quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Michele Alboreto, 54 anos

Normalmente não lembro de datas, mas esta é quase impossível pois faço aniversário junto dele. Michele Alboreto, morto num acidente em 2001 quando testava seu protótipo Audi R8 em  Lauzistzring, completaria 54 anos hoje caso estivesse vivo. Passou por Tyrrell (81 à 83/1989), Ferrari (84 à 88), Larrousse (89), Footwork Arrows (90 à 92), Scuderia Itália (93) e Minardi (94). Venceu 5 GPs: Las Vegas 1981; Detroit 83; Bélgica 84; Canadá e Alemanha 85.
Abaixo ficam dois vídeos: o primeiro é da sua primeira vitória na F1 em 82, na pista do Caesar's Palace abrindo caminho sobre Prost e o segundo do GP de Imola de 87, quando travou um ótimo duelo com Senna pela segunda posição da prova.


terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Alguns circuitos nestes 60 anos de F1

Em 2008 Nick Heidfeld deu duas voltas no lendário Nurburgring com o carro da Sauber BMW, numa demonstração da grande fábrica para o público local. Foram belas imagens que fizeram os mais antigos lembrarem-se dos tempos em que a F1 corria por lá, e quando o velho autódromo recebia as mais importantes corridas no seu traçado original. Mas o vídeo também serviu para mostrar que, por mais que adoramos estes traçados desafiadores, infelizmente eles não cabem mais na filosofia da atual F1 que é de segurança total. Uma prova no velho Nurburgring seria excitante, mas imaginem um acidente ali, em uma das muitas curvas cegas do circuito? Certamente o resultado seria desastroso.
Rindt na Eau Rouge, 1970

A desafiadora Masta Kink

A Eau Rouge nos dias atuais

Os circuitos antigos eram desafiadores e perigosos e isso atraía muito, tanto os pilotos, como o público, fotógrafos. Correr em Nurburgring, Rouen, Silverstone, Zandvoort e em outros tantos circuitos eram extramente prazeroso e desafiador. Mas novas opções de circuitos, como o da Bugatti em Le Mans, não eram bem vindas. Esta pista construída no interior do famoso traçado das 24 Horas de Le Mans, não sobreviveu às críticas lançadas pelos pilotos em 1966 por causa do seu layout um tanto sem graça. A pista nunca mais voltou para a categoria, porém aquele modelo de traçado seguro com grandes áreas de escape era o modelo a ser seguido pelo autódromo do futuro.
Montjuich era maravilhoso, mas...

Jerez era insuportável e entediante. Mas ao menos nos deu a chance de ver um duelo dos bons entre Senna e Mansell em 1986... 

... e quase a sensação da morte, com o violento acidente de Martin Donnelly em 1990.

Monza, Monte Carlo, Spa Francorchamps e Silverstone são as únicas pistas ainda remanescentes desde a abertura do mundial, mas também tiveram que passar por algumas plásticas para sobreviver na categoria. Monza, conhecida por sua velocidade assombrosa, teve seu desenho original alterado em 1972 com a introdução de três chicanes por entender que as velocidades ali atingidas eram vertiginosas e perigosas. Com certeza o recorde de volta e média horária da prova em 71 acendeu a luz vermelha para a CSI tomar as devidas precauções com os trenzinhos formados pelos carros nas longas retas da pista italiana. Mais ou menos, como o caso de Monza, Silverstone também teve uma chicane cortando a maravilhosa Woodcote, que era feita com pé cravado. Mas a introdução desta chicane deixou a curva mansa, mas não menos desafiadora. Era legal ver os carros saltando ao beliscar as zebras desta chicane, mas também poderia causar um acidente e tanto como aconteceu em 81 quando Gilles Villeneuve saltou e aterrissou com o pneu de sua Ferrari furado, causando uma confusão danada para quem vinha atrás. Silverstone ainda passou por mais reformas nos anos 90, que deixaram a pista mais lenta e agora, recentemente, em 2010, passando a usar o traçado National, que fica na parte interna da pista eliminando a curva Bridge. Monte Carlo continua com o desenho quase fiel ao original, de 1928, ano da primeira prova realizada lá, porém não existe mais a curva do gasômetro (atual Rascasse e Anthony Nohges), a veloz chicane do porto e a antiga reta de chegada que ficava logo após a curva da Tabacaria, hoje cortada pelos esses da Piscina. Por mais que se discuta sobre o fato de não haver ultrapassagens, é ainda um belo lugar que ainda conserva toda a áurea do automobilismo de outrora. Quanto a Spa-Fraconcorchamps, este sofreu a o boicote de 1969 liderado por Jackie Stewart pelo fato do circuito de mais de 13Km não oferecer um pingo de segurança. Jackie sabia do que estava falando. Em 66 quase morreu ao derrapar na pista molhada indo bater numa casa, que ficava ao lado do traçado. Foi salvo antes que o carro pudesse pegar fogo. Spa tinha o layout do circuito perfeito: era formado genuinamente por estradas e eram poucas curvas. Se você se encanta atualmente com a Eau Rouge, a Masta Straight e Kink eram ainda mais hipnotizantes e letais. Masta Straight era feita de pé embaixo, porém com um aumento gradativo na dificuldade de curvá-la e ao chegar à Masta Kink a dificuldade aumentava ainda mais por ser um "S" feito de cano cheio. As condições metereológicas também variavam muito, como acontece até hoje. Podia estar seco um trecho e você mergulhar numa parede d'água mais à frente. Foi numa dessas que Jackie sofreu seu acidente em Spa. Arame farpado, colocado por fazendeiros ao redor de seus terrenos, eram tão comuns como os fardos de feno ladeando o circuito de Mônaco. Alan Stacey teve a cabeça arrancada quando seu Lotus passou por debaixo de uma dessas cercas, em 1961. Seguindo o exemplo de Nurburgring, Spa foi remodelada e em 1983 voltou a fazer parte do calendário da F1. Mesmo perdendo metade do traçado original, os engenheiros fizeram um ótimo trabalho deixando-a muito técnica.
O boicote à prova em Spa de 1969, abriu um caminho até então ignorado pelos pilotos que era a falta de segurança. Na cabeça deles, o que era totalmente comum, o acidente que aconteceu com o outro não iria acontecer com ele. Mais ou menos assim pensava Jackie Stewart antes do seu quase acidente fatal em Spa. Foi uma luta incessante que acabou surtindo algum efeito com a chegada de pistas mais seguras, como Nivelles e Zolder (que substituiram Spa), Interlagos, Anderstorp, Paul Ricard, apenas para citar algumas. Foram pistas que apareceram nos anos 70 já com a idéia de segurança bem visível a todos. Mas apenas Interlagos e Paul Ricard sobreviveram. Nivelles foi odiada pelos pilotos e mais tarde limpada do mapa. Zolder e Anderstorp ainda existem, porém não fazem mais parte do calendário da categoria, sediando apenas provas de categorias menores.
Falando em Paul Ricard, foi uma pena este circuito cair fora da F1. Mas os interesses políticos na França em levar a prova a um lugar distante com apenas uma via de acesso, sepultaram o belo circuito à beira da praia. Magny-Cours entrou no seu lugar em 1991 e o que tinha de bom, apenas, era o seu asfalto liso, sem nenhuma ondulação. De resto, era um estorvo e isso piorava se houvesse um engarrafamento ou até mesmo greve dos caminhoneiros, que parou a França nos anos 90. Paul Ricard, vira e meche, tem seu nome dito para voltar a receber a F1 no futuro. Até seria fácil, pois Bernie Ecclestone é o dono do circuito. Mas até agora nada e a França continua sem o seu GP desde 2009. E olha que o país cedeu para a F1 ótimas pistas no passado como Reims, Clermont Ferrand (lindíssimo circuito), Rouen e Dijon Prenois.
 
Paul Ricard era um lugar genial para a F1, com boas provas e a Mistral Straight sendo a grande vedete da pista...



 
... mas os interesses politicos deixaram ela de lado para dar chance à Magny Cours, à partir de 1991

Aqui no Brasil, Interlagos é o único que tem condições reais de receber a F1, mas suas instalações são antigas e o paddock apertadíssimo. Jacarepaguá era outra boa opção, isso se os políticos do Rio não tivessem mutilado-a em prol aos jogos Pan-americanos e Olimpíadas de 2016. Daqui alguns anos, o resto da pista, deixarão de existir de vez. Uma pena. Um pouco mais abaixo, a Argentina também deixou de sediar provas da F1 por falta de dinheiro, mas a pista de Oscar Galvez não era mais tão interessante assim quando retornou em 1995 ficando até 98 sem empolgar ninguém. Atualmente os "hermanos" tem o circuito de San Luís que é simplesmente genial, feito à beira mar lembra um pouco o de Bathurst, na Austrália, e é muito seletivo. Ah, e a beleza do local coloca a pista de Abu Dhabi e Cingapura no bolso. Bom, isso não é tão difícil, convenhamos. Ímola também era sensacional, mas os eventos de 1994 desfiguraram a rápida Tamburello e a Villeneuve.
Atualmente as pistas, em geral, estão providas de chicanes e áreas de escape extremamente extensas. A caixa de brita quase não existe mais em lugar algum, o que deixa o piloto mais avontade para tirar o máximo de seu carro. Caso erre, o asfalto no lugar das velhas britas, o salvarão. Isso foi muito importante, por exemplo, com Hamilton quando quase bateu rodas com Alonso em Interlagos, na decisão de 2007. Ele escapou na curva do lago e se tivesse brita, teria encalhado. Talvez fosse melhor ter acontecido isso, pois acabou passando uma baita vergonha ao apertar o neutral ao passar na mesma curva e dar adeus de vez, às suas já remotas chances de título. Circuito que é um bom exemplo em áreas de escapes é o se Sepang, na Malásia. Extensas e com britas em boa parte, desacelera o carro caso este saia direto. Mas também não há como se sentir atraído quando os carros contornam curvas rápidas com os guard rails bem perto. Suzuka ainda nos proporciona isso quando os carros fazem aquelas sessões de Esses quase de pé embaixo.
As curvas velozes também mudaram um pouco, mas ainda oferecem algum perigo. Na F1 estas curvas foram caçadas como bruxas e sinceramente, hoje existem apenas duas: Eau Rouge em Spa e a 130R em Suzuka. A Eau Rouge já foi mais discutida e até ameaçada e ser cortada por uma chicane. Isso acabou acontecendo em 94 na febre de segurança que se espalhou após o 1º de maio. A chicane foi instalada no pé da curva a fim de diminuir a velocidade altíssima que alcançaria ao chegar ao topo. Fora isso, sempre foi o grande desafio da F1 moderna para ver quem poderia fazê-la de pé cravado. Nunca mencionaram quem conseguiu o tal feito, mas digo que alguns acidentes naquele ponto foram assustadores: Zanardi em 93; Jacques Villeneuve 98 e 99; Ricardo Zonta 99 foram os mais famosos. Ainda sim, principalmente nos acidente de Villeneuve e Zonta, os muros estavam mais longe. Zanardi não teve a mesma sorte e por pouco não morreu ao seu carro bater forte no guard rail interno para depois, rodopiando, ir parar do outro lado. Bellof, em 1985, durante os 1000Km de Spa perdeu a vida ao bater de frente no muro de concreto no início da curva.
A 130R em Suzuka também é fascinante e um tanto menos perigosa quanto a Eau Rouge. Mas isso não sugere que o piloto vá fazê-la sem o mínimo cuidado. Ela é feita de pé cravado girando levemente o volante para a esquerda, mas se colocar uns dos pneus pra fora do traçado pegando sujeira ou entrar de modo errado, é muro na certa. Mais ou menos assim foi o que aconteceu com Allan Mcnish na classificação de 2002, quando o inglês escapou com tudo e a sua Toyota simplesmente atravessou o guard rail. Ele não sofreu nada, mas não pode participar da corrida no domingo. E assim como a Eau Rouge, o piloto tem que ser corajoso para efetuar uma manobra ali. Alonso o fez com perfeição ao pegar Schumacher por fora em 2005.
Nos anos 2000 a F1 visitou novos lugares em busca de novos horizontes, deixando um pouco a Europa que estava à caça da publicidade de cigarros que com o tempo, desapareceu da F1, menos a Marlboro, que ainda apóia a Ferrari sem expor seu nome, mas disfarçada como código de barras. Malásia, China, Bahrein, Cingapura, Abu Dhabi, Turquia e Coréia todos eles feitos por Hermann Tilke, sã exemplos de como a F1 está hoje mais interessada no dinheiro do que na qualidade das pistas. De todas essas, excluo apenas a da Turquia que foi o único acerto de Tilke. É uma boa pista com trechos velozes e a curva 8 que, tendo três pernas, leva o piloto a um grande desafio ao contorná-la. As outras pistas, juntando todas, não formam uma que preste. E o problema pode aumentar nos próximos anos, quando a F1 vai visitar pela primeira vez a Índia em 2011, Rússia em 2014 e tentar conquistar os EUA de novo em 2013 com a pista que será feita em Austin.
Sobre os EUA, não é de hoje que a F1 tenta, em vão, conquistá-los. Isso até ocorreu entre os anos 60 e 80, quando a categoria se estabeleceu em Watkins Glen e depois em Long Beach. Glen ficou de fora a partir de 1981 por estar já ultrapassado e os proprietários não terem dinheiro para fazer as reformas pedidas pela FISA. Long Beach foi dinheiro, afinal Ecclestone queria mais e Chris Pook, então organizador da prova não quis liberar mais dinheiro ameaçando o velho de Bernie se caso pedisse mais dinheiro, ele acertaria com a CART. O que se deu, no final, foi que a F1 ficou sem sua casa e passou a vaguear pelos EUA sem um lugar certo. Dallas, Phoenix, Detroit passaram pelo calendário sem entusiasmar. Quando as coisas poderiam dar certo, com um remendo de Monza com Hungaroring feita no Indianápolis Motor Spedway, a F1, na sua guerra de pneus, deu um tiro no próprio pé ao realizar a famosa prova de 2005 com apenas 6 carros. Realizou a prova de 2006 e de lá para cá, nunca mais foi realizada. É um tanto tontos, afinal os EUA possuem ótimas pistas, como o Road America, Road Atlanta, e a fabulosa Laguna Seca que poderiam, e muito bem, sediar uma prova do campeonato mundial. No meu ver, seria um sucesso.
A F1 continuará pelos próximos anos a sair cada vez mais da Europa. E isso, infelizmente, nos privará cada vez mais de vermos ótimas pistas, como Estoril, Brands Hatch entre outras ficarem de fora por opções menos interessantes e mais longe para público, pilotos e equipes. É a nova era da F1.


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Minha opinião sobre o terceiro carro para as equipes de F1

Luca de Montezemolo expressou, novamente, sua vontade em colocar um terceiro carro na pista a partir de 2013, ano em que as novas regras da F1 estarão valendo. E esse papo de três carros é antigo. Desde o início da década passada que ele defende essa tese, argumentando que isso aumentaria a competitividade na categoria. Mas sabe-se que essa sua idéia, é mais para eliminar equipes que não tenham condições suficientes para estar na F1, como foi comprovado neste ano. O terceiro carro que ele pretende pôr em pista para 2013, não seria totalmente da Ferrari. O carro ficaria sobe o controle de um dos dois principais teams dos EUA: Penske ou Ganassi.
Essa idéia de três carros surgiu em 1996, ano de domínio amplo da Williams Renault e de tempos em tempos, reaparece sendo defendida ferrenhamente por Montezemolo. Alguns empecilhos podem melar mais uma vez, este sonho do presidente da Ferrari. Como todos sabem as regras para 2013 são exatamente para cortar custos e um mais carro na pista não valeria a pena, e tudo que se economizou com os outros iria para este. Isso sem contar, claro, no aumento de pessoas para cuidar deste carro extra. O outro passo é convencer a FOTA e Frank Williams. Este último já declarou não ser a favor de um terceiro carro, por não achar justo desenvolver um bom carro e cedê-lo para uma outra equipe. Já as equipes Ganassi e Penske, ambas têm seus envolvimentos na Indy e NASCAR (onde são rivais em ambas) e os investimentos para 2011, principalmente na Indy, têm sido pesados para os dois teams que disputam ano a ano a supremacia da categoria. E por outro lado, acho pouco provável que queiram se aventurar na F1.
Já por outro lado, acredito que a venda de chassis das equipes grandes para os times médios e estreantes possa ser uma boa saída, possibilitando estas equipes a se erguerem e se firmarem com mais facilidade na categoria. Essa prática era muito usada nos anos 50, 60 e 70, onde Ferrari, Maserati, Cooper, Lotus, Brabham, Mclaren, March, Tyrrell, entre outras vendiam seus chassis para equipes privadas. Nos anos 70 era mais fácil ainda. Você tendo dinheiro suficiente para comprar um bom chassi (um March 701, não era o melhor, mas era o mais disponível e acredito, barato), um lote de motores Cosworth, pneus da Goodyear, Dunlop ou Firestone, uma equipe com mias ou menos 15 pessoas e um bom piloto no volante, certamente sua temporada poderia ser satisfatória. Foi assim, em 1970, que Ken Tyrrell, após uma associação vitoriosa com a Matra, começou sua escalada de sucesso na F1. Iniciou a temporada com um March 701- Ford Cosworth para no GP da Itália estrear seu próprio carro, o Tyrrell 001. Ao volante estava simplesmente o genial Jackie Stewart. Associando-se ao desenvolvimento dos pneus por Stewart junto a Dunlop e os ótimos chassis construídos por Derek Gardner, Tyrrell teve o gosto de mais dois títulos de pilotos com Jackie (71-73) além do de construtores em 71.
Hoje os tempos são outros, claro. Além das equipes venderem os chassis, tinha um motor de série que era barato e muito eficiente. O Cosworth custava em média 12 mil dólares em 70. Para se ter uma idéia, Ken Tyrrel encomendou três propulsores à fábrica de Keith Duckworth, gastando apenas 36 mil dólares. Hoje você não compraria nem os cilindros do motor com esse dinheiro.
Outra boa saída, também, é investir numa equipe satélite como faz a Red Bull com a Toro Rosso desde 2006. Com um chassi idêntico, mas com motores e mecânica diferente, esta equipe até conseguiu suplantar a equipe "mãe" na temporada de 2008 quando Vettel levou a equipe à vitória no GP da Itália. Aliás, ai está um exemplo a ser seguido pelas equipes que tem centro de formação de jovens talentos, como é o caso da Red Bull, e colocar uma equipe satélite para deixar mais fácil o ingresso destes garotos à F1. Vettel foi um caso que deu certo. Em outros tempos a Ligier também se utilizou dos chassis dos Benettons entre 96 e 97, conseguindo bons resultados.
Acho que tudo é apenas uma questão de tempo, mas não acredito que essa idéia do Montezemolo vá em frente. Mas defendo a venda de chassis, que podem ser da temporada passada, por exemplo, mas isso daria a equipe que estivesse usando-o uma oportunidade de conseguir algo melhor.

 
O Tyrrell March de Jackie Stewart em 1970
O Ligier de Panis com chassi do Benetton em 1996
 E o Toro Rosso de Vettel com o chassi idêntico ao da Red Bull em 2008

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Foto 5: Tomadas de ar à venda?

Quando achei essa foto no fórum da Autosport, logo me lembrei dos vendedores de discos no centro de São Paulo que colocam os vinis na calçada, ficando à mostra para o público.
A foto não sei exatamente de onde é, mas suponho que seja alguma ruazinha da Inglaterra. As entradas de ar são da BRM, Tyrrell, Lotus, Mclaren e March que estão expostas na frente da loja. Aliás, esta loja parece que vendia alguns artigos relacionados ao automobilismo, pois na vitrine está uma placa informativa usada durantre as corridas para informar posição, tempo e volta.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Emerson Fittipaldi, 64 anos

Hoje Emerson Fittipaldi completa 64 anos de uma vida muito bem vivida e emocionante. Como não tive tempo algum para escrever algo sobre o mestre, deixo para vocês um vídeo da prova de Monza de 1972 quando ele venceu a prova e o campeonato mundial após as desistências de Jackie Stewart e Jacky Ickx, seus rivaus diretos na briga pelo título. O vídeo tem apenas o som natural da prova, sem narração alguma.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Parecidas, mas não iguais.

Esse assunto das Lotus, disputando o direito de usar o nome da lendária equipe, pode gerar em 2011 uma situação estranha no grid: além poder ter duas equipes Lotus, essas usarão motores Renault e cor em preta e dourada lembrando a marca de cigarros John Player Special, que patrocinou o time de Colin Chapman desde 71 até 86.
Isso me fez lembrar um fato que aconteceu no início dos anos 80, quando a Mclaren e Alfa Romeo usaram as cores da Marlboro em seus carros. Claro que não tem nada a ver com a guerra das Lotus, afinal as equipes eram distintas, mas de alguma forma, quem não prestasse atenção, poderia confundir os carros.
O patrocínio da Malrboro com a Mclaren iniciou-se em 1974 estendendo-se até 1996. Com a Alfa, foi desde 1980 até 1983. Nisso acabou acolhendo Andrea De Cesaris nas temporadas de 81 (Mclaren) e nas de 82 e 83 (Alfa Romeo) pelo fato do italiano ser patrocinado pela marca da Phillip Morris.
O desenho dos carros eram bem diferentes, com as linhas da série MP4 da Mclaren sendo mais "magra" em contrapartida da série 179 da Alfa, que era mais robusta.
Em 1983 a Gerard Ducarouge, então designer da Alfa, conseguiu fazer uma carro com linhas mais leves (era o primeiro ano do pós-efeito solo) que ficou um tanto parecido com o Mclaren MP4-1E desenvolvido por John Barnard. Naquele campeonato de 83, a Mclaren ficou a frente da Alfa no Campeonato dos Construtores ao ficar em 6º com 28 pontos, contra dez da equipe italiana que fechou na nona posição.
O Mclaren MP4-1E que foi pilotado por John Watson e Niki Lauda em 1983...

... e o Alfa-Romeo 183, pilotado por Andrea De Cesaris e Mauro Baldi. Eram apenas parecidas, mas não totalmente iguais. O Mclaren se saiu melhor.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

F1 Battles: John Watson vs Keke Rosberg- GP da Bélgica 1982


O final de semana do GP da Bélgica de 1982 é lembrado mais pela tragédia da morte de Gilles Villeneuve, do que qualquer outra coisa. Mas a prova foi realizada e sem a participação da Ferrari, que retirou-se de Zolder em luto.
A corrida foi uma disputa particular entre Rosberg (Williams FW08- Ford) e Watson (Mclaren MP4-1B- Ford). Nas últimas três voltas o piloto irlandês aproxima-se de Keke na luta pela primeira posição, mas sem atacá-lo. A distância é encurtada faltando duas voltas, com Watson preparando a ultrapassagem. Na penúltima volta, Keke erra numa curva proporcionando à Watson subir para a primeira posição e vencer a prova em Zolder. Em terceiro ficou Lauda, que foi desclassificado após seu Mclaren ser pego na vistoria técnica ao estar abaixo do peso regulamentar. Assim, Eddie Cheever (Ligier JS17-Matra) subiu para terceiro.
Esta vitória deixou Watson à um ponto de Prost, então líder do mundial, com 18 pontos. Keke Rosberg estava em terceiro no campeonato com 14 pontos.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...