quinta-feira, 21 de junho de 2012

Foto 93: Vitória e Sangue

Final de semana de sentimentos distintos para Jochen Rindt em Zandvoort, no GP da Holanda de 1970: enquanto ele abria caminho para uma vitória sólida e até então sem problemas no Lotus 72, seu amigo Piers Courage perdia a vida no pavoroso acidente que se deu na 22ª volta daquele GP.
Foi a segunda vitória de Rindt naquela temporada. Outras três viriam em seguida - França, Grã-Bretanha e Alemanha. Jochen morreu em Monza, quando já havia decidido aposentar-se ao final daquele ano. 
Ganhou o título Post-Mortem.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Foto 92: O foguete da Opel

Fritz von Opel e seu foguete, em AVUS 1928: Fritz foi o vencedor da prova
inaugural daquele circuito, em 1921.

Fritz von Opel e sua cria, o Opel Rak-2 impulsionado por um foguete em AVUS no ano de 1928. Naquela ocasião Fritz alcançou 196,4 Km/h, com o carro saíndo de 0 à 100 Km/h em oito segundos.
O recorde de velocidade terrestre, na época, era de Ray Keech que fez a marca em abril daquele ano ao alcançar 336 Km/h com o White Triplex que usava dois motores de avião Liberty de 13,4 litros.
O Rak-2 foi um dos primeiros carros a utilizar asas.  

terça-feira, 19 de junho de 2012

Vídeo: A Fórmula 1 pelas lentes espanholas em 1972

Foi produzida pela TV espanhola em 1972, ano do primeiro título de Emerson Fittipaldi na F1. O vídeo, dividido em oito partes, mostra a parte técnica, humana e competitiva da categoria com ótimas imagens daquela temporada em circuitos como Nurburgring, Brands Hatch e Jarama.


Foto 91: Pinheiros

Independentemente onde foi tirada essa foto, no velho Osterreichring ou em Nurburgring, o que pode-se dizer é que ela é de uma beleza infindável. E para completar, Ronnie Peterson com a sua Lotus 72 em 1973

domingo, 17 de junho de 2012

24 Horas de Le Mans: Um passeio da Audi e mais uma vitória no bolso



O esquadrão da Audi: 11ª vitória em Sarthe
(Foto: Divulgação)
Para quem acompanha automobilismo com certa regularidade, não era muito difícil prever uma vitória da Audi em Sarthe. Não era necessário ser uma mãe Dinah da vida ou algum Robério de Ogum para sacar que a fábrica de Ingolstadt levaria a sua 11ª vitória nas 24 Horas de Le Mans. Sem a Peugeot, que se retirou das competições no início do ano por questões financeiras, a conquista da Audi nessa prova e no Mundial de Endurance já é cantada há tempos, mas vale lembrar que mesmo correndo “sozinha” a Toyota esteve surpreendentemente próxima dos carros alemães desde os treinos. Ou seja: qualquer descuido poderia ser traduzido numa derrota vergonhosa para dois carros zero quilômetro que estavam estreando na temporada. E Audi teve duas aulas de como não menosprezar o adversário em 2010 e 2011.
Mas isso não aconteceu claro. Dr. Wolfgang Ulrich comandou mais uma conquista da Audi com mãos de ferro, mantendo seus pilotos atentos sempre. As cinco primeiras horas de prova é que foram, na verdade, as mais intensas tendo a Audi a compania da Toyota, que esteve no encalço dos quatro carros alemães por todo esse tempo. Porém os acidentes, com curto espaço de tempo, limaram os japoneses da corrida: primeiro foi Anthony Davidson que acabou sendo abalroado por uma Ferrari na freada do fim da Mulsanne, e acabou decolando seu Toyota #8 e chocando-se, com violência, contra a barreira de pneus. Apesar de ter saído relativamente bem do acidente, foi constatado, mais tarde, que ele quebrara duas vértebras. Meia hora depois, exatamente após a saída do safety car, Kazuki Nakajima resolveu jogar para fora da pista o Delta Wing, Isso lhe custou avarias no Toyota #7 que, apesar de terem sido brevemente reparadas, forçou o abandono horas mais tarde. Para o Delta Wing-Nissan, a prova terminou exatamente após este acidente causado por Kazuki e a cena de esforço de Satoshi Motoyama para recolocar o carro de volta à corrida, já virou um dos marcos dessa 80ª Edição das 24 Horas de Le Mans, mostrando bem como é o espírito dessa corrida. Mais tarde a Toyota mandou que Nakajima fosse pedir desculpas à Nissan pelo acidente.
Apesar de a corrida ter se decidido nestes dois lances infelizes para a Toyota, a Audi enfrentou alguns contratempos: antes que Davidson voasse com seu carro, o Audi #3 bateu de frente na curva Posche e Romain Dumas, que estava ao volante, desceu do carro e arrancou todos os pedaços soltos e voltou para a corrida com um dos pneus tortos. Recolheu para os boxes, arrumou as avarias e voltou para a corrida com um bom número de voltas de atraso para os dois Lolas da Rebellion. Apesar do esforço do trio formado por Dumas/ Duval/ Gené, que descontaram voltas e mais voltas entre a noite e o dia, o erro de Marc Gené quando estavam já na quarta posição, o relegaram para o quinto posto. Desse modo uma possível quadra da Audi foi desfeita.
Outros dois Audis também sofreram algum tipo de incidente: Fässler rodou com o #1 no meio da madrugada, entregando a liderança de bandeja para o trio formado pelos senhores Mcnish/ Capello/ Kristensen. Este último, por exemplo, vem seguindo a sua nona vitória desde o ano passado quando Mcnish a desperdiçou muito cedo naquele pavoroso acidente na primeira hora de corrida. Dessa vez o escocês botou tudo a perder ao bater, sem grandes danos, na curva Indianápolis. Alan é um baita piloto de endurance, veloz, mas tem nele uma impaciência que, quando vem, coloca todo um trabalho no lixo. Fora todos estes contratempos, a Audi esteve absoluta em Sarthe e o trio formado por Lotterer/ Fässler/ Tréluyer levou o bi-campeonato da prova.
Para se destacar nessa corrida previsível, o desempenho sólido da Rebellion Racing que teve um dos seus carros na quarta posição com o trio Heidfeld/ Prost/ Jani e o experiente Pedro Lamy que conduziu o Corvete, versão 2011, da Larbre Competition a uma vitória espetacular na classe LMGTE-AM, mostrando que ainda é uma dos bons pilotos de Endurance do mundo.
Essa vitória da Audi é histórica, por sinal: é a primeira de um carro híbrido, tecnologia que já está sendo preparada por outras grandes fábricas como Mazda, Lotus, Porsche para o ano de 2014. Talvez, quem sabe, mais outras montadoras não resolvam investir no Endurance e desafiar o poderio da Audi, que conquistou a sua 11ª vitória em 13 participações. Uma aula de competência e tecnologia.
A edição de número 80 das 24 Horas de Le Mans se foi. Não pude acompanhá-la como fiz ano passado, mas tive a oportunidade de ler os pedaços dela via twitter e de ótimos blogs como do Rodrigo Mattar e do Paulo Alexandre Teixeira.
E como disse no twitter, quando a prova estava a poucos minutos do fim, a saudade começava a bater. E que venha logo 2013!

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Vídeo: Volta OnBoard no Audi R18 e-tron quattro em Sarthe

E está rolando os primeiros treinos para as 24 Horas de Le Mans acontecerá neste fim de semana próximo. E aí fica uma volta OnBoard do treino de hoje com Marcel Fassler, no Audi R18 e-tron quattro #1.

Foto 90: Paletti

Um lugar onde sentia-se feliz: Paletti prestes a testar o Osella FA1B
(Foto: Divulgação)

“Não tenho muitos amigos, praticar esportes é uma maneira de me aproximar das pessoas. Competi de esqui e vim para o automobilismo. É um mundo estranho, mas quando estou no cockpit, tudo parece bonito, me sinto feliz.” (Riccardo Paletti)

Riccardo morreu num momento em que estava mais feliz: tinha conseguido classificar-se para o grid do GP do Canadá, o que seria a sua segunda corrida; sua mãe estava presente naquele final de semana e Mike Earle, dono da equipe Onyx de F2, que mais tarde levaria a mesma para a F1 no final dos anos 80, tinha um March e já estava em negociações com Paletti para que corresse para ele ainda naquele ano de 1982. Mas o sonho se desfez em poucos metros. Gianna perdeu seu filho e Mike Earle um amigo.
Paletti morreu às vésperas de completar 24 anos.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...