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segunda-feira, 3 de maio de 2021

GP de Portugal - Marcação

O momento em que Hamilton supera Verstappen na briga pela segunda posição
(Foto: Autosport/ Twitter)


Talvez este GP português, no sempre belo e desafiador circuito de Portimão - que já caiu nas graças dos fãs - não tenha sido tão emocionante quanto o do 2020, mas foi palco de mais uma batalha entre Hamilton e Verstappen. A marcação cerrada entre os dois foi a marca registrada no inicio e no fim da prova, mesmo que o ritmo da Mercedes de Hamilton tenha melhorado consideravelmente - mesmo usando os pneus duros no único pit-stop feito pelo sete vezes campeão, a exemplo de Max, Bottas e Perez.

O vacilo de Lewis na relargada - originada pelo SC que entrou após o toque entre as duas Alfa Romeo, com Kimi Raikkonen levando a pior - deu a oportunidade para Max conseguisse a ultrapassagem no final da grande reta. Porém, com um ritmo bem melhor, Hamilton aproveitou para começar a tirar a diferença e aproveitar-se mais tarde de um erro de Verstappen para ultrapassá-lo no final da reta dos boxes. Não demorou muito ao inglês chegar e passar Bottas que vinha com um ritmo um pouco abaixo de seu companheiro. É bem provável que tenha havido intervenção de Toto Wolff nessa situação, mas a melhor velocidade do inglês era evidente e bastava algum tempo para que ele superasse o finlandês - mas ha de se dizer que a intervenção seria necessária, uma vez que Max ainda estava por perto e não valia a pena deixar Valtteri travando o rendimento de Lewis. 

A real disputa pela vitória ficou no passado com essa manobra de Lewis superando Bottas e o finlandês trabalhando no que podia para segurar o ritmo de Max, que não estava no melhor dos dias do Red Bull - e isso ele reconheceu nas entrevistas. Tanto antes da troca de pneus, quanto depois, Hamilton esteve rápido o suficiente para manter-se a frente e contra-atacar qualquer que fosse a reação de Max que parara antes e tinha conseguido ganhar a posição de Bottas nos boxes. Se não dava para alcançar Hamilton, o jeito era se preocupar com Valtteri, mas o pobre finlandês teve o azar do escapamento apresentar problemas e limitar seu rendimento e o tirar da luta pelo segundo lugar - ao menos teve um pingo de sorte nesta situação, já que Sergio Perez estava longe de alcançá-lo. 

Abrindo um pequeno adendo ara uma corrida morna como esta de Portugal, é de se destacar o bom rendimento de Fernando Alonso após uma qualificação sofrível onde o espanhol ficou na 13ª posição e seu companheiro de Alpine, Esteban Ocon, ficando num ótimo sexto lugar. Alonso conseguiu esticar a sua parada de box realizando ela quando estava em sexto e quando voltou para corrida, já estava em 11º e daí em diante foi escalar o pelotão até terminar em oitavo com um pouco mais de 1 segundo de atraso para Ocon que terminou em sétimo. Como o próprio Alonso chegou falar, ele concentrou toda raiva pela má classificação na corrida e salvou bons pontos e ainda diminuiu o prejuízo para Ocon. Foi um final de semana muito bom para uma equipe que na sua encarnação passada, a Renault, fechou com bons resultados o ano de 2020.

Voltando para a batalha na dianteira, tanto para a Mercedes quanto para a Red Bull esta temporada será pautada por jogos de equipe justamente por ter um cenário tão apertado que está nesse momento e que pode muito bem se estender por toda a temporada. Numa corrida pode ser a Mercedes a dominante, como em outra pode ser a Red Bull e em outras um parelhamento nos desempenhos que será decidido nos detalhes. 

Em Barcelona, por mais que seja um circuito modorrento para a Fórmula-1, dará um cenário importante de como está a real força das equipes.

segunda-feira, 17 de junho de 2019

87ª 24 Horas de Le Mans: Um sopro de esperança na edição mais brasileira de todas


(Foto: José Mario Dias)
Nas últimas horas de prova os resultados parciais revelavam um cenário interessante para três pilotos brasileiros:  O #36 da Signatech Alpine, pilotado nas horas finais por Nicolas Lapierre, vinha com uma diferença confortável sobre o #38 da Jackie Chan indicando que a vitória na classe estava praticamente assegurada.. Na LMGTE-PRO Alexander Pier Guidi comandava as ações no Ferrari #51 da AF Corse administrando, também, uma larga diferença construída a base de estratégias e fórceps para derrubar a esquadra da Porsche GT Team. Na LMGTE-AM as coisas pareciam resolvidas para o Ford GT #85 quando uma troca na dianteira começou a mudar o panorama. Trocada a peça com ajuda da equipe oficial da Ford o retorno foi tranquilo, mas um descuido em deixar as rodas girando enquanto o trabalho de pit-stop era feito gerou um stop&go para o trio formado por Ben Keating/ Jeroen Bleekemolen/ Felipe Fraga. A tensão em perder uma liderança que já os pertencia desde o final da tarde anterior era latente. A penalização foi cumprida e Bleekemolen, que se encontrava ao volante do Ford, saiu ainda com cinco segundos de vantagem sobre o Porsche #56 da Project 1. Restou apenas ao holandês da Ford aumentar a carga no acelerador e distanciar-se, para evitar qualquer ataque que viesse do Porsche da Project. A tensão ia embora e dava lugar ao sabor inexplicável.
Para os três pilotos brasileiros a conquista foi especial, claro. André Negrão chegou a sua segunda conquista consecutiva em Sarthe e de quebra, junto de Nicolas Lapierre e Pierre Thiriet, levou o campeonato da LMP2. Daniel Serra confirmou mais uma vez a sua destreza ao volante de um GT, algo que já acostumamos ver aqui no Brasil desde que começou a pilotar este tipo de carro. E Felipe Fraga com o seu já conhecido pé pesado, que o ajudou a ganhar fama e titulo na Stock Car, também passa a escrever um capitulo importante para ele no automobilismo estrangeiro.  
A vitória tripla dos pilotos daqui em Le Mans só reforça algo que já é recorrente: que existe vida fora da Fórmula-1. A cada conquista que um piloto nacional consegue nos grandes centros serve para mostrar a nova safra que mesmo que tenham o sonho de ingressar na F1 e este seja dizimado a pó, as possibilidades de seguir uma carreira internacional – e muito sucesso – existe e com grandes atrativos. André Negrão é um exemplo claro: tendo passado naturalmente pelos monopostos, acabou ingressando nos protótipos e já em 2017 – pela sua atual equipe, a Signatech Alpine - conseguiu um terceiro lugar nas 24 Horas de Le Mans na LMP2. Já na Super Temporada do WEC, que terminou exatamente em Sarthe, o piloto de Campinas chegou ao lugar mais alto do pódio na edição de 2018 e repetiu o feito neste 2019 para, também, levantar a taça de Campeão Mundial da LMP2. André seguiu apenas o caminho de outros dois jovens pilotos brasileiros que também trocaram os monopostos pelos protótipos: os “Felipes” Derani e Nasr hoje brilham na IMSA onde já tem seus nomes encravados na história da grande categoria. Portanto, exemplos para que a nova geração se inspire não falta.
Para o automobilismo brasileiro as marcas alcançadas por estes três, só enriquece ainda mais a história daqui no Endurance Internacional. As várias vitórias em provas importantes do Endurance Mundial como 24 Horas de Daytona, 24 Horas de Spa, 12 Horas de Sebring, 6 Horas de Watkins Glen e ainda mais os títulos – como o de Raul Boesel no World Sportscar de 1986; o de Ricardo Zonta no FIA GT de 1998, os de Christian Fittipaldi na IMSA no biênio 2014/ 2015 e mais o de Felipe Nasr em 2018- mostram um caminho dos mais interessantes para ser apostado. Por outro lado, mesmo com um automobilismo cambaleante como o nosso, estes resultados soam como um eco de que ainda existe uma chance de retomarmos o caminho do fortalecimento do nosso esporte para que outros pilotos sejam revelados e venham aumentar, no futuro, estes números que ainda vão crescer com esta turma que tem reescrevido a história do automobilismo nacional lá fora.  
Com resultados assim, sempre reaparece a velha questão: quando que chegará tão esperada vitória na geral? Passamos perto disso em 1973 com José Carlos Pace com a Ferrari, que ele dividiu com Arturo Merzario; em 1991 com Raul Boesel pilotando o Jaguar ao lado de Davy Jones e Michel Ferté; e depois com Lucas Di Grassi, que chegou em segundo na edição de 2014 quando estava a serviço da Audi ao compartilhar o volante do R18 com Tom Kristensen e Marc Gené. Diria que é apenas uma questão de oportunidade para que algum piloto brasileiro possa ingressar e, enfim, ter a chance de ganhar a grande clássica do automobilismo mundial. Afinal, é que a falta para coroar a riquíssima história de tantos títulos e vitórias que os pilotos daqui ajudaram a escrever mundo afora.

Na LMP1, mais uma vez Toyota

(Foto: Toyota)

Esta prova foi o reflexo do que foi a temporada inteira: uma Toyota anos luz à frente dos demais e a concorrência apenas esperando um deslize deles para que pudessem, enfim, vencer na geral. A fábrica japonesa fez valer a sua força e levou para casa a sua segunda 24 Horas de Le Mans, duas na mesma temporada – uma marca que dificilmente será superada por outra equipe. Independente dos estratagemas que possam ter empregado nas suas quatro conquistas nesta Super Temporada – título de marcas, pilotos e as duas edições das 24 Horas de Le Mans – a Toyota aproveitou bem da sua superioridade para vencê-las e esmagar um contigente de protótipos não híbridos que apenas esperavam pelas migalhas que podiam ficar pelo caminho. Culpa da Toyota? Talvez não tanto... Como sempre digo, nem sempre tudo chega aos nossos ouvidos e dificilmente chegará algo. Vá saber o que pode ter costurado a ACO com a fabricante japonesa após aquela saída maciça do Grupo VW (leia-se Audi e Porsche), sendo que uma movimentação dessa talvez até tenha mexido com o ânimo deles em disputar um mundial praticamente sozinha. Algum retorno pode muito bem ter sido acertado para que ao menos uma grande fábrica ficasse no certamente, uma vez que a menina dos olhos da ACO – a Peugeot – sempre rechaçou um retorno enquanto que os custos continuassem altos. A Toyota manteve-se no campeonato e ganhou com sobras, fazendo o que deve se fazer numa situação dessas. Pior é se tivesse perdido tudo ou parte dessas conquistas. A vergonha seria pesada para aqueles lados.
Sobre as conquistas em Le Mans, estas ficaram sob a luz da suspeita exatamente por contar com um piloto que tem o seu talento proporcional a polêmica que causa por onde passa: Fernando Alonso ingressou na Toyota exatamente para tentar conquistar uma das três jóias da Tríplice Coroa do Automobilismo e acabou ganhando duas, assim como fizera nos seus tempos de Fórmula-1 ao vencer duas vezes seguidas o GP de Mônaco que é a outra jóia da Coroa. Se em 2018 já ficaram de burburinho em torno de sua conquista, ao desconfiarem do ritmo de “Pechito” Lopez no meio da noite com o #7 que virava extremamente lento em face ao ritmo imposto por Alonso no mesmo momento da prova com o #8, indicando que ali poderia ter rolado alguma situação para que o espanhol levasse a prova junto de seus companheiros Kazuki Nakjima e Sebastien Buemi. O pobre argentino acabou por estar novamente no centro das atenções nesta edição ao apresentar um problema em um dos pneus – que depois foi confirmado pelo pessoal da Toyota que foi um problema no sensor de pressão dos pneus –  quando faltava exatamente uma hora para o final, que foi informado como um furo lento e que teve de ir aos boxes para trocá-lo. Com isso acabou perdendo a liderança da prova para o #8 que estava com Kazuki Nakajima ao volante e que apenas precisou conduzir o TS050 para a sua segunda vitória em Sarthe, numa prova que foi claramente dominada pelo #7 desde os treinos. Se foi uma vitória “ajeitada” para que o #8 saísse de Le Mans com a segunda conquista em Sarthe e de lambuja o título desta Super Temporada, não saberemos. Mas a verdade é que para uma fábrica que tantas vezes ficou no quase num território que foi sempre a sua ambição, qualquer sinal de problemas é algo que chega arrepiar os japoneses.
A corrida da LMP1 teve sua ação mesmo entre os não híbridos, onde Rebellion e SMP se entregaram a uma batalha fenomenal pela terceira posição. Os quatro carros batalharam por um bom tempo, sendo que o #3 enfrentou nos mais variados horários os dois carros da equipe russa já que o #1 enfrentou muitos problemas e precisou fazer algumas recuperações para enfim terminar a prova na quarta colocação na geral, exatamente a frente do #3 que também passou por alguns problemas e até mesmo um pequeno acidente um pouco antes do anoitecer. A SMP teve o seu #17 acidentado na parte noturna, quando este vinha bem na classificação ao incomodar os Rebellion junto do gêmeo #11. Este último sobreviveu ao desafio e desbancou a equipe suíça ao levar o terceiro lugar com o trio Vitaly Petrov/ Mikail Aleshin/ Stoffel Vandoorne, com o belga fazendo um belo trabalho nesta sua primeira visita à Sarthe -  onde registrou a maior velocidade de reta (350 km/h). ByKolles e Dragonspeed não chegaram ao final da prova pelos inúmeros problemas que apareceram durante o certame.

LMP2: Uma batalha dura, mas recompensada no final para a Signatech Alpine

 
(Foto: Signatech Alpine Matmut)
A corrida nessa classe foi concentrada especialmente no embate entre a Signatech Alpine e a G-Drive, onde os dois carros se entregaram a uma disputa que animou bastante as horas que se seguiram em Sarthe até o anoitecer, quando o #26 da G-Drive começou abrir distância sobre o Alpine #36 da Signatech. Mas antes disso, a troca de posições na liderança feita por estes dois carros foi visceral – com direito a uma ultrapassagem sensacional de André Negrão em plena Mulsanne usando o que podia de pista para efetuar a manobra.
Com o G-Drive se distanciando e fazendo trabalhos de pit-stop de forma correta e efetiva, ficava cada vez mais difícil para que o panorama mudasse à favor da Signatech Alpine. Mas já perto do amanhecer, o G-Drive apresentou problemas no motor de arranque do Gibson assim que fez uma parada de box. Com o problema não sendo solucionado a tempo – gastou-se cerca de vinte minutos para que o #26 voltasse à pista já com um bom atraso – o caminho ficou aberto para que o trio do #36 da Signatech Alpine (Nicolas Lapierre/ André Negrão/ Pierre Thiriet) assumissem a liderança e apenas administrassem a volta de vantagem que tinham sobre o #38 da Jackie Chan DC Racing – com quem lutavam pelo titulo da LMP2. A vitória veio apenas para abrilhantar ainda mais o título conquistado pelo trio na categoria – isso sem contar na segunda conquista em Sarthe. O furo no pneu do #38 da Jackie Chan DC Racing (Ho-Pin Thung/ Stéphane Richelmi/ Gabriel Aubry) foi um alento ao trio do #36 uma vez que eles vinham bem e podiam ameaçar a então segunda colocação, entrando na luta direta pelo título.

LMGTE-PRO: Ferrari derrubando a esquadra da Porsche

 
(Foto: AF Corse)
Por um tempo essa categoria parecia que estava fadada a ter a vitória direcionada para Porsche ou Corvette, visto que os desempenhos destes carros estavam em grande forma – especialmente pelo #92 e #91 da Porsche e pelo #63 da Corvette. Foi uma prova em que estes três estiveram com condições claras de saírem vencedores dessa classe. Mas como se trata de uma prova de 24 Horas, as coisas podem mudar constantemente.
Para a Porsche a perca do #92 por conta de um problema no escapamento que o alijaram da disputa pela vitória foi um duro golpe antes do amanhecer, mas ainda restava esperanças com os #91 e #93 que vinham muito bem. Porém a grande performance do trio da Ferrari #51 da AF Corse foi importante para o desenrolar da prova. O trio formado por Alessandro Pier Guidi/ James Calado/ Daniel Serra, destoou do restante que defendiam suas esquadras ao fazerem stints muito bons e conseguir levar o Ferrari #51 ao topo da tabela de classificação e alcançando uma vitória para a marca italiana justamente no ano que comemora-se a primeira conquista da Ferrari em Le Mans. Uma conquista e tanto, principalmente por lutar – e bater – equipes genuinamente de fábrica. Uma conquista igualmente importante para Pier Guidi e James Calado que venceram pela primeira vez em Le Mans e também para Serra, que venceu a sua segunda 24 Horas de Le Mans num intervalo de três anos.
A Ford despediu-se de Sarthe sem ter uma grande performance nesta sua última passagem. Talvez apena o Ford GT #67 (Andy Priaulx/ Harry Thincknell/ Jonathan Bomarito) é quem teve alguma hipotese, já que foi o melhor carro do quarteto desde os treinos. Mesmo assim, não foi um grande incomodo para Porsche, Ferrari e Corvette – a despedida da Ford só não passou em branco porque salvaram a festa na LMGTE-AM.
A Corvette parecia se encaminhar para uma batalha pela vitória que poderia coroar a sua festa de 20 anos ininterruptos em Sarthe. Mas a queda do #64 – após um baita acidente na Curva Porsche ainda na parte da tarde de sábado, quando tocou-se com o Porsche #88 (AM) da Dempsey – os deixaram apenas com o trio do #63 em ação. Jan Magnussen/ Antonio Garcia/ Mike Rockenfeller fizeram um belo trabalho até o amanhecer, mas uma rodada na Curva Porsche – que pareceu não muito amigável com o carro americano – pôs tudo a perder e com isso saírem da disputa pela vitória, terminando na nona posição da classe.
Talvez quem tenha tido mais motivos para sair de Sarthe com a decepção em alta, foi a Aston Martin. Depois de um treino classificatório onde os carros – especialmente o #95 que fez a pole – terem conseguido um ótimo desempenho, o BOP de performance feito na sexta-feira alijou os Vantage com diminuição da pressão do turbo e também a perca de dois litros na capacidade do tanque. A falta de potência foi certamente vista no inicio da prova com o #95 sendo atacado por Corvette e Porsche, sucumbindo às investidas. O calvário para o #95 acabou no meio da noite, quando Marco Sorensen bateu na Indianapolis. Um desfecho melancólico. O #97 também sofreu um acidente e ainda voltou para a prova, mas sem grandes perspectivas já que fechou em último na classe e com um bom par de voltas de atraso.
A BMW também realizou a sua última corrida no WEC e sem conseguir grande destaque – a não ser pelos memes que rodaram a internet por causa do tamanho do M8 frente aos demais GTs. Foi uma prova discreta dos dois M8 e apenas o #82 é que chegou ao final, na 11ª posição enquanto que o #81 abandonou a poucas horas do final. A BMW vai concentrar esforços na IMSA, que ainda está com o campeonato em andamento.
Para a Porsche ainda restou a festa pelo título entre as marcas e também entre os pilotos, com o título ficando para a dupla do Porsche #92 Kevin Estre e Michael Christensen.

LMGTE-AM: Keating Motorsport salvando a Ford

 
(Foto: Keating Motorsport)
Esta era uma classe que parecia se desenhar para uma vitória da Porsche. A Dempsey-Proton Racing era a mais credenciada para levar a classe, mas problemas acabaram atrapalhando o andamento para uma equipe que poderia ter levado a prova até mesmo com certa tranquilidade. As atrapalhadas de Satoshi Hoshino no comando do Porsche #88 – ele estava ao volante do carro quando ocorreu o acidente com o Corvette #64 - deitaram por terra a chance de vencer, talvez, com o melhor carro do grupo. O #77 da Dempsey-Proton Racing bem que tentou acompanhar os rivais, mas também não teve folego suficiente e fechou num triste quinto lugar.
Como já foi relatado no inicio do texto, o Ford GT #85 da Keating Motorsport escalou o pelotão tranquilamente para assegurar uma honrosa vitória para a Ford em sua despedida do WEC – apesar que especula-se a entrada de um Ford GT ainda para a temporada 2019/ 2020. Apesar do susto da punição que por muito pouco não arruinou uma conquista que soava tranquila, a vitória foi orquestrada pelo ótimo desempenho do trio em especial de Jeroen Bleekemolen e Felipe Fraga.
A Porsche ainda repousou a suas esperanças no Porsche #56 da Project 1, principalmente quando o #85 teve seus percalços na parte final da prova. Mas tiveram que se contentar com a segunda posição. Mas a Project 1 ainda teve o que comemorar, afinal levou o título de marcas e também o de pilotos com o seu trio Jörg Bergmeister/ Egidio Perfetti/ Patrick Lindsey.
Rodrigo Baptista, que estava no comando do Ferrari #84 da JMW Motorsport junto de Jefrey Seagal e Wei Lu, subiu ao pódio também numa ótima jornada do trio.
O campeonato do WEC volta em setembro, com a abertura do mundial 2019/2020 marcada para o dia 1º com as 6 Horas de Silverstone.



domingo, 18 de junho de 2017

Foto 630: Hora do Rush

Algumas horas de sono, e muitas surpresas. Até então um Porsche #1 andando de forma imaculada, intocável, aparece com problemas no meio da Mulsanne exatamente quando faltava menos de 4 horas para o fim. E o pior: a pressão do óleo no 919 Hybrid acabou forçando o abandono do carro que poderia levar a marca de Weissach ao 19o triunfo em Sarthe.
O melhor de tudo é olhar a classificação e ver um carro da Jackie Chan DC Racing, com o seu #38, liderando a prova com menos de três horas para o fim. Apesar de uma diferença de duas voltas para o segundo colocado da LMP2, o Alpine #35, a sua luta real é contra o Porsche #2 que até amanhecer em Sarthe parecia estar fora da batalha. Agora a diferença deste para o carro da Jackie Chan é de apenas 1 uma volta. Ainda tem chão para mais algumas viradas em Le Mans.
Na LMGTE-PRO as batalhas estão a todo vapor, como era de se esperar. Com as paradas de box, a liderança atualmente é do Porsche #91. Mas virtualmente, quando os demais pararem, a liderança voltará para as mãos do Aston Martin #97 que tem nesse momento em seu habitáculo, Daniel Serra.

sábado, 17 de junho de 2017

85a 24 Horas de Le Mans: Duelos

Descontando o fato do Toyota #7 ter destoado dos demais com aquela volta espetacular, os demais carros de Toyota e Porsche estão bem próximas na tabela de tempo e isso sugere, por si próprio, que a disputa será pra lá de acirrada por todas as 24 horas de prova. Se a Toyota fez um Journey Test onde priorizou a velocidade, a Porsche focou no desempenho de corrida. Mas isso não faz dos alemães totais favoritos: o desempenho da Toyota nas duas provas iniciais do WEC foi muito bom e importante para mostrar em que passo está o TS050 Hybrid que estreou ano passado e que está em sua segunda geração. A forma como encararam de igual para igual a Porsche ano passado em Sarthe, num momento que o carro parecia ainda não ter potencial para duelar pela vitória, impressionou. Desta vez eles estão bem preparados e um dos maiores erros da equipe neste período - na visão deste que vos escreve - foi resolvido com a adoção do terceiro carro. Tirar o escorpião do bolso pode render algo muito bom a eles neste final de semana.
A Porsche conhece bem os atalhos que podem levá-la ao 19o triunfo em Sarthe, só que desta vez terão que lutar contra um contigente maior da Toyota. A quarta geração do 919 Hybrid não dá sinais de cansaço, e ainda pode muito bem dar combate a um TS050 que parece estar em melhor forma.
O equilíbrio será bem interessante neste certame todo. Com o ritmo alucinante que foi apresentado na classificação, fica quase que descarado que o Toyota #7 deve ditar o ritmo deixando que os gêmeos #8 e #9 dêem combate aos #1 e #2 da Porsche.
Se os japoneses se inspirarem na estratégia adotada pela Porsche em 2015, talvez venham a sorrir no final do domingo.
Na LMP2, se nada de anormal acontecer, alguma das equipes que utilizam o conjunto Oreca - Gibson deve sair vencedora. Será bem complicada a vida dos Signatech Alpine, que tentam a sua terceira conquista consecutiva nesta classe. Mas como bem sabemos, corrida só acaba na quadriculada.
Na LMGTE-PRO, a disputa, como sempre, promete ser das boas. Aston Martin e Corvette certamente vão tentar reverter a péssima apresentação de 2016 e podem muito bem fazer frente aos Ferraris e Ford GT. Estes últimos não foram tão brilhantes na classificação, mas não se pode duvidar da capacidade deles. A Porsche também não fez grande trabalho na classificação, mas no BOP feito neste sábado conseguiram perder oito quilos de lastro após verificarem que estavam perdendo 9 km/h nas retas para os demais carros da classe. Espera - se ao menos que com essa mudança, os Porsches possam dar combate aos seus rivais. Outras mudanças podem acontecer até amanhã.
E ficaremos de olho, também, nos possíveis recordes de melhor volta nas quatro classes.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

WEC: Vitória para a Porsche em Nurburgring, mas com a Audi na cola

Era de se esperar um retorno em grande estilo do WEC após um mês daquele desfecho cinematográfico em Sarthe. A Porsche teve mais uma vitória para a sua sensacional coleção desde que retornou a classe principal, mas temos que dizer, também, que esta não foi das mais fáceis: a Audi conseguiu se redimir do desastroso final de semana em Le Mans para brindar o público em Nurburgring ao desafiar a sua co-irmã Porsche durante as seis horas de prova.
Se os dois Audis conseguiram dominar as ações no início da corrida, a Porsche conseguiu virar o jogo logo após a intervenção do FCY (Full Corse Yellow) e entregar ao seus dois carros a possibilidade de vencer e até mesmo formar uma dobradinha. Mas um jogo de equipe da fábrica de Weissach, para tentar proteger o 919 Hybrid #2 (Romain Dumas/Marc Lieb/ Neel Jani) - que lidera o campeonato de pilotos - acabou servindo como um castigo para eles, uma vez que os comissários usaram o toque traseiro que o carro #2 acabou dando no Porsche #88 da GTE-AM para punir o trio porschiano. Ao menos ainda conseguiram ficar em quarto.
Já a Audi conseguiu um desempenho sensacional nesta etapa, e era algo preciso para eles depois do que aconteceu em Le Mans. Uma boa velocidade que ficou evidente na classificação e que foi confirmada durante a prova a ponto de atacar as Porsches por um bom tempo. Isso dá a eles uma boa oportunidade de se confirmarem como a segunda grande força, uma vez que Toyota, de quem esperávamos muito para esta etapa, depois de sua apresentação em Sarthe, foi bem abaixo da média. Mas talvez o fato de usarem uma configuração de ultra downforce para esta etapa, explique o porque de terem ido tão mal frente as suas rivais mais diretas.
Entre os LMP1 privados, nenhuma surpresa: os dois Rebellions continuam a sua luta solitária nesta classe, uma vez que a By Kolles teve mais uma vez incêndio em seu CLM P1/01 #4, assim como acontecera em Le Mans - aconselharia a equipe a andar com um caminhão de bombeiros logo atrás...
Na LMP2 a vitória ficou para o #36 da Signatech Alpine, mas não foi tão fácil: teoricamente o #26 da G-Drive poderia ser o carro a ter terminado no lugar mais alto do pódio, caso um problema na embreagem não tirasse o trio Roman Rusinov/ René Rast/ Alex Brundle da prova na quarta hora. Na segunda e terceira posições aparecem dois Ligier JSP2: o #43 da RGR Sport by Morand e o #31da ESM.
Na LMGTE-PRO a maioria apostava numa conquista da Ford com seus GTs, uma vez que o grande domínio do carro americano em Le Mans foi grande. Mas os problemas mecânicos acabaram alijando-os da briga pela vitória no decorrer das horas. Melhor para as Ferraris da AF Corse que fizeram a dobradinha, com o #51 vencendo a classe, seguido pelo gêmeo #71 e pelo #95 da Aston Martin, que fechou em terceiro após uma boa prova da fábrica que usufruiu bem da mudanças realizadas antes dessa etapa.
Na LMGTE-A, vitória para o #98 da Aston Martin que foi seguido pela Ferrari #83 da AF Corse e em a terceira colocação ficando para o Corvette #50 da Larbre Competition.O Porsche #78 da KCMG terminou em segundo, mas foi desclassificado por conta da altura do carro que era irregular.
Abaixo fica os melhores momentos da prova.

LMP1

LMP2

LMGTE-PRO

LMGTE-AM

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Foto 580: Mil Milhas 1966

Um dos dois Alpine durante as Mil Milhas de 1966. Dois estiveram naquela prova, destinadas a Bird Clemente/ Carol Figueiredo (#46) e Luiz Pereira Bueno/ Luiz Fernando Terra Smith (#47).
As Mil Milhas de 1966 é conhecida por ser uma das mais dramáticas da história do automobilismo nacional, quando a quatro voltas do fim o Malzoni DKW #7 de Emerson Fittipaldi/ Jan Balder apresentou problemas em um dos cilindros forçando Jan - que estava ao volante no momento - a parar nos boxes para reparos, meio que a contragosto do piloto que havia assumido a responsabilidade de tentar levar o carro daquele modo até o fim. Era um desafio e tanto, já que a carretera Corvette Chevrolet #18 de Eduardo Celidonio/ Camilo Christófaro, com Eduardo ao volante e já sabendo dos problemas do Malzoni #7, estava a voar naqueles estágios finais em Interlagos.
Mesmo com a parada para a troca de velas, Balder voltou a pista e ainda teria uma chance quando o Corvette parou nos boxes para um reabastecimento. O suspense para saber que levaria aquela edição aumentou ainda mais quando a carretera não pegou na primeira vez e nem na segunda... indo apenas funcionar na terceira tentativa, conseguindo sair dos boxes poucos metros à frente do Malzoni #7 de Balder. Foi o suficiente para Eduardo Celidonio e Camilo Christófaro conseguirem uma das mais épicas vitórias que Interlagos já presenciou. E foi também a última vitória de uma carretera, encerrando uma era de ouro para estes carros.

domingo, 19 de junho de 2016

84ª 24 Horas de Le Mans: 15ª Hora

Temos a chance de um belo duelo entre os três primeiros em Sarthe: por mais que a Toyota esteja muito bem até aqui, Marc Lieb tem feito um trabalho muito bom neste stint a bordo do Porsche #2 e já está 14 segundos do líder #6. Qualquer vacilo -ou problema - por uma dessa partes pelas próximas horas, pode estar se definindo o vencedor desta 24 Horas.
Na LMP2 a Signatech segue imaculada na primeira posição com seu #36 com mais de dois minutos de vantagem sobre o #46 da Thiriet. Em terceiro aparece o #26 da G-Drive, duas voltas atrás do Alpine da Signatech.
Na LMGTE-PRO o #82 da Risi segue liderando, agora com um conforto de mais de um minuto sobre o Ford GT #68 e terceiro aparece o outro Ford GT #69.
Na LMGTE-AM a Scuderia Corsa com o Ferrari #62 segue líder, com o Porsche #88 da Abu-Dhabi/Proton em segundo e o Ferrari #83 da AF Corse em terceiro.

sábado, 18 de junho de 2016

84ª 24 Horas de Le Mans: 13ª Hora

A Toyota perdeu brevemente a liderança para a Porsche quando o seu #6 teve que ir aos boxes para uma parada rotineira, e recuperou a ponta quando o #2 da fábrica alemã foi para o seu pit. No momento os japoneses lideram com o #6, Porsche em segundo com o #2 e o outro Toyota #5 em terceiro.
Na P2 a liderança ainda pertence ao Alpine #36 da Signatech, seguido pelo #46 da Thiriet e pelo #26 da G-Drive.
Na LMGTE-PRO a Risi se mantém a frente com sua Ferrari #82 e com o duo dos Ford GT em seguida, #69 e #68.
Na LMGTE-AM, a Abu-Dhabi/Proton enfim despencou para a segunda posição com seu Porsche #88 ao ser suplantada pela Ferrari #62 da Scuderia Corsa, que vinha em seu encalço já há algum tempo. A terceira posição é da Ferrari da Clearwater Racing #61.

84ª 24 Horas de Le Mans: 10ª Hora

Por um curto espaço de tempo a Toyota chegou a ocupar as duas primeiras posições na LMP1, sempre com o #6 na liderança, mas após as paradas de box o Porsche #2 voltou ao segundo posto e agora tem 18 segundos de atraso para o #6. O Porsche #1 não teve melhor sorte: saiu dos boxes com 20 voltas de atraso para o líder e quando ganhou a pista, estava extremamente lento, mesmo usando u acelerador a fundo. A Audi, como #8, perdeu duas voltas e começa a se complicar na prova e #7 está em sétimo e com 9 voltas de atraso.
Na LMP2, a liderança pertence ao Alpine #36 da Signatech com o #26 da G-Drive em segundo e o #46 da Thiriet em terceiro. Uma pena mesmo é a Manor, que sempre figurou entre os ponteiros dessa classe e acabou despencando na classificação após apresentar problemas. O #47 da KCMG acabou encalhado na caixa de brita.
Na LMGTE-PRO, liderança para o Ford GT #68 com o Ferrari #82 da Risi em segundo e o Ford GT #69.
Na LMGTE-AM, a Abu-Dhabi/Proton continua firme na liderança com seu Porsche #88, seguido pelos Ferraris #62 da Scuderia Corsa e #61 da Clearwater Racing.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

84ª 24 Horas de Le Mans: O duelo da vez é com a durabilidade



Para quem acompanha bem a temporada do WEC deste ano, percebeu que as três principais fábricas da LMP1 tem tido o mais diverso dos problemas em seus carros desde a prova de Silverstone. E para esta 24 Horas de Le Mans, os olhos dos chefes destas equipes não estarão voltados apenas para os seus rivais, mas também para as reações que os seus bólidos possam apresentar durante todo o certame. Nos treinos realizados até aqui, Porsche e Toyota não tem muito que reclamar da durabilidade de seus carros. Foram bem em todos os estágios, mostrando boa velocidade. Já a Audi não pode dizer a mesma coisa: os dois carros enfrentaram problemas e a quinta-feira, que poderia ser um bom termômetro para saber em que condição está os dois R18, foi de chuva quase que torrencial, atrapalhando bem a programação deles.
A Porsche apresentou novamente uma velocidade bem ao seu estilo, cravando voltas extremamente velozes e fazendo pela segunda vez consecutiva a primeira fila em Sarthe. Talvez se os dois últimos treinos – ou apenas um deles – tivesse sido realizado em pista seca, poderiam ter baixado muito mais do que os 3’19’’733 feito por Neel Jani com o 919 Hybrid #2 – aliás, o suiço parece ter a mão do carro para este tipo de situação, uma vez que foi dele a marca impressionante de 3’14 no qualy do ano passado, o que lhe valeu o recorde absoluto do traçado francês. Assim como em 2015, aparenta que a Porsche possa andar com seus dois carros bem próximos, tentando garantir a segurança um do outro por conta de futuros ataques dos rivais.
A Toyota fez um bom trabalho até aqui. Dois carros muito bem postados e com tempos próximos da Porsche. Também não dá para dizer o quanto que possam estar à frente da Audi, sendo que o único duelo que tiveram diretamente com eles foi nos treinos livres. Mas mesmo assim, a diferença para os alemães foi pouca, o que sugere que vão lutar forte com os “Auto Union”. Mas não podemos descartar a Toyota de um possível ataque à Porsche, uma vez que em Spa os japoneses tiveram um ritmo bem satisfatório e poderiam muito bem ter discutido – e vencido – o Audi R18 #8 na prova belga, caso o TS050 #5 não tivesse pifado o motor. E a corrida em Spa tem sido um bom parâmetro nestes últimos anos.
A Audi sofre lá o seu calvário: até apresentaram um bom ritmo com o R18 #8 nos treinos livres, sendo superado pelos Porsches no final do treino, mas uma saída de pista após a primeira chicane, o carro apresentou uma lentidão incomum que foi logo descoberta: o sistema elétrico estava afetado. O carro mal andou no primeiro classificatório e quando esteve em pista, foi gradativamente ganhando performance, mas longe do que havia apresentado mais cedo. E ainda teve o agravante de um problema nos freios... Mesmo assim, conseguiu passar o seu gêmeo #7 na classificação para garantir um quinto lugar no grid. O R18 #7 esteve bem discreto, talvez trabalhando mais para a corrida, que no fim das contas é o que interessa. Mas eles tiveram seus problemas também, com uma fuga de combustível ontem. O pior é que a chuva desta quinta atrasou bastante qualquer avaliação em torno do desempenho dos carros após estes problemas, o que adiciona mais uma dor de cabeça para a fábrica das quatro argolas quando os carros partirem para prova. Mas uma coisa ficou certa nos treinos de quarta, tirando pelo ritmo, é que o #8 deverá ser o coelho deles.
Entre as equipes particulares, a Rebellion deve apresentar um duelo caseiro, já que esta classe apresenta apenas os dois carros da equipe suíça e mais o da By Kolles, que teve um principio de incêndio no treino livre e pouco participou das demais práticas.

As demais classes

Apesar dos Orecas terem apresentado uma boa velocidade na LMP2, não podemos descartar o bom andamento dos Alpine desde os treinos livres o que sugere uma batalha bem interessante nesta classe do início ao fim, como é de costume. Os Ligier, a primeira vista, terão que remar um pouco mais se quiser entrar nessa batalha.
A LMGTE-PRO é a classe onde se repousam as melhores expectativas de um duelo brutal pela vitória. O retorno da Ford com seus Ford GT já era algo de se animar nesta classe, mas o após o passo que eles apresentaram desde os treinos livres deixaram a concorrência de cabelo em pé e também um tanto critica, tanto que a Corvette reclamou veemente do desempenho de seus conterrâneos, uma vez que eles estavam muito acima do que poderiam depois do BOP realizado antes do inicio dos treinos. A Ford conseguiu cravar a primeira fila na PRO com tempos recordes, sendo o #68 conseguiu o tempo de 3’51’’185 e o #69
com a marca de 3’51’’497. Os outros dois Ford, #67 e #66, ficaram em quarto e quinto respectivamente. Não fosse a intromissão da Ferrari 488 GTE da AF Corse #51 na terceira colocação, o massacre dos carros americanos teria sido ainda maior. A Ferrari também esteve em boa forma: além do carro da AF Corse em terceiro, apareceu com outros dois na sexta e sétima colocação desta classe, sempre com um ritmo muito superior aos de outros carros que costumam estar brigando com eles pelas primeiras posições, como Porsche, Aston Martin e Corvette. Esse desempenho assombroso da Ford e Ferrari fez com que a ACO mexesse no Bop deles antes da prova de amanhã, fato inédito nas 24 Horas de Le Mans: A Ford teve redução na pressão do seu bi-turbo e recebeu um lastro de 10kg; a Ferrari também teve teve redução no turbo e um aumento no lastro para 15kg e também um aumento extra no tanque de combustível para 4 litros; Corvette teve uma abertura de 0,2mm no restritor de ar e mais dois litros no tanque de combustível; Aston Martin sofreu abertura no restritor de ar de 0,4 mm e aumento de dois litros no tanque; e a Porsche não recebeu nenhuma alteração.
Se havia uma disparidade entre estes carros, a corrida pode nos mostrar um cenário bem mais competitivo após estas mudanças.
E na LMGTE-AM, a Aston Martin que sempre tem apresentado um bom passo em Le Mans, talvez tenha que se preocupar com a Ferrari que apresentou um ritmo bem satisfatório, como bem mostra a pole conquistada pelo #61 da Clearwater Racing.
A verdade é que, para todas as classes, os duelos estarão bem garantidos, mas só nos resta saber se quem vai escrever o seu nome na história desta 84ª edição será um dos figurões de sempre (Porsche ou Audi) ou a tão sonhada primeira conquista (Toyota). Ou até mesmo uma bela zebra suíça... Quem sabe!


quinta-feira, 16 de junho de 2016

84ª 24 Horas de Le Mans: E a pole vai para... A Porsche

Podemos dizer que a chuva que se fez presente desde o segundo treino classificatório, invadindo o terceiro e último treino de classificação, facilitou e muito a vida da Porsche para que esta conquista pelo segundo ano consecutivo a primeira fila para as 24 Horas de Le Mans. Com a marca de 3'19"733 feita por Neel Jani no primeiro classificatório de ontem, ele e seus parceiros no Porsche 919 Hybrid #2, Romain Dumas  e Marc Lieb, ocupam a pole position pela segunda vez consecutiva em Sarthe. Na segunda colocação aparece o Porsche#1 de Mark Webber/ Brendon Hartley/ Timo Benhard, com o Toyota #6 em terceiro e o #5 em quarto. A Audi, que enfrentou problemas em seus dois carros ontem, tem o R18 #8 em quinto e o #7 em sexto. A Rebellion ficou em sétimo e oitavo com o  #13 e #12 respectivamente.
Na LMP2, a G-Drive marcou a pole com o seu #26 com o tempo de 3'36"605, com o Alpine #35 da Baxi DC em terceiro o outro Alpine #36 da Signatech em terceiro.
Na LMGTE-PRO, a Ford conseguiu a primeira fatia do seu bolo em comemoração aos 50 anos de sua conquista em Sarthe ao ter dois Ford GT na primeira fila, com o #68 a fazer a marca recorde para esta classe com o tempo de 3'51"185 e o #69 em segundo. A Ferrari 488 GTE #51 da AF Corse ficou em terceiro, sendo a intrusa entre os Ford já que os outros dois, o #67 e #66, aparecem logo em seguida.
Na LMGTE-AM, a pole ficou para a Ferrari #61 da Clearwater com o tempo de 3'57"827, seguido pelo Aston Martin #98 em segundo e pela Ferrari #88 da Abu-Dhabi Proton Racing.
As 24 Horas de Le Mans terá seu início às 15 horas da França (10:00 de Brasília).

quarta-feira, 15 de junho de 2016

84ª 24 Horas de Le Mans: Na primeira classificação, deu Porsche

Não foi muito difícil a Porsche chegar a marca de 3'19"733 com o #2, ainda na primeira hora do primeiro treino classificatório. O #1 ficou logo atrás, com a Toyota aparecendo em terceiro com #6. O outro Toyota #5, fez o quarto tempo. A Audi, que andou bem no treino livre, teve o atraso no #8 por conta de problemas - provavelmente ainda proveniente da escapada que este teve no treino de hoje cedo, quando voltou lento para os boxes e de lá não voltou mais. O #8 treinou, mas com o ritmo bem mais lento que os carros híbridos, para depois se acertar no fim do treino e conquistar o quinto posto, deslocando o #7 para sexto. Apesar de não ter sido um treino animador, o ritmo apresentado por eles, especialmente o #8 no treino livre, é de considerar que voltem forte amanhã.
Na LMP2, a G-Drive fez o melhor tempo com o #26 com a marca de 3'36"605 que foi melhorada perto do fim do treino. Em segundo aparece o Alpine #35 da Baxi DC e em terceiro o Alpine #36 da Signatech.
Na LMGTE-PRO, a Ford deu troco ao colocar seu #68 em primeiro e de quebra fazer o recorde da classe com o tempo de 3'51"185, rebaixando o outro Ford GT #69 para segundo no fim do treino. Em terceiro aparece a Ferrari 488 GTE #51 da AF Corse.
Na LMGTE-AM, a Ferrari #61 da Clearwater Racing continuou com sua boa forma ao fazer o primeiro tempo com a marca de 3'56"827. A Aston Martin Racing posicionou o seu #98 em segundo e na terceira posição a Ferrari #55 da AF Corse.
Os últimos dois treinos classificatórios acontecerão amanhã, para a definição do grid de largada.

sábado, 22 de junho de 2013

24 Horas de Le Mans 2013: 6ª Hora

A sexta hora de prova teve a visita do SC em duas oportunidades: primeiro por causa dos pedaços soltos pelo Alpine #36 na Tértre Rouge, após ter um pneu traseiro esquerdo furado. Após a pista ser limpa e ter dado a relargada, um acidente nos esses Porsche quase pôs fim a prova do líder da LMP1 Benoit Tréluyer, que está no comando do Audi #1, que estava prestes a passar pelo líder da LMP2, o Morgan Nissan #24 da OAK Racing, quando este rodou e bateu na barreira de pneus retornando a pista. Tréluyer preciso frear forte para não bater. Mais à frente, na Mulsanne, a carenagem traseira do Lotus #32 ficou pela pista o que forçou mais uma vez a entrada do SC, que ficou por pouco tempo.
A liderança continua com o Audi #1, com seus dois "irmãos gêmeos" a escoltá-lo e a Toyota está com o #8 e #7 em quarto e quinto.
Na LMP2 a liderança agora é da G-Drive com Rusinov ao volante do Oreca #26, seguido pelo #35 da OAK e pelo #38 da Jota Sport. Na LMGTE-PRO, Peter Dumbrek lidera a dobradinha da Aston Martin ao pilotar o #97 e Bruno Senna em segundo no #99. O Porsche #92 é o terceiro, a quatro segundos de Peter.
Na LMGTE-AM, a AF Corse segue líder com o seu #55, mas agora tem na sua companhia dois Porsches: o #88 em segundo e o #76 em terceiro.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Foto 213: Os vencedores das 24 Horas de Le Mans – Parte 5

Os anos 70 foi a época que iniciou o domínio da Porsche em Sarthe, com a conquista de cinco vitórias naquele circuito e ampliação do recorde de conquistas de Jacky Ickx chegando a quatro vitórias, tornando desde já o piloto mais vitorioso daquela prova.
Mas após dois anos de domínio da Porsche, foi a vez dos franceses sorrirem com o tri-campeonato da Matra no triênio 1972/73 e 74, sempre com Henri Pescarolo ao volante dos belos e eficientes Matras MS670, MS670B e MS670C. Foi nesse período que Graham Hill fechou a Tríplice Coroa, ao vencer a edição de 1972 com Pescarolo, e tornar-se o único piloto a vencer as três corridas mais importantes do motorsport desde então: Grande Prêmio de Mônaco (por cinco vezes), 500 Milhas de Indianápolis (1966) e 24 Horas de Le Mans (1972). Outra vitória francesa que seria muito comemorada em Sarthe aconteceria quatro anos depois, com a conquista da Renault com seu protótipo Renault Alpine A442B em 1978.

1970 - Hans Herrmann - Richard Attwood - (Porsche 917K)

1971 - Helmut Marko - Gijs van Lennep - (Porsche 917)

1972 - Henri Pescarolo - Graham Hill - (Matra MS670)

1973 - Henri Pescarolo - Gérard Larrousse - (Matra MS670B)

1974 - Henri Pescarolo - Gérard Larrousse - (Matra MS670C)

1975 - Jacky Ickx - Derek Bell - (Mirage GR8)

1976 - Jacky Ickx - Gijs van Lennep - (Porsche 936)


1977 - Jacky Ickx - Hurley Haywood - Jürgen Barth - (Porsche 936)

1978 - Jean-Pierre Jaussaud - Didier Pironi - (Renault Alpine A442B)

1979 - Klaus Ludwig -Bill Whittington-Don Whittington - (Porsche 935 K3)

Foto 1039 - Bernd Rosemeyer, Roosevelt Raceway 1937

  (Foto: Adam Gawliczek)  Um momento de descontração antes do embate dos europeus vs americanos pela 13ª edição da Vanderbilt Cup, realizada...