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domingo, 12 de novembro de 2023

4 Horas do Velopark - Problemas, chuva e vitória para Xandinho e Gomes

 

O Ligier JS P320 de Xandinho Negrão/ Marcos Gomes enfrentando o aguaceiro no Velopark
(Foto: Bruno Terena)

As corridas no pequeno traçado do circuito do Velopark costumam ser bem intensas, justamente pela natureza do autódromo situado em Nova Santa Rita onde o tráfego é sempre um desafio a ser considerado, principalmente pela diferença entre as três classes do Império Endurance Brasil. Dessa vez, as coisas não foram diferentes e alguns contratempos forçaram os principais favoritos ficarem pelo caminho e ainda teve a chuva, que deu uma embaralhada nas cartas na parte final da classe GT3.

O primeiro grande favorito, que se destacou logo de cara, foi o AJR #28 de Sarin Carlesso/ Gustavo Martins que saiu da pole e que fez uma primeira hora muito forte, indicando que a chance de vitória era iminente. Mas problemas no carro começaram a aparecer na metade da prova quando ocupavam a terceira posição e passaram a despencar na classificação, para mais tarde abandonarem com problemas no câmbio. Da mesma forma que este #28 da JLM, os demais AJR não tiveram uma grande tarde: o #35 da JLM (Pedro Queirolo/ David Muffato) enfrentaram problemas e não tiveram chance alguma de conquistar algo melhor do que o oitavo na geral e quinto na P1; o #99 da Box99 (Leandro Romera/ Pietro Rimbano), vencedora da Cascavel de Ouro, conseguiram recuperar voltas de atraso com as entradas de SC e entraram na disputa pela vitória pressionando bem ora o Ligier #9, ora o AJR #75, mas um toque com o Mercedes #83 de Marco Billi/ Mauricio Billi/ Max Wilson – quando este último estava no comando durante a chuva – acabou arrebentando parte da asa traseira e tirando deles a possibilidade de lutar pela vitória, ficando em segundo. O #75 (FTR) de Henrique Assunção/ Fernando Fortes também apareceram muito bem, mas o uso do pneu de chuva ainda quando a pista estava seca, os levaram a cair na tabela da classificação e infelizmente tiraram deles uma boa possibilidade de tentar a vitória. Fecharam na sexta posição na geral e em terceiro na P1.

Outro que parecia ter ritmo para tentar a vitória era o Sigma #12 de Aldo Piedade/ Marcelo Vianna/ Sergio Jimenez/ Jindra Kraucher que acabou recebendo uma batida por trás do Mercedes #31 de Marco Pisani/ Renan Guerra quando Pisani estava ao volante no final da reta oposta. Isso acabou quebrando o eixo traseiro esquerdo e forçando o abandono prematuro do carro da equipe TechFoce. Pegando gancho em relação aos Sigmas, esta não foi uma corrida generosa com eles: além do #12, os dois da Motorcar não tiveram uma boa jornada. O #11 de Emilio Padron/ Fernando Ohashi/ Arthur Gama estava com bom ritmo e chegaram desafiar o #28 da JLM, mas houve um entre os dois carros com o lado esquerdo do Sigma ficando danificado. No decorrer da prova o ritmo do #11 começou a cair e o trio abandonaria na volta 51. O outro Sigma da Motorcar, o #444 conduzido por Vitor Genz/ Vicente Orige/ Luiz Bonatti, não tiveram o mesmo ritmo que os coroaram nessa mesma pista no mês de julho, quando conquistaram a vitória, e terminaram na sétima posição na geral e em quarto na P1.

Os Ligier também não ficaram de fora dos problemas, seja antes ou durante a corrida. Pior para o #117 da BTZ (Pedro Burger/ Gaetano Di Mauro) que abandonaram na volta 69 quando sofreram um apagão em plena reta dos boxes.

Se o Ligier da BTZ não teve uma boa jornada, o #9 da Andreas Mattheis teve um inicio complicado já nos treinos e que seria esticado até a madrugada, quando foi feita a troca de motor no carro depois da equipe não ter ficada satisfeita com o rendimento na qualificação. Na corrida, foi um jogo de paciência para escapar das armadilhas de um tráfego intenso, entremeado com a pilotagem precisa de Xandinho Negrão e Marcos Gomes, que apareceram como favoritos ainda na primeira meia hora de corrida. Com os demais que iam à frente enfrentando problemas e/ou incidentes, eles já estavam na liderança na metade prova e por ali ficaram. Sofreram um susto quando sofreram um leve toque do Sigma #444, mas nada que tirassem deles a oportunidade e na chuva foram precisos, continuando com a tocada perfeita após a paralisação por conta da forte tempestade.

A vitória veio, a segunda deles no campeonato, mas desta vez em pista, já que em Goiânia, na rodada dupla de setembro, eles venceram a primeira prova após a vistoria técnica desclassificar o Ligier #117. Xandinho Negrão comentou sobre essa conquista no Velopark, aproveitando, também, para parabenizar toda equipe pelo empenho: “É sempre diferente quando se ganha na pista. Estou muito feliz. Os mecânicos fizeram um trabalho incrível e ficaram até às três horas da manhã trocando o motor. A equipe está de parabéns, foi muito emocionante e muito legal e quero agradecer a todos pelo apoio”. Marcos Gomes também destacou a conquista, assim como a chance de conquistar o título na derradeira etapa em Velo Città: “Estou muito feliz com nossa primeira vitória na pista. Queria parabenizar toda a equipe pelo trabalho excelente. Agora, vamos para a última etapa com chances reais de título na geral, o que ainda não conquistei em minha parceria com o Xandinho, mas espero que seja neste ano!”

Mercedes e Mustang vencem nos GTs

 

O Mercedes "Caolho" de Maurizio e Marco Billi e Max Wilson, os vencedores da GT3
(Foto: Bruno Terena)

A GT3 teve um bom cenário desde o início quando viu o Mclaren 720s GT3 #16 da Blaumotorsport, pilotada por Marcelo Hahn/ Allan Khodair, liderar com um ritmo forte e se credenciando para a vitória. No término da primeira hora de corrida, o Mclaren apresentou problemas de câmbio que deixou o carro travado na segunda marcha e por mais que tivessem tentado resolver, acabaram abandonando. O caminho ficou aberto para que os Mercedes do Team RC #83 (Marco Billi/ Mauricio Billi/ Max Wilson), #27 (Caca Bueno/ Ricardo Baptista) e #8 (Guilherme Figueroa/ Julio Campos) e o Porsche #55 da Stuttgart Motorsport (Ricardo Mauricio/ Marçal Muller/ Marcel Visconde) entrassem numa enorme batalha.

O Mercedes #8 teve a sua vida complicada com dois furos de pneus no lado dianteiro direito, que os tiraram da briga pela vitória ao abandonarem na volta 138. No entanto, a batalha continuou entre os outros três, com a chance pendendo inicialmente para o Porsche #55 e depois passando para os dois Mercedes do Team RC.

Um pouco antes da paralisação por conta do temporal, Max Wilson, no comando do Mercedes #83, esteve em evidência quando optou em usar pneus de chuva assim que o aguaceiro se fez presente e passou a rodar mais rápido que os protótipos, criando, assim, uma possibilidade, ainda que remota, de tentar beliscar uma vitória na geral – ainda precisando descontar uma desvantagem de duas voltas. Foi neste momento que ele teve um toque com o AJR #99, que danificou a parte dianteira direita do Mercedes e a asa traseira do #99.

Após a paralisação, tivemos um duelo intenso entre o #83 e o #27, quando este último, com Caca Bueno no comando, acabou sendo ultrapassado por Max Wilson. O #27 ainda perderia a segunda posição da classe para o Porsche #55, que contava com Ricardo Mauricio no comando e que tentou uma aproximação ao Mercedes #83. Max Wilson conseguiu controlar a distância e passou para vencer, seguido pelo Porsche #55 e do Mercedes #27 – na geral, terminaram em terceiro, quarto e quinto respectivamente. Marco Billi comentou sobre a conquista na classe: “Foi muito bom voltar assim, em grande estilo, com vitória. Fazia tempo que não andávamos na frente. O carro estava bastante competitivo, todos nós conseguimos imprimir um ritmo de corrida muito forte e acertamos o momento de fazer a troca para os pneus de chuva. Foi uma vitória muito importante para nós”

Essa classe não contou coma participação do BMW M4 GT3 #15 da EMS Motorsport pilotado por Átila Abreu/ Leo Sanchez, que saíram dessa etapa em protesto por conta do BOP que, segundo eles, os penalizavam entre 7 e 8 décimos de desvantagem em relação aos aspirados. No entanto, a categoria rebateu que foi feito uma compensação no aumento da pressão do turbo em 6% e uma redução de 10kg.

A festa de Leandro Ferrari e André Moraes Jr
vencedores da GT4
(Foto: Bruno Terena)
Na GT4 os principais favoritos tiveram seus contratempos: no Mercedes #31 da Autlog Racing (Marco Pisani/ Renan Guerra) acabaram sendo desclassificados quando Pisani acertou a traseira do Sigma #12 e forçou o abandono do protótipo com a quebra do eixo traseiro esquerdo – e ainda teve o lance que quase provocou um acidente com o Ligier #117 da BTZ, quando Pisani mudou repentinamente em direção a entrada dos boxes e forçou Pedro Burger a sair pela grama justamente quando estava em batalha contra o Ligier #9.

Este cenário parecia bem favorável ao Porsche #21 de Jacques Quartiero/ Danilo Dirani que estão na
briga pelo título da classe justamente contra o #31, mas um acidente quando Quartiero estava no comando do Porsche após o trecho do túnel, os forçaram abandonar.

O caminho ficou aberto para a conquista do Mustang #22 da Autlog (Leandro Ferrari/ André Moraes Jr.), nesta que foi a primeira conquista deles no ano com o Mustang. Luis Landi/ tom Filho/ Marçal Muller ficaram em segundo com o Porsche #718 da Stuttgart Motorsport e em terceiro fechou o Audi #5 da MC Tubarão pilotado por Henry Visconde/ Marco Tulio – a equipe ainda sofreria um susto quando o BMW M2 #64 conduzido por Victor Foresti/ Lucas Foresti teve um principio de incêndio na parte final da corrida, mas sem consequência para os pilotos e o carro. Leandro Ferrari comentou sobre essa vitória com o Mustang: “A gente merecia muito alcançar essa vitória. Fazia tempo que não conseguíamos ter uma sequência com esse carro. Sofremos com quebras, problemas. Mas neste final de semana não. Foi perfeito. Treinamos bem, fizemos a pole e conquistamos uma vitória incrível. Estamos muito felizes”

A etapa final do Império Endurance Brasil acontecerá no Velo Città, nos dias 8 e 9 de dezembro.

quarta-feira, 23 de junho de 2021

Foto 976: Michèle Mouton e Fabrizia Pons, Rallye Sanremo 1981

 


O momento de quebrar a escrita dos rallies... Michèle Mouton e Fabrizia Pons deixando o típico rastro de poeira em um dos estágios do Rallye de Sanremo de 1981 com o Audi Quattro. Era a décima etapa do Mundial de Rally daquele ano. 

Michèle e Fabrizia disputaram a liderança e a vitória desta etapa desde o segundo estágio quando subiram da 13ª posição - onde terminaram no primeiro estágio - para a quarta posição, ficando apenas vinte segundos da primeira colocação, que era ocupada pelos italianos Michele Cinotto e Emilio Radaelli que também estavam a bordo de um Audi Quattro. E essa colocação de Michèle/ Fabrizia melhoraria no terceiro estágio, quando subiram para segundo e relegaram o Porsche 911 SC de Walter Röhrl e Christian Geitsdörfer - que lideraram o primeiro estágio - para terceiro. Porém, o melhor conhecimento do percurso por conta de Cinotto/ Radaelli davam a eles uma vantagem e isso contribuiu para que elevassem a diferença para a dupla feminina de 20 segundos para 32. 

Porém, no terceiro estágio, é onde se deu a grande disputa entre as duas duplas da Audi: foi uma troca de melhores performances aguerridas, onde Cinotto ganhava e perdia em algumas especiais, enquanto que o mesmo acontecia com Mouton. Mas o italiano é quem teve seus azares ao perder onze segundos após quase acertar um carro civil que lhe atravessara a frente e depois ele teve que lutar contra uma febre que o acometia. Por conta disso, numa tentativa de responder o grande avanço de Michèle/ Fabrizia - que a esta altura já liderava com onze segundos -, ele perdeu o controle de seu Audi e acabou abandonando. A dupla franco-italiana continuou a sua grande jornada naquele estágio para encerrar com mais de três minutos de vantagem sobre Röhrl/ Geitsdörfer e também para o Ford Escort de Ari Vatanen/ David Richards que estavam com 1 segundo de atraso para o segundo colocado. 

O quarto estágio começou bem para a dupla do Audi Quattro #14 ao conseguirem manter a diferença para o Porsche de Röhrl/ Geitsdörfer, e as coisas melhoraram quando o Porsche quebrou a suspensão traseira após um salto e teve que abandonar. Agora a batalha seria contra o Ford de Vatanen/ Richards, mas apesar do melhor manejo do Audi contra o Ford, os problemas apareceram para Michèle/ Fabrizia: uma pinça de freio quebrou e elas tiveram que fazer reparos e ainda levaram uma penalização de dois minutos. O melhor desempenho de Vatanen/ Richards em um dos trechos fez a diferença descer ainda mais - 38 segundos -, mas a troca do eixo no Audi #14 deu a Mouton/ Pons a chance de retornar a tempo e equilibrar o jogo no final do dia. Elas perderam mais quatro segundos e fecharam aquele estágio com 34 segundos de avanço sobre o Ford Escort de Vatanen/ Richards. 

A disputa seria acirrada naquele quinto e último estágio: abrindo o caminho no meio da noite os dois oponentes partiram e o Ford Escort #4 era o mais veloz naquele inicio, já conquistando oito segundos sobre o Audi, mas aí veio o infortúnio de Vatanen: na ânsia de tirar a diferença, Ari toca num muro e acaba perdendo o controle do carro que acerta uma pedra e de imediato destrói o eixo dianteiro, forçando ele abandonar a luta pela vitória e completar a prova em sétimo. Para Michèle/ Fabrizia foi apenas um detalhe, onde os azares do estágio anterior quase tiraram delas a chance de vencer. A dupla franco/ italiana apenas administrou a vantagem três minutos sobre o Talbot Sunbeam Lotus de Henri Toivonen/ Fred Gallagher (Grupo 2) para vencerem o Rally de Sanremo. Para Michèle Mouton não apenas foi a primeira vitória, como também tornou-se a primeira mulher a vencer um rally no Campeonato Mundial. 

Algum tempo depois ela relembrou esse grande dia: "Eu me lembro não apenas porque foi uma vitória, mas também porque foi uma grande luta até ao último dia. Fabrizia me lembrou na outra noite que tínhamos um problema com as pastilhas de freios, então perdemos muito tempo. Terminamos a um dia para o final, 34 segundos na frente de Ari Vatanen. Nós dirigimos para a última especial, de noite. Voltamos para o hotel e eu não consegui dormir, quatro horas pela frente e sem dormir. Então chego ao inicio da etapa, tem cerca de 42 km, olho para Fabrizia e disse: 'Tudo bem, esquecemos tudo e fingimos que estamos de novo na primeira especial do rali, porque um de nós vai perder'. E assim, Ari bateu numa pedra e nós vencemos o rali."

A grande Michèle Mouton completa hoje 70 anos.

domingo, 2 de agosto de 2020

4 Horas de Interlagos – Uma grande prova de abertura do Endurance Brasil

A vitória do AJR #5 da MC Tubarão na abertura do Endurance Brasil em Interlagos
(Foto: Endurance Brasil)


A retomada de corridas no autódromo de Interlagos não podia ter sido melhor: a abertura do Endurance Brasil nos reservou uma grande prova nesta que foi a primeira da categoria em 2020.

Uma das coisas que precisamos falar é sobre o poder do AJR: o carro desenvolvido pela família Moro e que é usado por seis equipes mostrou que está em franca ascensão no cenário do endurance brasileiro e neste final de semana, em Interlagos, nos deu um pouco do que esperar para este certame do campeonato. Os tempos de volta alcançados desde os treinos livres foram os mais velozes, principalmente o tempo marcado pelo AJR #11 de Emilio Padron/ Vitor Genz que chegaram marcar 1’26’’869 no quarto treino livre. Mas por ser um treino extra-oficial, a marca não foi considerada como recorde oficial. Porém, na qualificação, Vitor Genz cravou a marca de 1’27’’140 que lhe rendeu, enfim, o recorde oficial. Para a pole, no combinado dos tempos, ficou para o AJR #113 de Pedro Queirolo/ David Muffato. O tempo de volta dos AJR levaram muitos a comparar com as marcas alcançadas pelos LMP2, quando estes passaram por aqui em 2014 quando aconteceu as 6 Horas de São Paulo: naquela ocasião, o tempo da pole foi feito pelo Ligier JS P2 da G-Drive com a marca de 1’24’’463 foi 2’’406 melhor que o tempo não oficial alcançado pelo AJR #11 no quarto treino livre. Uma incrível marca que mostra muito bem a evolução deste protótipo.

Sobre a corrida, esta se manteve bem normal até o inicio da última hora de prova: o AJR #113 de Pedro Queirolo/ David Muffato pareciam absolutos, tamanho o domínio que conseguiram nas horas anteriores ao manter-se na liderança com alguma folga sobre os AJR#175 (Henrique Assunção/ Anderson Toso/ Carlos Kray) e AJR #5 (Tiel Andrade/ Julio Martini/ Nelson Ângelo Piquet). Mas na abertura da última hora, as coisas mudaram de figura: Muffato assumiu o comando do #113 e Nelson Piquet – que substituiu Paulo Sousa, que teve problemas musculares na sexta – pegou o AJR #5 e passou a caçar David Muffato. Por mais de quarenta minutos Muffato e Piquet duelaram pela liderança, mas nunca sem se esquecer de dobrar os retardatários com cuidado. E foi em duas dessas situações onde houve trocas de posições entre eles, quando Muffato ficou encaixotado num protótipo MRX e Piquet conseguiu assumir a liderança indo para o Laranjinha e algumas voltas depois foi a vez de Piquet ficar preso no tráfego da reta dos boxes e ser ultrapassado por Muffato. Uma disputa insana onde David conseguia se defender usando a asa móvel nas retas e Piquet encostava no miolo do circuito, mas sem ter tempo para conseguir armar o bote para assumir a liderança. Faltando em torno de quinze minutos para o fim da corrida, quando iam dobrar o Mercedes AMG GT4 #15 de Leonardo Sanches/ Átila Abreu, Muffato seguiu por fora e Piquet por dentro, mantendo o Mercedes de Átila no meio. Quando chegaram na freada do final da reta oposta, Nelsinho conseguiu se impor e levar a liderança. Daí pra frente foi um passeio de Piquet, que passou a fazer voltas bem mais velozes que David Muffato para garantir sua primeira vitória no Endurance Brasil e também a primeira da MC Tubarão em dois anos.

Na GT3, a disputa parecia estar reservada ao Mercedes AMG GT3 #9 da família Negrão, mas problemas de saúde com Xandy Negrão fez com que chamassem para seu lugar André Negrão que fez dupla com Xandinho. Desse modo surgiu um pequeno problema, dificultaria bastante o andamento da dupla: como são pilotos de categoria ouro, seria adicionado a cada parada de box 1 minuto, o que deixaria os primos Xandinho/ André com chance reduzidas nesta classe. Mesmo assim, ainda conseguiram fazer um bom papel ao liderarem por três horas esta classe, mas por conta das punições ficaram em segundo. A vitória da classe ficou para o Porsche 911 GT3 R #55 de Marcel Visconde/ Ricardo Mauricio, logo na estreia do carro da Stuttgart Motorsport. Na GT3 Light a vitória ficou para o Ferrari 458 #155 de Ricardo Mendes/ Tom Filho e a segunda colocação para o Aston Martin Vantage de Sergio Ribas/ Guilherme Ribas  

Na P2 foi mais uma questão de sobrevivência do que qualquer coisa. A vitória ficou para o MRX #44 pilotado por Ruben Ghisleni/ Hardy Kohl/ Lucas que teve problemas algumas voltas após a largada. Foram levados ao box, perderam algumas voltas e retornaram para a corrida, onde não apresentaram mais problemas. Seu grande rival certamente era o Sigma P2 #12 de Jindra Kraucher/ Ney Faustini, que também tiveram problemas e logo na volta de apresentação quando ficaram parados no grid e a exemplo do #44 também voltou à pista e acabou fechando em segundo na classe.
Na P3 a vitória ficou para o MRX #7 de Aldoir Sette/ Marcelo Campagnolo que fizeram boa parte da corrida com a asa traseira quebrada. A segunda posição ficou para o MRX #75 de Henrique Assunção/ Emilio Padron/ Fernando Ohashi/Fernando Fortes e a terceira para o Spyder #73 Jose Vilella/ Leonardo Yoshi.

Na GT4 os Mercedes AMG GT4 dominaram as ações ocupando as três primeiras posições da classe, com a vitória ficando para Alexandre Auler/ Guilherme Salas, a segunda posição ficando para Leonardo Sanches/ Átila Abreu e a terceira para  Andre Moraes Jr/ Ricardo Rodrigues/ Cassio Homem de Mello/ Kreis Jr. O Mclaren 570S GT4, pilotada por Flavio Abrunhoza/ Leandro Ferrari, terminou na quarta colocação nessa que foi a corrida de estreia do carro nas provas aqui no Brasil. Para os Ginetta GT4 não foi uma grande jornada: o melhor deles, o #57 de Felipe Tozzo/ Renan Guerra, terminou com 15 voltas de desvantagem na quinta posição. Na GT4 Light, vitória de Junior Victorette/ Marcelo Karam com Audi RS.

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Foto 639: Rally Cross

Duelo dos bons entre o MG Metro 6R4 contra o Audi Sport Quattro S1 e atrás, um Porsche 911 Biturbo 4x4 numa das etapas do Campeonato Europeu de Rally Cross de 1987.
Quando os carros do Grupo B foram banidos do Mundial de Rally, foi no Rally Cross que encontraram seu reduto e máquinas como o Audi Quattro, Peugeot 205 Turbo 16 E2, Ford RS200 E2, Lancia Delta S4 e MG Metro 6R4.
Os monstros do Grupo B foram utilizados neste campeonato até o final de 1992.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Foto 602: Ullrich

Muito mais do que apenas pela saída da Audi, mas também pelas mais de duas décadas de serviços prestados a uma das maiores e mais bem sucedidas histórias do esporte a motor, que foi essa passagem da Audi pelo endurance de alto nível, as lágrimas do Dr. Wolfgang Ullrich traduzem todas as emoções que este senhor passou no comando das esquadras montadas pela fábrica alemã em todo esse tempo.
Sem dúvida a sua figura e da Audi, farão falta às provas de endurance.
A foto é de Jean Michel Le Meur, da DPPI.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Foto 600: Homenagem

É sempre legal essa camaradagem entre as equipes de fábrica da LMP1 no WEC, como ficou comprovado em algumas oportunidades da Audi para com a Toyota (Le Mans 2014) e da Porsche para com a mesma Toyota este ano, após aquele desfecho dramático em Sarthe.
Desta vez é a Toyota quem homenageia a Audi, que fará a sua última corrida nas 6 Horas do Bahrein neste fim de semana.
Quando se tem sucesso e respeito com os demais, o reconhecimento é automático.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

WEC: Vitória para a Porsche em Nurburgring, mas com a Audi na cola

Era de se esperar um retorno em grande estilo do WEC após um mês daquele desfecho cinematográfico em Sarthe. A Porsche teve mais uma vitória para a sua sensacional coleção desde que retornou a classe principal, mas temos que dizer, também, que esta não foi das mais fáceis: a Audi conseguiu se redimir do desastroso final de semana em Le Mans para brindar o público em Nurburgring ao desafiar a sua co-irmã Porsche durante as seis horas de prova.
Se os dois Audis conseguiram dominar as ações no início da corrida, a Porsche conseguiu virar o jogo logo após a intervenção do FCY (Full Corse Yellow) e entregar ao seus dois carros a possibilidade de vencer e até mesmo formar uma dobradinha. Mas um jogo de equipe da fábrica de Weissach, para tentar proteger o 919 Hybrid #2 (Romain Dumas/Marc Lieb/ Neel Jani) - que lidera o campeonato de pilotos - acabou servindo como um castigo para eles, uma vez que os comissários usaram o toque traseiro que o carro #2 acabou dando no Porsche #88 da GTE-AM para punir o trio porschiano. Ao menos ainda conseguiram ficar em quarto.
Já a Audi conseguiu um desempenho sensacional nesta etapa, e era algo preciso para eles depois do que aconteceu em Le Mans. Uma boa velocidade que ficou evidente na classificação e que foi confirmada durante a prova a ponto de atacar as Porsches por um bom tempo. Isso dá a eles uma boa oportunidade de se confirmarem como a segunda grande força, uma vez que Toyota, de quem esperávamos muito para esta etapa, depois de sua apresentação em Sarthe, foi bem abaixo da média. Mas talvez o fato de usarem uma configuração de ultra downforce para esta etapa, explique o porque de terem ido tão mal frente as suas rivais mais diretas.
Entre os LMP1 privados, nenhuma surpresa: os dois Rebellions continuam a sua luta solitária nesta classe, uma vez que a By Kolles teve mais uma vez incêndio em seu CLM P1/01 #4, assim como acontecera em Le Mans - aconselharia a equipe a andar com um caminhão de bombeiros logo atrás...
Na LMP2 a vitória ficou para o #36 da Signatech Alpine, mas não foi tão fácil: teoricamente o #26 da G-Drive poderia ser o carro a ter terminado no lugar mais alto do pódio, caso um problema na embreagem não tirasse o trio Roman Rusinov/ René Rast/ Alex Brundle da prova na quarta hora. Na segunda e terceira posições aparecem dois Ligier JSP2: o #43 da RGR Sport by Morand e o #31da ESM.
Na LMGTE-PRO a maioria apostava numa conquista da Ford com seus GTs, uma vez que o grande domínio do carro americano em Le Mans foi grande. Mas os problemas mecânicos acabaram alijando-os da briga pela vitória no decorrer das horas. Melhor para as Ferraris da AF Corse que fizeram a dobradinha, com o #51 vencendo a classe, seguido pelo gêmeo #71 e pelo #95 da Aston Martin, que fechou em terceiro após uma boa prova da fábrica que usufruiu bem da mudanças realizadas antes dessa etapa.
Na LMGTE-A, vitória para o #98 da Aston Martin que foi seguido pela Ferrari #83 da AF Corse e em a terceira colocação ficando para o Corvette #50 da Larbre Competition.O Porsche #78 da KCMG terminou em segundo, mas foi desclassificado por conta da altura do carro que era irregular.
Abaixo fica os melhores momentos da prova.

LMP1

LMP2

LMGTE-PRO

LMGTE-AM

sábado, 23 de julho de 2016

WEC: Resumo da classificação para as 6 Horas de Nurburgring

E aí fica um breve resumo do que aconteceu de melhor na classificação que definiu o grid de largada para as 6 Horas de Nurburgring.
De se destacar a grande performance da Audi, que cravou a primeira fila com seus gêmeos R18 tendo o #7 a ficar com a pole.
Na LMGTE-PRO, depois do massacre apresentado pela Ford e Ferrari para com os demais em Sarthe, foi apresentado durante a semana o BOP para tentar nivelar as coisas naquela categoria. A aparente vantagem conquistada pela Aston Martin - que ficou bem longe da disputa pela vitória em Le Mans - nessa equalização, parece ter surtido efeito: o carro #95 da Aston Martin conseguiu a primeira pole do ano, fazendo bom uso da estratégia - uma vez que a pista estava entre molhada e úmida, e que depois secaria - para superar os Ford GT.
A prova terá início às 8:00 da manhã, horário de Brasília.


LMP
(Clique para ampliar)


LMGTE
(Clique para ampliar)

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Foto 582: Australian Tourist Trophy

Stirling Moss e sua Maserati 300S durante alguma inspeção no fim de semana da 1ª Australian Tourist Trophy em 1956, em Albert Park

O Australian Tourist Trophy teve a sua primeira edição em 1956 em Albert Park (não se sabe se era usado o atual traçado que a F1 corre atualmente) e teve como vencedor Stirling Moss, ao volante de Maserati 300S.

Foram disputadas ao todo 25 edições da ATT, com interrupções - consideráveis, até - em 1957; 1969-74; 1980-2006; 2013; todas para carros Sport e GT. O maior vencedor desta prova é Frank Matich, que conseguiu suas quatro conquistas ainda nos anos 60 (64, 66, 67 e 68). Além de Moss, apenas outros dois estrangeiros é que venceram esta prova: o dinamarquês Allan Simonsen - falecido durante as 24 Horas de Le Mans de 2014 - conquistou um Bi-Campeonato quando a prova foi retomada a partir de 2009. Naquele ano, pilotando uma Ferrari 430 no circuito de Sandown Park, ele venceu em dupla com o australiano Tim Leahey. Em 2010 repetiu o feito pilotando uma Ferrari 430 GT novamente em Sandown Park, mas desta vez dividindo o volante com o australiano Nick O'Halloran. Na edição do ano passado, disputado nos circuitos de Phillip Island e Eastern Creek, a conquista foi do alemão Christopher Mies com um Audi R8 Ultra.

A partir de 2017 a ATT passa a ganhar uma maior visibilidade internacional, uma que passará a premiar os vencedores das 12 Horas de Bathurst.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

84ª 24 Horas de Le Mans: A pior da Audi, em 17 anos

Não foi uma grande jornada esta da Audi em Sarthe. Havia, de antemão, uma situação bem complicada para a fábrica multi campeão de Le Mans pelo fato de correrem sem o terceiro carro, como bem acenou Dr. Wolfgang Ulrich quando questionado sobre isso. Mas havia um motivo pelo qual essa preocupação: sabia-se que os carros alemães tinham sofrido problemas nas provas anteriores e isso já ascendia o sinal amarelo por aquelas bandas. Isso não era de sua exclusividade, uma vez que Porsche e Toyota também tinham passado por isso, e cuidar para que estes problemas não interferissem, era a chave para tentar mais uma conquista em Sarthe.
O problema é que estes temores começaram cedo demais, ainda na quarta, quando o R18 #8 teve um problema elétrico que o limitou bastante para o restante do treino livre - onde havia desafiado e muito bem a Porsche, tanto que terminou em terceiro naquela prática - e que depois prejudicaria demais nos treinos classificatórios. Por mais que o carro #8 tenha conseguido um quinto lugar no grid, ultrapassando inclusive o #7, sua velocidade não era a mesma de logo cedo e que foi aumentando gradativamente. Os outros dois treinos classificatorios, que seriam uma boa oportunidade de avaliação do dois carros,foram realizados com chuva e isso complicou bastante o cronograma. Mas ainda foi suficiente para que percebessem que o #8 tinha problemas de freio e que o #7 teve um vazamento de combustível. As coisas não iam bem, de fato.
Apesar de um bom início do #8, conseguindo atacar até mesmo as Porsches na luta pela primeira posição,#7 teve sérios problemas no turbo que precisou ser trocado e só ali perdeu seis voltas ainda na segunda hora de corrida. O quadro pioraria ainda mais no decorrer das horas, quando a desvantagem aumentou para 17 voltas. O #8 ainda conseguiu acompanhar os ponteiros, mas nunca sem ter a velocidade suficiente para conseguir um ataque efetivo. O golpe de misericórdia para as já pequenas esperanças do time, veio quando o #8 foi aos boxes e perdeu duas voltas. Ainda que tivesse conseguido recuperar uma volta, as coisas acabariam de vez no momento que foram mais uma vez aos boxes para a troca da suspensão.
As coisas poderiam ter sido mais criticas para a Audi, uma vez que existia a possibilidade da marca ficar de fora do pódio pela primeira vez desde a sua estréia nesta prova em 1999. Mas a falha mecânica do Toyota #5 possibilitou que o carro #8 de Lucas Di Grassi/ Oliver Jarvis/ Löic Duval subissem ao terceiro lugar.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

84ª 24 Horas de Le Mans: A (inesperada) 18ª da Porsche

Até certo momento, para ser mais preciso até a última volta, era quase unânime que a Porsche teria que adiar a sua 18ª conquista em Sarthe por mais um ano. A Toyota estava formidável: não tinha aquela velocidade alucinante de dois anos atrás, mas a desse ano era suficientemente o bastante para confrontar a Porsche. E estava dando certo: Por mais que a fábrica alemã tivesse respondido bem durante a madrugada, a fábrica japonesa respondia a altura. Aliás, isso tinha sido a tônica por quase toda a prova e até aquele final, com mais de 1minuto e trinta de desvantagem, era compreensível que jogassem a toalha. Até que o imponderável apareceu e resolveu o assunto quando Nakajima, a bordo do TS050 #5, passou a gritar no rádio sobre a perda de potência no sistema elétrico de seu carro. E quando parou logo após a linha de chegada, restou apenas ao Porsche 919 Hybrid #2 arrancar para uma conquista histórica.
A Porsche foi impecável em todos os estágios, se contarmos a partir dos treinos livres: se a Audi aparecia como uma potência adversária, a Porsche tratou de confrontar essa possibilidade e com seus co-irmãos aparentemente de fora de uma batalha por causa dos problemas enfrentados desde a quarta, era de esperar que a Toyota fosse a grande rival. E como foi! Os japoneses esconderam bem o jogo desde os testes de quinze dias antes para jogar pesado no dia da corrida e entrar pra valer na disputa. A Porsche precisou mudar o jogo no meio da madrugada para não perder tanto terreno para os nipônicos ao fazerem stints continuos - entre três e quatro - com o mesmo jogo de pneus e apenas abastecendo e trocando os turnos dos pilotos. Isso foi essencial para que pudessem ficar próximos do duo da Toyota. E mesmo que não acreditassem mais numa possível vitória, a grande virada aconteceu quando não havia mais esperança para tal. O rosto dos integrantes da Porsche e a explosão de alegria de Romain Dumas e Marc Lieb mostram bem isso.
Temos de dizer que o Porsche #2 teve a benção de ser o único dos híbridos a não enfrentar nenhum problema crônico, coisa que o seu gêmeo #1 teve e os das Toyota e Audi também enfrentaram. Isso deu a grande chance para que pudessem fazer o grande trabalho que culminou nessa vitória pra lá de inesperada.
Foi a 18ª conquista da Porsche e apesar de seu favoritismo inicial, as coisas foram mudando de figura até chegar naquele desfecho cinematográfico. Mas o melhor de tudo foi vê-los reconhecer reconhecer a força e luta que a Toyota lhes deram nessa edição.
Foi um grande dia em Sarthe.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

84ª 24 Horas de Le Mans: A mais dolorosa para a Toyota

Sem dúvida foi o momento mais crítico da Toyota em sua história na pista francesa. E isso será lembrada por décadas.
(Foto: sportscar 365)
Quando tudo terminou daquela forma tão dramática, procurei lembrar-me da prova de 2014: a Toyota estava insuperável naquela edição! Um TS040 Hybrid gozando da melhor plenitude de seu sistema mecânico e elétrico, trucidou Audi e Porsche sem nenhuma piedade nas duas provas iniciais (6 Horas de Silverstone e 6 Horas de Spa) e isso foi mostrado com intensidade ainda mais forte em Sarthe, quando o #7 estava muito à frente da concorrência numa prova praticamente solitária, sem ter o incômodo das duas fábricas alemãs. Mas então aquele velho azar de outras edições, de quando eles estavam fortes, como em 1994, 1998 e 1999, resolveu dar as caras e fez com que o fabuloso TS040 #7 desaparecesse no meio da noite como um passe de mágica. As explicações vieram mais tarde, que um problema elétrico, proveniente de uma peça que custava o troco de uma bala, tinha sido o causador de tal desaire. Talvez o maior azar da Toyota nem tenha sido com este, mas com o outro carro, o #8: este havia se envolvido num acidente ainda nas primeiras horas, quando a chuva desabou. Conseguiu voltar para os boxes, após longo tempo para os reparos, e quando retornou deu tudo de si e conseguiu recuperar-se tremendamente bem, ao descontar cinco das oito voltas perdidas nesta parada forçada e ainda salvou um terceiro lugar, mostrando o quanto que aquela geração do TS040 Hybrid era tão sensacional.

Aquele filme de 2014 repetiu-se quase que da mesma forma: inicialmente, temos que reconhecer que a Toyota fez uma corrida brilhante a ponto de manter seus dois carros em pista sem grandes problemas, o que abria para eles uma oportunidade única. Ter visto os graves problemas enfrentados pelos dois Audis – especialmente o #7 – e também o #1 da Porsche – que foi o mais afetado dessa horda de carros híbridos, talvez tenha enchido os japoneses de confiança e também de cautela, uma vez que ainda tinha muito chão pela frente até chegar as 15:00 do domingo. Mas a estratégia em deixar os dois carros próximos um do outro, foi muito boa: caso algum tivesse problema, outro estaria pronto para assumir o posto. Foi assim durante boa parte da prova: enquanto o TS050 #6 ia para os boxes, ora o Porsche 919 Hybrid assumia a ponta ou o #5 da Toyota. Um desempenho sólido que levou boa parte daqueles que acompanhavam acreditar que a Toyota estava bem encaminhada naquela condição. Manter uma diferença de 10 segundos ou mais, conseguindo ampliar até um pouco mais de 1 minuto, dava a real sensação que tudo estava sob controle. Até mesmo o erro de Kamui Kobayashi, que estava no #6 e que teve de ir aos boxes fazer reparos, perdendo assim três voltas, não parece ter abalado tanto a confiança dos japoneses. A coisa parecia tão próxima da Toyota se tornar a segunda fábrica japonesa a ganhar em Sarthe, no exato ano em que se completa 25 anos da conquista da Mazda, que até mesmo a Porsche havia entregado os pontos naquelas voltas finais devido a grande desvantagem deles para o #5 que estava acima de 1 minuto. Mas ver o TS050 Hybrid #5 encostar-se à reta de chegada na abertura da última volta, acabou sendo o presente mais inesperado para a Porsche em sua longa história em Sarthe. O choro dos integrantes da Toyota com a perca de uma vitória que já estava quase que fechada, foi o triste resumo de algo que eles sabem que não é muito fácil de se conquistar e que já estiveram próximos de tal situação em outras oportunidades. Mas de longe, muito longe, essa é a mais sentida não apenas por eles, mas também por aqueles deixaram até mesmo de torcer pelo seu time de coração para dedicar aos japas toda uma torcida.
Mas quem sabe em outra oportunidade as coisas não revertam à seu favor. Se Le Mans escolhe de fato seus vencedores, quem sabe eles é que não sejam os escolhidos da próxima oportunidade. 

domingo, 19 de junho de 2016

84a 24 Horas de Le Mans: 18a, 19a, 20a e 21a Horas

Nestas últimas horas, exatamente a 18a, 19a, 20a e 21a, o panorama na LMP1 modificou de forma considerável: se tínhamos no Toyota #6 o grande favorito da casa japonesa para essa possível conquista em Le Mans, o sonho começou a ruir quando Kamui Kobayashi errou em um dos estágios e o carro foi recolhido para os boxes, perdendo assim 3 voltas e praticamente dando adeus a possível conquista. Agora a luta se resume ao Toyota #5, que lidera, e o Porsche #2 que está um pouco mais de 30 segundos atrás do ponteiro. Para a Audi o calvário continuou com o #7 que perdeu mais algumas voltas - contabilizando agora 17 de atraso - e o #8 que teve problemas no eixo e perdeu um bom tempo nos boxes voltando ainda em quarto, mas 14 voltas atrás.
Na LMP2, a liderança continua forte com a Signatech #36 seguido pelo #26 da G-Drive e pelo #37 da SMP.
Na LMGTE-PRO a Ford assumiu o posto principal com o #68, mas a Ferrari #82 da Risi não está muito longe assim como o outro Ford GT #69. Os três estão na mesma volta.
Pela categoria AM o Ferrari #62 da Scuderia Corsa é o líder, com o Porsche #88 da Abu-Dhabi/Proton em segundo e o Ferrari  #83 da AF Corse em terceiro.
Agora falta menos de uma hora e meia para o fim.

84a 24 Horas de Le Mans: 17a Hora

Esta 17a hora foi, talvez, a mais movimentada até aqui. Enquanto que a LMP1 continua com a luta intensa entre o duo da Toyota e o solitário Porsche #2, outros carros acabaram dando uma movimentada numa prova que era tranquila até então: o carro da By Kolles teve um principio de incêndio, o que ocasionou a entrada do SC; antes disso, o Alpine #35 da Baxi acabou batendo e o #46 da Thiriet, então terceiro na LMP2, acabou encalhado na caixa de brita.
Na P1, liderança para a Porsche #2 com o Toyota #6 em segundo e o #5 em terceiro.
Na P2, a liderança liderança do #36 da Signatech - que até foi aos boxes para trocar pastilhas e disco de freio afim de evitar algo semelhante do que acontecera com o #35. Em segundo vem o #26 da G-Drive e em terceiro o #37 da SMP.
Na LMGTE-PRO, a Risi continua na liderança com seu Ferrari #82. Em segundo e terceiro vem os Ford GT #68 e #69.
Na LMGTE-AM a Scuderia Corsa é a líder com a sua Ferrari #62, com o Porsche #88 da Abu-Dhabi/Proton e em terceiro a Ferrari #83 da AF Corse.

84a 24 Horas de Le Mans: 16a Hora

A Porsche, através do seu #2, tratou de colocar Dumas pra baixar a bota ir à caça do Toyota #6. E surtiu efeito: ele está a 4 segundos do carro japonês. Na terceira colocação aparece o Toyota #5.
Na P2 nenhuma mudança: a liderança continua com o #36 da Signatech, com o #46 da Thiriet em segundo e o #26 da G-Drive em terceiro.
Na LMGTE-PRO a Ferrari #82 da Risi está na liderança. Em segundo aparecem os Ford GT #68 e #69.
Na LMGTE-AM a Scuderia Corsa se mantém em primeiro com a sua Ferrari #62, em segundo o Porsche #88 da Abu-Dhabi/Proton em segundo e a Ferrari #83 da AF Corse em terceiro.
No momento a prova se encontra com bandeiras amarelas na curva Dunlop, onde Tommy Milner acabou espatifando o Corvette #64 que estava em quinto na Pro.

84ª 24 Horas de Le Mans: 14ª Hora

O Porsche #2 teve um pequeno furo em um dos pneus, mas nada de alarmante, uma vez que conseguiu chegar aos boxes e trocar os pneus. Porém, despencou para terceiro quase uma volta atrás do líder Toyota #6 e do #5. A Rebellion não teve grande sorte nesta hora: o #13 ficou parado na Mulsanne e teve o carro recolhido para detrás do guard-rail e #12 parou quase que no mesmo local após rodar, mas conseguiu prosseguir e chegar aos boxes onde foi recolhido para a garagem.
Na P2 a Signatech com seu #36 continua firme na liderança, com o #46 da Thiriet em segundo e o #26 da G-Drive em terceiro.
Na LMGTE-PRO, a Ferrari #82 da Risi continua na liderança. A Ford recolheu o #69 para os boxes para troca das pastilhas e discos de freios e com isso o carro caiu para quarto. Em segundo aparece o outro Ford #68 e em terceiro o Aston Martin #95.
Na LMGTE-AM, liderança com a Ferrari #62 da Scuderia Corsa. Em segundo o Porsche #88 da Abu Dhabi/Proton e em terceiro a Ferrari #61 da Clearwater Racing.

sábado, 18 de junho de 2016

84ª 24 Horas de Le Mans: 13ª Hora

A Toyota perdeu brevemente a liderança para a Porsche quando o seu #6 teve que ir aos boxes para uma parada rotineira, e recuperou a ponta quando o #2 da fábrica alemã foi para o seu pit. No momento os japoneses lideram com o #6, Porsche em segundo com o #2 e o outro Toyota #5 em terceiro.
Na P2 a liderança ainda pertence ao Alpine #36 da Signatech, seguido pelo #46 da Thiriet e pelo #26 da G-Drive.
Na LMGTE-PRO a Risi se mantém a frente com sua Ferrari #82 e com o duo dos Ford GT em seguida, #69 e #68.
Na LMGTE-AM, a Abu-Dhabi/Proton enfim despencou para a segunda posição com seu Porsche #88 ao ser suplantada pela Ferrari #62 da Scuderia Corsa, que vinha em seu encalço já há algum tempo. A terceira posição é da Ferrari da Clearwater Racing #61.

84ª 24 Horas de Le Mans: 12ª Hora

Chegamos a metade da prova em Sarthe e dessa vez é o Porsche #2 que lidera a corrida, fato que não acontecia já a algumas horas. Foi um bom trabalho de Romain Dumas ao volante do 919 Hybrid, que ainda continua na batalha contra os Toyotas. Os dois carros japonenes vem logo em seguida, com o #6 e #5 respectivamente. Porsche #1 se encontra na 49ª posição, 38 voltas atrás do líder.
Na LMP2, o #36 da Signatech é quem lidera com o #46 da Thiriet em segundo e #26 da G-Drive em terceiro. Estes três times vem se revezando na liderança a pelo menos duas horas.
Na LMGTE-PRO, a Ferrari #82  da Risi continua na ponta e sempre com os Ford GT #68 e #69 na cola.
Na LMGTE-AM, a Abu-Dhabi/Proton continua firme e forte com seu Porsche #88. Em seguida aparece as duas Ferraris da Scuderia Corsa (#62) e da Clearwater Racing (#61)

84ª 24 Horas de Le Mans: 11ª Hora

Nenhuma mudança no comando da LMP1, com o Toyota #6 continuando em primeiro seguido de perto pelo Porsche #2 e na terceira posição o Toyota #5. O Porsche #1 já leva 39 voltas de desvantagem e ainda permanece nos boxes. É o 53º na geral.
Na LMP2, a G-Drive chegou a liderança com o #26 com o #46 da Thiriet em segundo e o #36 da Signatech em terceiro.
Na LMGTE-PRO, o #68 da Ford quem comanda com o Ferrari #82 da Risi em segundo e o outro Ford GT #69 em terceiro. De se destacar a aparição do Aston Martin #95 da Aston Martin Racing na quarta colocação, aproveitando-se bem dos problemas enfrentados pelos outros carros.
Na LMGTE-AM, o cenário é o mesmo da última hora: o Porsche #88 da Abu-Dhabi/Proton em primeiro, a Ferrari #62 da Scuderia Corsa em segundo e o outro Ferrari #61 da Clearwater em terceiro.

84ª 24 Horas de Le Mans: 10ª Hora

Por um curto espaço de tempo a Toyota chegou a ocupar as duas primeiras posições na LMP1, sempre com o #6 na liderança, mas após as paradas de box o Porsche #2 voltou ao segundo posto e agora tem 18 segundos de atraso para o #6. O Porsche #1 não teve melhor sorte: saiu dos boxes com 20 voltas de atraso para o líder e quando ganhou a pista, estava extremamente lento, mesmo usando u acelerador a fundo. A Audi, como #8, perdeu duas voltas e começa a se complicar na prova e #7 está em sétimo e com 9 voltas de atraso.
Na LMP2, a liderança pertence ao Alpine #36 da Signatech com o #26 da G-Drive em segundo e o #46 da Thiriet em terceiro. Uma pena mesmo é a Manor, que sempre figurou entre os ponteiros dessa classe e acabou despencando na classificação após apresentar problemas. O #47 da KCMG acabou encalhado na caixa de brita.
Na LMGTE-PRO, liderança para o Ford GT #68 com o Ferrari #82 da Risi em segundo e o Ford GT #69.
Na LMGTE-AM, a Abu-Dhabi/Proton continua firme na liderança com seu Porsche #88, seguido pelos Ferraris #62 da Scuderia Corsa e #61 da Clearwater Racing.

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