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quinta-feira, 13 de maio de 2010

GP de Mônaco, 1997

Michael Schumacher iniciava sua segunda temporada pela Ferrari. Ele sabia que tinha um carro que poderia lhe levar ao terceiro mundial, mas o ínicio da temporada tinha sido dominado pela dupla da Williams com duas vitórias para Jacques Villeneuve e uma para Frentzen. Sem contar, claro, com a vitória de Coulthard pela Mclaren em Melbourne. Schumi se encontrava em segundo no mundial com 14 pontos, 6 a menos que Villeneuve quando chegaram em Monte Carlo. Mas lá as coisas foram diferentes.
Com a pole ficando para Frentzen e Schumi se metendo no meio das duas Williams (Villeneuve saia em 3º), ele tinha a chance que precisava, pois ele sabia e muito bem que passar em Mônaco é quase impossível.
No domingo chovia e com a pista molhada Frentzen patinou e Schumi saiu como um tiro para a liderança, virando a St. Devote em primeiro e não saindo de lá até o final da prova. Villeneuve fez péssima prova e abandonou após um acidente, fato que ocorreu vários outros entre eles Frentzen, Hakkinen, Hill, Ralf Schumacher e por ai vai.
Outro que fez uma prova soberba foi Barrichello que com sua Stewart-Ford, largou em décimo e foi ganhando posições com ulrapassagens ou por abandonos dos outros até chegar em segundo, 53 segundos atrás de Schumi.
Dos 22 carros que largaram, dez completaram a prova com apenas quatro chegando na mesma volta do vencedor. A corrida terminou no limite de duas horas.
E o Michael Schumacher? Além de vencer sua primeira prova no ano (quarta pela Ferrari) assumiu a liderança do campeonato com 24 pontos.

domingo, 11 de abril de 2010

Grandes atuações: Ayrton Senna, Donington Park, 1993


A eletrônica nos carros de F1 estava no seu auge em 1993. A Williams tinha trabalhado exaustivamente no desenvolvimento do vencedor FW14B, campeão do mundo com Nigel Mansell em 1992, e entregou para Prost -que voltava a categoria- e Damon Hill o ultra-testado FW15C com todos os aparatos eletrônicos ainda mais resistentes que antes.
 

Na Mclaren as coisas pareciam mais desorganizadas, principalmente após a saída da Honda no final de 1992. Apesar de o carro ser todo baseado em eletrônica (tendo o sistema fly-by-where e controle de tração como novidades) e com o motor Ford HB, Ron Dennis teve que negociar com Senna para correr a temporada. Isto ficou conhecido como race by race, com Dennis a pagar 1 milhão de dólares por prova para Ayrton correr. Mais tarde tudo foi esclarecido como um truque de ambos para chamar mais patrocinadores para o time de Woking. E na Benetton Schumacher estava pronto para desafiar os dois desafetos. Em Kyalami, abertura do mundial, Prost venceu, mas viu que Senna e a Mclaren estavam próximos assim como Schumi na Benetton. Os três travaram um duelo fabuloso nas primeiras voltas daquela prova. Já em Interlagos, as Williams tinham a vitória praticamente garantida, mas uma chuva de verão acabou com os sonhos de Frank Williams ver a sua primeira dobradinha no ano. Melhor para Senna que fez a festa de todos no autódromo paulistano ao vencer com folga sobre a Williams de Hill. A terceira etapa era em Donington.

O sonho de Tom Weathcroft era levar a F1 para Donington Park, desde que o comprou em 1978. Mas rivalizar contra Silverstone e Brands Hatch, que se revezavam anualmente no calendário da categoria, era algo impossível. Ele esperou por longos 15 anos para que isto virasse realidade e em 1993 o Donington Park recebeu a F1, intitulada como Grande Prêmio da Europa. A prova foi disputada sob chuva e Senna, como de costume nestas condições, tornou esta corrida lendária com mais uma exibição excepcional.

A qualificação no sábado foi previsível, com as duas Williams a dominar a primeira fila. Prost marcou a pole e Hill ficou no segundo posto colocando 1.2s no terceiro colocado Schumacher. Senna, devido um mal acerto na suspensão traseira do seu Mclaren, ficou em quarto. Mas tudo isso tornou-se irrelevante na primeira volta da corrida.

Com pista molhada na largada, Prost segurou a primeira posição com Hill no seu encalço. Senna patinou na saída e ainda foi ajudado por Schumacher que o "espremeu" contra a saída de box. Wendlinger, aproveitando-se da situação, foi de quinto para terceiro. Ayrton começou a sua recuperação ainda na primeira curva ao dar o "X" em Schumacher e deixá-lo em quinto. Não satisfeito, perseguiu Wendlinger e o ultrapassou na curva Mcleans que é feita em descida por fora. Mais adiante pegou por dentro Damon e assumiu a segunda posição. A próxima vitima era Prost. Com um Mclaren que parecia voar sobre a chicane antes da curva Melbourne Hairpin, aproximou-se rapidamente de Alain e se colocou na descida que antecede a tal curva. Posicionou por dentro, toureando seu Mclaren e ganhou a primeira posição do seu grande rival. Como ele mesmo definiu após a prova, "primeira volta foi um tiro psicológico na concorrência". E como foi.


O resto da prova foi de domínio absoluto de Senna, que aumentava consideravelmente a sua vantagem sobre os Williams. Mesmo num curto momento da pista quase seca, conseguiu manter o bom ritmo e nem a desastrosa parada de box para troca dos pneus biscoito para slick que durou 18 segundos, não abalou a sua grande corrida.

Suas voltas de pneus lisos em pista quase encharcada, foi uma das grandes aulas de pilotagem e mesmo assim ainda conseguia colocar quase 1s no duo da Williams. Ele perdeu a liderança nas voltas 19, 35, 36, 37 e 38, todas para Prost, em momentos que foi aos boxes. E numa dessas passagens, pelo box, marcou a melhor volta da corrida (57ª passagem, com o tempo de 1min18s029). Ele tinha avisado a equipe e esta não havia escutado, devido a problemas no rádio, e sem ter nada preparado passou pelos boxes de cano cheio (naquela época não tinha limite de velocidade na área dos pits).

Senna venceu a prova com 1min23s199 de avanço sobre Damon Hill, que foi o único que não tomou volta do brasileiro. Outra grande prova foi do jovem Barrichello. Com seu Jordan 193-Hart, largou em 12º e estava em 4º na primeira volta, brigando com carros mais potentes como os Bennetons e Ferraris. Manteve-se entre os seis primeiros a prova toda e tinha chances de subir ao pódio quando estava em terceiro, mas faltando 4 voltas para terminar a bomba de gasolina do Jordan quebrou, frustrando Rubens e toda a equipe.

O sonho de Tom Weathcroft tinha sido realizado de forma magistral e inesquecível. Ele morreu em outubro de 2009 com 87 anos após longa doença.

Tom Weathcroft ao lado de Senna no pódio de Donington

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Lutando pela supremacia

Neste GP de Singapura Barrichello e Button continuarão a batalha pelo primeiro título de ambos na F1. Mas também estará em jogo a supremacia de de dois países nas estatísticas da categoria: a de maior nação com títulos mundiais.
Desde a criação do campeonato mundial em 1950, 14 países ganharam o campeonato. Brasil e Inglaterra dividem o topo da lista com oito títulos cada, seguido de perto da Alemanha que tem sete.
A rivalidade começou nos anos 70, quando o Brasil conquistou seus dois primeiros campeonatos com Emerson Fittipaldi em 1972 e 74. Até aquele momento a Inglaterra tinha 4 campeonatos (Hawthorn 1958; Graham Hill 1962 e 1968; John Surtees 1964) mas em 1976 James Hunt conquistou o 5º título para os ingleses, empatando com Escócia e Argentina que tinham o mesmo número de campeonatos conquistados até ali.
Na década de 80 as coisas mudaram de rumo. O Brasil voltou a conquistar mais 4 campeonatos com Nélson Piquet 1981, 83 e 87 e Ayrton Senna 1988 somando assim seis campeonatos mundiais e passando a frente como país com maior números de títulos. Também foi uma década de azares para os ingleses que tiveram de amargar 2 vice-campeonatos de Mansell em 1986 e 87.
Nos anos 90, Senna conquistou mais outros dois campeonatos (1990 e 91) isolando de vez o Brasil na tabela de campeonatos. Mansell teve outro vice em 1991, mas em 92 ganhou seu tão sonhado título. Passaram mais 4 anos até Damon Hill, filho do único inglês Bi-campeão do mundo Graham Hill, ganhasse seu título em 1996 e levando a Inglaterra ao sétimo mundial.
Em 2008 Hamilton travou uma batalha histórica com Massa e acabou levando seu primeiro Mundial e também empatando a disputa Brasil vs Inglaterra no número de campeonatos mundiais em 8x8.
Agora é a vez do tira teima entre Button vs Barrichello e também de quem será a maior nação com títulos na F1.

Mike Hawthorn: Primeiro campeão inglês na F1 em 1958

Emerson Fittipaldi: O primeiro campeão brasileiro na F1 em 1972

Ayrton Senna: 8 título para o Brasil na F1, 1991



Lewis Hamilton: 8º título da Inglaterra na F1, 2008

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Decisão em Spa!


Cheguei a escutar que a temperatura para este final de semana em Spa será alta, em torno dos 23-25°C o que deixou a galera da Brawn bem agitada. Como todos sabem, se fazer frio a casa cai para a equipe inglesa e para os austriacos da Red Bull será a grande chance, afinal em todas a corridas que teve tempo feio eles venceram.

Até acho que a Red Bull terá uma vantagem maior nessa etapa pelo fato da pista de Spa ser rápida, com curvas velozes o que deixam os carros bem avontade nesse estilo de circuito, mas a melhora da Brawn merece ser bem observada e outra, Vettel tem apenas mais 2 motores disponiveis até o final da temporada, já que os pilotos, pelo regulamento, tem 8 motores para toda a temporada. Se quebrar algum do alemão nesse fim de semana, complica de vez sua situação.

Eles estrearam componentes na aerodinâmica na prova da Hungria, que acabou sendo um fracasso, tanto que Button terminou em sétimo e Barrichello em 10º. Dizem que alguns foram retirados do carro e assim eles voltaram a ter um bom desempenho na prova valenciana. Mas ainda sim temos que ver como poderão se comportar em Spa, onde, teoricamente, as Red Bull vão podem mandar na prova avontade.

Outra que vai ter sua prova de fogo é a Mclaren. Nas 2 últimas corridas eles andaram muito bem, a ponto de Hamilton vencer a corrida da Hungria com certa tranquilidade. Mas como que nesses circuitos o perfil era de média para baixa velocidade, isso sugere que a prova de Spa também pode ser um bom teste para ver se os carros da equipe de Woking voltaram pra valer a brigar pelas vitórias.

Barrichello se animou com sua vitória em Valência e acredita que isso pode ter mechido com Button, afinal a diferença entre os dois é de 18 pontos, totalmente reversível até o final da temporada.

O Button vai passar por uma corrida tensa. Ele sabe que essa é uma chance de ele tentar reverter a situação. O carro aparentemente melhorou, mas num circuito onde Barrichello normalmente anda bem e as Red Bulls podem fazer um estrago, ele terá que rezar e muito para não tomar mais uma na cabeça. E o pior que é a próxima etapa é em Monza, onde as curvas são feitas acima dos 220km/h fácil e a configuração dos Red Bull tem a tendência em fazer 1-2 lá.

A vida dele não será nada fácil.

Foto 1039 - Bernd Rosemeyer, Roosevelt Raceway 1937

  (Foto: Adam Gawliczek)  Um momento de descontração antes do embate dos europeus vs americanos pela 13ª edição da Vanderbilt Cup, realizada...