A segunda vitória de Lewis no campeonato (Foto: Reuters) |
Hungaroring, que abriu a segunda metade do Mundial, foi o palco da prova mais chata do campeonato até aqui e nem mesmo o advento do DRS e os pneus de farinha da Pirelli foram páreo para fazer desta prova, ao menos, interessante. Grosjean e Raikkonen, em momentos distintos da corrida, perseguiram Lewis de perto ameaçando a liderança do britânico. Após a primeira rodada de pit stops, Romain parecia que iria buscar e ultrapassar Lewis em algum momento da prova, mas isso não veio por causa da sua impetuosidade na condução do Lotus. Os seus erros, pequenos, como uma breve saída de traseira na chicane ou um escapada para fora dos limites da zebra na curva 11, aliados a um deterioramento precoce dos pneus macios, limaram a possibilidade de tentar uma ultrapassagem sobre Lewis. Sobre o inglês, ficou evidente que ele poupou bem a borracha nessa corrida. Apesar da aproximação perigosa de Grosjean, ele estava pronto para responder aos ataques e abrir uma pequena diferença no último setor que o deixaria mais confortável na reta dos boxes, local onde foi permitido o uso do DRS.
Essa mesma artimanha foi usada contra Raikkonen, que havia colocado pneus médios na última parada de boxa e teria borracha mais nova que Lewis nas últimas voltas. Apesar de Kimi ter tirado uma diferença de mais de três segundos, a distância entre eles nunca foi inferior à 0.4 segundos, o que daria ao finlandês a chance de tentar ultrapassagem na final da reta. Hamilton fez o mesmo trabalho de antes, quando enfrentou Grosjean e abria diferença, pequena, no segundo setor e se segurava nos demais. Ou seja, a corrida que Lewis apresentou em Hungaroring foi sensacional e mostrou que, às vezes, ele sabe poupar pneus apesar disso ser uma coisa extremamente rara em sua pilotagem.
Alonso também saiu sorrindo da Hungria. Conseguiu ampliar a sua vantagem para 40 pontos sobre Webber e entra nestas últimas nove corridas da temporada trabalhando para aumentar essa vantagem que, segundo o próprio, ainda não é o suficiente para garantir o título. A prova da Ferrari foi mediana numa pista que, particularmente, achava que eles poderiam ir bem. Alonso fez um sétimo tempo e conseguiu salvar um quinto lugar quando mais parecia que Webber seria o dono dessa posição, até que precisou fazer mais um pit stop e ficar encaixotado na Williams de Bruno, que fez um belo trabalho na prova húngara ao fazer todo o certame entre os dez primeiros. Massa esteve sempre uma posição abaixo que o seu compatriota e não teve uma tarde tão interessante assim, e vê, com mais força, outros nomes aparecendo para ocupar o seu lugar em 2013.
A pausa que a F1 fará neste próximo mês de agosto, será crucial para o restante do campeonato. Serão sequências de provas feitas em "Full Throtlle", sem muito tempo de melhorias por parte das equipes. Spa é a próxima parada, lugar onde Raikkonen se sente muito à vontade e que Hamilton é brilhante e onde Alonso pode tirar mais um pouco da sua horrenda Ferrari. Ah, e os Red Bulls estarão no páreo, claro. Spa será sensacional.
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