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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Sobre as 24 Horas de Daytona e Fernando Alonso



É claro que é um tanto tarde para falar sobre as 24 Horas de Daytona. Uma que eu estava em Interlagos neste fim de semana trabalhando na abertura da temporada do Campeonato Paulista de Automobilismo e outra que os últimos dias tem sido corridos, portanto o tempo tem sido bem escasso. Tanto que nem tive tempo de ver os melhores momentos da prova. Mas pude ler os comentários via Twitter – assim como os vídeos por lá –  e também alguns textos. A partir disso, meio que as cegas, vou procurar ser breve no texto.
Com tanto bons pilotos bem distribuídos pelas equipes, principalmente entre os DPi, era de se esperar uma corrida de alta qualidade e foi o que se confirmou. Para quem presenciou as atuações de Fernando Alonso, Helio Castroneves, Alexander Rossi, Jordan Taylor, Felipe Nasr, Pipo Derani, Kamui Kobayashi, Juan Pablo Montoya e tantos outros, não tem do que se queixar. Principalmente ao ver duelos memoráveis de Alonso vs Castroneves e Jordan Taylor vs Pipo Derani em meio a um aguaceiro de fazer inveja ao dilúvio universal. Aliás, a chuva torrencial acabou por roubar, talvez, o grande momento que seria aquela última hora e meia de corrida num possível duelo entre Nasr e Alonso pela ponta da corrida. Infelizmente o brasileiro acabou errando e Fernando aproveitando bem a chance para assumir a liderança num momento que tornaria-se crucial, já que a prova seria interrompida minutos depois. Apesar de sabermos sempre e também lembrarmos aos demais que corridas de endurance o conjunto é que se faz o forte para este tipo de competição, não podemos, também, deixar de destacar quando algum piloto faz a diferença no volante. Por tantas vezes destacamos, por exemplo, as atuações alucinantes e letais de Pipo Derani que pilotava de forma mágica nos seus turnos finais para arrancar vitórias marcantes e importantes. Nestas 24 Horas de Daytona foi Fernando Alonso quem teve seu grande destaque ao fazer turnos importantes para que o Cadillac #10 se mantivesse na dianteira da prova: o seu primeiro turno, ao pegar o carro da mão de Jordan Taylor na nona colocação e entregar para Kobayashi  na liderança da prova em torno de 16/ 18 segundos de vantagem para o segundo colocado – após duelar fantasticamente com Helinho – e depois assumir o comando do carro após o turno de Van Der Zande e andar até três segundos mais veloz que os outros que vinham em seguida já no meio de uma chuva pesada, só mostra o quanto que o espanhol ainda tem lenha para queimar. E claro, é que se espera dele em qualquer que seja as condições. Mas sempre devemos lembrar – sempre – que ele não estava sozinho no carro.
Apesar de não ter tido o resultado esperado, Alessandro Zanardi continua a nos inspirar, queira num carro de corrida ou nos handcycling. Ao assumir o comando do BMW M8 adaptado, Zanardi passou a ser um dos pilotos mais comentados da prova exatamente por sua perseverança e também pela velocidade, que não deve em nada para os demais. Infelizmente problemas no volante – que acabou tendo que ser trocado toda a barra de direção – acabou por limitar o quarteto.  Zanardi ainda foi extremamente elegante ao elogiar as atuações de fizeram!”. Mesmo que não tenha as dez pernas, ainda sim é um grande piloto e claro, um dos maiores exemplos do esporte mundial.
Por  falar em Farfus, este foi o brasileiro com melhor sorte ao vencer a prova na categoria GT Le Mans. O BMW M8 #25 foi conduzido por Farfus, Connor De Phillipi, Philip Eng e Colton Herta assumiu a liderança pouco antes da interrupção, quando o Ford GT #67 de Richard Westbrook, Ryan Briscoe e Scott Dixon precisou ir aos boxes para um rápido reabastecimento. Não apenas custou uma possível vitória, como também o pódio ao fecharem em quarto na classe.
Ainda sobre os brasileiros, além da segunda colocação de Nasr e Derani (e mais Eric Curran) com o Cadillac #31, Rubens Barrichello fechou em quinto com o Cadillac #85 da JDC – isso, sem contar que tiveram um acidente e foram recuperando. Talvez tivessem tido melhor sorte caso não acontecesse o acidente. Na sua despedida das pistas, Christian não teve melhor sorte por conta de problemas no seu Cadillac #5 que limitaram bastante o desempenho do trio, deixando-os na nona colocação. Para os demais brasileiros que estavam na classe GTD, a sorte não os acompanharam: mesmo tendo marcado a pole na classe, com Marcos Gomes ao volante, a trinca brasileira (Gomes, Chico Longo e e Victor Franzoni) mais o italiano Andrea Bertolini, despencaram na classificação e se recuperaram para fechar em sétimo na classe; o Acura com tripulação 100% feminina – que contou com Bia Figueiredo entre as garotas – teve contratempos e fechou em 13º; Daniel Serra não teve grandes hipóteses na prova ao ter o Ferrari #51 com a suspensão quebrada quando Paul Dalla Lana estava ao volante.

A caminhada de Fernando Alonso

Michael Levitt/ Images LAT

Esta conquista de Fernando Alonso em Daytona o coloca num quadro dos mais interessantes, juntando-se a grandes nomes do passado: tornou-se o terceiro campeão de F1 a vencer a clássica americana (Phill Hill em 1960 e Mario Andretti em 1972 foram os outros dois a conseguirem o tal feito); passa a ficar apenas de uma vitória de igualar A.J Foyt (que venceu as 24 Horas de Le Mans, 24 Horas de Daytona e Indy 500), isso sem contar que caso vença em Indianapolis, não apenas igualará Foyt como também Graham Hill na sua tão cobiçada Triplice Coroa (24 Horas de Le Mans, GP de Mônaco e Indy 500).
Por outro lado sabemos bem que caso ele tivesse conquistado tudo na Fórmula-1, dificilmente veríamos o espanhol em outras praças tentando estes feitos. Por outro lado, os acontecimentos na carreira de Alonso acabaram lhe abrindo a mente para outras “drogas” e isso tem feito muito bem a ele e também para o esporte: contar com um piloto de renome em provas importantíssimas do automobilismo mundial dá aos fãs dele e também de outras categorias a chance de conhecer melhor outros mundos. Principalmente para o fã árduo da Fórmula-1 que tem uma mente um tanto fechada para com outras categorias.
Apesar de ser chato em algumas situações o tanto que falam sobre o Fernando Alonso, também entendo a enorme má vontade que boa parte tem para com ele. Chega ser até engraçado – e ridículo também – ver comentários onde pessoas chegam creditar a vitória apenas ao piloto A ou B, ignorando a performance elogiadíssima de Alonso em Daytona. Como disse no texto anterior, ninguém ganha uma prova de endurance sozinho já que o conjunto num todo é importante para o sucesso da equipe e nem perde sozinho também, porém uma atuação de determinado piloto pode sim fazer a diferença na parte final do resultado. Por mais que se rasguem de raiva, este foi o caso do final de semana passado – mas nunca sem desmerecer o trabalho de seus parceiros de equipe Jordan Taylor – que foi igualmente brilhante na chuva –, Kamui Kobayashi e Van Der Zande – que sustentaram bem o Cadillac entre os primeiros nos seus turnos.
A verdade é que Alonso continua em grande forma e em maio terá seu desafio supremo na Indy 500, onde poderá alcançar para já ou não a sua tão sonhada Triplice Coroa.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Foto 612: Porsche Austria, Daytona 1970

Uma jóia... Gosto bastante deste layout do Porsche 917, onde existem algumas variações de cores como o vermelho (da primeira vitória em Le Mans), verde, amarelo...
Na foto, o Porsche 917K da Porsche Konstruktionen KG recebendo ajustes antes de entrar para a pista de Daytona, em 1970.
Kurt Ahrens Jr./ Vic Elford ficaram encarregados de conduzir o Porsche #3 nas 24 Horas de Daytona daquele ano. Apesar de marcarem a quarta colocação no grid, o duo não chegou ao fim abandonando na 337ª volta.
A vitória ficou com o Porsche 917K #2 de Leo Kinnunen/ Pedro Rodriguez/ Brian Redman.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Foto 557: Semente



Acho que para alavancar algo em certos lugares – leia-se países – é preciso ter uma referência, só deste modo é que as coisas podem fluir normalmente e virar uma febre.

Foi assim com a Fórmula-1 por aqui quando Emerson Fittipaldi apareceu repentinamente na categoria e passou a vencer com freqüência, até que chegasse aos seus títulos mundiais. Por mais que a experiência com o Fittipaldi Copersucar não tenha alcançado os sonhos que eles (irmão Fittipaldi) alçaram, a semente já havia sido semeada e germinaria rapidamente com a aparição de inúmeros pilotos brasileiros na categoria até que culminasse nas conquistas de Nelson Piquet e Ayrton Senna. E isso teve certa prorrogação com Rubens Barrichello e Felipe Massa. Emerson também contribuiu muito para a popularização do automobilismo norte americano com a sua ida para a Indycar nos anos 80, causando o mesmo efeito e abrindo o caminho para outras gerações que viram suas vitórias e título na categoria, isso sem contar suas duas conquistas na mágica 500 Milhas de Indianápolis. André Ribeiro, Christian Fittipaldi, Gil De Ferran, Helio Castroneves, Tony Kanaan e tantos outros que passaram e venceram – e continuam vencendo – por lá, tem muito que agradecer por esta “descoberta” de Emerson.

As provas de endurance por aqui ainda engatinham: as pessoas vêem as corridas com certa curiosidade, mas ainda não as encaram como provas da nata automobilística. Ainda tem em suas mentes que a Fórmula-1 ainda é o grande reduto do esporte a motor, onde que, para alcançar o olimpo dessa modalidade, você precisa vencer lá para mostrar que é o melhor do resto. A categoria ainda tem essa áurea, isso não podemos discutir, mas faz um par de anos que a Fórmula-1 tem perdido seu espaço no coração dos espectadores e também na preferência do pilotos. Para os fãs, o domínio único de uma equipe, os regulamentos cada vez mais confusos e a falta de competitividade têm os deixando mais insatisfeitos e por isso migraram suas atenções para outras categorias como a NASCAR, WEC e provas de turismo. Para os pilotos que almejavam chegar na categoria máxima, seus sonhos foram ficando pelo caminho a partir do momento que as vagas na equipe passaram a ser leiloadas ao invés de investirem pesado no talento natural, que muitos certamente tinham. Por isso que hoje, ao invés de tentarem chegar na F1 com caminhões de dinheiro, eles se viram para outras praças onde os lugares podem até ser comprados, mas por quantias bem mais modestas do que na F1. Ou acabam tendo seu talento reconhecido e ingressam em equipes onde possam ter reais chances de conquistar vitórias e até títulos, coisa que na F1 só conseguiriam se tivessem um bom dinheiro, ou numa equipe de ponta – que contasse com suas escolinhas – ou até mesmo um padrinho muito influente na categoria.
 
Pipo Derani mostrou neste fim de semana em Daytona que a as escolha em se aventurar no mundo dos protótipos tem sido a melhor: não podemos negar o talento deste piloto brasileiro ao volante destes carros da LMP2, que já fora visto anos atrás nas 4 Horas de Estoril, válido pela ELMS, e depois nos seus serviços prestados na LMP2 do WEC em 2015. Fazendo parte da equipe Tequila Patrón ESM, ele assumiu o Ligier JS P2 em seus turnos e deu todo seu potencial para abrir caminho a uma vitória inédita da equipe nas 24 Horas de Daytona, assim como de um modelo LMP2 e também da Honda em solo americano. E claro, para ele também, do alto de seus 22 anos, já carrega uma vitória numa das mais clássicas provas de endurance no mundo. E certamente, nesta crescente dele, outras oportunidades aparecerão e ele poderá aumentar este cartel.

Para o automobilismo brasileiro os demais representantes também contribuíram para esta que foi a melhor edição para o pilotos daqui: Rubens Barrichello, que ingressou na equipe da Wayne Taylor na semana da prova, fechou na segunda posição junto de seus companheiros. E a equipe teve boas hipóteses de vitória, mas não contavam com um passo espetacular de Pipo Derani com o Ligier da ESM. Igualmente a Action Express também estava com chances de dar a Christian Fittipaldi a oportunidade de chegar a sua terceira conquista em Daytona, mas problemas mecânicos acabaram deixando-os de fora do pódio ao terminar em quarto. Tony Kanaan, pela Chip Ganassi, era outro com boas chances, mas o Riley DP também teve seus contratempos por causa de problemas nos freios e mais tarde por conta de um acidente quando Kyle Larson estava ao volante, fazendo com que eles terminassem em sétimo na classe dos Protótipos e em 13º no geral. E ainda tivemos representantes na competitiva GTLM: Daniel Serra, a serviço da Scuderia Corsa, que estreava a Ferrari 488 GTE, fechou em quarto na classe e Augusto Farfus, sempre com a BMW, foi o quinto com a M6.

Enquanto que esta edição entra para a história do automobilismo nacional com mais este triunfo brasileiro em Daytona, acredito que mais uma vez a semente foi semeada. A escolha mais do que certa de Pipo Derani em seguir uma carreira num mundo desconhecido para a maioria do público brasileiro, dá uma chance para que novas gerações também olhem para as provas de endurance com mais atenção. Os esforços de pilotos como Oswaldo Negri Jr. e Christian Fittipaldi, os melhores pilotos brasileiros no mundo das provas de resistência, ganhou um reforço e tanto com esta vitória de Derani e se as coisas começarem a engrenar, podemos formar uma nova legião de pilotos nacionais invadindo estas corridas, assim como foi nos tempos de Emerson na F1 e Indycar.

E pra você que ainda resiste em assistir as provas de endurance, reveja seus conceitos: veja alguns vídeos desta edição, de edições passadas desta prova e de outras corridas. Isso certamente abrirá seu “apetite” por estas corridas sensacionais, com carros da mais alta tecnologia desde os protótipos até os GTs.

E para você que não gosta de endurance, meus pêsames! Não sabe o que está perdendo.
 
Mas ainda é tempo de reverter. Afinal, as sementes já foram plantadas.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Foto 552: Alfas


O esquadrão da Alfa Romeo nas 24 Horas de Daytona, 1968: as três Alfas Romeo T33/2 de Udo Schütz & Nino Vaccarella (20), Mario Casoni, Giampiero Biscaldi & Teodoro Zeccoli (22) & Mario Andretti & Lucien Bianchi (23) - da classe Prototipos -; e na classe Turismo o Giulia Sprint GTA #24 de Leo Cella, Teodoro Zeccoli & Giampiero Biscaldi e o outro Giulia Sprint GTA - da equipe privada da Meyers Construction - #64 de Taylor Del Russo, Bob Pratt, Bruce Meyers & Brad Booker.
Os três Alfas Romeo T33/2 terminaram a prova, fechando em quinto, sexto e sétimo (#20, #22 e #23), enquanto que as outras duas Alfas Romeo Giulia Sprint GTA fecharam em 19º e 20º (#64 e #24).
Ainda existiam outras duas Alfas T33/2: enquanto que Enrico Pinto/ Spartaco Dini (#25) abandonaram na volta 235, o #21 de Nanni Galli/ Ignazio Giunti acabou nem largando após um acidente durante os treinos.
A vitória nas 24 Horas de Daytona de 1968 foi do Porsche 907 LH #54 de Vic Elford/ Jochen Neerpasch/ Rolf Stommelen/ Jo Siffert/ Hans Hermann.

domingo, 28 de dezembro de 2014

Foto 464: Gulf

Se ontem a foto foi do Porsche 917K da Martini & Rossi Racing Team, hoje a imagem é dos vencedores das 24 Horas de Daytona de 1971 com o Porsche 917K #2 da J.W. Automotive Engineering conduzido por Pedro Rodriguez e Jackie Oliver.
A dupla fez as 24 horas em 688 voltas, uma a mais que Ronnie Bucknum e Tony Adamowicz que pilotaram a Ferrari 512 S Spyder #23 da NART (North American Racing Team).

sábado, 27 de dezembro de 2014

Foto 463: Martini

"E aí, gostaram do meu carro?"
O Porsche 917K #4 da Martini & Rossi Racing Team para as 24 Horas de Daytona de 1971, com Helmut Marko (de macacão azul) apoiado nele. Junto do austríaco, Rudi Lins (atrás) - que dividiu o comando do #3 com ele -, Gijs Van Lennep, Vic Elford - que comandaram este carro - e Derek Bell, sentado na beira do cockpit. Bell pilotou o Porsche 917K #1 da J.W. Automotive Engineering ao lado de Jo Siffert.
No entanto, o destino dos dois carros da Martini foram os mesmos: o #4 abandonou acidentado na volta 274 e o #3 acidentou-se da volta 470.
A vitória ficou para Pedro Rodriguez/ Jackie Oliver, com o Porsche 917K #2 da J.W. Automotive Engineering. 

sábado, 22 de novembro de 2014

Foto 423: Uma 24 Horas de Daytona para o Audi R8

Para um dos carros mais vitoriosos da história do automobilismo, a única conquista que faltava para lendário Audi R8 era as 24 Horas de Daytona, mas devido os regulamentos antiga Grand-Am, que repeliam os carros da LMP1, os R8 não tiveram essa oportunidade de desfilar sua imponência no famoso circuito.
Mas na semana passada, durante a Classic 24 Horas de Daytona (12, 13, 14, 15 e 16), essa injustiça foi resolvida quando o Audi R8 #38 conduzido por Doug Smith/ Andy Walace derrotou outros 125 concorrentes - eram 126 carros divididos por época de construção em seis grupos fizeram suas provas separadamente (quatro sessões de 42 minutos cada), que combinariam entre o dia e a noite e depois teriam seus tempos somados, definindo assim o campeão.
Para a equipe Rogers Motorsports, dona do Audi R8, acabou por prestar uma homenagem a um de seus integrantes e que também fez parte da Champion Racing - vencedora das 24 Horas de Le Mans de 2005 com Tom Kristensen/ J.J. Lehto/ Marco Werner - Keith Bransford, que morreu dias antes decorrente a um câncer nos ossos.
O nome de Keith foi colocado no carro junto da dupla vencedora. 


 

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Foto 327: Ratzenberger (3)

Outra prova clássica do Endurance teve a participação de Roland Ratzenberger: em 1992 ele dividiu o volante do Porsche 962 #52 do Team 0123 com Hurley Hailwood, Eje Elgh e Scott Brayton - este último viria a morrer durante os treinos para a Indy 500 de 1996, quando já estava com a pole assegurada.
O quarteto terminou na terceira colocação, nesta que foi a única aparição dele em Daytona.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Foto 304: Escalando

Não dá para identificar quem estava tentando escalar a bancada alta de Daytona, na edição de 1971 das 24 Horas, segunda etapa do Campeonato Mundial de Marcas, mas pode ser tanto um de seus dois pilotos - Dr. Helmut Marko/ Rudi Lins - como também um fiscal ou mecânico da Porsche.
Marko e Lins conduziram este Porsche #3 917K da equipe Martini & Rossi Racing Team durante 462 voltas da 688 realizadas. Eles abandonaram devido um acidente. O outro Porsche da Martini, conduzido por Vic Elford/ Gijs Van Lennep, já havia abandonado a prova também  por acidente.
A corrida foi vencida por Pedro Rodriguez/ Jackie Oliver no Porsche #2 917K da J.W.Automotive Engineering, seguido pelas Ferraris 512M de Ronnie Bucknum / Tony Adamowicz (North American Racing Team) e Mark Donohue/ David Hobbs (Penske-White Racing)

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Foto 291: Uma vitória franco-luso-brasileira na 52ª 24 Horas de Daytona

(Foto: IMSA/TUSC)
Num suspense no melhor estilo Le Mans as 24 Horas de Daytona, que completou a sua 52ª edição neste final de semana, teve uma vitória triplamente latina: o Corvete DP #5 da Action Express Racing chegou a conquista pelas mãos de Sebastian Bourdais (FRA), João Barbosa (POR) e Christian Fittipaldi (BRA) após um duelo contra o outro Corvete DP #10 da Wayne Taylor Racing, tripulado por Jordan Taylor/Ricky Taylor/Wayne Taylor/Max Angelelli, com direito a uma bandeira amarela no final da prova - nos últimos 10 minutos, mais precisamente. Coube ao português João Barbosa conduzir magistralmente o carro da Action Express à vitória, deixando Max Angelelli para trás assim que a bandeira verde foi agitada.
Para Sebastian Bourdais foi a primeira vitória nas 24 Horas de Daytona e também o primeiro francês a conquistar esta prova desde Emmanuel Collard, que venceu em 2006. Para João Barbosa e Christian Fittipaldi, foi a segunda conquista: o piloto português repetiu o feito de 2010 e Fittipaldi tornou-se o primeiro brasileiro a vencer a mítica prova pela segunda vez, sendo que a conquistou há exatos 10 anos quando esteve no comando de um  Ford Doran.
Desta vez os Riley Ford, que estiveram no comando dessa prova desde 2005, não tiveram uma boa jornada: os dois carros da Chip Ganassi - que neste período venceu cinco edições - não completaram a prova. O outro Riley Ford EcoBoost #60 da Mike Shank Racing, que contou com Oswaldo Negri Jr. no volante, teve problemas no câmbio que tiraram qualquer chance de um bom resultado. Eles voltaram para a corrida, terminando em 47º (12º na classe DP).
De toda forma foi um bom início para o novo campeonato promovido pela IMSA, o TUSC (TUDOR United SportsCar Championship). Uma pena que a equalização feita durante o Roar Before The Rolex 24 at Daytona jogaram os LMP2 para trás dos DPs. Quem sabe num futuro próximo não teremos um confronto direto entre americanos e europeus em terras ianques.
Seria - ou será - sensacional.

sábado, 11 de janeiro de 2014

"The Intimidator" nas 24 Horas de Daytona, 2001

Por mais que a sua carreira tenha sido muito bem sucedida na NASCAR, era difícil - ou praticamente impossível - ver Dale Earnhardt Sr. pilotando em outras categorias. Fora algumas aventuras na famosas provas do IROC, onde pilotos de outras categorias se confrontavam numa melhor de três corridas, Dale sempre esteve ligado unicamente à NASCAR.
Mas em 2001 o maior nome da categoria resolveu dividir o volante de um Corvete C5-R - com o mítico #3 gravado nele - com seu filho Dale Earnhadt Jr., Andy Pilgrim e Kelly Collins para disputar, pela primeira vez, as 24 Horas de Daytona. O carro foi inscrito na categoria GTS e o quarteto, que largou na 19ª colocação na geral, fechou na quarta posição com 14 voltas de atraso para os vencedores  Johnny O'Connell / Ron Fellows / Chris Kneifel / Franck Fréon que estavam ao volante do Corvete C5-R #2.
Abaixo um pouco da primeira entrada de Dale Earnhardt na prova de 2001.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Vídeo: 24 Horas de Daytona, 1993

Primeira etapa do campeonato de 1993 da International Motor Sport Association, ou simplesmente IMSA, as 24 Horas de Daytona foi realizada entre os dias 30 e 31 de janeiro. 58 carros estiveram presentes naquela prova e estavam divididos em seis classes: GTP, GTU, GTS, Lights, LM e Invitational GT. 
A pole foi feita pelo Eagle Mk III Toyota #98 da All American Racers, com P.J Jones / Rocky Moran / Mark Dismore ao volante com a marca de 1'33''875. A primeira fila foi fechada pelo outro Eagle Mk III Toyota #99 de Juan-Manuel Fangio II / Andy Wallace / Kenny Acheson.
A vitória coube aos autores da pole após 488 voltas e foram seguidos pelo Ford Mustang #11 (Roush Racing) - da classe GTS - com Wally Dallenbach, Jr. / Robby Gordon / Robbie Buhl / Tom Kendall no comando e a terceira colocação coube ao outro Ford Mustang #15 da Roush Racing, com John Fergus / Jim Stevens / Mark Martin dividindo o volante.
A segunda posição na GTP ficou para o Porsche 962 #16 da Dyson Racing, que teve como pilotos James Weaver / Rob Dyson / Price Cobb / Elliot Forbes-Robinson. Em terceiro ficou o Nissan NPT-90 #30 da MOMO Racing com Gianpiero Moretti / Derek Bell / Massimo Sigala / John Paul, Jr. ao volante.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Foto 260: Lado a lado

(Foto: Motorsport Golden Age/ Facebook)
O início de um dos grandes duelos do esporte a motor: os lendários Porsche 917K nas cores da petrolífera Gulf e comandada por John Wyer contra as Ferrari 512S da Ferrari estreando nas 24 Horas de Daytona, primeira etapa do Mundial de Marcas de 1970.
Na foto que encabeça o post, o Porsche #1 de Jo Siffert/ Brian Redman dividindo uma das curvas do oval de Daytona com a Ferrari #26 pilotada por Mario Andretti/ Arturo Merzario/ Jacky Ickx. A prova foi vencida pelo outro Porsche 917 #2 de Pedro Rodriguez/ Leo Kinnunen/ Brian Redman, seguidos pelo Porsche #1 e pela Ferrari #26.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Foto 221: 24 Horas de Daytona, 1971

(Foto: Porsche 917 Legend/ Facebook)
Mais uma bela foto, agora da largada para as 24 Horas de Daytona de 1971. Na pole a Ferrari 512M #6 do Team Penske que contou com os serviços de Mark Donohue/ David Hobbs; em segundo a Porsche 917 K #2 da JWE com Pedro Rodriguez/ Jackie Oliver; em terceiro a Ferrari 512M #22 da NART com o quarteto Peter Revsdon/ Sam Posey/ Chuck Parsons; Luigi Chinetti Jr.; em quarto a outra Porsche 917K #1 da JWE com Jo Siffert/ Derek Bell; a quinta posição era da Ferrari 512M #20 da NART (em parceria com a Young American Racing) com Masten Gregory/ Gregg Young e a sexta posição com a Ferrari 512S #23 da NART com Ronnie Bucknum/ Tony Adamowicz.
A vitória foi de Rodriguez/ Oliver com uma vantagem de uma volta (388) para a dupla Bucknum/ Adamowicz. Em terceiro fechou a Ferrari do Team Penske, com Donohue/ Hobbs.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Revista Speed - Edição 8

A edição número oito da Revista Speed foi ao ar agora pouco e com 64 páginas, ela aborda o Rally de Monte Carlo; as apresentações dos carros para a temporada 2013 da F1; as 24 Horas de Daytona; MotoGP e mais outros assuntos.
O carro-chefe desta edição é o Rally de Monte Carlo que foi dominado pelo aposentado, mas presente, Sebastien Loeb. Ricardo Batista esteve presente na competição e nos trouxe uma belo resumo daqueles dias gelados no principado.
Paulo Alexandre Teixeira assina o "Grande Circo", onde ele fala sobre o futuro negro da F1. Ele também fala sobre o Rally Dakar e a biografia de Guido Forti, ex-dono da Forti Corse, que faleceu no início de janeiro deste ano.  E ele também fala do GP do Brasil de 1973, vencido por Emerson Fittipaldi.
Felipe Maciel e Fábio Andrade estream duas colunas nesta edição, que abordará a F1. Fábio Andrade, no seu "Bus Stop", aborda o desafio que cada um dos principais nomes da categoria terá neste ano e Felipe Maciel, no "Fire Up", fala sobre o aparecimento em grande escala dos pilotos pagantes na categoria.
Daniel Machado fala sobre Eric Granado que disputará a Moto 3 neste ano. Bruno Mendoça apresenta a segunda parte dos campeões de 2012 pelo mundo dos motorsports. Pedro Luiz Perez nos mostra outro belo Diorama, agora abordando um teste, na chuva, com Patrick Depailler ao volante da Alfa-Romeo 179 de 1980, num trabalho de box. Rafael Ligeiro, com o seu "Papo Ligeiro", fala sobre o Rally Dakar. E ainda tem os carros da F1 para esta temporada.
Já este mortal que vos escreve, assinou o texto sobre as 24 Horas de Daytona deste ano e ainda fez uma "viagem" no tempo para relembrar a vitória de Nuvolari no GP da Alemanha de 1935 desbancando as Flechas de Prata em Nurburgring.
Espero que gostem. Boa leitura!

Revista Speed - Edição 8: http://speedrevista.wordpress.com/2013/02/19/speed-fevereiro-2013/

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Revista Speed - Edição 7

Com uma edição mais enxuta do que a passada, principalmente pela entre-safra que vivem as categorias, o sétimo número da Revista Speed foi ao ar ontem com ótimas matérias sobre o Rally Dakar - que é o carro chefe deste mês - WRC, NASCAR, as 24 Horas de Daytona e MotoGP.
Paulo Alexandre Teixeira destacou no sua coluna "O Grande Circo", o fim da equipe Hispania que teve sua falência decretada ao final de 2012; ele ainda descreve os dias do Rally Dakar aqui na América do Sul, assim como as perspectivas sobre o WRC para este 2013. Ainda sob seu comando, ele apresenta um ótimo texto sobre o melhora carro da saga dos Fittipaldi com a sua equipe na F1: o FA5 de 1978, que foi ao pódio do GP do Brasil de 1978 - disputado no finado Jacarepaguá - com Emerson Fittipaldi em segundo, que também é destacado nesta edição.
A NASCAR tem a sua vez nesta edição com a estréia do Felipes (Felipe Antonio e Felipe Pires), que falam sobre os principais pilotos da categoria e o que esperar deles e dos pilotos brasileiros nas demais categorias.
Daniel Machado também apresenta quem pode brilhar na MotoGP este ano e Bruno Mendonça montou uma lista dos campeões de 2012. Pedro Luís Perez mais uma vez nos brinda com um dos seus Paper Model, que destaca a 312T4 com Gilles Villeneuve ao volante o seu melhor estilo: no contra-esterço.
Rafael Ligeiro, na sua coluna "Papo Ligeiro", nos apresenta uma crônica de um destes garotos que não impressionam muito em treinos, mas acabam sendo brilhantes em ritmo de prova impressionando muitos e calando a boca de tantos outros.
E eu colaborei com um texto sobre as 24 Horas de Daytona, que terão ao final deste mês a sua 51ª Edição que promete ser uma das mais disputadas da história. E o automobilismo brasileiro será muito bem representado com a presença de 16 pilotos nesta prova. E boa parte deles com chance de vencer em suas respectivas classes.
E todos, uma ótima leitura.

Link: http://speedrevista.wordpress.com/2013/01/15/speed-7-janeiro-2013/

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Foto 102: Remendos

Não economizaram nada no Silver Tape para fazer uns "pequenos" reparos na Ferrari 512M do Penske-White Racing, durante as 24 Horas de Daytona de 1971. 
Mark Donohue dividiu a máquina com David Hobbs, e apesar da aparência totalmente detonada do Ferrari a dupla fechou em terceiro, catorze voltas atrás da Porsche 917K (J.W. Engineering Automotive) de Pedro Rodriguez/ Jackie Oliver. Outra Ferrari 512M Spyder, pilotada por Ronie Bucknum/ Tony Adamowicz (NART), terminou em segundo. 

terça-feira, 20 de março de 2012

Vídeo: A epopéia da Triumph nas 24 Horas de Le Mans de 1961

A fábrica britânica levou três de seus novos Standard Triumph TR4 para competir nas 24 Horas de Le Mans de 1961. Marcel Becquart (Fra)/ Michael Rotschild (EUA) no carro #25; Les Leston (GB)/ Rob Stolemaker (Hol) no #26 e Peter Bolton (GB)/ Keith Ballisat (GB) no #27 representaram o time britânico nesta prova.
Apesar de não ter vencido a prova (esta honra ficou com a dupla da Ferrari Olivier Gendenbien/ Phil Hill), os três Triumph chegaram ao final: Bolton/ Ballisat terminaram em nono; Leston/ Stolemaker em 11º e Becquart/ Rotschild na 15º posição no geral. Na categoria em que competiam, a S 2.0, foram 4º, 5º e 6º. A vitória nessa classe foi da Porsche com a dupla americana Masten Gregory/ Bob Holbert com um modelo 718 RS61/4 Spyder.
Os Triumph brilharam mais tarde nos EUA, onde conquistaram vitórias na classe GT das 12 Horas de Sebring e 24 Horas de Daytona.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Os duelos na 50ª 24 Horas de Daytona

O tri-campeonato do Brasil nas 24 Horas de Daytona, que teve a sua edição de número 50 realizada neste final de semana, contou com dois duelos pela liderança da corrida nas últimas 5 horas: em primeiro plano, Oswaldo Negri Jr (#60) teve uma batalha interessantíssima com Allan Mcnish (#08) que durou quase uma hora, onde o piloto escocês pressionou-o de forma impiedosa em alguns momentos. O ponto alto dessa disputa foi quando ambos dobraram dois retardatários na parte oval: A outra batalha teve como protagonista, mais uma vez, Mcnish que agora estava na liderança. O Ford Riley de #60 estava na briga, mas desta vez era o americano AJ Allmendinger. Com uma postura mais agressiva, o piloto americano tentou de todas as formas a ultrapassagem, tanto que chegaram a se tocar duas vezes quando estavam contornando a parte oval lado a lado. Allmendinger levou a melhor na disputa, ultrapassando Allan na entrada da "Bus Stop": Negri, que diviu o volante do Ford Riley #60 do team Michael Shank Racing com AJ Allmendinger, Justin Wilson e John Pew, juntou-se à outros dois brasileiros que venceram esssa prova: Raul Boesel, que venceu em 1988 com um Jaguar XJR-9 e Christian Fittipaldi, que levou a melhor em 2004 com um Doran JE4-Pontiac.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Foto 6: Luz, câmera e... Tyrrell na pista!




Por mais que não tenha sido pioneira no uso de câmeras em carros de corridas (para uso próprio), a Tyrrell foi a que mais usou desta tecnologia nos anos 70 para avaliar o comportamento dos seus carros. Era normal em alguns GPs a equipe de Ken Tyrrell montar a parafernália por cima, dos lados, traseira e frente do carro para mostrar a funcionalidade destes bólidos.
Inicialmente foi com Jackie Stewart ainda em 71 durante os treinos para o GP de Mônaco depois estenderam o uso para a sua jóia, a P34, que ficava totalmente descoberta mostrando os trabalhos das suspensões dianteiras onde se encontravam as 4 rodas de dez polegadas cada e o trabalho de Patrick Depailler em segurar a máquina criada pelo já falecido Derek Gardner.  
A foto que ilustra este post é de Jackie Stewart andando com a Tyrrell 008 em Mônaco no ano de 1978, gravando mais um vídeo para a enorme coleção da saudosa equipe do Tio Ken.

Foto 1039 - Bernd Rosemeyer, Roosevelt Raceway 1937

  (Foto: Adam Gawliczek)  Um momento de descontração antes do embate dos europeus vs americanos pela 13ª edição da Vanderbilt Cup, realizada...