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segunda-feira, 15 de junho de 2020

Foto 872: Rondeau, Le Mans 1980

J&J: Jean Rondeau e Jean Pierre Jaussaud em Le Mans 1980
Quando Davi derrubou Golias. É quase impossível não mencionar essa passagem sem relacionar ao que aconteceu entre os dias 14 e 15 de junho de 1980, quando Jean Rondeau, com seu Rondeau M379 compartilhado junto a Jean Pierre Jaussaud, desafiaram a Porsche - aqui representada pela Martini Racing com o Porsche 908/80 (nada mais que um 936 com outra nomenclatura dada pela própria equipe, que anos depois soube-se que de fato tratava-se de um 936) de Jacky Ickx/ Reinhold Joest.
Apesar dos Porsche 908/80 serem os carros do momento, o Rondeau M379 não era um adversário a se desprezar principalmente quando o carro foi testado incansavelmente numa estrada em Paris, e lá foi detectado que eles tinham chances de tentar a conquista em Sarthe, como lembrou Marjorie Brosse - então relações públicas da equipe: “Uma estrada estava sendo construída entre Paris e Le Mans na época e estávamos testando o carro nessa estrada fechada e inacabada, resolvendo incansavelmente os problemas. Mas depois de várias sessões, sabíamos que finalmente tínhamos um carro para vencer em 1980. Nosso carro (o M379 B) era bom, provavelmente tão bom quanto o Porsche 936." A letra M que os modelos da Rondeau recebia, era em homenagem a Marjorie.
E ela estava certa: na corrida, apesar da melhor velocidade do Porsche 908/80, os Rondeau M379B - três no total - estiveram constantemente entre os dez primeiros e com ritmo aceitável e isso foi importante para que no início da noite eles pudessem assumir a liderança pela primeira vez - com o #15 de Henri Pescarolo/ Jean Ragnoti entre as horas 6 e 7 e em seguida com #16 de Jean Rondeau/ Jean Pierre Jaussaud na 10ª hora -, depois que o Porsche de Ickx/ Joest teve problemas na bomba de combustível.
Apesar de terem liderado uma boa parte da prova, o Rondeau #16 foi ultrapassado pelo Porsche 908/80 #9 de Ickx/ Joest na 11ª hora, mas na 18ª a liderança voltaria para as mãos de Rondeau/ Jaussaud quando o Porsche #9 apresentou problemas de câmbio. Mesmo com as chances voltando para a Rondeau, a equipe não se privou de alguns sustos: “Jean já tinha escapado pela brita uma vez pela manhã e seus tempos de volta estavam ficando cada vez mais lentos”, recorda Jean Pierre Jaussaud, que também tomou um susto - e deu um susto na equipe - quando estava a poucos minutos de chegar ao triunfo: “Ickx estava chegando mais perto (às vezes, recuperando um minuto por volta), então tivemos que trazer Jean para os boxes. Eu assumi. Depois da corrida, descobri que Jean estava totalmente exausto e desidratado. Ele estava em diálise enquanto eu terminava a corrida. As condições meteorológicas eram realmente imprevisíveis naquele ano. No final da corrida, acabei rodando em Arnage sem tocar nas barreiras. A sorte estava conosco naquele dia e finalmente vencemos. ” - a corrida teve um início chuvoso e apertou na parte final. Nem mesmo a habilidade de Ickx naquele tipo de condição, foi possível para dar a Porsche a sua sexta conquista na geral em Le Mans. Além da conquista da de Rondeau/ Jaussaud, um outro Rondeau M379B classificou em terceiro conduzido por Gordin Spice/ Philippe Martin/ Jean Michel Martin. O Rondeau de Pescarolo e Ragnoti abandonou na décima hora.
A vitória de Jean Rondeau, junto de Jean Pierre Jaussaud, no seu Rondeau M379B ainda é uma dos grandes momentos do esporte e também da rica história das 24 Horas de Le Mans.
E hoje essa grande conquista completa exatos 40 anos.

*As falas foram retiradas do site Daily Sportscar: http://www.dailysportscar.com/2015/12/31/a-tribute-to-jean-rondeau-30-years-on.html

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Foto 157: Espaciais

(Foto: Motorsport Golden Age/ Facebook)
Parecendo ter saído de algum filme de ficção científica dirigido por George Lucas, o Porsche Turbo 908/80 #5 de Jochen Mass/ Reinhold Joest/ Volkert Merl ao lado do Lola T600 Ford #1 de Guy Edwards/ Emilio de Villota na primeira fila das 6 Horas de Silverstone de 1981, válida para o World Sports Car Championship de 1981
O Porsche não completou nenhuma volta, abandonando após a largada devido um acidente. O Lola de Edwards/ Villota foi a até a 94ª volta quando teve que deixar a prova devido uma pane seca.
A vitória foi do Posrche 935J #22 da Vegla Racing, conduzida pelo trio Walter Röhrl / Harald Grohs / Dieter Schornstein.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Foto 57: Açougue


Numa evolução natural dos bem sucedidos 917K, a Porsche produziu em 1971 o 917/20 aproveitando a ótima aerodinâmica dos 917K e a cauda longa do 917LH, que era um verdadeiro foguete na reta Mulsanne, em Le Mans. 
Desenvolvido em conjunto com a SERA, uma empresa francesa especialista em aerodinâmica espacial, o 917/20 apareceu numa prova teste em Le Mans, 1971, e foi o carro mais rápido em reta. De fato este era o intuito da Porsche quando encomendou este trabalho, fazer com que este carro tivesse um desempenho assombroso na grande reta da Hunaudiéres. Por isso o largo chassi, se comparado ao seus irmão 917K e LH, que servia para melhorar o escoamento do ar. Porém, a Martini não colocou a sua marca neste carro assim que a Porsche apresentou-o com o layout inspirado nos cortes de carne, resultado de algumas piadas britânicas por compararem o 917/20 a um Porco por conta do volume do carro. Com isso, o carro acabou sendo chamado de " The Pink Pig".
Reinhold Joest e Willy Kauhsen pilotaram o carro inscrito pela Martini Internacional Racing Team (que correu sob a batuta do Team Auto-Usdau). Fizeram o sétimo tempo na classificação e quando estavam em terceiro, na 12ª hora, acidentaram-se após uma falha nos freio que forçou o abandono do carro.
Além deste layout inusitado, o 917/20LH serviu para testar peças para outro carro da fábrica que viria a fazer tremendo sucesso nos EUA: o 917/30, que correu na Can-Am.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...