A foto em questão é do GP da Itália de 2008, aquela que Vettel, de modo soberbo, venceu e assombrou o circo com uma mirrada Toro Rosso frente a Ferraris e Mclarens que se matavam pelos títulos de pilotos e construtores. Lá trás, o drama: tanto Barrichello, quanto Button, lutavam por algo naquela corrida. Mas nada veio: Jenson foi o 15º e Rubens o 17º.
No GP do Brasil, última etapa, aquele clima de decisão tinha os dois lados: a batalha entre Hamilton e Massa pelo título monopolizava o ambiente, mas do outro lado a decisão vinha do time da Honda, onde Barrichello parecia viver seus últimos instantes. Cheio de perguntas sem respostas, Rubens usou naquele final de semana o capacete de Ingo Hoffman, homenageando o piloto brasileiro que correu na F1 nos anos 70 pela Copersucar. Não foi um grande final de semana, pois terminou em décimo quinto. E parecia que os seus dias haviam terminado. E parecia, claro, afinal ninguém, nem mesmo o próprio, tinha idéia do que iria acontecer no futuro principalmente depois da Honda anunciar que não participaria do mundial de 2009.
E de repente, num daqueles contos de fada que acontecem de tempos em tempos, Ross Brawn assumiu o comando, fundou uma equipe e deu à Barrichello a chance de mais uma temporada. E ao seu lado Button. Foi uma bela temporada, muito além do que todos poderiam imaginar: a novata equipe foi campeã de pilotos com Button e de construtores, e Rubens pôde voltar à linha de frente e vencer mais dois GPs na sua carreira.
Terminado o sonho, ele seguiu rumo à Williams, para realizar o sonho de competir pela equipe de Grove. Foram duas temporadas, medianas, que chegou ao fim hoje com o anúncio que Bruno Senna havia sido o escolhido para fazer dupla com Maldonado.
Foram dezoito temporadas de ódio e paixão em doses igualmenete cavalares, onde ele inflou a torcida de esperanças e depois teve que arcar com as inúmeras chacotas por não conseguir resultados que o público e, porque não, imprensa esperava.
Agora Rubens está à pé e, pela sua obsessão doentia pela F1, ele deixou de ter uma despedida decente da categoria que por tantas vezes declarou sua paixão. Mas ele soube aproveitar bem os momentos que passou ali, talvez tanto qualquer um piloto quew tenha passado ali.
O que faltou: o mundial e uma vitória o Brasil, claro. Mas se tiver gana, pode conquistar outras vitórias em outras praças. É só querer.
Sei lá... enquanto houver a chance de uma HRT eu não duvido que ele continue tentando.
ResponderExcluirÉ, pode ser... mas acho difícil.
ExcluirMesmo estando na Williams, ele sabia que uma hora ou outra a coisa poderia melhorar por lá. HRT é fria total.