais tarde, já líder, Charron estava numa descida quando acabou atropelando um cachorro. Por mais que acabasse voltando para a prova após terem retirado o cão morto do seu carro, o seu Panhard teve uma avaria na bomba d'água causada pelo atropelamento. Fournier também teve que bombear água manualmente além, claro, de jogar óleo nas correntes até o final da prova. Charron, mesmo com todos os problemas, venceu a corrida seguido pelo valente Levegh e a terceira posição ficando com Girardot. Enfim a primeira prova de Gordon Bennett tinha terminado e a França realizaria, novamente, a corrida do ano seguinte. 

Foto 1039 - Bernd Rosemeyer, Roosevelt Raceway 1937

  (Foto: Adam Gawliczek)  Um momento de descontração antes do embate dos europeus vs americanos pela 13ª edição da Vanderbilt Cup, realizada...