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sábado, 26 de abril de 2014

WEC: Uma grata surpresa

Passado quase uma semana da abertura do Mundial de Endurance, que se deu no último dia 20 com a realização das 6 Horas de Silverstone, ainda impressiona bastante como a Toyota esteve em grande forma na pista inglesa frente aos dois times que mais foram comentados como possíveis vencedores nesta etapa de abretura: Audi e Porsche.
E porque considerar como grata surpresa um time que está envolvido no campeonato desde 2012? A diferença das duas últimas temporadas em relação a esta, é que a Toyota parece ter conseguido um salto de qualidade e confiabilidade que não havia alcançado nos dois últimos anos. Enquanto que em 2012 eles entraram quase de última hora no mundial, disputando o certame à partir de Le Mans (em Sebring eles ainda não estavam prontos, enquanto que em Spa a estréia foia adiada após os TS030 ter sofrido um acidente nos testes em Paul Ricard) e obtendo uma rápida adaptação, que rendeu aos
nipônicos três vitórias - Interlagos, Fuji e Xangai - trazendo uma expectativa de que em 2013 eles seriam uma grande adversária para a Audi. Infelizmente, devido um a mal acerto do TS030 Hybrid e claro, a rápida reação do alemães com o R18 e-tron Ultra, deixaram-nos para trás nas primeiras corridas. Se bem que o protótipo japonês havia mostrado boa velocidade, mas a falta de confiabilidade também foi um percalço para eles que conseguiram algo de interessante apenas no dilúvio de Fuji e no deserto do Bahrein. Uma reação que veio tardia para eles. 
O programa de desenvolvimento do TS040 foi praticamente ultra-secreto: enquanto que Porsche e Audi mostravam ao mundo as suas jóias, destrinchando que quase toda a mecânica de seus protótipos - principalmente a Porsche -, a Toyota preferiu ficar escondida e trabalhar incessantemente em pistas escondidas, bem longe dos olhares da imprensa. Os japoneses só mostraram a cara na semana dos testes em Paul Ricard, e ainda assim com um desempenho bem discreto se comparado ao furacão que foi a Porsche e Audi na pista de Le Castellet. 
Em Silverstone as coisas mudaram de figura com a ótima pole alcançada pelo Toyota #7 TS040, com uma pífia diferença de cinco milésimos para o Audi #1. O mais impressionante foi o que eles conseguiram no domingo: enquanto que as duas equipes alemãs estavam um pouco perdidas com as mudanças de tempo na pista inglesa, os dois Toyotas esbajavam velocidade e confiabilidade durante as seis horas de corrida - que foi encerrada minutos antes devido a forte chuva. Certamente tem aqueles que acreditam que caso a prova tivesse sido realizada com o tempo seco, as coisas teriam sido totalmente diferente. Ao que parece, mesmo nos períodos de pista seca, a Toyota esteve em grande forma e mesmo com a breve presença do Audi #1 na segunda posição, este não pareceu ser páreo para os carros azuis. Muito menos a Porsche, que perdeu um de seus carros ainda na segunda hora de corrida e o outro ficou em terceiro, sem ser uma grande ameaça aos japoneses. 
Apesar da Porsche ainda apresentar uma falta de ritmo, o que é normal para um carro totalmente novo, ainda sim foi um belo resultado e a esperança é que estejam em boa forma com até Le Mans. Para a Audi, que não ficava de fora de uma prova desde a Petit Le Mans de 2011, essa foi catastrófica: os dois carros ficaram de fora devido a acidentes e as estratégias de box foram erradas, o que colaborou um pouco para que a equipe e pilotos ficassem embananados durante a prova. Certamente eles irão para Spa para tirar essa diferença para a Toyota e apagar a má impressão deixada em Silverstone. 
Semana que vem ocorrerá a segunda etapa na Bélgica com realização das 6 Horas de Spa. É de se esperar um duelo interessante entre as três grandes fábricas, mas pelo que foi visto em Silverstone com o desempenho da Toyota com o seu motor de 1000hp, será um desafio e tanto para os alemães tentarem alcançá-los.      

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