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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Taça Gordon Bennett – Última Parte

1905- Sexta edição da Taça Gordon Bennett - Clermont-Ferrand

Para o ACF a Taça Gordon Bennett não era um evento justo. Eles entendiam que, pelo fato de serem os pioneiros nas competições automobilísticas e de suas fábricas estarem anos luz à frente das demais, a igualdade com que competiam com os outros não estava certa. A prova de seleção que fizeram em 1904 para definir a equipe que participaria da corrida de Taunus, serviu para impulsionar a idéia de realizar uma prova em que todos os construtores, sem qualquer limite de carros, poderiam inscrever-se. A corrida chamar-se-ia “Grande Prêmio do Automóvel Clube da França”, no que mais tarde tornou-se como o popular GP do ACF. Mas eles sabiam que enfrentariam uma resistência por parte dos outros participantes da Gordon Bennett e assim sugeriu que a corrida de 1905, que seria organizada lá mesmo na França, fizesse parte do seu GP. A revista “L’Auto” até ofereceu um prêmio de 100 mil francos para aquele GP inaugural, mas nada foi para acertado com as outras equipes batendo o pé frente o desejo do ACF. A entidade francesa ainda perdeu a chance mais tarde numa reunião, quando convocou uma comissão internacional onde ficou claro que as duas corridas seriam disputadas separadamente naquele ano. Com o amargo da derrota, o clube decidiu que, seja qual fosse o resultado da prova daquele ano, eles não disputariam mais aquele evento e o seu GP seria feito já no ano seguinte. França e Grã-Bretanha optaram, mais uma vez, pelas corridas de seleção para montar as suas equipes: os britânicos, correndo novamente na Ilha de Man, fizeram a prova e Clifford Earp venceu com um Napier. Charles Rolls (que fundou junto de Henry Royce, a famosa fábrica de carros luxuosos Rolls-Royce em 1904) e Bianchi, pilotando os Wolseleys, chegaram em segundo e terceiro formando, assim, a equipe britânica. Os franceses utilizaram o traçado de Clermont-Ferrand, que seria usado na prova da Gordon Bennet, para fazer a sua seleção. Apesar de uma corrida com alguns acidentes sem gravidades, o time francês foi definido com o campeão Léon Théry e Gustave Callois pilotando os Richard-Brasiers e Arthur Duray, com um Dietrich. Além da França e Grã-Bretanha, outros quatro países levaram suas equipes para Clermont-Ferrand: 

ALEMANHA: Camille Jenatzy, Pierre de Casters e Christian Werner (MERCEDES)
ÀUSTRIA: Otto Hieronymus, Edgar Braun e Alexander Burton (MERCEDES) 
EUA: Herb Lyttle, Albert Dingle (POPE-TOLEDO) e Joey Tracey (LOCOMOBILE) 
ITÁLIA: Vincenzo Lancia, Alessandro Cagno e Felice Nazzaro (FIAT) 

A batalha da corrida se deu entre França e Itália. A largada foi feita com um intervalo de cinco minutos entre um carro e outro e como vencedor da corrida do ano anterior, Théry largou na frente. O mais impressionante foi constatar que, após a primeira volta, Lancia (que largou em quarto) já estava na segunda posição, treze minutos atrás do francês. Os outros dois FIAT de Nazzaro e Cagno ocupavam a terceira e quarta posições na corrida. Arthur Duray, ao final da segunda volta, conseguira superar os outros dois FIAT, mas não conseguia aproximar-se de Lancia, que por sua vez, estava à encostar cada vez mais no líder Léon Théry. Mas o azar impediu que esta perseguição continuasse, quando na passagem da terceira volta uma pedra furou o radiador do FIAT de Lancia. Duray assumiu o segundo posto, mas o radiador do seu Dietrich apresentou problemas e ele abandonou. Théry venceu pela segunda vez a Taça Gordon Bennett, com Nazzaro em segundo e Cagno em terceiro. A França, como seguia a tradição desta corrida, organizaria a corrida do ano seguinte, mas a sua promessa de não participar desta prova, independentemente do resultado, acabou por sepulta-lá quando o ACF realizou o seu GP em junho de 1906. Ao menos a idéia de James Gordon Bennett quando a criou em 1900, que era de competição e, principalmente, incentivar outras fábricas a entrarem para desenvolver seus carros, foi semeada. Além de competirem, venceram os franceses que até então, eram absolutos nas competições em que participavam e isso fez com que outros construtores se animassem a entrar em outras corridas, vendo nela uma vitrine muito interessante, também, para a venda de seus automóveis. Do auto da arrogância francesa naquela época, isso foi uma punhalada certeira em seu ego. Para os outros, a porta que foi aberta por Gordon Bennett representou o início das grandes competições que foi realçada com a realização do primeiro GP da história, em 1906. 
 Léon Théry conseguiu a sua segunda vitória na Taça Gordon Bennett, tornando-se o maior vencedor da competição com duas conquistas. A França venceu quatro edições.

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