terça-feira, 31 de julho de 2012

Vídeo: As 24 Horas de Spa 2012

Pista seca, um aguaceiro ao anoitecer, duelos, acidentes e a vitória do trio do Audi R8 Ultra formado por Andrea Piccini/ Rene Rast/ Frank Stippler, que partiu do 29º lugar e que não estava entre os favoritos. Assim foi um pouco da história desta edição das 24 Horas de Spa-Francorchamps disputada no último fim de semana. Abaixo fica o Highlights da corrida.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Foto 106: O outro filme de Steve McQueen

McQueen ao volante do Lotus 30: Filme engavetado
(Foto: Nigel Smuckatelli)

O destino dos filmes de competição, iniciado com a obra prima de John Frankenheimer lançado em 1966 "Grand Prix", poderia ter tido outro caminho, mas pelas mãos de Steve McQueen que esteve à frente de uma obscura produção na metade dos anos 60 e que deveria chamar-se "Day Of The Champion".
A foto que encabeça este post é de Nigel Smuckatelli, que conta, também, uma breve história desse que deveria ter sido o primeiro filme provas de Grand Prix que se tinha notícia:
"Steve McQueen teve a ideia de fazer um filme sobre as corridas de Grande Prêmio e que seria chamado de "Dia do Campeão" com a produção do filme pela MGM. Steve até fez alguns trabalhos usando uma câmera de carro da Lotus (veja a foto). Na verdade, é Steve dirigindo o carro com algum idiota corajoso trabalhando na câmera. Infelizmente para Steve John Frankenheimer iniciou a produção de seu filme chamado "Grand Prix" e eles escalaram o bom amigo de Steve, James Garner, como o protagonista. Como resultado, o Dia do Campeão foi colocado na prateleira e Steve ficou tão bravo que não falou com James Garner por dois anos."
Enquanto que "Grand Prix" foi um baita sucesso, McQueen teve que esperar por mais cinco anos até que conseguisse estrear a sua jóia, as "24 Horas de Le Mans", em 1971.

GP da Hungria: Hamilton fulgurante

A segunda vitória de Lewis no campeonato
(Foto: Reuters)
Hamilton voltou a sorrir após um breve momento negro, onde sua Mclaren esteve em baixa e tinha em seu encalço os Lotus de Raikkonen e Grosjean. A prova húngara, por coincidência, foi um duelo à parte entre a Mclaren do britânico e as duas Lotus.
Hungaroring, que abriu a segunda metade do Mundial, foi o palco da prova mais chata do campeonato até aqui e nem mesmo o advento do DRS e os pneus de farinha da Pirelli foram páreo para fazer desta prova, ao menos, interessante. Grosjean e Raikkonen, em momentos distintos da corrida, perseguiram Lewis de perto ameaçando a liderança do britânico. Após a primeira rodada de pit stops, Romain parecia que iria buscar e ultrapassar Lewis em algum momento da prova, mas isso não veio por causa da sua impetuosidade na condução do Lotus. Os seus erros, pequenos, como uma breve saída de traseira na chicane ou um escapada para fora dos limites da zebra na curva 11, aliados a um deterioramento precoce dos pneus macios, limaram a possibilidade de tentar uma ultrapassagem sobre Lewis. Sobre o inglês, ficou evidente que ele poupou bem a borracha nessa corrida. Apesar da aproximação perigosa de Grosjean, ele estava pronto para responder aos ataques e abrir uma pequena diferença no último setor que o deixaria mais confortável na reta dos boxes, local onde foi permitido o uso do DRS.
Essa mesma artimanha foi usada contra Raikkonen, que havia colocado pneus médios na última parada de boxa e teria borracha mais nova que Lewis nas últimas voltas. Apesar de Kimi ter tirado uma diferença de mais de três segundos, a distância entre eles nunca foi inferior à 0.4 segundos, o que daria ao finlandês a chance de tentar ultrapassagem na final da reta. Hamilton fez o mesmo trabalho de antes, quando enfrentou Grosjean e abria diferença, pequena, no segundo setor e se segurava nos demais. Ou seja, a corrida que Lewis apresentou em Hungaroring foi sensacional e mostrou que, às vezes, ele sabe poupar pneus apesar disso ser uma coisa extremamente rara em sua pilotagem.
Alonso também saiu sorrindo da Hungria. Conseguiu ampliar a sua vantagem para 40 pontos sobre Webber e entra nestas últimas nove corridas da temporada trabalhando para aumentar essa vantagem que, segundo o próprio, ainda não é o suficiente para garantir o título. A prova da Ferrari foi mediana numa pista que, particularmente, achava que eles poderiam ir bem. Alonso fez um sétimo tempo e conseguiu salvar um quinto lugar quando mais parecia que Webber seria o dono dessa posição, até que precisou fazer mais um pit stop e ficar encaixotado na Williams de Bruno, que fez um belo trabalho na prova húngara ao fazer todo o certame entre os dez primeiros. Massa esteve sempre uma posição abaixo que o seu compatriota e não teve uma tarde tão interessante assim, e vê, com mais força, outros nomes aparecendo para ocupar o seu lugar em 2013.
A pausa que a F1 fará neste próximo mês de agosto, será crucial para o restante do campeonato. Serão sequências de provas feitas em "Full Throtlle", sem muito tempo de melhorias por parte das equipes. Spa é a próxima parada, lugar onde Raikkonen se sente muito à vontade e que Hamilton é brilhante e onde Alonso pode tirar mais um pouco da sua horrenda Ferrari. Ah, e os Red Bulls estarão no páreo, claro. Spa será sensacional.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Pilotos Olímpicos

Semana de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres, o 30º da era moderna. E deixo com vocês um texto, publicado originalmente no blog Surto Olímpico, sobre os pilotos que estiveram nos Jogos Olímpicos de Verão e Inverno. 

Antes, durante ou depois de suas carreiras no automobilismo, em especial a Fórmula-1, estes pilotos tiveram outras atividades relacionadas com o maior evento esportivo do planeta: as Olimpíadas. Independentemente se fosse nos eventos de verão ou inverno, a velocidade esteve presente em suas atividades na festa maior do esporte. Portanto fique à vontade para conferir quem são e como foram suas participações:

Príncipe Bira – A sua carreira no automobilismo já era bem sucedida (tendo conquistado bons resultados na era dos Grand Prix e na F1) quando ele encerrou-a em 1955 após uma vitória no GP da Nova Zelândia. Quando voltou ao seu país natal, (Tailândia) passou a dedicar-se a outros hobbies e no período de 1956 ele foi convocado a representar a sua nação na Classe Star da Vela nas Olimpíadas de Melbourne. Em dupla com o compatriota Luang Pradiyat Navayudh, a sua participação não passou de um 12º lugar na classificação geral. Nos Jogos de Roma, 1960, ele voltou a competir na Classe Star, mas agora com a compania de Boonpuen Chomvith eles viriam a terminar na 19º posição de um total de 26 barcos. Para as Olimpíadas de Tóquio, em 1966, Bira continuou nas Velas, mas mudou para a Classe Dragão. Competindo com o barco “Linglom” e tendo como tripulantes a sua esposa Cheryl Heycock e Prateep Aeerob, o desempenho foi pífio: conseguiram apenas a 22ª colocação chegando à frente, apenas, do barco jamaicano. Em 72, nos Jogos de Munique, ele continou na Classe Dragão formando trio com a sua esposa e Paitane Chulgatupe tripulando o barco “Tempest”. Nessa mesma competição onde os Princípes da Espanha e Noruega participaram, Bira não teve melhor sorte e encerrou a disputa na 21ª colocação. Com fim do seu ciclo olímpico, o Princípe Tailandês ainda continou a competir no iatismo e em 1978, no Mundial de Iatismo, levou o título na Classe Fireball. Princípe Bira viria morrer em Londres, na véspera do Natal de 1985, mas os seus feitos no automobilismo e iatismo não foram esquecidos: o Circuito Internacional Bira, situado em Pattaya, foi inaugurado em 85 e o Bira Regatta Memorial foi criado em 1990.

Divina Galica – A inglesa que competiu na F1 nos anos 70, ficando mais conhecida por ter usado o famigerado número 13 nas corridas do que pelo seu desempenho, iniciou a sua vida esportiva através do esqui. Isso a levou a competir pela primeira vez nas Olímpiadas de Inverno de 1964, disputada na cidade austríaca de Insbruck. Essa edição dos jogos ficou marcada pelo fato de, exatamente na época do evento, a neve ter derretido e isso levou as autoridades locais a pedirem para o exército transportar neve e gelo para os locais das provas. Divina competiu no Slalom Gigante, onde obteve a 23ª posição. Em 1968, após um bom desempenho na Copa do Mundo de Downhill, onde conseguira a terceira colocação, a atleta inglesa partiu para os Jogos de Inverno de Grenoble (França) com esperança de conseguir repetir, ou até melhorar, o seu feito. Mas a sua apresentação foi apática e ela fechou em 32ª na geral. No Slalom teve melhor performance, ao conseguir terminar na oitava posição. No ano de 1972, nos Jogos de Sapporo, ainda pelo Slalom, conseguiu a sua melhor colocação ao terminar em sétimo. Dois anos depois ela partiu para as competições automobilísticas, onde se manteve atuando até 1990. Nas Olímpiadas de Barcelona, em 1992, ela retornou ao esqui participando de um evento de demonstração onde obteve a 19ª colocação entre 20 participantes. Em 1993, durante um torneio, ela atingiu a marca de 200,669 Km/h juntando-se, assim, à um grupo de 25 mulheres que conseguiram quebrar a barreira de 200 Km/h.
 Galica durante as Olímpiadas de Inverno de 1972, disputado na cidade japonesa de Sapporo.


Roberto Mieres – Filho de família rica, este argentino praticou vários esportes (como tênis, rugby e remo) antes de iniciar a sua vida automobilística em 1948. Após uma carreira de bons resultados correndo na Europa com seus compatriotas Fangio e Froilan Gonzalez, Mieres deixou o mundo das corridas em 1958 e começou a competir no iatismo. Classificou-se para as Olimpíadas de Roma de 1960 para competir na Classe Star. Nesta mesma prova, ele competiu com o ex-piloto e seu contemporâneo de F1, Príncipe Bira. Mieres conseguiu a 17ª colocação, duas posições à frente do tailandês. Foi a única participação dele em Olimpíadas.

Bernardus Pon – Após uma rápida aparição na F1, que durou apenas três voltas no GP da Holanda de 1961 quando voou para fora da pista com a sua Porsche, Bernardus Pon decidiu nunca mais correr de monopostos. Ele continuou no automobilismo, mas nas corridas de carros Sport onde conseguiu boas marcas. Em 1972, nos Jogos de Munique, Pon fez parte da equipe holandesa de tiro ao prato, junto com Eric Swinkels. O resultado de ambos na modalidade foi gritante: Bernardus conseguiu a 31ª colocação e Swinkels fechou em 35º. Swinkels teve sorte melhor quatro anos depois, quando foi medalha de prata em Montreal competindo na mesma modalidade. Bernardus Pon deixou de vez a vida no esporte, dedicando-se à distribuição de vinhos que leva o seu nome.

Alfonso de Portago – O famoso piloto espanhol teve bons desempenhos em vários esportes: natação, pólo de campo, esgrima e steeplechaser (corrida de obstáculos com cavalo). Neste último, ele conseguiu um título francês e competiu no Grand National, disputado no hipódromo de Aintree. Apesar de uma boa carreira no automobilismo, iniciada em 1953 quando correu a Carrera Panamericana, de Portago teve tempo para competir nos Jogos de Inverno de 1956 disputado em Cortina D’Ampezo, na Itália. Esta competição deveria ter sido realizada em 1944 nesta mesma cidade, mas por conta da Segunda Guerra Mundial, o evento não pode ser realizado. De Portago, junto de Vicente Sartorius y Cabeza de Vaca, Marqués de Mariño, Gonzalo Taboada e Luis Muñoz formaram a primeira equipe espanhola de Bobsleigh para competir. Os resultados foram bons, por sinal: no Bobsleigh de dupla, formado com Marqués de Mariño, De Portago ficou muito próximo de uma medalha de bronze quando terminou em quarto lugar, à 0.16 segundos do terceiro colocado. No quarteto do Bobsleigh, eles fecharam em nono. Após esta experiência, Alfonso voltou-se para o automobilismo, sua grande paixão. Um ano depois, ele encontraria a morte durante as Mille Miglia.
 De Portago e Mariño em Cortina D'Ampezo, 1956. Chegaram perto do bronze no Bobsleigh


Robin Widdows – Este inglês participou de duas Olímpiadas de Inverno, competindo no Bobsleigh. Em 1964, em Insbruck, ele fez parte do quarteto britânico dirigido por William McCowen. Eles terminaram a competição na 13ª colocação. Neste mesmo ano, Robin teve a sua primeira aparição no automobilismo e em 1966, já competia na F-3. Já em 1968, nas Olímpiadas de Grenoble, Widdows voltou à competir no Bobsleigh para quatro pessoas e sob o comando de Tony Nash, obtiveram a oitava posição na geral. Depois dessa experiêcia no Bobsleigh, Widdows foi convidado pelo Team Cooper para disputar o GP da Grã-Bretanha daquele ano em Brands-Hatch. Depois de ter largado na 18ª posição, a sua corrida durou apenas 34 voltas, quando teve uma falha na ingnição. Foi a sua única participação na F1.
 A equipe Britânica que competiu nos Jogos de Inverno de Insbruck, 1964

Outro piloto também teve uma oportunidade de ir à uma Olímpiada. Jackie Stewart, antes de começar a sua brilhante carreira no automobilismo, foi campeão britânico de tiro ao prato em 1957 e em 1960 tentou uma vaga na equipe britânica da modalidade que disputaria os Jogos de Roma. Ele não conseguiu qualificação e a partir daquele ano ingressou no mundo das corridas. No vídeo clipe “Faster” de George Harrison, Stewart aparece rapidamente em duas imagens onde ele pratica este esporte.
Atualmente é Alex Zanardi que está se preparando para as Paraolímpiadas de Londres. O piloto italiano, que perdeu as pernas em um acidente na pista de Lauzitzring em 2001, foi campeão italiano, vice-campeão mundial e recentemente ganhou a maratona da Nova York, todas na modalidade hand cycling.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Foto 105: Giorgio Scarlatti, Pescara 1957

Giorgio Scarlatti, com uma Maserati 250F: terminou em 6º

Dos 16 carros que largaram para a prova de Pescara, disputada em 1957, dez eram de Maseratis 250F. Mas apesar do contingente alto que a marca teve neste GP,  aprova foi vencida por um carro inglês: Stirling Moss levou o Vanwall à vitória após duelar com Fangio pelas 18 voltas no mais longo circuito da história da F1, com os seus 25.679 Km. Harry Schell, também com Maserati, foi o terceiro.

Giorgio Scarlatti por muito pouco não terminou nos pontos, perdendo o quinto lugar para Stewart Lewis-Evans. O seu único ponto na categoria viria semanas depois, quando terminou em quinto no GP da Itália ao dividir o comando do Maserati com Harry Schell. 

Pelo baixo custo - em termos de compra, locação e manutenção - o 250F foi o carro mais requisitado da última metade do anos 50 até o início dos 60.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Volta Rápida, 3 Anos

A Ferrari subindo a Eau Rouge, em 1990: foi a primeira capa do blog
Perto de completar 80.000 mil pageviews, o blog chega ao seus três anos de existência hoje neste dia 23 de julho. Foi a porta de entrada para que eu, um doente por corridas de carros, pudesse compartilhar um pouco do que eu aprendi nestes últimos anos e também aprender, e muito, com pessoas que escrevem em grandes portais do automobilismo e também em blogs magistrais sobre o assunto.
O mais legal de tudo isso, são as amizades que fiz através do blog, com pessoas sensacionais do calibre do Paulo Alexandre Teixeira, Ron Groo, Humberto Corradi, Marcos Antonio, Regys Silva, Diego Trindade entre outros tantos que passam por aqui comentando ou apenas visitando, lendo meus devaneios. Parceiros de bandeiradas, que apoiaram o projeto do blog, como GPto e José Claudio Baldassin, meu grande abraço, assim como também os camaradas André Peragine e o meu xará, Paulo Roberto Giglio e toda a galera da Speed Fever da qual faço parte desde 2002 que sempre passa por aqui, meu muito obrigado.
Dedicação não irá faltar, podem crer! Abraços!

domingo, 22 de julho de 2012

GP da Alemanha - Corrida - 10ª Etapa

A imagem que mais foi vista pelos adversários hoje, em Hockenheim: Alonso
caminha para a sua terceira vitória no ano.
(Foto: Getty Images)
Parecia um filme repetido do que acontecera na prova de Silverstone: Alonso liderando desde o início, após uma bela pole conquista sob chuva e trocando para os pneus médios na sua última parada. Atrás dele Sebastian Vettel, que já o perseguia desde a largada, apenas cozinhando o galo e esperando por um desgaste prematuro dos pneus do Ferrari. Mas Button apareceu e suplantou o piloto alemão, que havia tido um certo atraso com Hamilton voltas atrás, quando este o ultrapassou recuperando uma volta. Foi o suficiente para que Jenson parasse um volta antes e conseguisse passá-lo quando Sebastian saía do seu último pit-stop. Faltavam, naquele momento, 26 voltas para o fim e apreensão era saber se Fernando ageuantaria com aqueles pneus.
Silverstone tinha sido um duro golpe. Os pneus moles foram colocados há 14 voltas do fim e em poucas passagens, Alonso não tinha mais borracha permitindo com que Webber chegasse e o passasse faltando quatro para o término. Agora, em Hockenheim, faltando 26 voltas com pneus médios, as coisas poderiam ser piores até mesmo parecer com a com a corrida do Canadá, quando despencou de primeiro para quinto. Mas foi diferente: o desempenho do Ferrari caiu por algumas voltas, tanto que Jenson chegou a encostar em Fernando ficando apenas 0.4 segundos em algumas voltas, mas nunca tentando nenhuma manobra de ultrapassagem. Isso custou caro à Button, que desgastou os pneus do seu Mclaren permitindo que Vettel se aproximasse e conseguisse a ultrapassagem faltando três voltas para o fim. Alonso já se encontrava bem a frente, com mais de três segundos de vantagem sobre o piloto alemão levando sua Ferrari à terceira conquista no ano.
Fernando esteve constante a prova inteira, do mesmo modo que tinha sido em Silverstone, porém os pneus ainda eram uma incógnita. Quando fez a sua primeira parada, colocando trocando os macios pelos médios, ele havia ganho uma diferença confortável de mais de 5 segundos sobre Vettel, quando este fez a sua parada de box. Porém, em poucas voltas, Sebastian tinha diminuído a diferença para apenas um segundo, tendo oscilações entre 0.5 e 1.2 segundos e por aí foi até a segunda parada de ambos. A Ferrari, aparentemente, apresentou uma curva de rendimento deste pneu médio que parece cair no início da sua vida útil - algo em torno de 6 voltas - e voltando ao normal após essa série. É apenas uma suposição, mas vale lembrar que Alonso sabe muito bem como poupar pneus, apesar de que nessa corrida, devido o fato de estar sempre com alguém próximo, não parece ter aliviado muito o acelerador.
Essa terceira vitória de Alonso quebra, com vontade, a sequência sensacional de vitórias compartilhadas dessa temporada e mostra que o espanhol está brilhante. Faltou pouco para vencer no Canadá, levou em Valência, passou perto de vencer em Silverstone e venceu em Hockenheim. A punição (discutível) de Vettel que o relegou à quinta colocação, facilitou ainda mais sua vida. A próxima etapa é em Hungaroring, local onde venceu pela primeira vez na F1 nove anos atrás e onde fez uma pilotagem memorável em 2006.
Para o desespero dos rivais, Alonso é favorito em Budapest.
Alonso saiu bem da sua pole, não dando chances a um ataque de Vettel
(Foto: AP)

Massa e Bruno tiveram problemas na largada, perdendo a asa dianteira de seus
respectivos carros. Caíram para o fim do pelotão, recuperaram e fecharam em 12º e 17º.
(Foto: Reuters)

Vettel lutou como pôde para vencer pela primeira vez em casa, mas acabou fechando em segundo
após bela ultrapassagem sobre Button. Horas depois levaria uma punição de 20 segundos por
ter usado a área de escape naquela manobra. Despencou para quinto.
(Foto: Getty Images/Brasil)

As melhoras no carro da Mclaren paracem ter surtido efeito e Button, enfim, retornou ao pódio
após longo período.
(Foto: Reuters)

O festejo no pódio entre os campeões
(Foto: Reuters)

Resultado Final
Grande Prêmio da Alemanha
Circuito de Hockenheim - 10ª Etapa
67 Voltas - 22/07/2012


1º - Fernando Alonso (ESP) Ferrari - 1h31min05s862
2º - Jenson Button (GBR) McLaren-Mercedes - a 6s949
3º - Kimi Raikkonen (FIN) Lotus-Renault - a 16s409
4º - Kamui Kobayashi (JAP) Sauber-Ferrari - a 21s925
5º - Sebastian Vettel (ALE) Red Bull-Renault - a 3s732 (punido)
6º - Sergio Perez (MEX) Sauber-Ferrari - a 27s896
7º - Michael Schumacher (ALE) Mercedes - a 28s960
8º - Mark Webber (AUS) Red Bull-Renault - a 46s900
9º - Nico Hulkenberg (ALE) Force India-Mercedes - a 48s100
10º - Nico Rosberg (ALE) Mercedes - a 48s800
11º - Paul di Resta (GBR) Force India-Mercedes - a 59s200
12º - Felipe Massa (BRA) Ferrari - a 1min11s400
13º - Daniel Ricciardo (AUS) Toro Rosso-Ferrari - a 1min16s800
14º - Jean-Eric Vergne (FRA) Toro Rosso-Ferrari - a 1min16s900
15º - Pastor Maldonado (VEN) Williams-Renault - a uma volta
16º - Vitaly Petrov (RUS) Caterham-Renault - a uma volta
17º - Bruno Senna (BRA) Williams-Renault - a uma volta
18º - Romain Grosjean (FRA) Lotus-Renault - a uma volta
19º - Heikki Kovalainen (FIN) Caterham-Renault - a duas voltas
20º - Charles Pic (FRA) Marussia-Cosworth - a duas voltas
21º - Pedro de la Rosa (ESP) HRT-Cosworth - a três voltas
22º - Timo Glock (ALE) Marussia-Cosworth - a três voltas
23º - Narain Karthikeyan (IND) HRT-Cosworth - a três voltas
 
Não completou
Lewis Hamilton (GBR) McLaren-Mercedes - a nove voltas/mecânico

Foto 1039 - Bernd Rosemeyer, Roosevelt Raceway 1937

  (Foto: Adam Gawliczek)  Um momento de descontração antes do embate dos europeus vs americanos pela 13ª edição da Vanderbilt Cup, realizada...