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domingo, 10 de julho de 2016

GP da Grã-Bretanha: Agora são quatro pontos

Ainda muito se falava e se fala da motivação de Hamilton com relação a sua estadia na F1. Eu sou um daqueles que criticam bastante o piloto inglês pela forma que ele conduz as coisas, não se concentrando como se deve para o seu dever na categoria. Um bom exemplo disso foi quando ele ficou perguntado o que deveria fazer com alguns botões para achar a regulagem do carro durante o GP da Europa, em Baku. Acredito que um piloto do seu naipe, da altura que se encontra, de campeão reinante, tem o dever de focar no trabalho e procurar ser o melhor, esquecendo um pouco das badalações que a vida lhe proporciona. 
Mas temos que dizer, também, que quando resolve se concentrar em algo, Lewis volta a ser aquele piloto dos velhos tempos de Mclaren. Foi assim em Monte Carlo, depois batendo rodas e vencendo Nico na largada em Montreal; do mesmo modo no Red Bull Ring semana passada, indo à caça de Rosberg e agora, neste fim de semana irretocável que ele teve em Silverstone.
Acredito que Hamilton tenha acendido a luz interna após aquele acidente com Rosberg após a largada do GP da Espanha. Ali a sua atitude já foi bem mais diferente que do que nas outras provas ao ir ao ataque de Nico sem nenhuma trégua. Ele sabia bem que caso Rosberg conseguisse uma quinta vitória consecutiva, as coisas poderiam entornar. E aí veio o acidente, os dois de fora, enfim... Mas o seu foco nas provas seguintes, descontando apenas no Azerbaijão, deixa bem claro que agora é a sua vez de tomar as rédeas do mundial  tentar domar um até então intocável Rosberg e partir para o seu quarto título, o que seria o terceiro consecutivo, aproveitando de modo integral a grande vantagem que a Mercedes proporcionou a ele e Nico de 2014 até este exato momento.
Para o azar de Rosberg, a prova é num território que Lewis conhece tão bem e que domina como poucos, que é em Hungaroring.
Será uma prova interessante para os dois principais contendores do momento.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

GP da Áustria: Ruim para a Mercedes. Melhor para o campeonato



Sem dúvida foi uma última volta de arrancar os suspiros para os fãs. Se a corrida foi apenas boa, se vermos as variáveis que ela nos apresentava por conta das opções de escolhas de pneus, a última passagem compensou a espera. Mas esta foi muito mais pela péssima saída da primeira curva de Nico Rosberg, do que pela bravura de um aparentemente combalido Lewis Hamilton naquele momento.
Mas aquele entrevero era quase bem evitável: para quem tinha uma vantagem de quase um carro e meio para Lewis até a subida para a primeira curva, devia muito bem tomar todos os cuidados para não passar do ponto e atacar as zebras “assassinas” do circuito austríaco, mas Rosberg não teve este cuidado e quando não tracionou suficientemente na saída daquele ponto, pôde ver o Mercedes de Hamilton crescer no retrovisor de desaparecer por frações de segundo, até reaparecer do seu lado esquerdo para tentar uma manobra de ultrapassagem, que se conseguisse, teria sido o grande lance do ano até aqui. Mas na ânsia de tentar se defender – o que estava totalmente certo – o piloto alemão acabou deixando o carro rolar além do que podia e acertar o Mercedes de seu companheiro. Precisamos ser justo que, ao mesmo tempo em que Nico deixava o carro escorregar para tentar fechar o máximo possível de espaço, Lewis também esterçava para definir a manobra. O resultado foi a pancada no carro de Hamilton, que saiu para a área de escape e que ainda passaria pela grama. Rosberg continuou, mas a asa dianteira se desfez por conta do toque e com isso as suas chances de vencer foram para o ralo.
O duelo entre os dois principais contendores da categoria, que já vem se arrastando desde 2014, é mais um capítulo de uma série de rusgas que se iniciaram ainda no distante GP de Mônaco de dois anos atrás, quando Hamilton acusou Rosberg de ter parado o carro na descida da Mirabeau prejudicando, assim, a volta que poderia lhe dar a pole. Foram inúmeras discussões e esbarrões de ambos até este 2016, incluindo, também, a já famosa batida deles logo após a largada do GP da Espanha. Com a política – certeira – da Mercedes em deixar o pau comer a solta na pista, apenas indicando que tentem não se bater e prejudicar o time, é louvável após algumas temporadas onde eles procuraram garantir os resultados ao não permitir o ataque um ao outro, mas com Toto Wolf sinalizando uma possível volta do jogo de equipe, pode deixar ainda mais tensa as coisas. Será bem difícil imaginar um dos dois obedecendo as ordens nesta altura do campeonato, uma vez que a diferença entre eles é de apenas 11 pontos. Restará apenas a Mercedes tentar resolver tudo na conversa – e se precisar, de uns puxões de orelha.
O bom mesmo é que o duelo entre eles de forma tão visceral, pode contribuir bastante para a chegada de um Sebastian Vettel para a disputa, o que deixará as coisas mais tensas na equipe prateada e animadas para um mundial que ainda parece ter destino certo. Mas se tiver mais um contendor para a grande disputa, deixará as coisas interessantes.

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Foto 581: Trator

Bem provável que seja alguma banda ali dos arredores do simpático autódromo de Zeltweg, que receberá a F1 neste fim de semana.
A cena de um trator no paddock de uma refinada e entojada F1 atual, não deixa de ser insólita.
Esses locais não deveriam desaparecer jamais do cenário da categoria.
A foto é de Adam Cooper.

domingo, 12 de junho de 2016

GP do Canadá: Erradamente calculado

A forma com a qual Sebastian Vettel esteve hoje em Montreal, nos fez lembrar do velho Seb que aterrorizava e comandava os mundiais do início da desta década com uma tocada veloz e segura. As mudanças que a Ferrari levou para este GP do Canadá, lhe deu a oportunidade de arriscar um ataque maciço ao domínio da Mercedes e por muito pouco não deu certo: largou feito um foguete para assumir a ponta e teve um ritmo convincente para manter uma distância de um pouco mais de um segundo para Lewis, até que as paradas de box começassem a resolver o assunto.
Mesmo trocando para pneus supermacios e mantendo a velocidade intacta, Vettel conseguiu diminuir bem a diferença para Hamilton e quando este foi para a sua única parada - já que ele estava perdendo terreno para Sebastian -, o piloto alemão esteve na liderança e com uma margem que variava entre os nove e dez segundos. A obrigatoriedade em usar o pneus macios, acabou momentaneamente com as chances de Vettel, que foram reativadas quando seu ritmo era fortissímo e chegou a casa do 4.4 segundos, o que dava uma esperança de Sebastian conseguir uma épica vitória em Montreal. Mas os erros de Vettel - pelo fato de andar no limite extremo - e as rápidas respostas de um inteligente Hamilton, que souber gerenciar um pneu macio que durou incriveis 46 voltas sem mostrar desgaste, acabaram matando essa possibilidade. E no fim, Hamilton chegou a sua segunda vitória no ano e de forma consecutiva.
Para Sebastian, resta amargar uma terceira derrota onde tinha grandes chances de vencer. Melbourne e Barcelona foram os outros dois locais onde a vitória estava na mão e a estratégia da Ferrari acabou atrapalhando. Mas ele encarou o resultado com otimismo, uma vez que as novidades parecem ter surtido efeito.
Ainda precisamos avaliar bem os efeitos que essa melhora da Ferrari em Montreal possa refletir nas provas seguintes. Sabemos bem que a Ferrari tem ótimas informações dos três tipos de pneus macios e eles sabem usar muito bem isso. Portanto saber como vai ser o desempenho em temperaturas mais altas, será uma boa para vermos em que pé está a Ferrari.
A primeira vista, estão no caminho certo.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

segunda-feira, 30 de maio de 2016

GP de Mônaco: Sorte e Azar

Fico imaginando o quanto que Daniel Ricciardo deve ter xingado a equipe em seu íntimo após este GP de Mônaco. Não se joga uma vitória na lata do lixo desta forma, como foi feito ontem.
E o que mais revolta o extrovertido australiano, que apareceu ontem - com total razão - com uma cara amarrada no pódio, foi o fato de estar num nível de pilotagem muito maior do que qualquer outro naquela pista. Foi uma pole soberba no sábado, aproveitando de forma única o ótimo balanceamento do Red Bull e na corrida voltas iniciais, após a saída do SC, que fazia qualquer um apostar na vitória dele no Principado.O problema é que a equipe acabou jogando contra, num momento crucial, exatamente quando a pista começava a secar: chamar um piloto para os boxes e não ter tudo preparado, é um erro imperdoável até mesmo para uma equipe amadora. Para se ter uma idéia de como Daniel teria chances de vencer, caso a equipe tivesse feito direito o trabalho, o australiano teria saído à frente de Lewis com uma diferença muito boa, talvez em torno dos 4,5,6 segundos, ou até mais. O momento que Ricciardo começava a subir a Ste. Devote foi o mesmo que Hamilton acabou ultrapassando-o. Mesmo lutando de forma incansável e correndo riscos de bater em algum trecho do circuito, Daniel foi combativo e só tirou o pé no final quando viu que a chance - ou os pneus super macios - tinham ido para o limbo.
Lewis Hamilton, aquele azarado que só se deu mal até a última corrida, viu o cenário reverter a seu favor quando a Mercedes pediu para o irreconhecível Rosberg lhe abrisse passagem. Naquele momento Ricciardo estava com mais de 15 segundos de diferença e para mostrar que era Nico quem estava ditando o ritmo de um longo trenzinho, Hamilton já cravou a melhor volta um segundo abaixo do tempo de Ricciardo. Mas o australiano tinha boa vantagem e apenas um erro dele ou da equipe, ou até mesmo uma quebra, poderia dar ao inglês a oportunidade de chegar ao topo. Nas trocas dos intermediários para os de pista seca é que a Red Bull foi generosa com Hamilton ao fazer o péssimo trabalho com Daniel. Apesar de uma pilotagem com uma manobra duvidosa, como o momento em que ele escapou na chicane do porto e deu uma fechada em Ricciardo, que quase fez o australiano bater um pouco antes da Tabac, Lewis soube administrar bem os ataques de Daniel ao cravar voltas velozes e usar de modo integral os ultramacios para chegar a sua primeira vitória no ano.
Apesar desta dose cavalar de sorte e azar em Monte Carlo, o que fica claro é que a Red Bull está cada mais próxima de suas rivais e neste atual cenário aparenta estar um pouco melhor que a Ferrari. Ela disputou palmo a palmo a vitória com a "Rossa" na Espanha e em Mônaco foi um osso duro de roer para a Mercedes.
Agora é esperar pelo GP do Canadá e torcer para que o cenário esteja completo, com as Mercedes e Ferraris sem nenhum problema para vermos a real força da Red Bull.
Será bem interessante.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

GP da Espanha: Revivendo 2014

Será dificil sabermos qual terá sido o conteúdo daquela reunião extraordinária que aconteceu no luxuoso motorhome da Mercedes, durante o GP da Espanha. Mas também não somos inocentes a ponto de imaginarmos que foi tudo flores, principalmente quando estiveram Lewis Hamilton, Nico Rosberg, Toto Wolf, Niki Lauda e outras pessoas do staff da equipe alemã. As coisas na tarde de ontem em Barcelona eram das mais tensas depois de mais um enrosco entre Lewis e Nico, que acabou limando ambos da prova um pouco mais de um quilometro após a largada. Enquanto que a maioria possa dizer que a culpa maior foi de Rosberg ou de Hamilton, só posso dizer que os dois fizeram o que deveria: se Lewis partiu para o ataque, Nico fez o natural que é se defender. O problema é que o tri-campeão foi muito confiante na manobra e não soube tirar o pé quando era preciso.
Mas esta colisão pode interferir bastante no desenrolar do campeonato. Toto Wolff pode até acenar com um acordo de cavalheiros, onde aquele que virar a primeira curva na frente, não poderá ser atacado pelas voltas seguintes. Mas também podemos ver um cenário parecido com o de 2014.
Sustento a idéia que a Mercedes, por ter o melhor carro do momento, possa se dar a luxo de punir seus pilotos. Se lembrarmos bem do festival de reclamações de Lewis após a classificação em Monte Carlo 2014, quado ele sugeriu que aquela escapada de Nico Rosberg na Mirabeau tinha sido suspeita, num momento que ele (Lewis) estava numa bela volta que poderia lhe dar a pole e mais uma atuação pifia do mesmo, as provas seguintes para ele foram das mais problemáticas fazendo-o largar de trás e tentar realizar recuperações sempre alucinantes.
Curiosamente a mesma queda de rendimento, num momento que parecia forte para caminhar para um inédito título, abateu sobre Rosberg no famoso entrevero de ambos no GP da Bélgica quando o alemão acabou tocando no pneus traseiro de Lewis quando este ultrapassava ele no final da reta Kemmel.
Nico passou a ter uma queda na performance, que culminou no rápido crescimento de Lewis já na prova de Monza. E ao final da temporada, Hamilton conquistaria seu segundo mundial e Rosberg amargaria a derrota junto de uma prova complicada em Abu Dhabi.
Não podemos dizer que o cenário possa se repetir neste 2016, mas para Rosberg, que está numa ótima fase, o importante é se safar de qualquer rusga com Hamilton.
A primeira vista acho que a Mercedes não tomará nenhuma atitude drástica. Apenas um belo puxão de orelhas em seus rebeldes pupilos.
Mas se o caldo entornar para as provas seguintes, certamente o modus operandi da equipe entrará em ação.

domingo, 15 de maio de 2016

GP da Espanha: O dia de Max

Confesso que fui um dos muitos que criticaram a decisão da Red Bull na já famosa troca de pilotos entre Daniil Kvyat e Max Verstappen. Entendia que o entrevero entre o russo e Sebastian Vettel na largada do GP da Rússia tinha sido pesado por parte de Daniil, mas que a reação da Red Bull em promover a troca por Verstappen já para a corrida espanhola, tinha sido de grande exagero. Enquanto que uma parte enxergava que o jovem Max poderia sentir o peso da nova responsabilidade, por conta da sua pouca experiência, eu ainda defendia a parte do exagero da decisão da Red Bull, apesar de acreditar que Verstappen pudesse fazer um trabalho bem melhor que Kvyat.
A verdade é que todas a dúvidas que pairavam no ar em relação ao desempenho o holandês, foram virando fumaça a cada olhada nas tabelas de tempo desde de sexta-feira, que quase culminou num terceiro lugar no grid, que logo foi superado por Ricciardo.
Na corrida um ritmo bem convincente, sem forçar a barra e nem fazer malabarismos, cumprindo a risca a estratégia feita pela Red Bull de esticar ao máximo seu segundo stint e colocar pneus médios, que foram levados até o fim e sempre com Raikkonen na sua cola, tentando aproximar-se sempre nas retas.
A grande vantagem de Max era o melhor aproveitamento do carro da Red Bull nos dois últimos trechos, que são os mais sinuosos: se ele perdia na grande reta para Kimi, conseguia uma distância que lhe dava certa segurança nos dois setores finais e tracionando melhor na saída do S, Raikkonen não conseguia sair colado para tentar o ataque no final da reta. Foi assim pelas últimas quinze voltas.
Max tornou-se o mais jovem a vencer um GP, assim como primeiro holandês a chegar no mais alto do pódio, confirmando o seu florescente talento. Para a Red Bull, foi a confirmação que a sua decisão foi a mais acertada: tirar Max da Toro Rosso e colocar na Red Bull, não era uma questão de punir Kvyat pelos acontecimentos em Sochi, mas sim preservar a sua jóia que já estava sendo cobiçada por Mercedes e Ferrari.
A Red Bull não apenas "guardou" Max no "cofre", livrando-o de olhos alheios, como também já começou a lucrar com o jovem piloto.
Talvez uma nova história esteja começando.

domingo, 1 de maio de 2016

GP da Rússia: Nenhuma novidade

Neste terceiro GP da Rússia a única possibilidade de haver alguma disputa, repousava na largada. Um grid interessante, diga-se, onde a punição de Vettel pela troca de câmbio e os problemas de motor de Hamilton no Q3 já deixaram as coisas bem interessantes. Dois caras dos bons partindo de trás e mais uma possibilidade de ver uma Williams tentar dar o bote numa Mercedes na largada e fazer as coisas embaralharem. Infelizmente as perspectivas se esvaíram quando Rosberg largou muito bem - mostrando que se adaptou bem a embreagem do carro - e Vettel foi batido - literalmente - duas vezes por Kvyat, culminando na saída precoce do tetra-campeão. Talvez os comissários tenham feito vistas grossas quando Lewis, para evitar o entrevero de Vettel e as duas Red Bulls, cortou caminho e saiu de uma possível décima posição - ou pior - para um quinto lugar. Um bom par de óculos para os comissários cairia bem na próxima etapa.
O que teve de emoção, ficou reservada por duas, três voltas lançadas - uma vez que o SC ficou na pista para que peças fossem retiradas - após a sua reinicialização. Lutas por posições intermediárias, como a de Magnussen, Grosjean, Perez, Button e Sainz, acabaram roubando a cena, pois da dianteira da prova até o sexto colocado, Fernando Alonso, a diferença era confortável. Mais uma vez a prova russa não foi grande coisa, mas serviu para confirmar a fase explêndida que vem passando Rosberg desde o ano passado, ao vencer sua quarta prova nesta ano (100% de aproveitamento) e a sétima seguida, que o coloca ao lado de gigantes como Michael Schumacher e Alberto Ascari neste quesito. De se destacar os grandes trabalhos de Fernando Alonso, que soube escapar bem da confusão e já se postar na sétima posição e que avançaria para sexto após o abandono de Verstappen. Magnussen foi outro que trabalhou bem e travou bons duelos até chegar num belo sétimo lugar. Jenson Button também teve seu ponto garantido ao terminar em décimo, fazendo assim a Mclaren ter dois carros na casa dos pontos, coisa que não acontecia desde o GP da Hungria de 2015.
Mesmo que a Ferrari tenha levado alguns upgrades para esta prova, a Mercedes pareceu ainda mais forte, sendo que apenas deram uma "repaginada" no motor. E mesmo que consumam mais pneus, ainda conseguem abrir uma distância que os deixam confortáveis para arriscar mais.

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Vídeo: O teste da Red Bull com o novo Aeroscreen

Um pequeno vídeo da volta do Red Bull com o seu novo experimento, o "Aeroscreen".
Não ficou mal, confesso, mas se caso for adotado, as equipes terão que trabalhar com cores para podermos identificar quem está ao volante.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Foto 567: Para-brisa

É claro que para os mais puristas isso é uma agressão a estética do carro e também saí um pouco daquela idéia romântica, onde o perigo faz parte da competição e que se for o caso, vá jogar bolinha de gude que é menos perigoso. A verdade é que os tempos são outros e acidentes passados como o de Felipe Massa e os mortais de Henry Surtees na F2 e de Justin Wilson na Indy, ano passado, forçou bastante a criação de uma idéia para que possa minimizar a incidência de acidentes causados por peças soltas. Inicialmente idéias vindas da Indy com o cockpit totalmente coberto, passando recentemente pelo "Halo" adotado pela Ferrari nos testes de pré-temporada este ano e por outros testados pela FIA, a Red Bull apresentou tempos atrás a sua versão. E esta, desde que foi apresentado através de desenhos, já agradava pela estética e apararente funcionalidade e a peça, enfim, será testada durantes os treinos livres para o GP da Rússia nesta sexta.
O maior desafio será trabalhar a aerodinâmica de uma peça que gerará um arrasto considerável. Mas vindo de onde vem, certamente eles já possuem a solução caso a peça seja aceita pelas demais equipes.
Para os demais puristas, também não gosto dessas idéias, o que descaracteriza bem os monopostos. Mas a verdade é que os tempos são outros e não se aceitam mais que pilotos morram por conta de peças soltas pela pista.
A vida segue e as coisas evoluem.

domingo, 17 de abril de 2016

GP da China: Rosberg, o intocável

Ainda lembro de Nico Rosberg, ao final de 2014, dizendo que se quisesse superar Lewis Hamilton em 2015 ele deveria se aplicar mais na preparação fisica e mental para conseguir tal feito. O problema é que Lewis iniciou a temporada de 2015 tão melhor quanto fora em 2014 e não deu chance alguma para que Nico pudesse beliscar, ao menos, um vitória que lhe desse ânimo. E pior: Hamilton anulou seu companheiro num local que ele se saía melhor, que eram as poles. Com isso, Rosberg teve a sua segunda posição ameaçada por Sebastian Vettel, ameaça que foi logo aniquilada com três conquistas nas provas que restavam.
Talvez toda aquela preparação que ele esperava ter para o inicio de 2015, acabou sendo reforçada para este 2016: se as poles nas duas primeiras corridas não vieram, a competência e sorte estiveram ao seu lado. Na Austrália largou mal, mas a bandeira vermelha ajudou para que ele virasse o jogo para cima de Vettel, que liderava com autoridade. No Bahrein, uma melhor largada que Lewis ajudou para que fizesse uma prova tranquila, sem sustos e passasse para vencer a segunda do ano.
Hoje, na China, nem mesmo a melhor largada de Daniel Ricciardo serviu para intimidar Nico, que logo se livrou do australiano - que teria o azar de furar o pneu logo de imediato - tratou de abrir assim que o SC saiu e daí pra frente ninguém mais viu Rosberg, com raras exceções de quando a transmissão achava-o superando algum retardatário. O domínio de Nico foi tão grande, que a diferença dele para Vettel, o segundo, foi de 37 segundos. Uma corrida a parte.
Com esse resultado, Rosberg chegou a seis vitórias consecutivas (as 3 finais de 2015 e mais as 3 deste inicio de mundial) e ultrapassa Stirling Moss como o piloto que mais venceu provas sem ser campeão mundial, contabilizando 17 triunfos.
Apesar dessa fase brilhante de Rosberg, onde ele tem escapado ileso das confusões que tem acontecido no pelotão dianteiro e partido para estas importantes vitórias, é bom que lembrem que ainda temos 18 corridas pela frente e a tendência é que altos e baixos apareçam para ele.
Mas se ele conseguir manter a média que tem feito até aqui, estará bem encaminhado para tentar o seu primeiro título mundial.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Foto 565: Punição para Hamilton no GP da China

Segundo informação passada pela conta oficial da Mercedes no Twitter, Lewis Hamilton perderá cinco posições no grid para o GP da China neste final de semana devido a troca do câmbio de seu Mercedes.
A equipe averiguou a peça que segundo eles sofreu danos no GP do Bahrein e escolheram trocar para este GP por achar que a pista chinesa propicia muito a ultrapasagem, o que facilitaria bastante a recuperação de Lewis. Lembrando este circuito tem duas longas retas, sendo a oposta uma das maiores do certame.
Para Hamilton que teve um inicio de campeonato eclipsado pela boa performance de Rosberg, essa noticia pode complicar um pouco sua tentativa de recuperação, uma vez que o carro da Mercedes não é tão bom no tráfego e que as suas largadas até aqui foram desastrosas.

Foto 564: Reunião

Nos últimos anos, após o advento da selfies, tem sido comum ver um grupo de pilotos se autofotografando em momentos de lazer, como um carteado ou entornando alguns copos enquanto seguem viagem para algum lugar.
Mas esta foto de Nico Rosberg, que foi publicada em sua conta no Twitter, mostra o momento de descontração num jantar numa altura em que a importância das palavras destes que alinham seus carros a cada Grande Prêmio, tem sido fundamentais para mostrar o caminho para onde a categoria deva seguir.
Na foto só não aparecem Romain Grosjean, Kimi Raikkonen, Ryo Haryanto e Kevin Magnussen.

terça-feira, 5 de abril de 2016

GP do Bahrein: Sangue novo. E dos bons

Vandoorne e Wehrlein durante o GP do Bahrein
(Foto: spox.com)
E não é apenas a equipe Haas quem tem ultimamente arrancado suspiros dos entusiastas da F1, pela seu início quase acima da expectativa. Os comentários agradáveis por conta dos trabalhos de Pascal Wehrlein (Manor) e da estréia de Stoffel Vandoorne (Mclaren), foram também os grandes destaques daquela noite barenita.
Ver um piloto como Pascal Wehrlein levar o carro da Manor a lutar contra uma equipe que andou entre os seis primeiros nas provas finais de 2015, fez com que as pessoas passassem a observá-lo com mais atenção. Não é tão fácil batalhar posições com uma carro que, por mais que tenha tido uma leve melhora, ainda não é dos sonhos e chegar a ocupar a sétima posição num GP onde ele mal conhecia, é louvável e até aqui nos faz imaginar o que pode fazer este jovem rapaz no decorrer do mundial com esta Manor. Não duvidaria muito que em alguma prova caótica, ou até mesmo com alguma tática ousada, ele possa marcar pontos neste ano.
Já Stoffel Vandoorne conseguiu a sua chance a partir do momento que Fernando Alonso foi vetado para esta prova, e não decepcionou: largou na frente de Jenson Button - e vale destacar que o belga conseguiu andar próximo do campeão de 2009 em todos os treinos - e batalhou bastante para conseguir marcar o primeiro ponto da Mclaren no ano ao chegar em décimo. Seus trabalhos na GP2 sempre foram elogiáveis e talvez essa oportunidade tenha sido primordial para que este rapaz mostrasse do que é capaz. Com o ponto conquistado no Bahrein, Vandoorne tornou-se o primeiro belga a pontuar na F1 em 23 anos. Thierry Boutsen foi o último a pontuar, quando terminou em quinto no GP da Austrália de 1992 ao volante da Ligier.

domingo, 3 de abril de 2016

GP do Bahrein: Um cala a boca com classe

Grosjean prestes a ultrapassar Massa em Sakhir
Não é nenhuma novidade para quem acompanhou estas duas últimas corridas a agradável surpresa que tem sido a novata equipe Haas, que marcou pontos com Romain Grosjean com um sexto lugar na Austrália e hoje um quinto com o mesmo no Bahrein. Um início que talvez nem mesmo Gene Haas imaginasse para a sua equipe.
Porém, dias atrás, Pat Symonds, diretor técnico da Williams, questionou o modo como as coisas foram abordadas na novata equipe. Sabe-se desde que a Haas foi anunciada como equipe nova para este 2016, que eles teriam uma parceria técnica com a Ferrari onde a equipe italiana entraria com peças e autorizando o uso do túnel de vento. Por volta de 70% do carro da Haas leva peças da Ferrari, o que não caracteriza o uso 100% de um carro Ferrari, o que por regulamento é proibido. Mas mesmo assim, Symonds não gosta muito desta prática indicando que isto não é benéfico para a categoria.
O que se viu em Sakhir foi uma aula da equipe novata sobre a Williams, que - ao lado de Ferrari e Mclaren - constitui a trinca da velha guarda da categoria: Romain Grosjean deitou e rolou e ultrapassou como e quando quis os dois carros da Williams, conseguindo salvar um valente e convincente quinto lugar. Para a Williams, que conseguira se beneficiar da má largada de Hamilton e Raikkonen para subir para segundo e terceiro com Massa e Bottas, viu as coisas andarem para trás quando os pneus médios foram usados por boa parte da corrida e ver os dois carros perderem vertiginosamente rendimento e virar um "boi no rio de piranhas". Talvez Pat Symonds tenha procurado algum lugar para enfiar a cara a cada ultrapassagem que Grosjean efetuava sobre um dos carros brancos.
A atitude inteligente da Haas em se amarrar tecnicamente a uma equipe de ponta, ajuda muito para a sua sobrevivência numa categoria tão cruel com os estreantes. Apesar de eu ser um entusiasta da idéia de equipes venderem chassi para outras, essa nova proposta mostrada entre Haas e Ferrari é uma boa saída para que equipes futuras que pretendam entrar na categoria, possam tentar algo parecido. A verdade é que a Haas, apesar desse apoio técnico, que ajuda bastante, diga-se, tem conquistado esse sucesso instântaneo  por méritos próprios e tendo em Romain Grosjean uma referência, as coisas tendem a ser ainda melhores mesmo que Gene Haas tenha sinalizado que não mais trabalhará na evolução deste carro neste ano.
Mas de todo modo, o cala boca para muitos já começou.

sábado, 2 de abril de 2016

Vídeo: O primeiro recorde para os V6 Turbo Hibridos

Ainda que os V6 Turbo Híbridos despertem uma certa rejeição pela maioria dos fãs da F1, a nova motorização, que inicia a sua terceira temporada neste 2016, já atingiu a sua primeira marca absoluta num fim de semana de Grande Prêmio: a pole obtida por Lewis Hamilton hoje no Bahrein é a mais rápida do circuito desde a sua estréia no calendário em 2004. Naquele ano Michael Schumacher, com a Ferrari, fez o tempo de 1'30''139 (naquela época os pilotos tinham direito a uma volta lançada no qualy) que ficou como recorde de pole até hoje, quando Hamilton cravou a marca de 1'29''493, seis décimos melhor que o antigo recorde. Ainda sim, Schumacher conseguiria largar em quarto para a prova de amanhã.
Apesar de todas as criticas abertas sobre o complexo motor turbo hibrido, o propulsor tem atingido marcas notáveis e é provável que consiga outros recordes neste ano.
Abaixo as duas poles:

quinta-feira, 31 de março de 2016

Foto 562: Out

(Foto: The Guardian)
Realmente escapar sem nenhuma lesão após um big crash daquele em Melbourne (segundo informações, a pancada foi de 46G), seria um enorme milagre. E nos exames de ressonância feita pela equipe médica em Fernando Alonso hoje, acusou uma fratura na costela e pneumotorax, que segundo o piloto, já está curada. Mas mesmo assim, a equipe médica da categoria decidiu vetá-lo para esta prova.
Stoffel Vandorne, piloto de testes da Mclaren e que este ano vai competir na Super Fórmula no Japão, vai substituir o espanhol no Bahrein.
Esta é a segunda vez que Alonso ficará fora de um GP. A outra foi no ano passado,quando sofreu um acidente nos testes da pré-temporada e ficou de fora do GP da Austrália.

segunda-feira, 28 de março de 2016

Foto 561: Pendurado

A largada do GP da Itália de 1965
(Foto: Devianart)
É claro que uma declaração vinda de Bernie Ecclestone para com os circuitos antigos não causem mais surpresas – a não ser que seja de forma positiva, diga-se –, mas ainda gera uma certa revolta. Ao dizer hoje queo GP da Itália não fará falta ao mundial de Fórmula-1 certamente tirou o sossego daqueles que ainda mantém uma ponta de esperança em ver o GP italiano no calendário, mesmo que seja em outra praça como as candidatas Muggelo e Ímola. Porém, estas também dependem do dinheiro público para tentar sediar a corrida, caso esta não fique mais em Monza para 2017. O contrato vai até o final desta temporada.
Apesar de saber que na maioria da vezes essa pressão de Ecclestone visa pressionar os promotores por mais dinheiro, sabe-se que ele tem aniquilado aos poucos os circuitos tradicionais para encaixar provas em locais onde a tradição é quase zero. Com a saída dos gordos patrocínios de cigarro e bebidas alcoólicas, que bancavam quase que boa parte das provas no passado, estes GPs europeus tem ficado cada vez mais vulneráveis a fome insana de Bernie por mais dinheiro. E dessa vez Monza é a praça escolhida – já há alguns anos – para que o inglês coloque mais pressão. Mas se a clássica prova italiana, assim como o quase centenário circuito, caia fora do calendário, não terá nenhum problema para ele: uma prova (mais uma) nos EUA – em Las Vegas – ou até mesmo, quem sabe, sugar mais alguns petrodólares no oriente médio com alguma prova por lá. Afinal, o nome do Qatar aparece de vez em quando nos noticiários como um possível novo local para a categoria.
A verdade mesmo é que os promotores da corrida italiana deviam seguir o exemplo que Chris Pook, então promotor do GP de Long Beach, fez em relação a Ecclestone: com o sucesso cada vez maior da corrida nas ruas da Califórnia, Bernie cresceu o olho e passou a exigir mais dinheiro para que os carros de sua categoria continuasse a dar o ar da graça por aquelas bandas – e diga-se, o sucesso da Fórmula-1 naquele lugar era muito bom. Chris Pook, que mais tarde tornaria-se presidente da CART, acabou alertando que caso o preço para sediar a prova aumentasse ainda mais, ele assinaria com outra categoria ao final do término do contrato com a F1. Bernie não tirou o pé e manteve a sua postura, mas o tiro acabou acertando o próprio pé quando percebeu que Pook não cedeu ao seu jogo psicológico – e assinou com a CART para sediar as provas a partir de 1984. E nem precisa dizer quem saiu perdendo mais nessa história, tanto que a F1 não conseguiu mais alcançar a popularidade conquistada – e consolidada – em locais como Watkins Glen – que saiu do calendário ao final de 1980 por não dar mais segurança aos pilotos – e Long Beach.
Talvez este seja um caminho que os promotores do GP italiano poderiam seguir: amarrar um belo contrato com o WEC – por exemplo – e reviver os 1000 km de Monza, que tanto sucesso fez desde os tempos do Mundial de Carros Esporte, e dar um chute no traseiro do velhote.

Certamente o sucesso para o quase centenário circuito seria ainda maior.

domingo, 20 de março de 2016

Foto 560: Susto

E de vez em quando aparece os traços de beleza no meio de uma situação tão crítica, como esta do momento exato onde o Mclaren Honda de Fernando Alonso começa a desintegrar.
O clique é de Daniel Kalisz.

Foto 1039 - Bernd Rosemeyer, Roosevelt Raceway 1937

  (Foto: Adam Gawliczek)  Um momento de descontração antes do embate dos europeus vs americanos pela 13ª edição da Vanderbilt Cup, realizada...