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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Foto 477: Circuito del Carnaro (Opatija)

O traçado do Circuito de Carnaro, 1939
Tendo sido utilizado em apenas uma corrida de grande porte, o Cicuito del Carnaro tinha a extensão de 6km e estava encravado entre as cidades de Abazzia e Mattuglie. A pista, que utilizava vias públicas, tinha 14 curvas (sete para esquerda e sete para direita) e mais a reta de largada, sendo feita em sentido horário.
A "Coppa Mussolini" foi a corrida a ser realizada em 1939, no mesmo dia que o Coupe de la Comission Sportive, que foi realizado em Reims, e as equipes italianas foram impedidas de disputarem esta corrida.
Mas apenas a Maserati é que compareceu para a prova com seus modelos 4CLT e 6CM, num total de onze carros (dois 4CLT e o restante eram 6CM).
A prova foi vencida por Luigi Villoresi, após 25 voltas. Para Luigi foi a primeira corrida que fizera após a morte de seu irmão Emillio, que falecera durante um teste com a Alfa 158 em Monza algumas semanas antes.

Resultado 

1- Luigi Villoresi - Maserati 4CL1h10m41.2s
2- Franco Cortese - Maserati 4CL - 1h11m03.4s
3 Emilio Romano - Maserati 6CM - 1h18m17.6s
4-John Rocco - Maserati 6CM – 1 Volta
5-Henry placa - Maserati 6CM -  Não completou
6-Pino Baruffi  - Maserati 6CM - Não completou
7-Guido Barbieri - Maserati 6CM - Não completou
8- Paul Pietsch - Maserati 6CM - Não completou 

Para 1940 foi cogitada um outra prova no mesmo local, agora contando com a participação de carros alemães. Mas devido a guerra, ela não foi realizada.
Após a Segunda Guerra, o local tornou-se território da Iugoslávia e desde então várias provas, especialmente de motos, foram realizadas por lá. Provas de carros, desde os fórmulas até GTs, tiveram edições de 1950 até 1968.
As provas de moto tiveram lugar cativo naquele circuito - que passou a chamar-se Opatija -, sendo que a primeira prova a ser realizada pós-guerra foi em 1947 com provas de moto e o primeiro vencedor foi Danilo Sirica.
A partir de 1969 a pista passou a compor o calendário do Mundial de Motos e ao mesmo tempo a ser uma das mais perigosas para a modalidade, devido o seu layout de rua/estrada e com uma mistura de rochas ladeando a pista e penhascos, já que o traçado ficava encravado próximo ao Mar Adriático.
Por dois anos - 1969 e 70 - a prova foi chamada de Adriatic Grand Prix e todas as categorias do Mundial de Motos correram por lá (50cc, 125cc, 250cc, 350, 500cc e mais os Side Cars). As vitórias nas 500cc foram de Godfrey Nash (1969) com uma Norton e Giacomo Agostini (1970) com uma MV Augusta.
Em 1971 a prova não foi realizada, voltando em 1972 agora com o nome de Grande Prêmio da Iugoslávia. Naquele ano, fora os Side Cars, as demais categorias do Mundial competiram por lá e a vitória nas 500cc foi de Alberto Pagani, numa MV Augusta.
Devido as trágicas corridas no GP das Nações e no Tourist Trophy, a prova de 1973 foi boicotada pelas principais fábricas (Yamaha, Harley e MV Augusta) que consideraram a pista iugoslava também perigosa. Apesar deste boicote, as provas foram realizada e a vitória na 500cc ficou para Kim Newcombe, com uma König.
A partir de 1974 a 500cc não participaria mais do GP iugoslavo. Giacomo Agostini, pilotando uma Yamaha pela 350cc, venceu. Mas aquela etapa foi marcada pela morte do britânico Billie Nelson, que competia na 250cc. Ele perdeu o controle de sua Yamaha e acabou por acertar algumas pessoas que estavam na beira da pista. O piloto veio a falecer no hospital.
A prova de 1976 foi realizada sem sustos e a vitória nas 350cc foi de Olivier Chevallier, com uma Yamaha.
O GP de 1977 acabou por ser ó último realizado em Opatija, após as mortes de Ulrich Graf e Giovanni Ziggiotto durante as provas da 50cc e 250cc, respectivamente. A FIM já havia alertado os organizadores do GP sobre a falta de segurança do traçado de Opatija, e caso não fosse melhorado a corrida não seria mais realizada ali. Infelizmente aquela última aparição do Mundial de Moto foi ensombrada pelas mortes destes dois pilotos. Ulrich Graf perdeu o controle de sua moto, indo de encontro as rochas. Graf acabou por morrer no hospital no mesmo dia. Nas 250cc, Giovanni Ziggiotto caiu de sua Harley Davidson e foi acertado por Per-Edvard Carlsson. Apesar dos graves ferimentos, Ziggiotto ainda resistiu por onze dias no hospital de Rijeka até que veio a falecer. Carlsson também machucou-se seriamente, mas escapou. O último vitorioso em Opatija foi Takazumi Katayama, numa Yamaha.
O traçado de Opatija não foi mais usado e as provas de moto, assim como a do Mundial de Motos, foram levadas para Rijeka a partir de 1978. 

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