O grande Tom Kristensen foi o Marshall na abertura das atividades em Le Mans |
(Foto: 24 Hours of Le Mans/ Twitter) |
A abertura das atividades para esta prova Centenária das 24 Horas de Le Mans não poderia ter sido melhor. A esperança de vermos uma competitividade aberta, principalmente na classe rainha do endurance mundial, foi reforçada com uma batalha que já vinha se desenhando nas três primeiras provas desta temporada e a qualificação, onde se deu a definição dos oito melhores de cada classe para o Hyperpole de amanhã, não nos deixa mentir.
Iniciando pelo primeiro treino livre, que deu às equipes três horas de pista aberta, vimos uma Toyota mostrar um bom ritmo com seus dois carros, sendo que o #8, pilotado por Brendon Hartley, foi o mais veloz na parte final daquela sessão com a marca de 3'25"742 e o #7 ficando a 1 décimo da marca. Apesar de terem sido os mais velozes, a diferença entre os oito primeiros esteve no mesmo segundo o que sugeria uma boa disputa para mais tarde quando a qualificação chegasse.
A Peugeot, naquela ocasião, ainda tinha feito um bom treino ao se colocarem na sexta e sétima posições, porém problemas assombraram os franceses. Foi um treino interessante para os Cadillac da Ganassi e os Porsche da Penske, trazendo uma opção interessante para a qualificação.
Na contramão de tudo, aparecia a Ferrari com seus 499P que tinha no #50 o seu melhor na oitava posição com nove décimos de atraso para o Toyota #8, mas ficava claro que os esforços eram para mais tarde.
Para Glickenhaus e Vanwall as coisas ficam mais difíceis frente a carros oficiais e semi-oficiais, mas os americanos conseguiram um bom ritmo ficando, em média, dois segundos de atraso para o ponteiro.
Na LMP2 aquela sessão revelou o Oreca #28 da JOTA Sport como o mais veloz, sendo 32 milésimos melhor que o #37 da Cool Racing. A diferença para o restante do pelotão foi de 1 segundo para cima.
Entre os LMGTE AM a Aston Martin, através do #55 da GMB Motorsport, foi a mais veloz com o Porsche #86 da GR Racing em segundo e o Aston Martin #72 da TF Sport em terceiro. Foi uma classe que teve seus nove primeiros no mesmo segundo.
Essa primeira atividade não ficou ilesa de acidentes, que o Ferrari #66 da JMW Motorsport escapou na Chicane Motul e foi para a barreira de pneus, algo que aconteceria mais tarde com o Alpine #35 no mesmo local.
O acidente que mais causou preocupação foi entre o Aston Martin #777 da D'Station que era pilotado no momento por Casper Stevenson e o LMP2 #13 da Tower Motorsport, conduzido por Steven Thomas, quando o GT bateu nas barreiras antes da Tertre Rouge e ficou no meio da pista. Apesar da sinalização com bandeira amarela e com os carros que vinha a seguir desviando, o #13 acabaria por acertar o Aston Martin. Por sorte, os danos foram apenas materiais e a D'Station e Tower precisaram trocar seus carros para prosseguirem no certame.
Na qualificação, Ferrari a mais veloz
(Foto: Ferrari Hypercar/ Twitter) |
Como era previsto, esta era a sessão onde o nível subiria e a batalha seria mais intensa, fazendo já um prelúdio do que esperar para a Hyperpole que contará com os oito melhores de cada classe.
A Ferrari mostrou seu potencial, que já era conhecido das etapas passadas, ao colocar os dois 499P na primeira fila. Antonio Fuoco (que estava na zona de corte quando faltavam 20 minutos para o fim) conseguiu superar o outro Ferrari #51 ao anotar 3'25"213, sendo 1 décimo melhor que o tempo feito por Alessandro Pierguidi que havia liderado a classe. Foi uma boa disputa contra os Toyotas, que aparecem na segunda fila com #7 e #8 em terceiro e quarto, respectivamente.
As demais posições que foram para o Hyperpole de amanhã foram seguidas pelos dois Porsche da Penske (#5 #75) e pelos dois Cadillac da Ganassi (#03 e 02).
Não foi uma sessão feliz para os demais, principalmente o Porsche #38 do Hertz Team Jota que entrou já no final para a sua qualificação e não obteve êxito; os dois Peugeot 9x8 que ficaram bem abaixo, levando mais de dois segundos do Ferrari #50.
Nos LMP2 a disputa foi bem acirrada. Pietro Fittipaldi, no comando do #28 da JOTA cravou o melhor tempo em 3'34"751, dois milésimos melhor que o tempo feito pelo #41 do Team WRT. Como foi dito acima, a batalha foi boa nessa classe com os 14 primeiros ficando no mesmo segundo.
Além do #28 da JOTA e o #41 do Team WRT, o #63 da Prema Racing, #48 da Idec Sport, #10 da Vector Sport, #47 da Cool Racing, #923 da Racing Team Turkey e o #09 da Prema Racing passaram para a Hyperpole de amanhã.
A surpresa desta qualificação foi a não ida de nenhum carro da United Autosport e da Alpine, equipes que normalmente se qualificam para a fase final do classificatório.
A Ferrari teve um ótimo desempenho na LMGTE AM onde Alessio Rovera levou o Ferrari #83 da Richard Mille AF Corse ao primeiro lugar com o tempo de 3'51"877. Foi 37 milésimos melhor que a marca do outro Ferrari da AF Corse #54 de David Rigon. A terceira posição ficou para o recuperado Corvette #33 de Nicky Catsburg, que foi revitalizado a tempo dessa qualificação após o acidente no final do treino livre.
Além destes três, o Aston Martin #25 da ORT, Ferrari #57 da Kessel Racing, Aston Martin #55 da GMB Motorsport, Ferrari #21 da AF Corse e a Ferrari #74 da Kessel Racing.
Desde que este sistema foi adotado, esta foi a primeira vez que nenhum Porsche passou para a Hyperpole.
O Camaro ZL1 #24 da Hendrick Motorsport continuou a fazer tempos bem melhores que os da LMGTE AM, com Mike Rockenfeller a fazer o tempo de 3'47"976.
A Porsche aparece no segundo treino livre
(Foto: Porsche Races/ Twitter) |
A parte da noite foi dedicada para que as equipes e pilotos passassem trabalhar no melhor acerto para este turno. Dessa forma, a Porsche, com o #6 pilotado por Laurens Vanthoor, foi o melhor dessa sessão noturna ao chegar na casa de 3'28"878. Ele desbancou a Ferrari #51 que havia passado quase todo treino na ponta da tabela. A terceira posição foi do outro Porsche #6 pilotado por Dane Cameron.
De se destacar os problemas enfrentados pelo Cadillac da Action Express, quando Alexander Sims teve algum contato e apareceu lento na pista com o carro um pouco danificado.
Esta foi também uma importante sessão para a Hertz Team Jota que pode fazer o seu treino, após uma qualificação problemática.
Na LMP2 a Prema com o seu #63 foi a mais veloz com o #22 da United Autosport, que enfim apareceu nestas atividades, foi o segundo. A terceira posição ficou para o #28 da JOTA Sport, sempre com Pietro Fittipaldi comandando o carro nas voltas velozes.
A Kessel Racing, com o Ferrari #74 pilotado por Kei Cozzolino, fez a melhor marca na LMGTE AM com 3'53"796. A segunda posição ficou para o Porsche #60 da Iron Lynx e a terceira colocação ficando para outro Porsche #56 da Project 1.
Amanhã continuam as atividades com a realização do terceiro e quarto treino livre e também da Hyperpole, que decidirá os poles de cada classe.
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