sexta-feira, 16 de março de 2012

12 Horas de Sebring: Audi de Lotterer na pole

Com o tempo de 1'45''820 Andre Lotterer cravou a pole para 60ª edição das 12 Horas de Sebring, na Flórida, que marca também a abretura do Mundial de Endurance. Na segunda e terceira posições, aparecem os outros Audis #2 e #3 que foram conduzidos, respectivamente, por Tom Kristensen e Romain Dumas durante o classificatório. Talvez Dumas pudesse ter roubado a segunda posiçõe de Kristensen, caso não tivesse danificado um dos pneus após uma rodada. Na quarta posição aparece o HPD ARX-03a da Muscle Milk Racing, que foi pilotado por Klaus Graff, neste que foi o melhor LMP1 a gasolina na classificação.
Na LMP2 Olivier Pla colocou o Morgan 2012 LMP2 da OAK Racing na frente, seguido por Stéphane Sarrazin (HPD ARX/ Starworks Motorsports). Cristophe Bouchut (HPD ARX/ Level 5 Motorsports)bateu forte durante a sessão classificatória e a preocupação do Team, para agora, são as peças de reposição do carro.
Na LMPC, Bruno Junqueira (RSR) fez o melhor tempo deste grupo ao superar EJ Viso (CORE Autosport); na LMGT/GTE-PRO Gian Maria Bruni (Ferrari F458/ AF Corse) tirou o melhor tempo de Jaime Mello (Ferrari F458/ Luxury Racing) nos minutos finais do treino, e sai na frente desta classe que deveremos ter uma bela batalha, já que os Corvetes de fábrica saem na segunda fila; na LMGTE-Am Dominik Farnbacher colocou a Ferrari da Luxury Racing na frente, seguido pela outra Ferrari 458 de Nic Jöhnson (Krhon Racing); e por último, na LMGTC, a categoria das Porsches, Henrique Cisneros marcou o melhor tempo para a NGT.
Sem a presença de carros mais fortes (Peugeot desistiu de competir este ano e a Toyota só estréia em Spa), a Audi não terá grandes problemas para conseguir mais uma vitória. Apenas um azar, e dos grandes, para tirar essa conquista da fábrica de Ingostadt.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Vídeo: Indy 500, 1946

Correndo com máquinas antigas as 500 Milhas de Indianápolis de 1946 - a primeira após o término da 2ª Guerra Mundial - teve a sua realização em 30 de maio. Os treinos forma dominados por Ralph Hepburn, que fez a pole ao alcançar a marca de 217Km/h a bordo de um Novi Governor. Luigi Villoresi foi um dos pilotos da época dos Grand Prix a participar desta prova e ele conseguiu um bom resultado na sua primeira corrida em Indianápolis: largou em 28º e terminou em 7º pilotando um Maserati. Outro piloto renomado que deveria ter corrido as 500 Milhas, era Rudolf Caracciola. Inicialmente ele pilotaria uma das Mercedes W165, mas estes foram retidos na Suíça onde estavam desde o início da Guerra. Ele qualificou-se num Thorne Special com a média de 191Km/h, mas um pássaro bateu em sua cabeça sofrendo forte concussão. Caracciola escapou por estar usando capacete, que ele mesmo relutou a usar antes de entrar no carro. A vitória da Indy 500 ficou com George Robson (Thorne Engineering) que completou as 200 voltas no tempo de 4h21min16s70 sendo que o foi o piloto que mais liderou, num total de 138 voltas.

Foto 71: Box

E quem disse que Ron Dennis também não colocava a mão na massa nos seus tempos de Mclaren?
A foto é do GP da Alemanha (86 ou 87?) onde ele está segurando o "pirulito" enquanto Prost pára no pit.
Pode até ser que seja apenas um treino de parada de box, mas pelas arquibancadas lotadas, sem dúvida é em dia de GP. Talvez durante o warm-up.

Foto: Motorsport Retro

terça-feira, 13 de março de 2012

A apresentação do Nissan Delta Wing

E a Nissan vai embarcar no projeto do carro DeltaWing, que ano passado concorreu para ser o novo carro da F-Indy, algo que não acabou vingando, e assim eles se voltaram para o Endurance. O carro tem estréia prevista para as 24 Horas de Le Mans deste ano.
O carro, que tem pneus Michelin especialmente feitos para ele, tem um motor 4 cilindros 1.6 Turbo de 300cv. Marino Franchitti e Michael Krumm são os pilotosm confirmados até o momento.
Abaixo ficam os vídeos da apresentação e de uma volta (sim, ele faz curvas!) do carro.

Grandes Atuações: Damon Hill, Hungaroring 1997


Podemos comparar o GP da Hungria de 1997 a uma estória do conto de fadas onde a abóbora virou carruagem e voltou ao seu formato ao bater da meia noite. Mais ou menos foi assim a corrida de Damon Hill naquela tarde de 10 de agosto em Hungaroring, onde o seu desempenho, ajudado pela ótima performance dos pneus Bridgestone, foi um dos melhores da sua carreira. Mas o problema hidráulico nas últimas voltas lhe tirou uma vitória praticamente garantida.

Damon assinou o contrato com a Arrows em setembro de 1996, ainda quando estava na luta pelo mundial de 1996 pela Williams: sabendo que não ficaria no time de Frank e tendo as equipes grandes todas com sua dupla de pilotos definidas para 1997, restou a ele assinar com o time de Jackie Oliver e Tom Walkinshaw, que havia comprado parte do team em março daquele ano. Já ao final de 96, Hill estava ao volante de um Ligier JS41 comprado pela Bridgestone testando os novos compostos da marca nipônica que estrearia no ano seguinte. Os técnicos da Arrows, mais Walkinshaw, estiveram presentes durante os testes colhendo informações sobre o desempenho dos pneus e as opiniões de Damon, que ao final foram positivas. Nesse caminho de tentar levar a Arrows ao nível das equipes médio-grandes, além da contratação de Hill e do fornecimento da Bridgestone, onde ela receberia todas as atualizações antes das demais, Walkinshaw ainda arrendou um contrato com a Danka, que era uma empresa especializada em produtos para escritório e trouxe Pedro Paulo Diniz com seus cheques polpudos. Mas além da Danka outras tantas tiveram suas marcas estampadas na asa traseira do carro como a Power Horse, REMUS e outras mais durante o ano de 97.

A temporada em si não foi a das mais fáceis: foram vários os problemas enfrentados por Damon naquele ano. Quando não era o motor Yamaha que quebrava, uma colisão dava cabo da sua corrida. As classificações também não eram as melhores. Ele e Pedro Paulo Diniz tiveram uma primeira parte do cão, ao conseguir alinhar aquele Arrows A18 em posições intermediárias. As coisas pareceram melhorar quando Hill marcou o primeiro ponto da equipe ao chegar em sexto no GP da Grã-Bretanha e terminar em oitavo em Hockenheim, completando uma seqüência de quatro corridas sem quebras.

Ao se apresentarem para o GP da Hungria, eles se depararam com o primeiro confronto real entre os pneus Goodyear e Bridgestone. A temperatura do asfalto em Hungaroring era absurdamente quente naquela ocasião, o que levou Trulli (Prost) Hill e Barrichello (Stewart) a conseguirem bons tempos na sexta-feira ao marcarem a 3ª, 5ª e 7ª colocações. Detalhe especial neste treino foi Damon, que marcou o seu tempo em uma única tentativa.

Para a qualificação a temperatura do asfalto estava em torno dos 60° graus, o que ajudaria bastante os compostos japoneses. Mas rapidamente esta temperatura despencou. Michael Schumacher e Jacques Villeneuve dominaram as ações em Hungaroring conquistando a primeira fila. A surpresa era Damon, que colocara sua Arrows em terceiro nos segundos finais do treino, suplantando duas Mclarens, duas Benettons, uma Ferrari e uma Sauber. Mesmo com a temperatura não estando ideal para a performance dos pneus Bridgestone, Hill conseguiu uma volta brilhante ficando a 0’’372 da pole de Schumi. Assim como a maioria que estava presente naquele treino, Damon ficou surpreso. Mas à tarde do dia seguinte ainda reservaria muito mais a ele e a equipe.

O domingo começou com o warm-up que teve como surpresa a quinta marca alcançada pelo Arrows de Diniz, mostrando que o carro do time inglês estava bem acertado para aquele circuito. Os pilotos que estavam calçados com Goodyear preferiram, em sua maioria, largar com pneus macios e os pilotos Bridgestone, em especial o duo da Arrows, optaram pelo composto mais duro. Debaixo do forte calor que estava fazendo em Hungaroring, aquela escolha acabou por ser a mais certa.

A largada foi tranqüila, mas Villeneuve saiu mal e quando contornou a primeira curva estava em quinto. Damon, por muito pouco, já não conquistou a liderança na primeira curva.
Após seis voltas de corrida, Schumi e Hill já estavam distantes de Irvine que vinha terceiro. Foi neste momento que o piloto alemão, que havia largado com os macios, passou a ter problemas com os pneus que estavam criando bolhas. Hill percebeu o problema enfrentado pelo seu rival e partiu com tudo, pressionando-o pelas cinco voltas seguintes. Neste momento, mais precisamente na sétima volta, Irvine já havia parado para trocar seus pneus que haviam criado... bolhas rapidamente.

Ao abrir da 11ª volta, Hill colocou por dentro na tomada da primeira curva e mesmo com Schumacher a lhe deixar pouco espaço, ele conseguiu a primeira colocação. Como era de se esperar, devido ao melhor desempenho mostrado até ali, Hill abriu vantagem sobre Michael que só parou nos boxes na volta catorze para trocar os pneus.

Damon continuou bem na dianteira da prova, aumentando a diferença para os demais. Ele parou para a troca de pneus na volta 25, uma depois de Villeneuve que vinha em segundo. Jacques, após a corrida, disse que os Goodyear estavam tão péssimos naquela prova, que após a sua primeira troca eles empolaram com menos de duas voltas de uso. O piloto inglês fez a sua segunda e última parada de box na 51ª passagem, e nesta altura ele já se encontrava com mais de 30 segundos à frente de Villeneuve.

Q
uando parecia que a Arrows, enfim, entraria para círculo das equipes vencedoras de Grandes Prêmios, o câmbio do A18 apresentou problemas na saída da chicane na penúltima volta. Hill relatou o acontecido e quando a equipe lhe pediu para passar a rodar com o carro na quinta marcha, a pressão hidráulica só o deixava engatar até a segunda. Durante a 75ª e antepenúltima volta, Hill perdeu em torno de nove segundos e a conta aumentou na penúltima passagem quando caiu mais vinte. Foi nesta ocasião que o acelerador também o deixou na mão. Jacques o passou alguns metros depois para garantir uma vitória que não deveria ter sido dele, mas sim de Damon. O piloto da Arrows ainda arrastou-se até fechar em segundo. Até o final daquele ano a Arrows voltou a marcar apenas mais dois pontos com Diniz, quando este terminou em quinto no GP de Luxemburgo. Hill ainda teve como melhor colocação, depois da Hungria, um oitavo lugar em Monza.

Damon Hill teve que esperar até o GP da Bélgica de 1998 para voltar a sentir o gosto da vitória, assim como a Bridgestone, que venceu o seu primeiro GP na Austrália com a McLaren além do primeiro título conquistado com a mesma. 

Para a Arrows a chance de vencer nunca mais apareceu e a equipe fechou as portas durante a temporada de 2002.


sexta-feira, 9 de março de 2012

Vídeo: Documentário da BBC sobre o efeito solo e o Cosworth DFV

Com a proibição das saias para a temporada de 1982, as equipes britânicas tiveram que correr contra o tempo para se adequar a essa nova vida. A BBC fez um documentário sobre essa odisséia, contando desde a descoberta do efeito solo até o seu perfeito casamento com os motores Cosworth DFV, que prolongaram por alguns anos mais, a sobrevivência dos times ingleses (e claro, do próprio motor) frente aos times que possuíam Turbos.
 

quinta-feira, 8 de março de 2012

Foto 70: Champanhe

Não sei em qual prova isso aconteceu, mas ao que parece Jackie Stewart espoucou a champanhe na boca e engasgou. Fora o que caiu nos olhos.

F1 Battles: Ayrton Senna vs Alessandro Nannini - GP da Alemanha, 1990

Após Senna fazer a sua parada para troca de pneus, Alessandro Nannini assume a liderança do GP alemão na abertura da 17ª volta. Assim começou o duelo entre os dois, com Ayrton a encurtar e Alessandro a aumetar a liderança por 16 voltas numa caça do gato contra o rato.
O piloto da Mclaren assumiu a liderança na entrada da última chicane de Hockenheim, na 33ª passagem e abriu caminho para a sua quarta vitória naquela temporada. Nannini ficou em segundo e Berger fechou em terceiro.
No minuto 9:11, Nelson Piquet aparece tomando uma cervejinha enquanto caminha de volta para os boxes após o motor Ford do seu Benetton ter abrido o bico na 23 passagem, quando estava em terceiro. Grande Nelson!

terça-feira, 6 de março de 2012

Turbo e Diesel em Le Mans: Porsche e Audi na frente

As estatísticas das 24 Horas de Le Mans apontam Porsche e Audi como as maiores vencedoras da octogenária prova de Endurance. Mas não é apenas isso. Nesse cartel de 26 vitórias, ambas mostraram o caminho das pedras para o automobilismo de competição.
Começando pela Porsche, que estreara o motor Turbo em 1974 no seu modelo Carrera RSR, teve um bom desempenho naquele ano ao conseguir um segundo lugar com Gijs Van Lennep e Herbert Müller. Após duas temporadas de desenvolvimento, a Porsche apresentou-se para a edição de 1976 com dois modelos Turbo comprimidos: um 936 destinado à Gijs Van Lennep e Jacky Ickx e um 935 para Rolf Stommelen e Manfred Schurti.
A oposição naquela prova vinha da Renault, que levou para Le Mans um Alpine 442 Turbo comprimido para o trio Jean Pierre Jabouille, Patrick Tambay e Jose Dolhem. A Renault tinha boa experiência com os motores turbo, uma vez que havia vencido o Campeonato Europeu destinado aos carros de 2 litros de 1974 com sobras.
Foi um duelo a parte entre Renault e Porsche naquela 44ª edição das 24 Horas de Le Mans. Por mais que os franceses tenham conseguido a pole position (3’33’’01) e a melhor volta (3’43’’00), todos pelas mãos de Jabouille, foi a Porsche quem saiu sorrindo ao vencer com Lennep/Ickx nesta que foi a primeira vitória de um turbo em Sarthe. Em 1977, a Porsche voltou a vencer com trio Jacky Ickx/ Hurley Haywood/ Jürgen Barth pilotando a evolução do carro vencedor de 1976, o 936/77. A Renault Levou três Alpine A442 para Sarthe e entregou para as duplas Patrick Tambay/ Jean Pierre – Jaussaud #7; Patrick Depailler/ Jacques Laffite #8; Jean Pierre Jabouille/ Derek Bell #9. Um quarto A442 foi entregue a Equipe J. Haran – H. Chaunac que teve como pilotos o trio René Arnoux/ Didier Pironi/ Guy Frequelin. Nenhum dos quatro carros compeltaram a corrida. A Renault só foi à desforra no ano seguinte, quando Didier Pironi/ Jean Pierre Jaussand levaram o Alpine A442B à única vitória da fábrica francesa em Sarthe.
Ickx, em parceria com Lennep, levou o 936 Turbo à vitória em 1976. No ano seguinte repetiu a dose ao pilotar junto de Hurley e Barth, 936/77


A Renault recuperou-se dos azares dos dois últimos anos e venceu em 78 com Pironi e Jaussaud
Passados 30 anos, a Audi apresentou à Sarthe o seu modelo R10 HDi Diesel e logo nessa sua primeira aparição, se impôs ao vencer a corrida com o trio Frank Biela/ Emanuele Pirro/ Marco Werner. O Pescarolo C60 Judd Híbrido, pilotado por Heric Hélary/ Franck Montagny/ Sebastien Loeb, fechou em segundo quatro voltas atrás do vencedor.
A Audi continou a ganhar com o seu Turbo Diesel em 2007 – quando teve a concorrência da
Peugeot, que também correu com um motor Diesel no seu modelo 908 HDi fap. Em 2008 voltaram a vencer, agora com a tecnologia Biodiesel. Após a derrota de 2009 para a Peugeot, eles ganharam em 2010 numa situação que era favorável aos Peugeots quando estes foram perdendo seus carros durante o certame, após terem dominado de forma soberba desde os treinos. Em 2011 a Audi estreou o seu R18, que também venceu a esquadra francesa da Peugeot com um carro em pista.
Este ano de 2012 a Audi correrá com quatro carros em Sarthe: dois Híbridos que são os novos R18 e-tron quattro e dois Diesel, os R18 Ultra. Sem a concorrência da Peugeot, que anunciou a sua saída, tanto do Mundial de Endurance, quanto das 24 Horas de Le Mans, a Audi estará soberana nestes dois eventos já que a Toyota, que retorna este ano com o modelo TS030 às provas de Endurance, ainda está fora de forma.
A Audi mal apresentou o seu R10 a Diesel e já cravou uma vitória em Le Mans, 2006. E deve repetir o mesmo agora em 2012, com o seu Híbrido.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Foto 69: Tom Pryce, Race Of Champions 1975

Tom Pryce foi sensacional no Race Of Champions de 1975, em Brands Hatch

Tom Pryce é um daqueles pilotos que você olha as estatísticas da F1 - ou lê algumas das inúmeras matérias que falam da sua carreira na categoria - e diz "puxa, ele era bom, mas não tem uma vitória se quer". Sim, é uma maldade do destino. Mas Pryce, com a sua pilotagem selvagem, fazendo o carro escorregar nas quatro rodas, venceu uma corrida: a Race Of Champions de 1975 disputada em Brands Hatch.

Foi a corrida onde os F-5000, dotados de maior potência, tiveram três representantes: David Purley correndo com um Chevron-Ford, Tom Belso e Ian Ashely cada um num Lola-Chevrolet. Outros dois carros que pouco frequentavam os grids da F1, estiveram presentes em Brands Hatch: o Lyncar-Ford de John Nicholson e o Safir-Ford de Tony Trimmer. O restante dos participantes era a nata da F1, com Emerson Fittipaldi, Ronnie Peterson, Jacky Ickx e outros. O tempo instável em Brands Hatch não atrapalhou em nada o excelente desempenho que Tom Pryce viria a ter naquele final de semana.

O domínio do piloto galês começou no classificatório, quando marcou a pole com o tempo de 1'34''9, em pista molhada. No dia da prova uma rápida nevasca atrasou o início da corrida. Quando tudo já estava resolvido, Pryce caiu de primeiro para quarto na largada perdendo posições para Ickx, Jody Scheckter e Peterson.

Por mais que Schecketer ultrapassasse Ickx, assumindo o comando da prova ao final da primeira volta, ele viu em seus retrovisores a imagem de Pryce que subira de quarto para segundo rapidamente. Tom não demorou muito para ultrapassar o sul-africano e desaparecer na frente.

O piloto da Shadow acabou por vencer a corrida após 40 voltas, chegando 30 segundos à frente de John Watson e igualando o recorde da melhor volta daquela pista para um F1, com a marca de 1'21''1. Ronnie Peterson completou o pódio.

Tom Pryce ainda teria uma chance de tentar vencer na F1, de modo oficial, quatro meses mais tarde em Silverstone quando largou da pole. Mas ao contrário de Brands, ele acidentou-se na 21ª volta ficando de fora da corrida.

domingo, 4 de março de 2012

Foto 68: Plataforma


Kimi Raikkonen, ao volante, e Juan Pablo Montoya levam a Mclaren MP4/19 por um passeio em Nurburgring, à bordo do caminhão-plataforma que transportava os carros da marca durante as corridas de F1 e Carros Sport nos anos 50.

sábado, 3 de março de 2012

O sonho que virou realidade

Um garotinho dormindo com seu urso, sonha com a F1. No seu quarto, troféus do kart e miniaturas da Ferrari e Williams. Na parede do seu quarto, pôsters da batida Prost x Senna de 1989. Do outro lado, um pôster de Mansell e a nova sensação da F1, o alemão Michael Schumacher e do lado da sua cama um pôster de Jochen Rindt.
Ao acordar e ligar a TV, ele se deparada com cena de Schumi vencendo. O garoto fica impressionado e o copo de leite que segurara, cai. A vida do garoto já não era mais a mesma.
Pega o seu kart, vai para pista, vence corridas, campeonatos. Sobe para categorias menores, vence-as até chegar na Fórmula-1, o sonho de 8 de cada dez garotos que estão no automobilismo. Vence uma corrida em seu primeiro ano completo e dentro de três temporadas, já é bi-campeão.
Esta é a introdução do vídeo oficial da F1, que mostra belas imagens do que foi o campeonato de 2011 conquistada de modo magistral por aquele garoto que deixou cair o copo de leite. Seu nome: Sebastian Vettel.

quinta-feira, 1 de março de 2012

O novo desafio de Barrichello: A Indy

Há algumas semanas que os rumores que a Barrichello assinaria com alguma equipe da Indy já haviam tomado conta das redes sociais. Os testes que ele fez com a KV Racing em Sebring e em Sonoma deixava ainda mais claro que isto aconteceria mais cedo ou mais tarde até que hoje pela manhã, numa coletiva de imprensa, Rubens confirmou que correrá esta temporada pela KV junto de Tony Kanaan e Ernesto Viso formando um trio sul-americano. Mas Barrichello dará certo por aquelas bandas? Acredito que sim. Os mecânicos, engenheiros e Jimmy Vasser, dono da equipe KV, gostaram muito do trabalho realizado por Rubens durante estes testes. Para Vasser a experiência de Barrichello, adquirida por anos na F1 em desenvolver carros, será importantíssima uma vez que o deste ano é totalmente novo. E para o Rubens acredito que será importante começar em pé de igualdade nesse ponto, já que todos os pilotos ainda estão procurando achar as virtudes e defeitos do novo carro. E tendo Kanaan ao seu lado, as coisas tendem a serem mais fáceis. 
Outro piloto que fez o mesmo caminho é Stefan Johansson. Ele competiu na F1 de 1980 até 1991, passando por várias equipes como Spirit, Toleman, Ferrari e McLaren. Ao contrário de Rubens, Johansson nunca venceu um GP de F1 apesar de ter passado bem perto disso em Ímola, 1985, quando ficou sem combustível após uma exibição maravilhosa. Stefan saiu da F1 em 1991 por baixo e aportou na Indy em 92, quando foi o “Rookie of The Year”. Apesar de nunca ter vencido na Indy, Johansson obteve bons resultados e pilotou na CART nas fases antes e pós-cisão. 
 Em 2000 foi publicada uma entrevista de Johansson na revista “Fórmula 1 – 50 Anos Dourados” concedida ao jornalista britânico Mark Hughes, onde ele destacou vários aspectos entre a F1 e a CART. Destaquei alguns pontos e colocarei o meu ponto de vista sobre esta nova vida de Barrichello na Indy: 
Johansson pilotou por cinco temporadas na CART

Comparando F1 com a CART: 
“A F1 é extraordinária no sentido absoluto, mas em termos de competição a ChampCars (CART), definitivamente, está oferecendo um melhor espetáculo pois os carros ultrapassam uns aos outros na pista. Isso se deve, em parte, ao tipo de pista que nós corremos. Acho que até mesmo alguns dos melhores pilotos de F1 perderam o brilho com uma reação exagerada aos acidentes; é muito mais restrito acelerar e frear lá agora e em parte isso se deve aos carros. Os ChampCars estão providos de chassi com efeito solo e isto parece ajudar a não tornar tão impossível pegar o vácuo de alguém para fazer uma ultrapassagem.” “A estrutura também facilita o trabalho, diferentemente da F1. É mais descontraída, não tão regulamentada, tem muito menos bobagens. Acho que é por isso que as pessoas dizem que os pilotos são mais bem acessíveis que os da F1. Eu era acessível na F1, a menos que estivesse ocupado” 
Barrichello entrará numa competição mais viril, pesada, onde os carros andarão por mais tempo juntos e em qualquer vacilo você poderá despencar várias posições devido à forte pressão que o piloto de trás estará impondo. E esta primeira fala de Johansson, onde ele diz que os Indy oferecem uma melhor espetáculo que os F1, ainda é verdadeiro. Não digo que tenha provas chatas por lá, porque tem, mas o montante de bandeiras amarelas acompanhado de pace cars, deixa o piloto ainda mais ligado na prova. O ambiente mais sossegado da Indy é perfeito para estilo família que Rubens leva. Poderá desfilar tranquilamente com a família no paddock, tendo mais tempo para eles e os fãs que, com certeza, conquistará nesta incursão na América. 

Os carros: 
“Não há dúvida alguma de que um carro de F1 exige mais; é o supra-sumo. Tudo acontece de forma incrivelmente rápida, o carro é muito leve e tudo é muito ativo e você tem que estar atento o tempo todo. Claro que eu não pilotei a última safra de carros da F1 com os pneus estreitos com sulcos mas, com certeza, não parecem ser mais dóceis que os que pilotei – de fato, parecem ser mais difíceis de conduzir.” “Um ChampCar exige muita habilidade, especialmente agora com o pacote aerodinâmico que tem, mas você não enfrenta a reação rápida de um carro da F1 por ser muito mais pesado. Mas mesmo não sendo tão impetuoso quanto um carro da F1, é mais variado – você precisa de uma grande diversidade de habilidade.” 
Os 19 anos que Barrichello passou na F1, com as muitas transformações com as quais a categoria teve nesse período, tornam-o suficientemente gabaritado para entrar e adaptar-se rápido na Indy. Os bólidos americanos são mais pesados e “dóceis”, apesar deste novo chassi ter recebido critícas dos pilotos mais velhos, dizendo que ele é mais complicado de se pilotar. E, aparentemente, ele me pareceu bastante à vontade neste carro mesmo tendo dito durante o teste em Sonoma, que sentiu mais dificuldade que em Firebird. 

Os ovais: 
“Pilotar em uma pista oval é somente um dos aspectos. Há toda uma técnica diferente para isso, naturalmente, e uma curva de aprendizagem completamente separada. Você fica mais sintonizado na maneira como o carro se comporta e como reage às mudanças que faz, a um grau muito mais incremental do que faria em uma competição de pista variada; e naquelas velocidade da pistas ovais o que importa é o quanto você consegue ficar bem sintonizado com o carro – não tem nada a ver um piloto fazer algo inesperado e piorar ainda mais a situação. Em termos de velocidade, o carro tem que fazer todo o trabalho e a sua parte em termos de pilotagem está exclusivamente na corrida – em relação às manobras que pode realizar, onde pegar um vácuo, coisas deste tipo.” 
“O outro aspecto em relação a uma pista oval, naturalmente diz respeito à estratégia. Isto é diferente da F1 nos mínimos detalhes, inclusive na forma de pilotar. Em um carro de F1 de hoje em dia você pode desenvolver velocidades máximas por muito tempo – pode trocar pneus com muita freqüência; não há nenhuma preocupação em cuidar da caixa de mudanças – você mantém a velocidade de classificação o tempo todo e, apesar de haver uma estratégia de cronometragem de pit stops, não há nenhuma comparação com as variáveis envolvidas em uma prova de ChampCar, especialmente em pista oval.” 
“Senti de forma mais definitiva que, como piloto, havia acrescentado uma habilidade totalmente nova à minha maneira de pilotar em ovais. Isto me proporcionou uma compreensão mais completa ao passar das pistas de F1 para as ovais de uma milha, para circuitos de rua, para rodovias de alta velocidade, retornando o tempo todo” 
Lembro das palavras ditas por Chip Ganassi quando o novato Montoya o impressionou nos testes, ao dizer que ele teria que controlar o ímpeto do jovem colombiano nos ovas por serem perigosos. Ganassi tem razão. Pilotar em ovais não é tão fácil quanto parece. Para muito, em especial os leigos, é só pegar o carro, sair pra pista e mandar ver. Tem muito mais por trás disso que acelerar, acelerar e acelerar. Para os mestres em ovais o carro perfeito é aquele que tem que ser bom em andar bem no tráfego, que é uma constante durante as provas em ovais. A atenção com o carro ao lado também é vital. A Indy viu quanto que são perigosos os carros fazendo curvas lado a lado acima de 360 Km/h e encomendou à Dallara este novo chassi que tem as rodas protegidas. Este é um medo que tem a esposa de Barrichello, pelos inúmeros acidentes vistos nos últimos anos, mas segurança do novo carro talvez tenha deixado-a mais calma um pouco. Com relação a Rubens, ele mesmo já disse que não tem idéia de como acertar um carro para este tipo de pista. Vai valer muito a experiência de Tony para ajudá-lo nesta nova empreitada. E acredito que ele se adapte rapidamente a este novo estilo de condução. 

Mansell sentiu-se em casa quando pilotou na Indy em 93: Venceu em seu primeiro ano com folgas

Montoya venceu a CART em seu primeiro ano, sem sustos. Mas Ganassi tinha receio dele nos ovais, como ficou comprovado após o épico duelo com Michael Andretti em Michigan naquele
Os pilotos que saíram da F1 e foram para CART, e vice-versa e a possibilidade de um novato ganhar o campeonato no ano de estréia: 
“Acho que um bom piloto é um bom piloto. Ele vai se adaptar ao que for necessário. Se nem sempre isso aconteceu saindo daqui e indo para a F1, terá havido boas razões para isso. Eu acho que no caso de Alex, tendo observado a sua participação em provas algumas vezes em 1999, ele fica um pouco desesperado demais em fazer tudo corretamente. Precisa-se de muito pouco para alternar entre ter confiança de somar as boas voltas e cometer algumas falhas. Com os carros da maneira como são hoje, se você simplesmente tentar andar um pouco mais forte, sem o ajuste correto, pode perder o vértice por 30 centímetros e 3 ou 4 décimos já terão sido perdidos.” 
“Ele é um grande piloto (neste momento estão a falar sobre o desempenho de Montoya, que ganhara o campeonato de 1999 logo no seu primeiro ano na categoria), mas também tem muita, muita sorte por ter integrado uma equipe extremamente forte que oferecia muitas oportunidades, com ajustes que funcionaram em quase toda a parte. Ele possuía um talento incrível para pilotar e um tipo de confiança que vem com o talento que lhe permitia fazer algumas ultrapassagens fantásticas. E Jacques Villeneuve quase conquistou o título da F1 em seu ano de estréia.” 
Concordo com Johansson quando ele diz que um piloto bom é um piloto bom e que adaptará ao que for necessário. Rubens é um bom piloto, esforçado e muito comprometido com seu trabalho. Tem um ritmo cadenciado que lhe permite conservar bem os componentes do carro e o principal: comete pouquíssimos erros e por isso, gostaria de vê-lo no Mundial de Endurance. Para um campeonato como a Indy, que perder um mísero ponto poderá fazer falta no final devido à alta competitividade, Rubens tem uma boa chance de conseguir resultados excelentes neste seu primeiro ano. 
Mas peço calma aos que querem compará-lo ao Mansell que chegou e foi campeão logo no primeiro ano, em 1993: A KV ainda é uma equipe nova, que obteve bons resultados ano passado pelas mãos de Tony Kanaan, que deve melhorar este ano, mas que não acredito estar ainda no mesmo nível que uma Ganassi e uma Penske. Naquela época em Nigel chegou e ganhou, ele correu pela segunda melhor equipe da CART que era a Newmann-Haas. Portanto ele teve toda uma estrutura que já havia sido campeã no passado e que estava na briga pelo título em todos os anos. Montoya também teve uma equipe multi vencedora que era a Chip-Ganassi, em 99, que facilitou a sua vida. 
 Esperar que Barrichello vença corridas ainda este ano, até acredito que venha acontecer pelo fato da equipe estar numa linha crescente, mas para o título creio que está um pouco longe.

4 Horas de Goiânia - Uma estreia e tanto para Renan Guerra e Marco Pisani

Um inicio promissor: Marco Pisani/ Renan Guerra vencendo na estreia deles com Ligier e na classe P1 (Foto: Bruno Terena) O autódromo de Goiâ...