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sábado, 4 de setembro de 2010

Tragédias Monzianas

Desde que me entendo por gente e acompanho a F1 desde o final do anos 80, sempre achei o circuito de Monza um dos que tem o ar mais carregado. Não apenas de suas históricas provas, mas também, principalmente, pelas tragédias que ali aconteceram. Em quase 90 anos de existência, que será completada em setembro de 2012, Monza foi palco de vários acidentes fatais. Eis alguns:


GP de Monza, 1933- Após um carro ter derramado óleo na curva Sul durante a disputa da primeira bateria, Giuseppe Campari, pilotando seu Alfa, escorrega na poça de óleo que foi mal coberta pelos comissários com o uso de areia (!!!!) e acaba capotando seu carro, morrendo esmagado por este. Na tentativa dos outros pilotos em escapar desta poça, Borzacchini rodou e capotou seu Bugatti que foi deslizando pela borda da curva. Morreria horas mais tarde quando dava entrada no hospital. Na nona passagem, no mesmo local, o Conde polonês Stanislav Czaikowisk também escaparia por causa do óleo e capotaria seu Maserati que incêndiou-se a seguir. De se lembrar que Campari, para ter um carro mais leve durante a disputa, preferiu correr sem os freios dianteiros que, de alguma forma, poderia tê-lo salvado. Este era seu último GP, já que havia anunciado sua retirada das competições para se dedicar ao canto liríco.


GP da Itália, 1961- Numa disputa, ainda no início da prova, Von Trips que estaa na briga pelo título daquele ano, acaba por tocar rodas com o novato Jim Clark no final da reta Parabólica. Seu carro é lançado contra um barranco que serve de catapulta, indo de encontro a uma multidão. O carro saiu desgovernado e passou que nem um foice, matando além de Von Trips, mais 14 pessoas. O título ficou com seu compenheiro de Ferrari Phil Hill. Talvez o destino de Trips estivesse traçado, pois o avião que o conduziria de volta a Alemanha caiu matando todos os passageiros e tripulantes.


Treinos para o GP da Itália , 1970- Emerson Fittipaldi já havia tomado um susto quando perdeu o freio de seu Lotus 72 no final da parabólica, batendo na traseira do Ferrari de Giunti e decolando. Com o carro de Emerson lá foi Rindt treinar. Sem a asa traseira, para ganhar mais velocidade de reta, e sem o uso de cintos de segurança (ele temia sofrer algum acidente a ficar preso nos cintos, como aconteceu com seu amigo Piers Courage, morto em Zandvoort naquele ano) Rindt chegou ao final da Parabólica e passou por Denny Hulme e quando buscou o freio do Lotus, não achou. O carro guinou para a esquerda indo bater no guard-rail, que estava mal fixado naquele ponto. A frente do carro desintrou-se e Jochen, que estava sem o cinto, deslizou e teve sua garganta degolada pelo vidro do painel. Rindt ainda ganharia aquele mundial, tornando-se o único campeão post-mortem da F1.


GP da Itália, 1978- Com os carros ainda alinhando, a sinal para a largada foi dada para a largada e quando os carros se afunilavam para a entrada da primeira chicane, Patrese deslocou seu Arrows de forma brusca o que forçou Hunt a também fazer o mesmo movimento. Nisso Peterson, que já havia batido pela manhã no warm-up e destruido sua Lotus 78, vinha de trás e acabou sendo jogado contra ao guard-rail. O carro teve a frente totalmente destruída e em seguida incendiando-se. O fogo foi apagado e Ronnie retirado do carro com a ajuda de outros pilotos e comissários. Ele foi atendido na pista e levado para o hospital, onde foi operado. Morreu horas depois, por conta de uma embolia múltipla.

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