quinta-feira, 23 de junho de 2016

84ª 24 Horas de Le Mans: A pior da Audi, em 17 anos

Não foi uma grande jornada esta da Audi em Sarthe. Havia, de antemão, uma situação bem complicada para a fábrica multi campeão de Le Mans pelo fato de correrem sem o terceiro carro, como bem acenou Dr. Wolfgang Ulrich quando questionado sobre isso. Mas havia um motivo pelo qual essa preocupação: sabia-se que os carros alemães tinham sofrido problemas nas provas anteriores e isso já ascendia o sinal amarelo por aquelas bandas. Isso não era de sua exclusividade, uma vez que Porsche e Toyota também tinham passado por isso, e cuidar para que estes problemas não interferissem, era a chave para tentar mais uma conquista em Sarthe.
O problema é que estes temores começaram cedo demais, ainda na quarta, quando o R18 #8 teve um problema elétrico que o limitou bastante para o restante do treino livre - onde havia desafiado e muito bem a Porsche, tanto que terminou em terceiro naquela prática - e que depois prejudicaria demais nos treinos classificatórios. Por mais que o carro #8 tenha conseguido um quinto lugar no grid, ultrapassando inclusive o #7, sua velocidade não era a mesma de logo cedo e que foi aumentando gradativamente. Os outros dois treinos classificatorios, que seriam uma boa oportunidade de avaliação do dois carros,foram realizados com chuva e isso complicou bastante o cronograma. Mas ainda foi suficiente para que percebessem que o #8 tinha problemas de freio e que o #7 teve um vazamento de combustível. As coisas não iam bem, de fato.
Apesar de um bom início do #8, conseguindo atacar até mesmo as Porsches na luta pela primeira posição,#7 teve sérios problemas no turbo que precisou ser trocado e só ali perdeu seis voltas ainda na segunda hora de corrida. O quadro pioraria ainda mais no decorrer das horas, quando a desvantagem aumentou para 17 voltas. O #8 ainda conseguiu acompanhar os ponteiros, mas nunca sem ter a velocidade suficiente para conseguir um ataque efetivo. O golpe de misericórdia para as já pequenas esperanças do time, veio quando o #8 foi aos boxes e perdeu duas voltas. Ainda que tivesse conseguido recuperar uma volta, as coisas acabariam de vez no momento que foram mais uma vez aos boxes para a troca da suspensão.
As coisas poderiam ter sido mais criticas para a Audi, uma vez que existia a possibilidade da marca ficar de fora do pódio pela primeira vez desde a sua estréia nesta prova em 1999. Mas a falha mecânica do Toyota #5 possibilitou que o carro #8 de Lucas Di Grassi/ Oliver Jarvis/ Löic Duval subissem ao terceiro lugar.

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