domingo, 30 de setembro de 2012

Vídeo: GP da Itália, 1989

Décima segunda etapa do campeonato de 1989, o Autódromo Nacional de Monza abrigava mais uma vez o GP da Itália. Ayrton foi o pole (1'23''720), seguido por Gerhard Berger, Nigel Mansell e Alain Prost, que venceria a corrida. Berger e Boutsen completaram o pódio.
Senna abandonou na volta 44 com motor estourado; Piquet saiu na volta 23; Gugelmin abandonou na 14ª passagem e Roberto Pupo Moreno não passou da pré-qualificação.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Foto 118: A quase vitória de Mcqueen/ Revson em Sebring, 1970

Andretti ultrapassando o Porsche de Mcqueen/ Revson em um momento das 12 Horas de Sebring.
(Foto: Louis Galanos)


A maioria que entende um pouco sobre corridas e conhece, também, a carreira de Steve Mcqueen, sabe o quanto que o falecido ator/diretor de filmes era apaixonado por corridas de carros. Tanto que ele produziu a obra prima "Le Mans" em 1971 e esteve no comando de uma produção que não vingou de um filme sobre corridas na metade dos anos sessenta, que retratei aqui.

E a sua paixão não era limitada apenas em ter belos e poderosos carros de corrida, mas sim em competir também. Em 1970, nas 12 Horas de Sebring, ele esteve bem perto de uma vitória.

Ele havia comprado uma Porsche 908 e dicidiu competir na famosa prova do estado da Flórida. Naquela ocasião ele dividiu o volante do carro com seu conterrâneo Peter Revson, mas, naturalmente por ser uma equipe particular, eles sabiam que não tinham chance alguma de vencer a corrida pelo fato de enfrentarem equipes de fábrica como a Ferrari, Ford e Porsche, com seus míticos 917K.

O grid de largada mostrava o Porsche 908 #48 numa boa 15ª colocação. A pole tinha ficado com a dupla Arturo Merzario/ Mario Andretti na bela Ferrari 512S Spyder #19, seguido pelas Porsches 917K da J.W. Engineering (Jo Siffert/ Brian Redman/ Leo Kinnunen) e Porsche Audi (Vic Elford/ Kurt Ahrens Jr.).

Enquanto a prova foi se desenrolando, os carros foram quebrando ou tendo problemas e com isso, Mcqueen/ Revson foram subindo de posições até se encontrarem numa bela segunda posição. Isso já era um lucro por tratar-se de uma equipe privada. Mas faltando 21 voltas para o fim, a Ferrari #19 de Merzario/ Andretti, com Mario no volante, apresentou problemas de câmbio e foi forçada a abandonar. Desse modo, o Porsche branco de Mcqueen/ Revson assumiu a liderança.

A Porsche triunfaria a corrida de Sebring, mas Ferrari virou o jogo. Minutos depois de Andretti encostar seu carro nos boxes, eles ordenaram para que o ítalo-americano voltasse para pista. O Ferrari #21, conduzido por Ignazio Giunti/ Ninno Vaccarella estava em segundo, não tão longe da Porsche, e vendo que eles tinham muito mais potência que o carro de Stuttgart ( a Ferrari tinha um V12 de 4.998cc contra o V8 de 2.997cc) entregaram o carro para Mario e ordenaram para que pilotasse tudo que podia. E assim foi feito, com Andretti a fazer uma corrida brilhante e ultrapassando uma indefesa Porsche faltando duas voltas para o fim. A diferença no final foi de mais de 22 segundos da Ferrari para o Porsche.

Algum tempo depois, Andretti explicou de onde tirou fôlego para aquela perseguição: "Eu me lembro que estavam anunciando' Steven McQueen! Steve McQueen! Steve McQueen! ". " Eles nunca mencionaram Revson, Revson. E foi ele quem fez a maior parte da corrida, porque Steve tinha um pé quebrado. Revson estava fazendo um trabalho fenomenal, obviamente, mas ele nunca foi mencionado. Então, aquilo me motivou um pouco."

Como bem disse Mario Andretti, Mcqueen não pôde fazer a corrida em grande parte por ter um pé quebrado devido um acidente de moto. E o Porsche 908 que quase venceu as 12 Horas de Sebring, foi usado como camera-car nas 24 Horas de Le Mans daquele ano.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Foto 117: A bagunça do Hexa

Tinha apenas ouvido falar sobre a bagunça e bebedeira que rolou na festa do hexa-campeonato de Michael Schumacher, conquistado em Suzuka 2003. E de fato, foi uma comemoração e tanto.

GP de Cingapura - O contra-ataque de Vettel



Vettel está com 29 pontos de desvatntagem para Alonso no campeonato. Mas tanto ele, quanto
Alonso, terão trabalho em alcançar a Mclaren nas provas restantes deste mundial.
(Foto: Paul Gilham/Getty Images)

A julgar pela pole de sábado e seu desempenho durante a corrida em Marina Bay, estava quase certo que Lewis Hamilton poderia sair do GP cingapuriano colado em Fernando Alonso no campeonato. Por outro lado a sua possível conquista ainda teria que passar pela prova de fogo que estava se desenhando após a primeira parada de box: Vettel estava próximo dele, muito mais do que antes. A diferença entre eles estava oscilando entre um a dois segundos e isso indicava que o piloto da McLaren teria, em breve, alguns problemas em segurar os ataques de Sebastian que vinha virando voltas melhores que o inglês. Mas mesmo com uma batalha sendo prevista para as voltas seguintes, os dois estavam em boas situações, afinal Alonso encontrava-se na quarta colocação encaixotado em Maldonado sem conseguir nenhuma manobra de ultrapassagem. E caso terminasse assim, a diferença de Hamilton e Vettel para Fernando, cairia bastante. Um resultado animador até aquele momento.
Mas o problema de câmbio que tirou Lewis surpreendentemente da prova de Cingapura, deu à Vettel a chance de vencê-la e retornar com força na luta pelo título. Aquele abandono forçado em Monza, quando estava em quarto, talvez tenha colocado muitas dúvidas na cabeça do bi-campeão do mundo e a vitória em Marina Bay, após duas horas quase que intermináveis, o colocou de volta na disputa. Alonso também tem o que comemorar: não era um fim de semana para grandes aspirações para ele. Carro pouco competitivo – apesar de ter apresentado bom rendimento nos treinos livres, caindo apenas na classificação – que o forçou a apresentar uma performance cadenciada devido o alto desgaste dos pneus, principalmente traseiros, do seu Ferrari. Não foi à toa que em determinadas voltas, Fernando tomasse quase que meio segundo nos tempos em relação à Pastor Maldonado e Paul Di Resta e em outras, andar próximo das marcas alcançadas por Hamilton e Sebastian. Ele arriscou em não tentar uma terceira troca de pneus e foi salvo pelas duas entradas do Safety Car. Quanto à Hamilton, ele parecia feliz com o carro, mas a quebra foi um golpe duro. Ele venceria a corrida, mas discordo dele quando disse que “seria a mais fácil”. Vettel estava com tempos de volta muito parecidos com o dele e quando abandonou o alemão já estava na sua cola. A batalha seria uma questão de tempo e Lewis teria muito trabalho. Mas o rádio da equipe falando que fizeram de tudo, quando ele abandonou, indica que já estava com algum problema.
Já sobre a corrida, foi nada de especial. Alguns duelos interessantes no meio do pelotão quebraram o sono dessa prova, mas não o suficiente para animar a noite em Marina Bay. Aliás, o tempo de duração dessa prova tinha que ser revista: além de ser castigante para os pilotos, devido à alta umidade, para o público também se torna cansativa. Qualquer entrada do SC nessa prova altera o tempo de duração que, com andamento normal, já chega a quase 1h50. Umas cinqüenta o cinqüenta e cinco voltas, já estaria bom. Não é à toa que a chamei de “As 2 Horas de Marina Bay”.
Agora faltando seis provas para o fim, Alonso ainda tem a corrida de Suzuka para ficar na liderança do mundial, já que está com 29 pontos de avanço sobre Vettel. A sua salvação é que a Ferrari, pelo que apresentou em pistas com mais velocidade, tem se saído bem. Foi assim que obteve os pódios em Silverstone, Hockenheim e Monza. Mas terá que batalhar e contar com a sorte contra uma McLaren que tem feito provas sensacionais nessa segunda parte do campeonato, cravando três vitórias consecutivas e quatro poles. E Vettel também poderá enfrentar problemas com um Red Bull que tem sido pouco competitivo em pistas que tem longas retas. Mas vale lembrar que em 2010, nessa altura do campeonato, é que ele começou a sua arrancada rumo ao primeiro título.


sábado, 22 de setembro de 2012

O tributo da BBC à Sid Watkins

E a BBC fez um belo tributo à memória de Sid Watkins, que faleceu na semana passado aos 84 anos e que dedicou 26 deles a F1, transformando-a mais segura e deixando de lado o dias de carnificina que marcou boa parte da categoria nestes suas seis décadas de existência.

GP de Cingapura – Classificação – 14ª Etapa

(Foto: Getty Images)
Vettel parecia decidido que poderia marcar uma pole em Cingapura. Havia sido o melhor nos três treinos realizados até ali, mas sabia que não seria tão fácil afinal a presença de Hamilton sempre foi constante. E ainda teria Jenson Button e Alonso no seu encalço. Mas nada disso aconteceu: Vettel fez uma boa volta, nada excepcional, e lhe rendeu o terceiro lugar. Hamilton, sim, estava num nível acima e pareceu que escondera tudo para o treino classificatório: marcou uma pole com mais de 0’’5 de vantagem sobre... Maldonado, que foi a grande estrela do dia ao levar a sua Williams a primeira fila.
Os rivais de Hamilton, além de Vettel que marcou o terceiro tempo, aparecem dentro dos sete primeiros: Button é quarto; Alonso marcou o quinto tempo e Webber está em sétimo. Raikkonen aparece apenas em 11º, mas talvez tenha sacrificado o Q3 a fim de reservar um jogo de pneus para amanhã. Ele fez apenas uma volta rápida no início do Q2 que, no momento, lhe deu a primeira colocação. E depois disso, não entrou mais na pista.
Fernando Alonso é quem saiu no lucro, pois não acreditavam muito que ele pudesse colocar seu Ferrari entre os primeiros. E não só colocou seu carro em quinto, como a fez com pneus super macios usados. Sem dúvida uma volta de respeito por parte do piloto espanhol e um pódio amanhã é possível.  
Massa e Bruno ficaram na Q2: enquanto que Felipe conseguiu apenas o 13º tempo, Bruno bateu quando estava na sua volta veloz, danificando a suspensão do seu Williams. Com isso ele largaria na 17ª colocação, mas com a troca de câmbio, perderá cinco posições e largará em 22º. Corrida sofrível para os dois.
Apesar de o treino ter sido fraco, a corrida pode até ter alguma diversão para o público. Os pneus super macios se degradam rapidamente e boa parte dos caras do Top dez está com esse composto. É bem provável que tenhamos troca de pneus com menos de dez voltas de corrida e durante todo o certame os desempenhos vão variar muito devido a esse desgaste. Aposta para amanhã? Pela performance apresentada, sem dúvida que é em Hamilton, mas a sua largada será tensa por ter ao seu lado Maldonado que sempre lhe causa problemas. E o venezuelano, que tantas vezes já fora advertido neste ano, disse que não mudará seu jeito de pilotagem por isso. E ainda temos a volta de Grosjean, que sairá em sexto.
Cingapura será pequena para eles.

Grid de Largada - GP de Cingapura - 14ª Etapa



1. Lewis Hamilton (GBR/McLaren) - 1min46s362
2. Pastor Maldonado (VEN/Williams) - 1min46s804
3. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 1min46s905
4. Jenson Button (GBR/McLaren) - 1min46s939
5. Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1min47s216
6. Paul di Resta (GBR/Force India) - 1min47s241
7. Mark Webber (AUS/Red Bull) - 1min47s475
8.
Romain Grosjean (FRA/Lotus) - 1min47s778
9. Michael Schumacehr (ALE/Mercedes) - sem tempo
10. Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - sem tempo
11. Niko Hulkenberg (ALE/Force India) - 1min47s975
12. Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) - 1min48s261
13. Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1min48s344
14. Sergio Perez (MEX/Sauber) - 1min48s505
15. Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso) - 1min48s774
16. Jean Eric-Vergne (FRA/Toro Rosso) - 1min48s489
17. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - 1min49s993
18. Vitaly Petrov (RUS/Caterham) - 1min50s846
19. Heiki Kovalainen (FIN/Caterham) - 1min51s317
20. Timo Glock (ALE/Marussia) - 1min51s370
21. Charles Pic (FRA/Marussia) - 1min51s762
22.
Bruno Senna (BRA/Williams) - sem tempo*
23. Narain Karthikeyan (IND/HRT) - 1min53s222
24.
Pedro de la Rosa (ESP/HRT) - 1min54s219 *
*Punidos com a perda de cinco posições por trocar o câmbio

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Foto 116: Pedido

Teria sido legal se Mario Andretti, ou Jean Pierre Jarier, tivesse vencido aquele GP dos EUA semanas depois do acidente que matou Ronnie Peterson em Monza.
A torcida pediu, mas infelizmente não foi possível concretizá-la: Mario largou da pole, mas abandonou na volta 27 por problemas de motor e Jarier parou na volta 55.
Carlos Reutemann venceu a corrida, com Alan Jones em segundo e Jody Scheckter em terceiro.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

6 Horas de São Paulo – A primeira da Toyota no WEC



A já lendária largada do WEC em Interlagos
Foto: fiawec.com
Desde a sua estréia nas 24 Horas de Le Mans deste ano, que a Toyota tem se mostrado perto da Audi. Em Sarthe os contratempos por causa de acidentes, limaram os dois carros da fábrica dentro das cinco primeiras horas de prova, mas isso foi o suficiente para mostrar que estavam em boa forma e poderiam, sim, fazer frente aos carros de Ingostaldt. Dois meses depois, em Silverstone, eles voltaram, agora com um carro, e deram trabalho aos Audis e só não venceram porque tiveram que fazer um reabastecimento perto do fim da corrida. A corrida de Interlagos, a primeira do WEC no Brasil, seria mais uma chance para a equipe japonesa tentar tirar a supremacia dos carros alemães nessa temporada. E de fato, foi muito proveitoso.
Os treinos livres de quinta tiveram um empate, com a Audi sendo a mais rápida pela manhã e a Toyota respondendo com o melhor tempo pela tarde que foi, também, o melhor do dia. Na sexta, no terceiro treino, a Audi voltou a ficar na frente, mas ainda faltava o treino classificatório. À tarde, com a temperatura despencando, os carros da LMP1 e LMP2 foram para o classificatório e a Audi tratou de colocar seus dois carros na ponta da tabela de tempos. Normal, ora! Mas ainda tinha a Toyota que pareceu reservar alguma coisa para aquele treino. Alexander Wurz entrou na pista paulistana e fez algumas voltas, poucas por sinal, mas que foram suficientes para cravar o tempo da pole e deixar os carros das quatro argolas em segundo plano. Sem a Audi mandar nenhum de seus carros mais para a pista, ficou fácil para a Toyota assinalar a sua primeira pole no ano. O tempo de 1’22’’363 foi 0’’784 mais rápido que o de Lucas Di Grassi, que conduziu o Audi #2 R18 Ultra na classificação. Mesmo com uma diferença larga, era de se esperar um duelo pelas 6 Horas de prova do dia seguinte.

Foi a primeira vitória da Toyota em um competição a nível mundial desde a conquista
da marca no WRC, no Rali da China de 1999.
(Foto: Toyota)
O sol forte, que andou escondido entre as nuvens carrancudas dos últimos dois dias, apareceu e passou a ser um fator a ser considerado naquela tarde, afinal eles não haviam treinado nada debaixo daquele calor. A largada foi dada meio dia em ponto e o Toyota, pilotado por Nicolas Lapierre defendeu-se bem do ataque maciço que os dois Audis impuseram até a freada para o “Esse”, com um de cada lado e o carro japonês na frente. Ao chegar na reta oposta, Lapierre já havia aberto uma diferença que o deixaria mais tranqüilo para colocar em prática a estratégia da equipe que era andar forte. Desse modo, a Audi só encontraria o Toyota em duas situações na tarde de sábado: quando Wurz ou Lapierre estavam para colocar voltas em um dos dois carros e quando chegaram no parque fechado, após a corrida que o japoneses venceram sem ter nenhum incomodo por parte da oposição de Ingostaldt. A Audi teve que contentar-se com a segunda e terceira colocações na prova, naquela que foi a sua primeira derrota no ano que parecia ser de um domínio absoluto. Mas ao menos tiveram uma luta interessante, onde os dois carros travaram um bom duelo no início da prova pelo segundo lugar e no final da corrida, Di Grassi ainda fez a melhor volta da corrida (1’23’’070) quando tentava chegar no Audi R18-etron de Andre Lotterer.   
As melhores batalhas aconteceram nas outras categorias. Até a quarta hora de corrida, os duelos pela liderança na LMP2 estiveram restritos a OAK Racing (Bertrand Baguette/Dominik Kraihamer/Alex Brundle) e a Starworks (Vicente Potolichio/Ryan Dalziel/Stéphane Sarrazin). Mas após o abandono do trio da OAK Racing, na quarta hora de corrida, as coisas ficaram fáceis para a Staworks que chegou com três voltas de vantagem sobre o trio da Oreca formado por Luis Perez Companc/Nicolas Minassian/Pierre Kaffer. Na LMGTE-PRO, a equipe da AF Corse, com a Ferrari 458 #51 da dupla Giancarlo Fisichella/Gianmaria Bruni, até que teve certo trabalho com o assédio do Aston Martin comandado por Darren Turner/Stefan Mücke nas duas primeiras horas de prova, tanto em que alguns momentos, quando os Audis R18 tiveram alguns problemas ao tentar colocar volta na Ferrari de Fisichella: Tom rodou no “esse” do Senna, após um leve toque na traseira do carro italiano e mais tarde Marcel Fassler seria espremido para fora da pista no Mergulho por Fisichella. Apesar disso, nada demais nem para os alemães e nem para italianos.

O Audi R18 Ultra, de Mcnish/Kristensen/Di Grassi, terminou em terceiro e fez a melhor
volta da corrida nos minutos finais pelas mãos do piloto brasileiro.
(Foto: Tazio/ Jorge Sá)
Na LMGTE-AM, a liderança da corrida esteve nas mãos do trio da Felbermayr (Christian Ried/Gianluca Roda/Paolo Ruberti) até a segunda hora de corrida, quando foram superados pelo Corvete da Larbre Competition do trio Patrick Borhauser/Julien Canal/Fernando Rees. Mas a vitória deste trio, que conta a presença do brasileiro Fernando Rees, foi retirada horas depois por alguma irregularidade técnica, como tinha sido, também, na etapa de Silverstone. Desse modo a vitória ficou para o Porsche da Felbermayr. O trio brasileiro formado por Enrique Bernoldi/Chico Longo/Xandy Negrão, que correram com a Ferrari 458 #61 da AF Corse, largou da pole nesta categoria, mas envolveu-se num acidente na curva Chico Landi que arruinou a prova deles e da Gulf Racing Middle East. Eles ainda voltaram para a corrida e fecharam em quarto. O Lola da Gulf também voltou para a corrida e fechou em nono na categoria LMP2.


O evento   

Pouco público nas arquibancadas de Interlagos para acompanhar as 6 Horas de prova.
(Foto: Tazio/ Lucas Santochi)
Pelo que foi divulgado, 25 mil pessoas estiveram presentes no dia da prova. Foi um bom público, diga-se. Eu acreditava que talvez tivesse menos ainda, afinal a divulgação foi pouca e quem fez isso foram as pessoas que compartilhavam fotos, informações, promoções para ganhar ingressos e brindes e por aí vai.
O preço dos ingressos ajudou bastante, mas poderia ter sido melhor ainda. Por ser a primeira vez que a categoria, neste formato de Campeonato Mundial, correu por aqui, a cobrança das entradas podia ter ficado mais popular do que já estava. Seria um modo legal de chamar mais o público e mostrar a eles o quanto que a categoria é interessante e disputada. Fato de ter vários carros, de potências diferentes, aguçaria bastante o público que é sedento por ultrapassagens.
Apesar de ter sido bom o número de pessoas, as arquibancadas estavam vazias. Se realmente tinham 25 mil pessoas por ali, elas estavam espalhadas pelos cantos do autódromo que oferecia algumas atrações para o público, como exposições de carros atuais e antigos (principalmente de competição, onde você podia ver os dois Penskes que Emerson pilotou nas suas duas vitórias na Indy 500 de 1989 e 1993), três Pace Cars e motos da Kawasaki. Para as crianças, que deliraram com os carros do WEC, uma roda gigante, cama elástica e outros brinquedos (não muitos) estavam à disposição. Acredito que um pouco mais de atrações teria distraído as pessoas que não tiveram paciência para ficar às seis horas de corrida sentadas, ou pé, para ver o final. Quando a corrida encerrou, as arquibancadas já estavam às moscas. As pessoas reclamaram um pouco pela falta de informações durante a corrida. Era difícil saber quem estava na liderança das categorias, principalmente as das LMP2, LMGTE-PRO e AM.
A visitação foi outro ponto legal do evento, mas acho que um tempo maior para o público deveria ter sido disponibilizado. Foi apenas 30 minutos na sexta e 40 no sábado e eu estive na sexta-feira e mal deu tempo de tirar fotos (apesar de os carros, em sua maioria, estarem desmontados), ou conversar com algum integrante das equipes. Em 2007, quando a Le Mans Series veio para cá, foi bem mais sossegado e visitação no sábado teve um tempo muito maior. Mas dá para entender que, pelo fato de ter categorias suporte como pré-liminares da corrida deste ano, o tempo ficou escasso. Cinco anos atrás o tempo foi bem maior exatamente pela ausência de uma categoria de apoio.
Apesar de tudo, foi um belo trabalho de Emerson Fittipaldi que apostou forte e trouxe para cá esta bela categoria. E apesar das reclamações, que foram poucas e construtivas, espero que a organização acate e melhore ainda mais para 2013. E repetindo as palavras que escrevi na sexta à noite no Facebook: foi muito bom ver os carros do WEC na pista de Interlagos e mostrar ao público, que é mais ligado na F1, que não é apenas ela que possui alta tecnologia e carros fora de série. E em 2013 terá mais: no dia 31 de agosto eles estarão por aqui novamente.



domingo, 16 de setembro de 2012

Foto 115: A escola do contra-esterço

Já cansei de escrever e dizer isso, tanto que está até batido, mas nunca é demais dizer que Ronnie Peterson foi - e é -  um dos mestres do contra-esterço.
E nesta foto Ronnie está no habitat natural, onde é normal, até hoje, vermos este tipo de manobra: o Kart.

sábado, 15 de setembro de 2012

WEC - 6 Horas de São Paulo - 6ª Hora

E após seis horas de corrida, sem nenhum contra-tempo, a Toyota enfim comemora a sua primeira vitória no  Mundial de Endurance. Wurz/Lapierre completou a prova para o time japonês que chegou com uma volta de vantagem para o Audi #1 de Andre Lotterer/ Tréluyer/ Fassler. Di Grassi encerrou para o Audi #2 em terceiro e ainda levou a melhor volta da corrida, com a marca de 1'23''070 feita à 14 minutos do fim da prova.
Na LMP2, vitória do HPD ARX da Starworks com Sarrazin/Potolicchio/Dalziel levando a quadriculada. Em segundo fechou a Pecom Racing com Pierre Kaffer no volante, e em terceiro Olivier Pla com o carro da OAK  Racing.
Na LMGTE-PRO, vitória incontestável da AF Corse com Bruni/Fisichella conduzindo a Ferrari no último turno. Em segundo o Aston Martin de Stefan Mucke e em terceiro Lietz com o Porsche da Felbermayr.
Na LMGTE-AM, vitória da Larbre Competition com Canal/Bornhauser/Rees encerrando a hora para o time. Em segundo o Porsche da Felbermayr, pilotado neste tempo por Ruberti e em terceiro o outro Corvete da Larbre, conduzido por Belloc.

WEC - 6 Horas de São Paulo - 5ª Hora

Faltando apenas um hora para o fim da prova, a única coisa que pode parar a Toyota rumo a sua primeira vitória no campeonato, é apenas um acidente ou quebra. O carro japonês, pilotado por Lapierre, aparece com uma volta de vantagem sobre o Audi #1 de Andre Lotterer e do Audi #2 pilotado por Di Grassi. E o ritmo do carro #7 ainda é muito bom.
Na LMP2, Sarrazin comanda o HPD da Starworks na liderança da categoria com duas voltas de vantagem sobre o Morgan Nissan da OAK Racing, pilotado por Nicolet. O outro carro da equipe apresentou problemas e abandonou. Em terceiro aparece Pierre Kaffer com o ORECA da Pecom Racing.
Na LMGTE-PRO, Bruni assumiu o comando da Ferrari #51 e continua na liderança. Em segundo, como antes, Darren Turner continua em segundo com seu Aston Martin e Lietz em terceiro com a Porsche da Felbermayr.
Na LMGTE-AM, posições inalteradas com relação a última hora: Larbre Competition lidera e tem um carro em terceiro (Bornhauser 1º, Belloc 3º) e em segundo o Porsche da Felbermayr, com Rupperti em segundo.

WEC - 6 Horas de Interlagos - 4ª Hora

A Toyota continua soberana na liderança da prova, agora com Nicolas Lapierre no comando do carro #7. Eles perderam a liderança por algumas voltas, apenas quando tiveram que fazer seu pit-stop. A Audi também fez suas paradas e substituíram seus pilotos: no carro #1 saiu Fassler e entrou Lotterer e no #2, Kristensen deu lugar à Di Grassi.
Na LMP2, as brigas pela liderança parecem ter sossegado. Dalziel lidera para a Starworks e é seguido pelo duo da OAK Racing, com Krahaimer em segundo e Nicolet em segundo.
Na LMGTE-PRO, Fisichella voltou ao comando da Ferrari #51 e continua na ponta. Darren Turner vem com 15 segundos de desvatagem na segunda colocação e Lietz aparece em terceiro com o Posrche do Tam Felbermayr.
Na LMGT-AM, Bornhauser  é líder com a Corvete da Larbre Competition com mais de 3 voltas de vantagem para o Porsche de Roda, do Team Felbermayr. Bourret é o terceiro com o outro Corvete da Larbre. O trio brasileiro da AF Corse, que tem Xandy Negrão no comando neste momento, sofreu um furo no pneu traseiro esquerdo em quarto, seis voltas atrás do Corvete.

WEC - 6 Horas de São Paulo - 3ª Hora

E a prova chega a sua metade após um breve período onde o SC entrou na pista por conta de uma roda solta do ORECA 03 Nissan de Tresson, que a perdeu na descida do lago. Apesar disso, a Toyota não perdeu a sua liderança, já que está com uma volta de vantagem sobre o Audi de Fassler. Kristensen aparece em terceiro com o outro Audi, à 45 segundos de desvatagem para Marcel Fassler.
Na LMP2,  Brundle segue líder, mas sem folga alguma: se ele teve uma batalha sensacional contra o carro da Starworks de Potolicchio nas primeiras horas, agora é a vez de Dalziel, também da Starworks, dar trabalho ao piloto inglês na luta pelo primeiro lugar da categoria. Em terceiro aparece o outro carro da OAK Racing, com Olivier Pla no volante.
Na LMGTE-PRO, Gianmaria Bruni assumiu o Ferrari da AF Corse e continua líder, com a Aston Martin de Stefan Mucke em segundo e a Porsche do Team Felbermayr, pilotado por Lieb, em terceiro.
Na LMGTE-AM, Canal é o líder com a Corvete da Larbre Competition seguido pelo Porsche do Team Felbermayr de Ried em segundo. A outra Corvete da Larbre, aparece em terceiro com Bourret no comando. O trio brasileiro da AF Corse, aparece em quarto e Xandy Negrão é quem está no comando da Ferrari.

Foto 1039 - Bernd Rosemeyer, Roosevelt Raceway 1937

  (Foto: Adam Gawliczek)  Um momento de descontração antes do embate dos europeus vs americanos pela 13ª edição da Vanderbilt Cup, realizada...