Foi produzida pela TV espanhola em 1972, ano do primeiro título de Emerson Fittipaldi na F1. O vídeo, dividido em oito partes, mostra a parte técnica, humana e competitiva da categoria com ótimas imagens daquela temporada em circuitos como Nurburgring, Brands Hatch e Jarama.
terça-feira, 19 de junho de 2012
Foto 91: Pinheiros
Independentemente onde foi tirada essa foto, no velho Osterreichring ou em Nurburgring, o que pode-se dizer é que ela é de uma beleza infindável. E para completar, Ronnie Peterson com a sua Lotus 72 em 1973
domingo, 17 de junho de 2012
24 Horas de Le Mans: Um passeio da Audi e mais uma vitória no bolso
O esquadrão da Audi: 11ª vitória em Sarthe (Foto: Divulgação) |
Para quem acompanha automobilismo com certa regularidade,
não era muito difícil prever uma vitória da Audi em Sarthe. Não era necessário
ser uma mãe Dinah da vida ou algum Robério de Ogum para sacar que a fábrica de
Ingolstadt levaria a sua 11ª vitória nas 24 Horas de Le Mans. Sem a Peugeot,
que se retirou das competições no início do ano por questões financeiras, a
conquista da Audi nessa prova e no Mundial de Endurance já é cantada há tempos,
mas vale lembrar que mesmo correndo “sozinha” a Toyota esteve
surpreendentemente próxima dos carros alemães desde os treinos. Ou seja:
qualquer descuido poderia ser traduzido numa derrota vergonhosa para dois
carros zero quilômetro que estavam estreando na temporada. E Audi teve duas
aulas de como não menosprezar o adversário em 2010 e 2011.
Mas isso não aconteceu claro. Dr. Wolfgang Ulrich comandou
mais uma conquista da Audi com mãos de ferro, mantendo seus pilotos atentos
sempre. As cinco primeiras horas de prova é que foram, na verdade, as mais
intensas tendo a Audi a compania da Toyota, que esteve no encalço dos quatro
carros alemães por todo esse tempo. Porém os acidentes, com curto espaço de
tempo, limaram os japoneses da corrida: primeiro foi Anthony Davidson que
acabou sendo abalroado por uma Ferrari na freada do fim da Mulsanne, e acabou
decolando seu Toyota #8 e chocando-se, com violência, contra a barreira de
pneus. Apesar de ter saído relativamente bem do acidente, foi constatado, mais
tarde, que ele quebrara duas vértebras. Meia hora depois, exatamente após a
saída do safety car, Kazuki Nakajima resolveu jogar para fora da pista o Delta
Wing, Isso lhe custou avarias no Toyota #7 que, apesar de terem sido brevemente
reparadas, forçou o abandono horas mais tarde. Para o Delta Wing-Nissan, a
prova terminou exatamente após este acidente causado por Kazuki e a cena de
esforço de Satoshi Motoyama para recolocar o carro de volta à corrida, já virou
um dos marcos dessa 80ª Edição das 24 Horas de Le Mans, mostrando bem como é o
espírito dessa corrida. Mais tarde a Toyota mandou que Nakajima fosse pedir
desculpas à Nissan pelo acidente.Apesar de a corrida ter se decidido nestes dois lances infelizes para a Toyota, a Audi enfrentou alguns contratempos: antes que Davidson voasse com seu carro, o Audi #3 bateu de frente na curva Posche e Romain Dumas, que estava ao volante, desceu do carro e arrancou todos os pedaços soltos e voltou para a corrida com um dos pneus tortos. Recolheu para os boxes, arrumou as avarias e voltou para a corrida com um bom número de voltas de atraso para os dois Lolas da Rebellion. Apesar do esforço do trio formado por Dumas/ Duval/ Gené, que descontaram voltas e mais voltas entre a noite e o dia, o erro de Marc Gené quando estavam já na quarta posição, o relegaram para o quinto posto. Desse modo uma possível quadra da Audi foi desfeita.
Outros dois Audis também sofreram algum tipo de incidente: Fässler rodou com o #1 no meio da madrugada, entregando a liderança de bandeja para o trio formado pelos senhores Mcnish/ Capello/ Kristensen. Este último, por exemplo, vem seguindo a sua nona vitória desde o ano passado quando Mcnish a desperdiçou muito cedo naquele pavoroso acidente na primeira hora de corrida. Dessa vez o escocês botou tudo a perder ao bater, sem grandes danos, na curva Indianápolis. Alan é um baita piloto de endurance, veloz, mas tem nele uma impaciência que, quando vem, coloca todo um trabalho no lixo. Fora todos estes contratempos, a Audi esteve absoluta em Sarthe e o trio formado por Lotterer/ Fässler/ Tréluyer levou o bi-campeonato da prova.
Para se destacar nessa corrida previsível, o desempenho sólido da Rebellion Racing que teve um dos seus carros na quarta posição com o trio Heidfeld/ Prost/ Jani e o experiente Pedro Lamy que conduziu o Corvete, versão 2011, da Larbre Competition a uma vitória espetacular na classe LMGTE-AM, mostrando que ainda é uma dos bons pilotos de Endurance do mundo.
Essa vitória da Audi é histórica, por sinal: é a primeira de um carro híbrido, tecnologia que já está sendo preparada por outras grandes fábricas como Mazda, Lotus, Porsche para o ano de 2014. Talvez, quem sabe, mais outras montadoras não resolvam investir no Endurance e desafiar o poderio da Audi, que conquistou a sua 11ª vitória em 13 participações. Uma aula de competência e tecnologia.
A edição de número 80 das 24 Horas de Le Mans se foi. Não pude acompanhá-la como fiz ano passado, mas tive a oportunidade de ler os pedaços dela via twitter e de ótimos blogs como do Rodrigo Mattar e do Paulo Alexandre Teixeira.
E como disse no twitter, quando a prova estava a poucos minutos do fim, a saudade começava a bater. E que venha logo 2013!
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Vídeo: Volta OnBoard no Audi R18 e-tron quattro em Sarthe
E está rolando os primeiros treinos para as 24 Horas de Le Mans acontecerá neste fim de semana próximo. E aí fica uma volta OnBoard do treino de hoje com Marcel Fassler, no Audi R18 e-tron quattro #1.
Foto 90: Paletti
Um lugar onde sentia-se feliz: Paletti prestes a testar o Osella FA1B (Foto: Divulgação) |
“Não tenho muitos amigos, praticar esportes é uma maneira de me aproximar das pessoas. Competi de esqui e vim para o automobilismo. É um mundo estranho, mas quando estou no cockpit, tudo parece bonito, me sinto feliz.” (Riccardo Paletti)
Riccardo morreu num momento em que estava mais feliz: tinha conseguido classificar-se para o grid do GP do Canadá, o que seria a sua segunda corrida; sua mãe estava presente naquele final de semana e Mike Earle, dono da equipe Onyx de F2, que mais tarde levaria a mesma para a F1 no final dos anos 80, tinha um March e já estava em negociações com Paletti para que corresse para ele ainda naquele ano de 1982. Mas o sonho se desfez em poucos metros. Gianna perdeu seu filho e Mike Earle um amigo.
Paletti morreu às vésperas de completar 24 anos.
segunda-feira, 11 de junho de 2012
Vídeo: A F1 em Monsanto Parque, 1959
Fardos de feno, sacos de areia, traçado montado em um belo local e... corrida. A Fórmula-1 visitando Portugal pela segunda vez na história, desta vez nas ruas de Monsanto Parque. Stirling Moss, com a sua Cooper, venceu a prova.
GP do Canadá - Corrida - 7ª Etapa
Lewis não vencia desde o GP de Abu Dhabi do ano passado. Agora ele é o sétimo vencedor do ano e líder isolado do mundial. (Foto: AP) |
Esqueça das últimas 60 voltas. Aquelas onde Hamilton, Alonso
e Vettel, na maioria delas, ficaram medindo os passos um do outro com
diferenças mínimas no cronômetro. Não que tenha sido chato, ao contrário: foi
interessante porque nenhum deles conseguiu abrir uma vantagem maior que quatro
segundos, e por isso este trio manteve-se vivo o suficiente para tentar a
vitória em Montreal.
Lewis parecia o mais tranqüilo: tinha uma diferença de quase
três segundos para Alonso na passagem número 51, mas ele foi para os boxes
trocar os pneus, não que estes estivessem desgastados, mas arriscar ficar com
eles para as últimas voltas poderia por em risco uma vitória quase certa.
Fernando e Vettel ficaram na pista, um marcando o outro. Se ele for aos boxes,
também irei. Tinha uma diferença de sete pontos em jogo naquele momento. Mas, e
os pneus dos dois? Agüentaria até o final? Alonso havia feito a sua troca para
macios na volta 19 e Vettel, para o mesmo composto, na volta 16. E os dois, até
aquele momento, tinham um bom desempenho com aquele jogo de pneus. Era
impressionante, pois Montreal tem uma fama de consumir muito os pneus e freios.
Quem deu mostras de que aqueles pneus eram resistentes, foi Felipe Massa que os
trocou na volta 14 e estava em quinto naquela parte final de corrida, com um
ritmo satisfatório. Ou seja, a Ferrari tinha dado o pulo do gato até aquele
momento. Mas Felipe perdeu rendimento faltando doze voltas para o fim e
derrepente, despencou de quinto para oitavo num piscar de olhos. Os pneus
macios tinham ido para o ralo e agora ele precisava fazer uma parada urgente,
faltando dez voltas para o término. Um sinal que a Ferrari não quis captar e
apostou que não aconteceria o mesmo com Alonso. O problema é que Hamilton
estava com menos de dez segundos de desvantagem para Fernando, e seus tempos de
voltas rodavam em torno de um segundo a um segundo e meio. A vitória para o
inglês era possível.
Com o ritmo de Alonso e Vettel despencando, Hamilton passou
pelo alemão faltando seis voltas, momento em que Sebastian
aproveitou para ir aos boxes, e Lewis apertou o passo e duelou com Alonso por
meia volta até conseguir efetuar a ultrapassagem na reta após o hairpin. McLaren
na frente, enfim, e Lewis abriu caminho para a sua primeira vitória no ano.
Fernando ainda tentou tourear o seu Ferrari nas últimas quatro voltas, mas os
pneus, altamente desgastados, não tinham a mínima aderência e isso permitiu a
aproximação rápida de Grosjean e Pérez que o ultrapassaram com facilidade.
Vettel, que havia feito sua parada a seis voltas do fim, estava destruindo a
volta mais rápida em cada passagem e pôde, também, passar Alonso com
tranquilidade na freada para o grampo. Foram dez voltas finais de cortar a
respiração.
A Ferrari sobrepujou o fato de aquela pista detonar pneus,
acreditando que os macios resistiriam até o final. Não é à toa que Massa, na
sexta, chegou a dizer que era possível fazer a prova inteira com apenas uma
parada de box. Por um momento isso até pareceu possível, pois Alonso diminuiu o
ritmo para poupar borracha, apertando a velocidade em alguns momentos para não
distanciar-se totalmente de Hamilton. Apesar de Alonso dizer que eles correram
para vencer, o erro em Montreal foi totalmente do time, incluindo o próprio,
que apostou em algo suicida. A entrada de Massa nos boxes, faltando dez voltas
para o fim com os pneus em frangalhos, foi uma mensagem bem clara ao time.
Talvez a vitória tenha escapado por pura soberba.
Por outro lado não tem como não elogiar a corrida que
Hamilton fez no Canadá. Teve paciência durante os duelos e efetuou-os bem na
reta onde era permitido o uso do DRS, e aparentemente, conseguiu poupar bem os
pneus. Se a McLaren errou feio com ele em outras provas, esta beirou a
perfeição dando ao inglês a chance de tornar-se o sétimo vencedor diferente em
sete corridas. Grosjean e Pérez subiram ao pódio com performances elogiáveis na
tarde, com o francês a andar bem durante toda a corrida entre os dez e Pérez
poupando pneus, que é a sua especialidade, por mais de 40 voltas.
Massa apresentou um início de corrida forte, atacando Rosberg
em todas as curvas, mas após efetuar a ultrapassagem e estar na caça de Webber,
rodou na saída da primeira curva, despencando de quinto para 12º. Apesar de ter
mostrado uma boa velocidade e de estar ocupando a quinta posição a dez voltas
do fim, os pneus não agüentaram mais o forçou a para nos boxes, jogando-o para
décimo. Mas para quem estava penando no meio do pelotão a duas corridas atrás,
essa recuperação mostrada já em Mônaco, já é um lucro e tanto. Bruno foi mal.
Passou toda a prova disputando posições entre a 15ª e 17ª e sofreu um bocado
com os pneus, principalmente os traseiros e fechou em décimo sétimo. Button foi
outro que andou muito mal por lá e acabou em 16º.
Mais uma vez Montreal nos presenteou com uma maravilhosa
corrida, precisamente as últimas 10 voltas, e deu à Hamilton a oportunidade de
vencer em um local que é especial para ele. Foi lá, em 2007, que vencera a sua
primeira corrida. E dessa vez ele venceu mais uma vez, tornando-se o sétimo
vencedor diferente e a liderança do campeonato no bolso. Valência é a próxima parada.
Pista chata, diga-se, mas que pode dar uma chance a Ferrari de tentar mais uma
vitória por tratar-se de um circuito de rua de baixa para média velocidade. E
os vermelhos não são bons de reta. Isso pode ajudar.
A largada foi tranquila, com Vettel a sustentar a liderança, que foi tomada por Hamilton na 15ª passagem (Foto: Reuters) |
(Foto: Reuters) |
Massa fez uma boa largada e estava em quinto, alcançando Webber quando rodou. Recuperou-se, chegou andar em quinto e fechou em décimo no final. (Foto: Reuters) |
Vettel teve uma chance de vencer, mas trocou de pneus tarde num momento em que Hamilton já estava longe. Ao menos ficou à frente de Alonso no final. (Foto: Getty Images) |
Grande Prêmio do
Canadá
Circuito Gilles
Villeneuve – Montreal
70 voltas – 7ª Etapa
– 10/6/2012
2: Romain Grosjean (FRA/Lotus) - a 2s513
3: Sergio Pérez (MEX/Sauber) - a 5s260
4: Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - a 7s295
5: Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 13s411
6: Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 13s842
7: Mark Webber (AUS/Red Bull) - a 15s085
8: Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) - a 15s567
9: Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - a 24s432
10: Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 25s272
11: Paul Di Resta (ESC/Force India) - a 37s693
12: Nico Hulkenberg (ALE/Force India) - a 46s236
13: Pastor Maldonado (VEN/Williams) - a 47s052
14: Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso) - 1min04s475
15: Jean-Eric Vergne (FRA/Toro Rosso) - a uma volta
16: Jenson Button (ING/McLaren) - a uma volta
17: Bruno Senna (BRA/Williams) - a uma volta
18: Heikki Kovalainen (FIN/Caterham) - a uma volta
19: Vitaly Petrov (RUS/Caterham) - a uma volta
20: Charles Pic (FRA/Marussia) - a duas voltas
Não completaram:
Timo Glock (ALE/Marussia) - a 13 voltas/problema mecânico
Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 36 voltas/problema na asa móvel
Pedro de la Rosa (ESP/Hispania) - a 45 voltas/problema mecânico
Narain Karthikeyan (IND/Hispania) - a 47 voltas/problema mecânico
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