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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

GP da Itália: Hamilton, o novo desafiante


Hamilton a caminho da pole, no sábado: a vitória no domingo foi uma água na fogueira iniciada
em Spa, devido a nova asa traseira dada à Button. O sonho do título ainda esta aceso, mas o
clima em Woking não é dos melhores.
(Foto: Getty Images)
A pole de Hamilton no sábado tinha sido apenas a primeira parte de algo de que denunciava ser uma tarde prateada no domingo. Para isso era preciso dobrar a primeira chicane na frente e contar com uma dose de sorte para não acontecer nenhum acidente. Acidente não houve, foi uma largada limpa, mas Hamilton teve que fazer um esforço para segurar a primeira posição frente a um ousado Felipe Massa que emparelhou seu Ferrari com a McLaren do inglês, forçando-o frear um pouco mais tarde e sustentar uma liderança que seria perdida apenas por algumas voltas após seu único pit-stop para a grande sensação da tarde Sérgio Pérez, que fez uma das melhores, ou talvez melhor, apresentação dele nestes quase dois anos de F1. O piloto mexicano largou com pneus duros frente aos seus concorrentes que saíram com os médios, e isso lhe deu vantagem de escolher parar mais tarde e usar de modo integral e sem sofrer muito desgaste os pneus médios na parte final da corrida, podendo assim arrancar de um quinto lugar para o segundo. E mais umas quatro, cinco ou seis voltas, ele estaria pronto para ultrapassar Hamilton e assumir a ponta para uma vitória inédita para ele e a Sauber.
Enquanto que Lewis estava intocável na liderança da prova, a segunda colocação para baixo estava numa disputa fervorosa. Felipe tinha conseguido acompanhar o ritmo de Hamilton nas voltas iniciais, mas os pneus do seu Ferrari degradaram-se rapidamente dando à Button a chance de assumir a segunda colocação. Uma posição dos sonhos para a McLaren, que tem vencido as últimas etapas, mas o problema no pescador de combustível arruinou uma possível dobradinha em Monza. Alonso foi brilhante na sua largada ao ganhar quatro posições na primeira volta e aparecer em sexto na abertura do segundo giro. Ele sabia que perder tempo atrás de Di Resta, Kobayashi, Raikkonen e Rosberg arruinariam qualquer chance de tentar, ao menos, um pódio no GP italiano. Encontrou alguma resistência por parte de Schumacher, que se beneficiava da potência do motor Mercedes na reta para vencer os duelos contra o espanhol, que só foi perdido quando Alonso conseguiu pegar o vácuo na reta dos boxes e efetuar a ultrapassagem. Era visível que Fernando estava cauteloso nos duelos e com Vettel, ele parecia ainda mais. Porém, após a troca de pneus, ele estava disposto a ganhar a posição do alemão a todo custo quando aconteceu o lance do dia: Vettel deu o lado de fora da Curva Grande para o espanhol, que mergulhou para tentar assumir a quarta colocação. O espaço era pequeno e Fernando foi com as quatro rodas na brita, conseguindo domar o Ferrari e voltando ainda em quinto. Voltas depois ele voltou com carga máxima e passou o alemão antes da chicane Roggia. Mas antes disso, reclamara veemente sobre a manobra de Sebastian e algum tempo depois os comissários puniriam com um Drive Through o piloto da Red Bull. Punição discutível, uma vez que Alonso, com o mesmo Vettel, fizera algo parecido quando o alemão tentou a ultrapassagem por fora na Curva Grande no GP do ano passado e saiu sem punição. Apesar de todo esse rebuliço, Vettel abandonaria voltas depois por problemas no alternador e prova se tornou desastrosa para a equipe quando Webber também saiu da corrida após uma rodada na saída da Ascari. Um final de semana para ser esquecido.
A vitória de Lewis em Monza coloca-o de volta na disputa pelo título. Está agora com 37 pontos de desvantagem para Alonso (179x142) e o McLaren é o melhor carro da F1 desde o GP da Hungria. Mas vale lembrar que o carro cromado de Woking é perfeito pára circuitos de alta, como ficou bem visto em Spa e Monza. Na Hungria, apesar da bela vitória de Hamilton, ele precisou domar o ímpeto do duo da Lotus para não perder a corrida. Ou seja, em pistas que requerem maior carga aerodinâmica, o McLaren talvez não tenha uma grande vantagem. Dessa forma ficará fácil para que Ferrari, Red Bull e, eventualmente, Lotus igualem as forças. A pista citadina de Cingapura será um palco perfeito para a queda de braço entre Alonso, Hamilton e Vettel já que eles são brilhantes naquele traçado. E os bons coadjuvantes dessa temporada estarão a postos para beliscar algo nessa corrida.  

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