quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Foto 608: Suzuka, 1989

Gostei do guarda-chuva... Alain Prost e sua placa comemorativa pelo título de 1989, conquistado em Suzuka.
Enquanto ele distribuía sorrisos, o caos desenrolava a solto nos bastidores após a desclassificação de Senna.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Foto 607: Schumacher, 48

Vai uma 7Up? Michael Schumacher no seu início na F1, com as cores da Jordan e da 7Up numa provável campanha publicitária da marca de refrigerantes.
Hoje o grande piloto alemão completa 48 anos.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Foto 606: Nassau Speed Week

A foto que encabeça o post,o primeiro deste ano de 2017, é de alguns Fuscas durante o Nassau Speed Week de 1963. O evento foi criado em 1954 e foi até 1966 tendo como vencedores pilotos bem conhecidos do público, como Stirling Moss, Dan Gurney, A.J. Foyt, Innes Ireland e Roger Penske. Masten Gregory foi o primeiro vencedor do evento, ao conquistar a edição de 1954 com uma Ferrari.
As primeiras edições eram realizadas num aeroporto de Nassau (Bahamas) e depois foi levado para uma pista de 8km,no interior. A prova era realizada sempre em dezembro e sobreviveu até 1966, quando faltou verba para dar sequência ao evento.
Desde 2011 é realizado o Bahamas Speed Week Revival em praias locais.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Foto 605: Watson e Piquet - Watkins Glen 1979

"Vai uma carona aí, Piquet?" Nelson não hesitou em pegar uma carona no Mclaren de John Watson, durante o fim de semana do GP dos EUA disputado em Watkins Glen.
Piquet - que largou em segundo neste GP - abandonou na 53ª volta após problemas de câmbio; Watson terminou em sexto.
A vitória foi de Gilles Villeneuve.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Foto 604: Uma sábia decisão

O anúncio da retirada de Nico Rosberg da F1, acabou tendo um efeito tão forte quanto uma bomba atômica. Afinal de contas, o filho de Keke Rosberg acabara de ser campeão mundial e com apenas 31 anos anunciar aposentadoria da categoria, causa espanto em todos aqueles que acompanham a F1 e a sua carreira num todo.
Apesar de ter ficado impressionado com a decisão de Nico, entendo a sua colocação: não deve ter sido fácil para ele estas três temporadas em que esteve cabeça a cabeça com Lewis na luta pelo título. Batalhar contra uma talento nato como Hamilton, cuja carreira se confunde com a de Nico - afinal são contemporâneos desde o kart - não é trabalho fácil para ninguém. Qualquer um teria sucumbido a esta grande batalha logo no primeiro round, contando a partir do momento que ambos estiveram com o melhor carro em mãos (2014). A velha amizade, cultivada desde o kart, foi se dissipando conforme os dois jovens iam conquistando as vitórias e automaticamente a ambição em chegar ao olimpo, que é o de campeão mundial. Não é segredo algum que sempre houve um encantamento da Mercedes por Lewis: um piloto veloz, habilidoso, com dom natural de mudar as condições de provas que o destacaram desde o tempo de Mclaren. Para Rosberg, o tempo de casa e sua dedicação eram a chave, mas lutar contra toda uma situação que na maioria das vezes parecia pender para o lado de Lewis, fazia com que Nico precisasse subir o seu nível: foi assim em 2014, num momento que parecia ser dele até a prova de Spa e o famoso toque após a largada. Depois disso, a sua temporada foi ladeira abaixo e Nico teve que contentar-se em ver Hamilton campeão. Pior: 2015 foi mais difícil ainda e por mais que ele tenha pensado que poderia derrotar seu companheiro naquela temporada, Rosberg foi aniquilado faltando antes do fim do campeonato ao ver Hamilton sagrar-se campeão em Austin. A atitude de Hamilton, ainda extasiado pela conquista, ao jogar o boné para um combalido Nico na ante-sala para o pódio, ligou a chave interna no piloto alemão. E assim iniciava uma virada nas atitudes de Rosberg para derrotar Lewis: constantemente mais veloz, Nico mostrou nas provas finais de 2015 uma atitude que foi bem vista em 2016, marcando Hamilton em todas as provas e batendo rodas quandp era preciso (Áustria foi um bom exemplo). Rosberg deixou de ser aquele piloto burocrático, o boa praça, e mostrar que também sabia jogar pesado e acelerar forte. Quando percebeu que não precisava mais vencer para conquistar seu mundial, foi inteligente ao não correr riscos (aquele dilúvio em Interlagos foi um bom exemplo) e precisou de sangue frio para suportar o jogo de Lewis em Yas Marina. Colocando tudo isso na conta, pesa bastante na hora de decidir algo, como foi o seu caso. É claro que alguns irão chamá-lo de covarde, bundão, mas para quê continuar tentando algo que estava em sua pauta de vida? Por isso acredito que fez o certo.
Ter conquistado o seu sonho de garoto também ajuda. Venceu e provou ser um dos melhores top drivers de seu tempo. Pode não ter o mesmo arrojo de Lewis, a bravura de um Alonso ou a velocidade de um Vettel, mas Nico conseguiu elevar ao máximo tudo que aprendeu em seus tempos de Williams, o convívio com Michael Schumacher e os anos de chumbo com Lewis. E tudo isso foi usado neste 2016 para que ele conquistasse esse título tão sonhado.
Agora é hora de Nico desempenhar o seu melhor papel, que é de pai de família.

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Foto 603: Ian Ashley, Nurburgring 1975




Bater em qualquer ponto do colossal Nurburgring e sair praticamente ileso naquela época, era quase um milagre. Ian Ashley teve essa "sorte" ao bater a sua Williams na Pflantzgarten e sair "apenas" com um dos tornozelos quebrados, durante o final de semana do GP da Alemanha de 1975.
Ashley tinha fama de ser um piloto veloz, mas por conta disso acabava se envolvendo em grandes acidentes.

domingo, 27 de novembro de 2016

GP de Abu-Dhabi: Tensão, na medida certa

A decisão de hoje em Yas Marina não foi de todo mal. Também não podemos dizer que tenha sido fabulosa, pois foi uma corrida tensa e que qualquer lance a favor de qualquer um dos dois contendores, decidiria as coisas no ato.
Lewis Hamilton fez a sua estratégia, seguindo o seu instinto de que fizesse um ritmo mais lento, jogaria Rosberg na boca dos leões e assim pudesse ter tempo de abrir uma grande diferença para garantir com folga o possível título. As voltas finais foram agoniantes para os fãs de Rosberg e se pudesse, tiraria o carro do inglês da liderança com a mão. Certamente a força mental para que isso acontecesse, foi tão grande que poderiam até mesmo mover um vagão.
Mas como todo bom suspense, os coadjuvantes tiveram um papel quase que decisivo. A presença de Max Verstappen na segunda posição, após uma recuperação pautada por ultrapassagens e por esticar ao máximo a sua primeira parada, deu o primeiro tom dramático quando Rosberg esteve logo atrás do holandês estudando um melhor momento para atacar. Max até que resistiu, mas não teve muito o que fazer quando Nico foi pra briga e conquistou, na raça, o segundo lugar. Sebastian Vettel foi o outro coadjuvante e de forma brilhante, entrou na briga para deixar as coisas ainda mais tensas. Aproveitando-se de uma estratégia muito boa em usar os ultramacios nas últimas quinze voltas, subiu de sexto para terceiro com ultrapassagens disputadas a tapas, principalmente contra os "Red Bull Boys". Talvez o desgaste dos pneus nesta escalada tenha prejudicado um possível ataque final às Mercedes.
Finalmente Rosberg, que teve toda paciência e estudo necessário para não cair na estratégia que Hamilton colocara em prática. Se ele não atacou Lewis, ao menos esteve em grande forma para atacar e ultrapassar Verstappen de modo brilhante e quando Sebastian esteve com chances de ameaçá-lo, Nico teve sangue frio para defender e seguir em frente para garantir um segundo lugar que lhe garantiu o primeiro título mundial.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Foto 602: Ullrich

Muito mais do que apenas pela saída da Audi, mas também pelas mais de duas décadas de serviços prestados a uma das maiores e mais bem sucedidas histórias do esporte a motor, que foi essa passagem da Audi pelo endurance de alto nível, as lágrimas do Dr. Wolfgang Ullrich traduzem todas as emoções que este senhor passou no comando das esquadras montadas pela fábrica alemã em todo esse tempo.
Sem dúvida a sua figura e da Audi, farão falta às provas de endurance.
A foto é de Jean Michel Le Meur, da DPPI.

domingo, 20 de novembro de 2016

Foto 601: Foguete

O exato momento em que Gilles Villeneuve pula de terceiro para primeiro, na largada para o GP do Brasil de 1980 em Interlagos. Foi uma largada tão bem feita, que Jean Pierre Jabouille (pole) e Didier Pironi (segundo) pareciam estar grudados em suas posições quando Gilles passou por eles para liderar a prova em Interlagos.
Villeneuve abandonou com problemas no acelerador; Jabouille abandonou com problemas no turbo e Pironi fechou em quarto.
A vitória ficou para René Arnoux (Renault), seguido por Elio De Angelis (Lotus) e Alan Jones (Williams).

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Foto 600: Homenagem

É sempre legal essa camaradagem entre as equipes de fábrica da LMP1 no WEC, como ficou comprovado em algumas oportunidades da Audi para com a Toyota (Le Mans 2014) e da Porsche para com a mesma Toyota este ano, após aquele desfecho dramático em Sarthe.
Desta vez é a Toyota quem homenageia a Audi, que fará a sua última corrida nas 6 Horas do Bahrein neste fim de semana.
Quando se tem sucesso e respeito com os demais, o reconhecimento é automático.

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

GP do Brasil: Um dia especial

Tempos atrás eu havia refletido sobre os pilotos brasileiros, aqueles que tiveram a chance de vencer ao menos um GP na F1. O destino não tinha sido muito generoso com eles: ora por indefinição, ora por tragédia. José Carlos Pace e Ayrton Senna não tiveram tempo de uma despedida, pois acidentes acabaram encerrando prematuramente suas carreiras; Emerson Fittipaldi encerrou às escuras, após o GP dos EUA de 1980 em Watkins Glen, sem ao menos ter uma homenagem honesta ao cara que escancarou a porta para os demais pilotos brasileiros; Nelson Piquet também saiu na calada ao final de 1991 e Rubens Barrichello acabou encerrando sua carreira na F1 ainda acreditando que pudesse conseguir uma vaga.
Quando Felipe Massa anunciou a sua retirada da categoria em setembro, sabiámos que ele teria tempo de fazer algumas "minis despedidas" pelas provas que ainda restavam. Mas a semana de GP do Brasil, conforme os dias iam passando, as emoções iam aflorando. Com um piloto empenhado a conquistar o melhor resultado possível na sua última aparição num GP local, ele estava ainda tentando escalar o pelotão quando acabou entrando forte na zebra interna da curva do café e indo para o muro. Infelizmente um desfecho que poderia ter sido melancólico, mas como um daqueles caprichos da vida, quis que aquele acidente fosse o ponto de partida para uma dos momentos mais belos e humano da F1 em tempos. Com um Massa retirando a bandeira brasileira e colocando-a envolto de suas costas, ele saudou a torcida brasileira e foi sendo aplaudido da entrada do box até a chegada no pit lane onde ainda foi cumprimentado por todos integrantes das equipes que ali estavam, para depois chegar aos braços de sua esposa Rafaela e de seu filho Felipinho.
Massa não foi dos melhores pilotos que vi, mas existe algo de importante que qualquer ser humano precisa para vencer na vida: garra e coragem. Chegar numa categoria que na maioria das vezes é um verdadeiro moedor de talentos, correr contra os melhores pilotos de seu tempo - tendo alguns como seus companheiros, como Villeneuve, Schumacher, Raikkonen e Alonso - e ainda sustentar-se por 15 temporadas, não é fácil. Felipe Massa escreveu um capítulo importante para ele e o automobilismo brasileiro na F1.
Ainda terá sua última participação na F1, em Abu-Dhabi daqui quinze dias, mas certamente as cenas que vimos ontem em Interlagos serão eternamente guardadas na lembrança de cada um.
Valeu, Felipe!

domingo, 13 de novembro de 2016

GP do Brasil: Bem vindos ao mundo de Interlagos

Ah... Interlagos. Casa que tão bem conheço desde 2002, seu clima bipolar que nos dá a generosidade de assistirmos corridas que desafiam a perícia dos pilotos e faz ao vivo os crash tests para nos mostrar o quanto que os carros de hoje são bem seguros. A proximidade dos muros na reta dos boxes mostra o quanto que a pista paulistana é uma deliciosa - e perigosa - armadilha para a atual F1. Que digam Raikkonen, Ericsson, Massa e outros tantos que já espatifaram seus carros nos muros da curva do café até o da reta dos boxes. É de gelar a espinha, como foram os três acidentes de hoje, pois a névoa d'água cega os que vem de trás e a possibilidade de um grande acidente é enorme. Mas os aplausos em ver o piloto sair caminhando, acaba sendo a recompensa do desfecho de um momento dramático.
Fora os acidentes, as atuações também foram de grande valia neste GP: um Carlos Sainz fazendo a sua melhor corrida na categoria, ao andar consistentemente - e convicentemente - na quarta colocação; Felipe Nasr aproveitando-se bem de uma condição caótica para escalar o pelotão e conseguir segurar pilotos do calibre de um Alonso e Vettel para salvar dois preciosíssimos pontos para a Sauber. Deve ter ganhando certa moral, uma vez que seu companheiro teve um erro crasso na subida do café ao passar sob a linha branca e se arrebentar do outro lado do traçado. Perez também esteve em grande forma, ao andar em terceiro, mas Max... ah, Max Verstappen. O garoto que tantos malharam por conta de sua pilotagem agressiva que extrapola a física, fez a corrida de sua vida num terreno que ainda não tínhamos visto. Se precisávamos de uma corrida para coroar de vez o talento latente deste rapaz, isso aconteceu hoje.
E sobre Interlagos, a velha casa não decepciona. Não tem o glamour das novas praças que a categoria tem visitado nos últimos anos, mas natureza de um traçado setentão não nega uma boa prova ao seu público.
Portanto, a cada corrida que for neste naipe, só falo uma coisa: Bem vindos ao mundo de Interlagos!

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Foto 599: Nardò

Em épocas onde o uso dos tuneis de vento eram quase que inexistentes, as equipes se valiam de usos como algodões para um melhor estudo do ar que passava sob o carro - Ron Tauranac, ex-projetista e sócio de Jack na equipe Brabham, usava frequentemente isso para melhor estudo em seus carros - em circuitos normais ou em pistas de aeroporto ou até mesmo nas famosas pistas de testes, com seus traçados em forma de anel onde pode-se dar a famosa volta infinita.
Nesta foto, tirada em 1977, Niki Lauda testa o famoso protótipo da Ferrari 312T6 com suas quatro rodas motrizes na pista de Nardò, na Itália. O teste era para um melhor estudo sobre a resistência das rodas traseira em relação ao ar.
A pista de Nardò foi construída pela FIAT em 1975 e vendida em 2012 para um grupo ligado à Porsche.

4 Horas de Goiânia - Uma estreia e tanto para Renan Guerra e Marco Pisani

Um inicio promissor: Marco Pisani/ Renan Guerra vencendo na estreia deles com Ligier e na classe P1 (Foto: Bruno Terena) O autódromo de Goiâ...