quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Foto 141: Os campeões da Audi

(Foto: Audi)
As máquinas vitoriosas da Audi em 2012: 12 Horas de Bathurst, 24 Horas de Zolder, 24 Horas  de Le Mans, 24 Horas de Spa e 24 Horas de Nürburgring.
Fraca a fábrica de Ingolstadt, não?

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Vídeo: Os testes do Nissan GT-R Nismo GT3

E aí fica um vídeo dos testes do já homologado Nissan GT-R Nismo, o "Godzilla", para os campeonatos de GT3. Seria interessante vê-lo em pistas brasileiras em 2013.

GP do Brasil: Um desfecho e tanto



Um jovem tri-campeão: Vettel comemora com o público o seu terceiro mundial
consecutivo.
(Foto: EFE)
A chegada dos principais astros para aquela tarde decisiva, mostrou perfeitamente a feição de cada um deles: Alonso foi o primeiro dos três e foi praticamente tragado por um mar de repórteres empunhando gravadores e microfones, fazendo várias perguntas. O espanhol saiu pela tangente, em passos firmes sem falar uma sílaba sequer e esboçou um sorriso amarelo, entrou rapidamente nos boxes da Ferrari e desapareceu. Minutos depois foi a vez de Vettel, que ao contrário do seu rival, recebeu todos com um sorriso e respondeu as perguntas enquanto caminhava rumo ao box da Red Bull, controlando os passos para dar atenção aos repórteres. Da mesma forma eles foram recebidos por Lewis que respondeu tranquilamente as questões em passos mais suaves, sem pressa.
Pressão sobre eles? Sim, muita. Lewis era o mais descontraído, afinal não tinha o peso de uma decisão nas costas e única coisa que tinha para se preocupar era de tentar a vitória em sua última corrida pela McLaren. Alonso e Vettel, com o campeonato em jogo, tinham cada um sua responsabilidade: para o espanhol era tentar virar o jogo na largada e acreditar no ritmo de prova de sua Ferrari para tentar, ao menos, ficar entre os três primeiros e contar com a sorte. Para Vettel era se manter entre os oito melhores e ficar a espreita dos movimentos de Alonso, para não deixar escapar o seu tri-campeonato.
A previsão de chuva para a hora da corrida acabou por confirmar-se, mas não foi aquele aguaceiro que todos esperavam. A garoa típica de São Paulo foi quem orquestrou o chove não molha na pista de Interlagos, ora molhando uma parte do circuito e deixando outros pontos totalmente secos e isso foi visto na largada quando os carros chegaram no miolo, enfrentando uma pista úmida o que fez os carros “bailarem”. Seria uma corrida intensa e nervosa.
Antes disso a largada. Tumultuada, diga-se, com Vettel largando mal e vendo as duas Ferraris abrirem caminho, com Massa pulando de quinto para segundo e Alonso de sétimo para quarto. Sebastian ainda teve o grande susto da tarde ao ser batido por Bruno na entrada da curva Chico Landi e ver sua Red Bull ao contrário pro tráfego. O brasileiro abandonou, assim como Pérez que também participou do acidente. Vettel teve a sorte de voltar em último e recuperar-se a tempo, saindo de último para 12º em poucas voltas. Uma recuperação de mestre, num momento que a pista mais parecia um rinque de patinação.
O resto da tarde, com condições climáticas que beiravam a loucura, deixou a corrida imprevisível. Alonso e Vettel despencaram algumas vezes no pelotão devido as trocas de pneus, mas recuperaram-se em seguida, sempre com Fernando em quarto e Vettel próximo, oscilando entre a sétima e quinta colocação. O espanhol não conseguia entrar no grupo dos três primeiros, devido a batalha insana que Hamilton, Button e a surpresa do dia, Hulkenberg, travavam. As coisas só melhoraram para Fernando, quando Hulkenberg e Hamilton se acidentaram no momento em que disputavam a liderança, com o inglês levando a pior no “S” do Senna ao sair com a suspensão dianteira esquerda quebrada.
Mesmo com Alonso ganhando estas duas posições e mais à frente, conquistando a de Massa, subindo assim para segundo, o seu esforço não foi suficiente e Sebastian, que ficou compassivamente esperando o momento certo para ultrapassar Kobayashi e depois Schumacher, que acabou sendo o mais fácil dos dois. Paul Di Resta encerrou a brincadeira mais cedo, quando bateu forte na subida do Café.
Interlagos viu o desfecho de um dos melhores campeonatos de F1 dos últimos anos, onde dois pilotos, de qualidades inquestionáveis atrás do volante, dividiram as atenções. Vettel com a sua simpatia, velocidade pura e determinação, batalhou contra um surpreendente Alonso que estava fadado a ser apenas um mero coadjuvante neste ano e que acabou sendo um dos protagonistas. A categoria viu a última corrida de Schumacher, que encerrou a sua segunda estadia sem o brilho de outrora. Hamilton saiu de cena da Mclaren e infelizmente de um modo que não queria, após acidentar-se com Hulkenberg.
Foi uma temporada dos deuses e que 2013 seja tão bom quanto este. É o que esperamos


Foto 140: Travessura

Berger também era da turma das travessuras na F1. Aqui ele é flagrado fazendo um bigode na foto de Nelson Piquet.

sábado, 24 de novembro de 2012

GP do Brasil - Classificação - 20ª Etapa

Era difícil não prever uma batalha intensa entre Mclaren e Red Bull pela pole em Interlagos. As voltas de Webbber e Hamilton no início do Q3 tinham sido de uma finesse absurda, com o australiano cravando a melhor marca e depois sendo superado magistralmente por Hamilton que fizera 1'12''458, mostrando o quanto que a Mclaren está forte em Interlagos. Mas ainda tinha Vettel em sua volta veloz, mas quando a imagem cortou para o alemão, momento em que contornava a Junção, o registro da segunda parcial apontava que nada ia bem: ele perdera mais de um segundo naquela primeira tentativa e marcava apenas o sétimo posto. Em seguida o erro apareceu: ele saíra um pouco da sua trajetória na descida do Lago, indo além da zebra, perdendo um bom tempo. Ele ainda voltou pra pista, mas não chegou a ameaçar a pole de Hamilton ficando assim em quarto. Button confirmou o ótimo desempenho dos cromados e fechou em segundo, 0''055 pior que a volta de Lewis, jogando Webber para terceiro.
Mais atrás foi possível ver que Massa esteve num dia melhor que Alonso, ao conseguir posicionar sua Ferrari num quinto lugar contra o oitavo do seu companheiro apesar de um resultado sofrível para tentar levar seu carro para o Q3 no finalzinho da segunda parte. Fernando ganhou uma posição após a punição de Maldonado, depois que este não foi para a pesagem no final do Q2. Com isso o venezuelano, que havia marcado o sexto tempo, despencou dez posições no grid.
Apesar de a previsão para amanhã ser de chuva contínua, não dá para descartar algumas coisas: tanto Vettel, quanto Alonso, estão tensos, o que é normal para uma decisão de título. Talvez Sebastian esteja um pouco mais, devido o fato de ser líder com treze pontos de vantagem sobre Fernando. Por outro lado, a posição de largada de Alonso o conforta um pouco e isso pode ajudá-lo, uma vez que Webber tem tido péssimas largadas. Massa pode ser um fator a ser considerado nesta disputa: ele costuma fazer boas largadas e tem um ritmo de corrida satisfatório e caso consiga pular na frente de Vettel, pode atrasá-lo para Alonso que certamente virá da sétima colocação como um cão raivoso. E lá na frente, a disputa deverá ser particular entre Hamilton e Button, com uma boa vantagem para Lewis.
O jeito é controlar os nervos e esperar para a largada de amanhã a tarde, que definirá quem será o mais jovem tri-campeão mundial da história da F1.

Hamtilton foi espetacular no classificatório: Sexta pole no ano e 26ª na carreira
(Foto: AP)

Grid de Largada para o Grande Prêmio do Brasil - 20ª Etapa

1: Lewis Hamilton (ING/McLaren) - 1min12s458
2: Jenson Button (ING/McLaren) - 1min12s513
3: Mark Webber (AUS/Red Bull) - 1min12s581
4: Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) -1min12s760
5: Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1min12s987
6: Nico Hulkenberg (ALE/Force India) - 1min13s206
7: Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1min13s253
8: Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) -1min13s298
9: Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1min13s489

10: Paul Di Resta (ESC/Force India) - 1min14s121
11: Bruno Senna (BRA/Williams) - 1min14s219
12: Sergio Pérez (MEX/Sauber) - 1min14s234
13: Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1min14s334
14: Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - 1min14s380
15: Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso) - 1min14s574
16: Pastor Maldonado (VEN/Williams) - 1min13s174 (punido pela FIA em dez posições)
17: Jean-Eric Vergne (FRA/Toro Rosso) - 1min14s619
18: Romain Grosjean (FRA/Lotus) - 1min16s967
19: Vitaly Petrov (RUS/Caterham) - 1min17s073
20: Heikki Kovalainen (FIN/Caterham) - 1min17s086
21: Timo Glock (ALE/Marussia) - 1min17s508
22: Charles Pic (FRA/Marussia) - 1min18s104
23: Narain Karthikeyan (IND/HRT) - 1min19s576
24: Pedro de la Rosa (ESP/HRT) - 1min19s699


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Foto 130: Cem Mil!

Postando uma foto de Ronnie Peterson no seu estilo natural, apenas para agradecer a todos que prestigiam o Volta Rápida. O blog acaba de atingir 100.000 visualizações.
Obrigado!

Foto 129: Nurburg

Arturo Merzario em algum ponto do glorioso Nurburgring, pilotando sua Ferrari 312B2 durante o GP da Alemanha de 1972. Ao fundo, um parte da cidade de Nurburg e o seu famoso Castelo.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Revista Speed, Edição 5

A quinta edição da Revista Speed foi ao ar ontem pela manhã e com 74 páginas muito bem feitas. A habituais colunas de Paulo Alexandre Teixeira e Rafael Ligeiro estão nos dois extremos da revista, com Paulo falando sobre o duelo entre Vettel e Alonso nesta últimas etapas da F1 e Rafael sobre o negro 1º de maio de 1994.
Paulo ainda nos traz outros dois textos: sobre a saída de Randy Bernard do comando da IndyCar e sobre o GP do Brasil de 2006, que teve a vitória de Massa, o título de Alonso e a despedida com atuação magistral de Michael Schumacher
Bruno Mendoça fez um ótimo guia sobre o GP do Brasil, assim como a entrevista com Bruno Andrade que só confirmou seu título da F3 Sul-Americana de 2009 somente este ano, após longo processo nos tribunais. E o Bruno Mendoça ainda fez um perfil sobre os pilotos japoneneses que passaram pela F1.
Daniel Machado trouxe também um texto sobre a Motovelocidade, falando sobre os campeões das três divisões da categoria.
E mais dois colaboradores estrearam nesta edição: Felipe Pires, que escreveu sobre um ano da morte de Dan Wheldon e das mudanças da Indy neste período e Mari Espada, do blog Papaya Orange, que falou sobre a saída de Lewis Hamilton da Mclaren. E ainda tem o Paper Model de Pedro Luís Perez, que retratou uma "vitória" da Copersucar na F1.
A minha colaboração para esta edição é a primeira parte que conta sobre os 25 anos do Tri-Campeonato de Nelson Piquet pela Williams e sobre Michael Schumacher, onde falo das suas duas passagens pela F1.
E desde já, boa leitura!

Link: http://speedrevista.wordpress.com/2012/11/20/speed-5-novembro-2012/

sábado, 17 de novembro de 2012

GP dos EUA - Classificação - 19ª Etapa

Era de se esperar uma pole fácil de Vettel, daquelas que ele costumou a fazer com uma volta canhão e depois ir para os boxes e ficar relaxado, enquanto que o restante se matava para tentar alguma mágica e tirar-lhe da primeira colocação. Por um momento se pensou, quando ele fez a marca de 1'35''877, mas Hamilton impecavelmente estava na sua cola e forçou o alemão à voltar para a pista e melhorar a sua marca,baixando para 1'35''657. Era boa, mas Lewis estava na pista e ainda tinha chances até fazer o tempo de 1'35''766. A pole de Vettel, a 36ª da sua carreira, estava garantida.
O treino em Austin foi complicado para a maioria, em especial a Ferrari, que tentou achar aderência onde não tinha. Se os carros de Maranello tinham esse problema há tempos, isso ficou mais evidente nestes dois treinos de sábado quando Alonso não conseguiu muita coisa além de dois pares de oitavo lugares, conquistado no treino livre da manhã e repetido no classificatório de agora pouco. Massa é quem surpreendeu ao ficar na frente do espanhol em todos os estágios da classificação. Isso lhe rendeu a sexta colocação e a expectativa de um bom domingo na pista texana.
Os Lotus foram bem e poderiam ter colocado seus dois carros entre os cinco, caso Grosjean não tivesse que perder 5 posições por ter trocado o câmbio. Ele sairá em nono, enquanto Raikkonen largará em quarto. Bom trabalho do velho Schumi que fez um ótimo quinto lugar, contra o décimo sétimo de Rosberg.
Será interessante a largada amanhã e não tem como fugir da idéia do que será os carros dividindo aquela primeira curva em subida, seguida por um gancho à esquerda. Para quem vier do fundo, terá alguns horrores porque terá que frear forte e torcer para ninguém tocar, ou bater, em sua traseira. E nisso Hulkenberg e Alonso terão uma fila atrás deles que não é nada confiável: Grosjean e Maldonado.
Numa dessas, o título de Vettel pode ser decidido na primeira curva. Seria seu terceiro mundial consecutivo, no mesmo dia em que completará 100 GPs no mesmo país que fez o seu debut, em 2007. 
Mais um: 36ª pole de Vettel em 99 GPs disputados
(Foto: Reuters)

Grid de Largada para o Grande Prêmio dos Estados Unidos - 19ª Etapa

1. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull): 1min35s657
2. Lewis Hamilton (ING/McLaren): 1min35s766
3. Mark Webber (AUS/Red Bull): 1min36s174
4. Kimi Raikkonen (FIN/Lotus): 1min36s708
5. Michael Schumacher (ALE/Mercedes): 1min36s794
6. Felipe Massa (BRA/Ferrari): 1min36s937
7. Nico Hulkenberg (ALE/Force India): 1min37s141
8. Fernando Alonso (ITA/Ferrari): 1min37s300
9. Romain Grosjean (FRA/Lotus): 1min36s587 *
10. Pastor Maldonado (VEN/Williams): 1min37s842

11. Bruno Senna (BRA/Williams): 1min37s604
12. Jenson Button (ING/McLaren): 1min37s616
13. Paul di Resta (ESC/Force India): 1min37s665
14. Jean-Eric Vergne (FRA/Toro Rosso): 1min37s879
15. Sergio Perez (MEX/Sauber): 1min38s206
16. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber): 1min38s437
17. Nico Rosberg (ALE/Mercedes): 1min38s501
18. Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso): 1min39s104
19. Timo Glock (ALE/Marussia): 1min40s056
20. Charles Pic (FRA/Marussia): 1min40s664
21. Vitaly Petrov (RUS/Caterham): 1min40s809
22. Heikki Kovalainen (FIN/Caterham): 1min41s166
23. Pedro de la Rosa (ESP/HRT): 1min42s011
24. Narain Karthikeyan (CHN/HRT): 1min42s740
* Perdeu cinco posições no grid por trocar o câmbio:

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Foto 128: Tudo por um instantâneo

Está aí uma das graças, e perigos, dos Rallys dos anos 80: pessoal na beira do traçado e alguns tentando a melhor foto.
O Audi da foto é de Walter Röhrl.

Foto 127: Pedro Rodriguez

E bela foto de Pedro Rodriguez escalando a Eau Rouge à bordo de sua BRM P153. Foi a última vez que a F1 correu ali e o veloz mexicano venceu a prova.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Foto 126: Targa Florio, 1923

(Foto: Motorsport Golden Age)
Antonio Ascari, ao volante da Alfa Romeo RLTF, dando uma carona para seu companheiro de equipe Giulio Masetti (de óculos) na edição 14 da Targa Florio de 1923.
Ascari terminou em segundo e Masetti foi quarto. Ugo Sivocci venceu com a outra Alfa.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Foto 125: Reunião ou descanso?

Neste dias em que a F1 é extremamente luxuosa e organizada (que beira a chatisse), nos anos 60 qualquer lugar servia para uma reunião, ou descanso.

F1 Battles: Elio De Angelis vs Nigel Mansell vs John Watson - GP da África do Sul 1981

Apesar da briga entre FISA e a FOCA ter limado essa corrida do calendário, devido uma discussão pela mudança da data, as equipes leais à FOCA alinharam seus carros com minissaias deslizantes (proibidas pela FISA) e disputaram aquele GP sul-africano debaixo de chuva.
Por mais que a corrida não tenha servido para nada, a batalha entre Elio De Angelis, Nigel Mansell e John Watson pela liderança da corrida foi maravilhosa. A vitória foi de Carlos Reutemann, com Piquet em segundo e De Angelis em terceiro. Watson foi quinto e Mansell décimo.

sábado, 10 de novembro de 2012

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Vídeo: As 24 Horas de Le Mans, 1969

Essa foi a corrida que inspirou Steve Mcqueen na produção do seu épico "Le Mans", 1971. As últimas voltas de um duelo visceral entre o Ford GT40 #6 de Jacky Ickx/ JackieOliver contra o Porsche 908 #64 de Hans Hermann/ Gerard Larousse pela vitória naquela prova, é o momento maior daquela edição onde Ickx e Hermann trocaram de posições por inúmeras vezes nas últimas horas até que o belga vencesse a batalha e levasse as 24 Horas de Le Mans.
Foi a última vez que a prova teve a sua largada em estilo "Le Mans".

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

DTM: O teste de Zanardi pela BMW

(Foto: Motorsport.com)

Dois meses após a sua conquista histórica na Paralímpiadas, foi possível ver Zanardi de volta aas pistas. Mas dessa vez seu handcycle foi deixado de lado e Alex subiu num BMW M3 da DTM para matar a saudades do carros de competição. O teste foi um duplo presente, para ele e a BMW: para o o italiano foi um presente pelas suas conquistas em Londres, mais precisamente na pista de Brands Hatch que acolheu as provas de bicicletas adaptadas na Paralímpiadas de Londres. Já para os alemães da BMW, o teste foi parte das comemorações pelos 40 anos da divisão de provas da marca, a BMW Motorsports.
Para que este teste acontecesse o BMW M3 da DTM, modelo que foi campeão no ano de regresso da marca pelas mãos de Bruno Spengler, sofreu modificações para que Zanardi pudesse pilotá-lo: os pedais de acelerador e embreagem foram removidos, enquanto que o de freio foi deslocado para a direita facilitando a frenagem da perna direita - que é um pouco mais extensa que a esquerda. O acelerador e freio foram para o volante, junto das borboletas para troca de marchas. Alex elogiou o trabalho feito pelo pessoal da marca: "Foi um desafio para modificar o carro e atender as minhas necessidades e eu estou surpreso quão rapidamente os engenheiros da BMW Motorsport conseguiram completar as modificações necessárias."
(Foto: Motorsport.com)
O BMW M3 na cor dourada, fazendo uma alusão aos dois ouros conquistados por ele, foi pra pista de Nurburgring e Alex completou 32 voltas. Voltando aos boxes, ele agradeceu à BMW: "Estou muito feliz por ter tido a oportunidade de dirigir o BMW hoje. Este é um dia muito especial para mim, e que sempre lembrarei com carinho. Gostaria de agradecer a todos da BMW que ajudaram a tornar possível este momento especial para mim."
Zanardi ainda foi indagado se poderia vir a correr na DTM no próximo ano. Nesse ponto ele foi cauteloso, principalmente devido a sua idade e o carro que foi usado no teste: "Eu ainda tenho paixão pelas corridas. No entanto, eu não tenho certeza se o nosso carro de demonstração será nada mais do que isso e o nível no DTM pode, eventualmente, vir a ser alto demais para alguém da minha idade." Zanardi está com 46 anos.
Jens Marquadt, diretor da BMW Motorsports, ficou feliz pelo teste de Zanardi e destacou o tempo de casa do piloto italiano e o desafio deste em conduzir o BM modificado: "Estou muito contente por temos tido sucesso nesta aventura com Alex. Durante anos, ele tem sido um valioso membro da família BMW Motorsport e é um grande exemplo para todos nós. Apesar de sua deficiência, ele se enfrenta cada desafio com grande otimismo e passa todos os testes com louvor.Como vimos hoje, o desafio de conduzir a complexidade técnica BMW M3 DTM também provou não ser obstáculo para ele."
Mais uma vez foi bom ver Zanardi testando um carro de corridas. Não sei os tempos de volta dele, mas acredito que tenham sido bons. Alex é o tipo de cara que entra nestes desafios para mostrar a ele, e todos aos seu redor, que ainda é capaz.
Não estranhe se você ver que as marcas alcançadas por essa lenda neste teste, o colocariam entre os dez do grid da prova deste ano. E já que ele descarta uma temporada completa, quem sabe ele não esteja em algumas provas do ano que vem? Seria muito bom.
(Foto: Motorsport.com)

Fonte: Autosport.com

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Vídeo: Indy 500, 1950

Viajar um pouco na história? Indy 500 de 1950, que contou pontos para o Mundial de Fórmula-1 daquele ano. Vitória de Johnnie Parsons.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

GP de Abu Dhabi – Kimi no controle. Vettel mantém a vantagem.



As voltas que Kimi Raikkonen passou encaixotado no câmbio do Red Bull de Vettel, no GP do Bahrein, davam indícios que o Lotus era um bom carro e que o finlandês tinha retornado em grande forma. Passaram-se os meses, alguns outros pódios, e ele voltou a discutir uma vitória, agora contra Hamilton no GP da Hungria. O inglês venceu, assim como fizera Sebastian no GP barenita, e Kimi amargou mais uma segunda colocação. No seu território predileto, Spa-Francorchamps, as chances eram boas, mas se depararam com uma McLaren extremamente rápida e confiável de Button. Ele ficou em terceiro. Depois a Lotus passou por um período de declínio técnico, e tanto ele, quanto Grosjean sofreram com o carro. Os pódios estavam distantes e a chance de vencer, ainda mais.
Kimi partiu da quarta colocação e teve a oportunidade de assumir o segundo posto quando Webber largou mal, mais uma vez. Isso possibilitou que não perdesse Hamilton de vista. Mas Lewis não estava tão inspirado quanto fora na classificação: as voltas iniciais foram difíceis e o inglês acabou errando em uma das chicanes do circuito. Prontamente Raikkonen estava no seu encalço, mas cuidadosamente resguardado. Hamilton reclamava dos pneus que não estavam aquecendo adequadamente e talvez por isso, não conseguisse imprimir o mesmo ritmo do sábado. O pior veio depois: o McLaren de Hamilton taxiou lentamente para a grama e deixou o caminho aberto para Raikkonen. O pescador de combustível traiu Lewis e sua chance de vencer em Yas Marina, esfumaçou-se. Kimi, enfim, estava no controle. E assim foi até o final da prova. Cravou voltas extremamente velozes, o suficiente para deixar Alonso o mais longe possível e poupar os pneus quando quisesse, e também para voltar à frente de Vettel, que vinha de uma magistral prova de recuperação, depois de seu pit-stop. As voltas finais, com Fernando diminuindo a diferença de modo perigoso, não abalaram Raikkonen que continuou na sua tocada a até receber a quadriculada.
A prova de Abu Dhabi foi boa de certa forma. A tensão que tomou durante todo o GP, com a expectativa de uma recuperação assombrosa de Vettel – que aconteceu – mas entremeada de armadilhas por estar partindo do fundo e mais Fernando Alonso, que partiu pra cima de seus adversários em ultrapassagens arriscadas, deu uma animada numa corrida fadada a ser sonolenta. A entrada do Safety Car por duas vezes, devido os acidentes de Rosberg e Karthikeyan e Perez com Grosjean e Webber, também foi providencial para dar a corrida o interesse que teve. De longe, foi a melhor corrida naquele local insosso.
Se Kimi foi o mais festejado do dia, Vettel foi o homem da corrida. Largou dos boxes, teve uma avaria, pequena, na asa dianteira que foi discutida se trocariam ou não e na primeira parada de box, a trocaram; cravou voltas velozes, duelou com Grosjean e por certo momento, teve hipóteses de vencer em Yas Marina. Mas teve que parar uma segunda vez e o duelo com Button, pela quarta colocação, o atrasou bastante. Mesmo assim, ele foi brilhante numa tarde de grandes pilotagens dele, Kimi e Alonso.
Os prejuízos que poderiam ser desastrosos para Sebastian Vettel depois da sua penalização no sábado, forçando-o largar dos boxes, foram minimizados com uma pilotagem vistosa e que serviu para calar a boca dos críticos. Ele saiu de Abu Dhabi com dez pontos de vantagem sobre Alonso, que mais uma vez foi lutador, nunca deixando cair a guarda e fazendo ultrapassagens arriscadas como em Webber e mais tarde em Maldonado. Salvou uma segunda colocação que lhe dá um respiro para a corrida de Austin, prova que será uma verdadeira incógnita e onde Vettel pode sagrar-se, pela terceira vez consecutiva, Tri-campeão do mundo.

sábado, 3 de novembro de 2012

GP de Abu-Dhabi - Classificação - 18ª Etapa

Dominante: sexta pole de Lewis no ano e favorito disparado para vencer em Yas Marina
(Foto: Getty Images)
Hamilton esteve imparável no anoitcer em Yas Marina. Dominou de forma tranquila, e precisa, os três estágios do classificatório e passa a ser o favorito disparado numa corrida que tende a ser tensa desde o início. Webber sairá ao seu lado, mas dependerá de uma largada sensacional para tentar, ao menos, atrasar o piloto da Mclaren amanhã. Afinal, se virar a primeira curva na frente, dificilmente alguém o alcançará.
Por outro lado as atenções não estarão voltadas para a primeira fila, mas sim para a terceira e a 24º posição: Alonso conseguiu a sétima posição no grid, o que já estava um tanto complicado para ele, pois teria que passar por Button, Raikkonen e Maldonado para tentar chegar próximo de Vettel no fim. Mas um problema no sistema de combustível - ou seria um erro de cálculo? - no RB8 de Sebastian Vettel, o forçou a parar no final do Q3 e voltar à pé para os boxes. Carro recolhido e uma série de especulações - como problema de câmbio e no alternador do motor Renault - foram ditos, até que a notícia do combustível foi anunciado após quatro horas de espera - momento em que Herbie Blash e Charlie Whiting saíram para jantar. Vettel partirá da última colocação e uma corrida que estava fadada a ser sonolenta, passou a ganhar ares de tensão.
Olhando friamente o grid, não há como indicar um domínio absoluto de Hamilton nessa corrida. Ele esteve perto de vencê-la em 2009, mas abandonou; 2010 chegou na cola de Vettel e ano passado venceu com tranquilidade. Portanto é de esperar que ele suma na frente. Webber também deverá fazer uma corrida solitária em segundo, mas tem que tomar todo cuidado com Maldonado que sairá em terceiro após a punição de Vettel. Raikkonen ficará na espreita e Button terá um Alonso que, certamente, fará uma largada agressiva, como tem sido seu costume nas últimas provas. Vettel deverá partir dos boxes, o que miniminiza as chances de encontrar HRTs e Marussias pela frente logo ao virar da primeira curva, o que poderia causar algum acidente. Tendo duas zonas de DRS e um carro veloz, ele conseguirá chegar na zona de pontos amanhã. Mas por outro lado será uma corrida de paciência para o atual Bi-campeão.

Vettel e o RB8 no final do Q3: 150ml custaram a terceira colocação no grid.
Partirá de 24º.
(Foto: Getty Images)
Grid de Largada para o Grande Prêmio de Abu-Dhabi - 18ª Etapa

1. Lewis Hamilton (GBR) - McLaren-Mercedes - 1min40s630
2. Mark Webber (AUS) - Red Bull-Renault - 1min40s978
3. Pastor Maldonado (VEN) - Williams-Renault - 1min41s226
4. Kimi Raikkonen (FIN) - Lotus-Renault - 1min41s260
5. Jenson Button (GBR) - McLaren-Mercedes - 1min41s290
6. Fernando Alonso (ESP) - Ferrari - 1min41s582
7. Nico Rosberg (ALE) - Mercedes - 1min41s603
8. Felipe Massa (BRA) - Ferrari - 1min41s723
9. Romain Grosjean (FRA) - Lotus-Renault - 1min41s778
10. Nico Hulkenberg (ALE) - Force India-Mercedes - 1min42s019
11. Sergio Pérez (MEX) - Sauber-Ferrari - 1min42s084
12. Paul di Resta (GBR) - Force India- Mercedes - 1min42s218
13. Michael Schumacher (ALE) - Mercedes - 1min42s289
14. Bruno Senna (BRA) - Williams-Renault - 1min42s330
15. Kamui Kobayashi (JAP) - Sauber-Ferrari - 1min42s606
16. Daniel Ricciardo (AUS) - Toro Rosso-Ferrari - 1min42s765
17. Jean-Éric Vergne (FRA) - Toro Rosso-Ferrari - 1min44s058
18. Heikki Kovalainen (FIN) - Caterham-Renault - 1min45s280
19. Charles Pic (FRA) - Marussia-Cosworth - 1min45s426
20. Timo Glock (ALE) - Marussia-Cosworth - 1min45s480
21. Vitaly Petrov (RUS) - Caterham-Renault - 1min45s489
22. Pedro de la Rosa (ESP) - HRT-Cosworth - 1min45s766
23. Narain Karthikeyan (IND) - HRT-Cosworth - 1min46s382
*24. Sebastian Vettel (ALE) - Red Bull-Renault - 1min41s073
*Punido pela FIA por ter menos de um litro de gasolina no tanque.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Foto 124: Ricardo Rodriguez, 50 anos atrás

(Foto: carlosghys.com)

(Foto: Divulgação)

Pedro e Ricardo Rodriguez
(Foto: Motorsport Retro)
Numa época de senhores, ele se destacou rapidamente e para muitos ele chegaria ao topo em breve. Ricardo Rodriguez tinha uma carreira meteórica: havia começado a pilotar aos 14 anos com motos; aos 15 já pilotava carros Sport, estreando com Riverside a bordo de Porsche Spyder RS e depois viria a ganhar o Tourist Trophy em Nassau. Um ano antes tentou uma vaga nas 24 Horas de Le Mans, que foi prontamente recusada - talvez pela sua pouca idade (14 anos). Não desistiu e em 1959 ele debutou na corrida dividindo um OSCA com seu irmão mais velho, Pedro. Eles não completaram a corrida, mas Ricardo voltou em 1960 e foi ao pódio (2º) depois de dividir o volante do Ferrari 250 TR da equipe NART com André Pilette.
A Ferrari lhe confiou um carro para o GP da Itália de 1961 e rapidamente se colocou na primeira fila, ao lado de Wolfgang Von Trips. A prova que viria a ser fatídica, devida a morte de Von Trips, foi também um cartão de visitas do jovem mexicano que duelou por muitas voltas com Phil Hill e Richie Ginther - seus companheiros de Ferrari - pela liderança da prova. Infelizmente um problema o tirou da prova.
Mas ele continou na Ferrari para 1962 pilotando na F1 e Mundial de Sports Car: venceu a Targa Florio com os belgas Oliver Gendebien e Willy Mairesse. Na F1, marou seus primeiros pontos ao chegar em quarto no GP da Bélgica e foi sexto na Alemanha.
Na corrida extra-oficial que foi disputada no México, na pista de Mixhuca Magdalena, a Ferrari não enviou sua equipe, mas autorizou que Ricardo corresse. O jovem mexicano, então com 20 anos, assinou um contrato para disputar aquela corrida pela equipe de Rob Walker, que utilizava os Lotus. Infelizmente o jovem mexicando nem chegou a disputar a corrida em sua cidade natal: a suspensão do Lotus quebrou na rápida Peraltada e seu carro foi de encontro ao muro, matando-o instantaneamente.

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