quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Foto 556: Gelando

E pelo jeito não foi apenas Keke Rosberg quem teve a idéiade usar gelo para aliviar o inferno que foi o GP de Dallas, 1984: vendo que a alta potência dos F1 e das categorias de suporte combinando com o forte calor que fez naquele final de semana, os organizadores tiveram a idéia de espalhar gelo em alguns pontos do traçado para gelar os trechos mais críticos e conter a alta deterioração daquelas partes.
Sem dúvida o GP de Dallas é um dos mais interessantes daquela década de oitenta, exatamente por conta da situação caótica que foi aquela edição.

O click é Dale Kistemaker. 

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Vídeo: O teste do Ford Escort RS1800

Björn Waldegard e Hannu Mikkola testando o Escort RS1800 em 1978, na Suécia. Aos três minutos vemos também o Ford Fiesta 1600, que foi utilizado por Ari Vatanen.
A Ford terminou o Mundial de Rally de 1978 na segunda posição com 100 pontos, trinta e quatro a menos que a FIAT que sagrou-se campeã de construtores com o FIAT 131 Abarth.
O campeão entre os pilotos foi Markku Alén (FIAT 131 Abarth) com 52 pontos.
O vídeo foi originalmente postado no blog Zona Rápida.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Foto 555: Mais criatividade, por favor...

O March 751/4 em Silverstone, 1975
Apesar de as regras para 2017 mostrarem que os carros da Fórmula-1 possam voltar a sua forma de 19 anos atrás - com pneus e carros mais largos - ainda sim temos nossas dúvidas se isso será o suficiente para a categoria ganhe em competitividade, o que poderia trazer de volta o interesse do público para a competição.
Ainda vejo que a solução inicial para que as coisas se restabeleçam – ou que comecem a restabelecer em médio prazo – seria a liberdade para a criação nos carros. Um regulamento engessado  como o da F-1, onde o projetista precisa seguir a linha estética imposta pela FIA, sem poder criar algo revolucionário, deixa os carros com ligeiras mudanças que só podem ser percebidas por aquele fanático torcedor ou até mesmo por um engenheiro. As coisas andam tão iguais, que se pintassem os carros de branco, certamente teríamos dificuldade em saber de qual equipe é.
Uma época boa - onde as descobertas eram quase que diárias na categoria - foi a década de 70: a cada corrida uma novidade era apresentada, até mesmo por equipes que não lutassem diretamente pela vitória – como o caso do March 751/4 que encabeça esta postagem, onde Robin Herd, então projetista da equipe, usou duas “bandejas” na parte de trás do carro para melhor usar o fluxo de ar que as rodas traseiras expeliam. Podem ter achado uma bizarrice, assim como também devem ter achado naquela época, mas o fato mesmo é que naqueles anos isso era altamente comum. Regulamento mais aberto, deixava o espaço para a criatividade, mesmo que não surtisse efeito algum. No caso deste March, Vitorio Brambilla utilizou essa novidade em Silverstone – GP da Grã-Bretanha, 1975 – e o resultado não foi de todo mal: largou em quinto e terminou em sexto. Outro exemplo claro de inovação - devido a essa liberdade de criação – é a Tyrrell P34 de seis rodas de Derek Gardner, que foi criada exatamente para diminuir o arrasto na dianteira do carro com a adoção de quatro rodas de dez polegadas cada. Apesar de sua vida longa – duas temporadas e apenas uma vitória na Suécia, 1976 com a direito à dobradinha – o P34 foi deixado de lado, mas sem dúvida é um dos carros mais comentados da história da categoria exatamente por conta de seu aspecto único.
Dar aos atuais projetistas da F1 a chance de criar novos conceitos para os carros atuais seria uma saída e tanto. Não deixá-los apenas com a chance de hora ou outra encontrar raríssimas brechas no regulamento, onde conseguem dar uma sobrevida para uma simples construção do carro, transformando-o num bólido diferente dos demais, trará mais uma vez a oportunidade para que os fãs vejam carros inteiramente novos e diferentes de seus irmãos, com conceitos caros ou baratos que possam elevar a competição ao um nível altíssimo como nos anos 70/80.

É apenas um livre devaneio, apesar de saber bem que a categoria está longe de seguir tal idéia.  

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Foto 554: Easy Rider Jacky Ickx

Belo relógio que a Tag Heuer lançou nos anos 70 - mais precisamente entre 1971 e 1972 - que levava o nome de Jacky Ickx. A linha Easy Rider também levava o nome Leonidas, uma antiga fábrica de relógios suíços que foi adquirida pela Tag nos anos 60.
O Easy Rider foi criado para confrontar a invasão dos relógios japoneses naquela época.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Video: Oito grandes corridas

Se formassem um calendário nos dias atuais, certamente seria do mais alto gabarito. Provas como as extintas Gordon Bennett, Vanderbilt Cup, Mille Miglia junto de outras que ainda estão presentes nos dias atuais como a Tourist Trophy na Ilha de Man, Rally de Monte Carlo, 500 Milhas de Indianápolis, Grande Prêmio de Mônaco e 24 Horas de Le Mans, contribuem para boa parte da história do automobilismo mundial.
O pessoal do British Pathé tratou de elencá-las neste vídeo.

sábado, 2 de janeiro de 2016

Foto 553: 1996

Nada mais apropriado que abrir a primeira postagem de 2016 com a foto dos pilotos que monopolizaram a F1 de 20 anos atrás: Jacques Villeneuve e Damon Hill lutaram palmo a palmo pelo mundial de 1996, vencendo 12 corridas para a Williams naquele ano (7 para Hill e 5 para Villeneuve) e o campeonato ficando para Damon na prova final em Suzuka, na sua terceira tentativa.
Para Jacques, a glória veio em 1997 após derrotar Michael Schumacher.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Foto 552: Alfas


O esquadrão da Alfa Romeo nas 24 Horas de Daytona, 1968: as três Alfas Romeo T33/2 de Udo Schütz & Nino Vaccarella (20), Mario Casoni, Giampiero Biscaldi & Teodoro Zeccoli (22) & Mario Andretti & Lucien Bianchi (23) - da classe Prototipos -; e na classe Turismo o Giulia Sprint GTA #24 de Leo Cella, Teodoro Zeccoli & Giampiero Biscaldi e o outro Giulia Sprint GTA - da equipe privada da Meyers Construction - #64 de Taylor Del Russo, Bob Pratt, Bruce Meyers & Brad Booker.
Os três Alfas Romeo T33/2 terminaram a prova, fechando em quinto, sexto e sétimo (#20, #22 e #23), enquanto que as outras duas Alfas Romeo Giulia Sprint GTA fecharam em 19º e 20º (#64 e #24).
Ainda existiam outras duas Alfas T33/2: enquanto que Enrico Pinto/ Spartaco Dini (#25) abandonaram na volta 235, o #21 de Nanni Galli/ Ignazio Giunti acabou nem largando após um acidente durante os treinos.
A vitória nas 24 Horas de Daytona de 1968 foi do Porsche 907 LH #54 de Vic Elford/ Jochen Neerpasch/ Rolf Stommelen/ Jo Siffert/ Hans Hermann.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Foto 551: Recauchutado



O Porsche 936C da Belga Team - Joest Racing de Jean Michel-Martin/ Philippe Martin/ Bob Wollek durante as 24 Horas de Le Mans de 1982. Abandonaram na 22 hora, por conta de uma avaria no motor.
O Porsche 936C da equipe Joest era nada mais que o velho 936 que venceu as 24 Horas de Le Mans em três oportunidades (76, 77 e 81). Equipes tradicionais, como a própria Joest, e a Kremer, que eram clientes da Porsche, ainda não teriam a sua disposição o novo 956 que seria usado no ano de 1982 pela Porsche e apenas para 1983 é que o novo carro estaria disponível para as equipes privadas.
Sendo assim, as duas equipes trataram de adequar o 936 para o novo regulamento do Grupo C que se iniciava em 1982. Cada equipe trabalhou um novo bodyshape, sendo que o da Joest foi nominado de 936C e o da Kremer de CK5 01.
Para 1983 as duas equipes receberam os novos Porsche 956.  

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Foto 550: O ano de Sebastian Vettel

        

Temos que reconhecer que além do seu talento indiscutível, Sebastian tem uma estrela altamente brilhante. A sua mudança para uma Ferrari em reconstrução foi um ponto importante para a fase de ambos, uma vez que os dois lados vinham de uma temporada onde os bons resultados passaram bem longe. Vettel se adaptou rapidamente ao ambiente ferrarista e assim, como nos tempos da Red Bull, passou a liderar o time com todo entusiasmo e isso foi importante para esta fase de renovação italiana.
Suas três vitórias no ano foram o ponto alto – ou melhor, o ponto fora da curva – numa temporada onde as coisas estavam bem previsíveis e apenas alguns problemas é que poderíamos ter algo de diferente. E foi nestes erros e problemas da Mercedes, que Vettel estava apenas na espreita para aproveitar o momento certo de dar o bote. Essa temporada serviu para (começar) dissipar as dúvidas frente ao seu real potencial, que sempre foi posto em cheque devido os anos em que esteve a bordo do melhor carro do grid – senão fosse numa temporada inteira, como em 2011 e 2013, ele tinha a chance de um carro revigorado na segunda parte do mundial, como em 2012 – mas este 2015 com uma Ferrari que, teve o segundo melhor carro, porém bem distante da Mercedes, conseguiu incomodar e bem os carros prateados.
Sem dúvida, com uma Ferrari mais próxima da Mercedes em 2016, as coisas podem brilhar ainda mais para e a equipe, nesta que se desenha como a terceira renascença da mais popular equipe da Fórmula-1. 

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Foto 549: Jubileu de diamante

Fangio e Moss em Zandvoort, 1955

O Mercedes Benz 300 SLR de Stirling Moss e Denis Jenkinson na partida para a Mille Miglia de 1955
Passou despercebido por quase todos os sites e blogs relacionados ao automobilismo, mas neste 2015 fez 60 anos dos títulos da Mercedes Benz na Fórmula-1 e no Mundial de Carros Esporte.
Interessante olhar nestas duas temporadas o domínio que a fábrica alemã conseguiu: na F1, dos seis GPs que disputou em 1955 (as 500 Milhas de Indianápolis fazia parte do calendário, mas eram poucas ou nenhuma equipe do certame da categoria que atravessava o Atlântico para disputar a grande prova que estava meramente no calendário apenas para dar à F1 o status de Campeonato Mundial) a Mercedes venceu cinco, enquanto que a Ferrari conquistou apenas um GP. No Mundial de Carros Esporte a batalha foi mais intensa: enquanto que a Ferrari – atual bi-campeã do certame – tinha um carro muito bem acertado (750 e 860 Monza), a Mercedes tinha que confrontar com a velocidade pura dos carros da Jaguar com seus belos D-Type – apesar da velocidade dos carros ingleses, estes sofriam bastante com problemas mecânicos.
A Mercedes, com a sua equipe oficial, disputou apenas quatro das seis corridas programadas naquele ano de 1955: venceu três delas, sendo que duas marcando a dobradinha (Mille Miglia e Targa Florio) e a outra uma trinca, em Dundrod. A fábrica alemã acabaria por vencer o campeonato com dois pontos de vantagem sobre a Ferrari, que venceu apenas uma prova – a de abertura, nos 1000km de Buenos Aires – e assim não sendo com a equipe oficial. A Jaguar venceu em Sebring e na fatídica 24 Horas de Le Mans.

Apesar de toda essa diferença, ainda é de impressionar com a tamanha facilidade com que a Mercedes se impõe no cenário automobilístico de competição.

domingo, 29 de novembro de 2015

GP de Abu Dhabi: E acabou...

Olhando os comentários no Twitter após o término da prova, o que se via era apenas um sentimento de alívio de uma temporada insossa onde o domínio da Mercedes foi implacável, tendo apenas a intervenção de Sebastian Vettel e sua Ferrari em três oportunidades onde ele soube (muito) bem aproveitar as raras falhas da equipe alemã.
A corrida de Abu Dhabi foi ligeiramente melhor que as duas anteriores, mas ainda sim com o domínio amplo da Mercedes que mais uma vez se deu o luxo de questionar a estratégia de Hamilton, que preferia o uso dos supermacios nas voltas finais para tentar um ataque à Rosberg. A demora do inglês em entrar nos boxes devido a esse impasse, lhe tiraram essa possibilidade quando realizou o pit stop e retornou onze segundos atrás de Nico.
Rosberg aproveitou bem a sua pole e vantagem por toda a prova para vencer a terceira consecutiva, numa temporada que serve e muito para que ele volte forte ano que vem.
Kimi Raikkonen terminou na terceira colocação tendo um bom desempenho e fazendo a parte que deveria ser de Vettel nesta prova, caso este não tivesse problemas no Q1 na classificação. Conseguiu avançar bem com a parada de box dos que iam à sua frente, mas a quarta posição é o que conseguiria ao final devido o grande deficit para os que iam à sua frente.
Mas as lutas pelas posições intermediárias foi o que teve de bom na corrida. Aliás, essa tem sido a válvula de escape da FOM que tem mirado as suas câmeras nesse grupo do meio, onde as batalhas são mais intensas. De se destacara nesse meio o bom trabalho de Jenson Button, que consiguiu dar a sua Mclaren uma combatividade que foi raramete vista neste ano ao confrontar carros como o da Toro Rosso e da Sauber. Alonso teve mais um final de semana infernal, apesar de ter mostrado um bom passo nos treinos livres: a sua largada - onde ele levou um toque de uma das Saubers, fazendo com que perdesse o controle e batesse em Maldonado - foi arruinada e para completar um Drive Through por ter sido culpado no incidente com Pastor. Vendo o desempenho de Button, poderia ter sido um final de semana mais animador para ele.
Abu Dhabi encerrou um dos campeonatos mais enfadonhos da história da F1. Não culpo a Mercedes por isso. Afinal, fizeram bem o trabalho nestes dois últimos campeonatos e que as demais corram atrás para, pelos menos, tentarem se igualar a equipe germânica.
Cabe a F1 tentar resolver seus problemas, o que será bem dificil já que a categoria é refém das equipes dominantes.

sábado, 21 de novembro de 2015

WEC: A batalha em Sakhir

Não poderia ser melhor a decisão do WEC nestas 6 Horas do Bahrein, última etapa do campeonato: enquanto que o Porsche #17 enfrentou problemas mecânicos que o jogaram para trás na classificação geral, a sua recuperação foi sensacional ao chegar até a sexta colocação, mas a distância de três voltas para o Toyota #2 o impossibilitava avançar na classificação. Para tornar as coisas mais drámaticas o Audi #7 estava em segundo enquanto que o gêmeo #8 liderava, mas problemas de freio com este último quando a prova estava chegando na sua metade, deu ao Porsche #17 uma sobrevida principalmente quando o seu companheiro #18 assumiu a liderança com a parada do #7.
No momento, com a corrida a menos de duas horas e meia para o fim, tem o #18 na liderança após um duelo maravilhoso com o Audi #7 pela liderança. A terceira e quarta posições são dos Toyotas #1 e #2 e o #17 é quinto, colocação tal que lhe garante o título de pilotos.
No momento o Audi #7 apresentou problemas nos freios, que pode mudar o panorama da decisão caso o carro vá para os boxes.

Foto 1039 - Bernd Rosemeyer, Roosevelt Raceway 1937

  (Foto: Adam Gawliczek)  Um momento de descontração antes do embate dos europeus vs americanos pela 13ª edição da Vanderbilt Cup, realizada...