quinta-feira, 13 de junho de 2013

Foto 209: Os vencedores das 24 Horas de Le Mans – Parte 2

Apesar de ter sido uma década fantástica no âmbito das corridas, em especial as de Grand Prix, devido o envolvimento maciço das fábricas alemãs nesta competição, as “Flechas de Prata” não se aventuraram nas 24 Horas de Le Mans daquela década o que deixou caminho aberto para que italianos e franceses dominassem esta prova.
O destaque vai para a última vitória da Bentley em Le Mans – fato que aconteceria somente 73 anos depois – e para a vitórias da Alfa Romeo com o seu modelo 8C Monza e depois um domínio repartido entre os franceses da Bugatti e Delahaye - com apenas uma intervenção da britânica Lagonda, que venceu em 1935.
A prova de 1936 não foi realizada devido as greves no setor automobilístico.


1930: Woolf Barnato/ Glen Kidston – Bentley Speed Six 6.6 Litros


1931: Earl Howe/ Tim Birkin – Alfa Romeo 8C



1932: Raymond Sommer/ Luigi Chinetti – Alfa Romeo 8C


1933: Raymond Sommer/ Tazio Nuvolari – Alfa Romeo 8C


1934: Luigi Chinetti/ Phillipe Étancelin - Alfa Romeo 8C



1935: John Hindmarsh/ Luis Fontes – Lagonda Rapide


1937: Jean Pierre-Wimille/ Robert Benoist – Bugatti 57G


1938: Eugéne Chaboud/ Jean Tremoulet – Delahaye 135M


1939: Jean Pierre-Wimille/ Pierre Veyron – Bugatti 57C

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Foto 208: Os vencedores das 24 Horas de Le Mans - Parte 1

E aqui começa uma série de posts sobre todos os carros e pilotos vencedores desta mítica prova que completa neste 2013, 90 anos de existência.
Começo pela década de 20, precisamente em 1923, quando 33 carros partiram para a primeira 24 Horas de Le Mans. Os primeiros vitoriosos, após 128 voltas, foram os franceses André Lagache e René Leonard pilotando um Chenard & Walcker Sport 3 Litros.
Na mesma década, começava o domínio britânico nesta prova com a Bentley comandando as ações com seus modelos de 3, 4.4 litros e Speed Six.
1923: André Lagache/ René Léonard - Chenard & Walcker Sport 3 Litros
1924: John Duff/ Frank Clemente - Bentley Sport 3 Litros
1925: Gérard Courcelles/ André Rossingnol - Lorraine Dietrich B3-6
1926: Robert Bloch/ André Rossingnol - Lorraine Dietrich B3-6
1927: John Benjafield/ Sammy Davis - Bentley Sport 3 Litros
1928: Woolf Barnato/ Bernard Rubin - Bentley Sport 4.4 Litros
1929: Woolf Barnato/ Tim Birkrin - Bentley Speed Six 6.6 Litros



WEC: O novo Porsche LMP1 na pista

Uma continuação do lendário 962 ou uma nova nomenclatura? Não importa: o novo Porsche LMP1 já foi para a pista
(Foto: Porsche AG)
Sem saber qual nomeclatura será usada para a sua estréia no próximo ano, a Porsche apresentou e fez as primeiras voltas do seu novo LMP1 que nasceu de uma idéia plantada em 2011. E o resultado desses dois anos de gestação do novo bólido, pôde ser visto hoje na pista de testes da fábrica situada em Weissach, na Alemanha.
Timo Bernhard, um dos pilotos da fábrica ao lado de Romain Dumas, testou o carro e ficou feliz por ser o primeiro a andar com o carro em Weissach: “Estou muito orgulhoso por ter sido aquele que levou o nosso bebê a dar os primeiros passos, hoje. Já se sente que o carro é muito bom. Estou ansioso por testar o carro nas próximas semanas e meses com o meu amigo e colega Romain Dumas.”
Fritz Enziger, chefe do projeto LMP1 da marca, destacou o trabalho da equipe que vem trabalhando no bólido desde 2011: “A nossa recém-formada equipe tem trabalhado com o máximo de concentração de forma a colocar este altamente complexo carro em pista o mais rápido possível. Tal irá permitir mais algumas semanas adicionais para testes e desenvolvimento. A partir de 2014, as regras são baseadas principalmente na eficiência. Isso torna a concorrência entre engenheiros mais interessante e apresenta-nos desafios totalmente novos.”
E Matthias Müller, Presidente do Conselho Executivo da Porsche AG, também exaltou o bom trabalho dos engenheiros: “Os engenheiros foram capazes de começar de uma folha em branco o design no nosso novo LMP1, que hoje podemos ver aqui na pista de Weissach pela primeira vez. Foram capazes de aplicar muitas das nossas tecnologias no âmbito dos regulamentos que irão também beneficiar os clientes dos nossos carros de estrada no futuro. Afinal, existe um carro de corridas em cada Porsche.”
A Porsche dará continuidade ao desenvolvimento do LMP1 no decorrer do ano com Romain Dumas e Timo Bernhard e talvez, quem sabe, esteja presente nos tesets coletivos de fim de ano em Sebring.  

segunda-feira, 10 de junho de 2013

GP do Canadá - Corrida - 7ª Etapa


Vettel e o belo trófeu no pódio do GP canadense: foi brilhante durante as 70 voltas e agora tem uma
bela folga de 36 pontos sobre o segundo colocado, Fernando Alonso.
(Foto: EFE)

Após um treino classificatório realizado em condições difíceis no sábado, onde a chuva deu o ar da graça na Ilha de Notre Dame, o domingo amanheceu com sol e algumas nuvens que eram de longe ameaçadoras. Portando a corrida no circuito Gilles Villeneuve fora realizada com piso seco, mas com aquele sol a pergunta que começava a ser levantada era como seria o comportamento dos Red Bulls e Mercedes que reconhecidamente são verdadeiros monstros comedores de pneus, mas que haviam dominado as ações durante a classificação aproveitando bem o fato da chuva. Será que agüentariam o ritmo? A Ferrari e a Lotus estariam no páreo pela vitória, mesmo largando mais atrás?
As questões foram dissipadas com a largada segura e ritmo alucinante de Vettel durante as 70 voltas no circuito canadense. Lewis não teve muito que discutir com Sebastian e apenas tentou acompanhar o ritmo do alemão, mas aos poucos a imagem do Red Bull foi desaparecendo da sua visão para apenas encontrá-lo estacionado no parque fechado após a corrida e ainda com uma Ferrari entre eles: Fernando Alonso acordou da sua corrida tosca no Principado, onde estava mais dormindo no ponto do que correndo – talvez se lembrando da noitada com a russa – para realizar em Montreal uma ótima prova, travando bons duelos com Bottas, Rosberg, Webber e principalmente com Lewis, com quem teve uma disputa visceral contra o seu ex-parceiro de McLaren exatamente num local onde ele viu do que o piloto inglês era capaz há seis anos. Mas dessa vez, em lados opostos, Alonso conseguiu pressionar Hamilton e ganhar a segunda colocação quase que na marra. Um duelo limpo e emocionante por parte dos dois.
Felipe Massa fez uma boa corrida de recuperação ao escalar o pelotão com velocidade e se aproveitando bem do uso do DRS nas duas retas para chegar à casa dos pontos. Seus duelos com Sutil e Raikkonen, onde ele garantiu a oitava posição no final da prova, foram os seus grandes momentos nesta prova. Infelizmente, para Valteri Bottas, a sua corrida não foi como talvez ele e a Williams esperasse, mas o seu desempenho mágico nos treinos ao levar o problemático FW35 ao terceiro lugar é de louvar, mostrando o que este jovem finlandês pode fazer no futuro. Kimi Raikkonen não teve uma das melhores tardes este ano por causa do fraco desempenho da sua Lotus, mas ao menos conseguiu um recorde – o que para ele tanto faz, tanto fez – que foi de igualar o recorde de 24 corridas na casa dos pontos, estabelecido por Michael Schumacher entre 2002 e 2003. Vergne fez um trabalho ao andar constantemente entre os dez primeiros e mais uma vez chegar à frente do seu companheiro de Toro Rosso Daniel Ricciardo. Outro que também fez uma boa corrida foi Paul Di Resta que conseguiu se agüentar na pista por 53 voltas com os pneus médios com que havia largado, fazendo o mais longo stint do ano com estes pneus de farinha da Pirelli. Isso mostra que com um bom acerto, talvez consiga elevar a vida útil dessa borracha.
A temperatura na Ilha de Notre Dame não estava tão alta – 24° graus ambiente e 31° graus no asfalto na maior parte da corrida – e isso talvez tenha ajudado um pouco o desempenho de Red Bull e Mercedes. No caso de Vettel, é uma situação à parte, uma vez que ele não aparentou ter nenhum problema de pneus, exceto um toque em um dos muros do circuito – que não foi no famoso “Muro dos Campeões” – e uma escapada na entrada para a primeira curva. Lewis apresentou um bom ritmo, mas caiu no final da prova possibilitando a aproximação e ultrapassagem de Alonso. Webber e Rosberg também aparentaram desgaste, mas nada absurdo. Essa temperatura baixa talvez tenha influenciado no desempenho de Ferrari e Lotus, mas os italianos estiveram bem melhor com Fernando aumentando a velocidade conforme passava as voltas e Felipe travando bons duelos nas posições intermediárias, enquanto que a Lotus penava com Raikkonen pelas últimas posições pontuáveis e com Grosjean, que até fez uma boa corrida – nos mesmos moldes de Paul Di Resta – mas teve que trocar mais uma vez de pneus pero do fim da corrida. Acreditava numa prova mais acirrada devido o alto desgaste dos pneus naquela pista, que foi muito comum nos últimos anos, e que acabou sendo este o destaque para mim. A baixa temperatura do asfalto contribuiu para isso.
Vettel sai de Montreal com uma folga de 36 pontos sobre Alonso, que agora é o novo vice-líder do mundial, mas a pista de Silverstone aparenta ser mais favorável aos Ferraris por causa da curvas mais velozes. Mas o fator tempo pode jogar a favor dos rubro-taurinos e flechas de prata, uma vez que a temperatura por aquelas bandas da Inglaterra costuma ser instável.
Infelizmente a corrida canadense terminou de modo trágico com a morte de um fiscal de pista, que trabalhava no resgate do carro de Sebastian Gutierrez. Mark Robinson foi atropelado, quando estava ajudando no equilíbrio do carro quando tropeçou e caiu, pelo guincho que levava o Sauber. Ele foi atendido e levado para o hospital, onde acabou por morrer horas depois. Mark era um fiscal experiente, com dez anos de trabalho naquela função. Tinha 38 anos. 

Resultado Final 
Grande Prêmio do Canadá - Circuito Gilles Villeneuve  
Montreal - 70 Voltas 
7ª Etapa - 9/6/2013


1 - Sebastian Vettel (ALE/RBR) - 1h32m09s143
2 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1m26s504 - a 14s408
3 - Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - a 15s942
4 - Mark Webber (AUS/RBR) - 1m26s208  - a 25s731
5 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1m26s008 - a 1m09s725
6 - Jean-Eric Vergne (FRA/STR) - 1m26s543 - a 1 volta
7 - Paul di Resta (ESC/Force India) - a 1 volta
8 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1m30s354 - a 1 volta
9 - Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) - a 1 volta
10 - Adrian Sutil (ALE/Force India) - a 1 volta
11 - Sergio Pérez (MEX/McLaren) - a 1 volta
12 - Jenson Button (ING/McLaren) - a 1 volta
13 - Romain Grosjean (FRA/Lotus) - a 1 volta
14 - Valtteri Bottas (FIN/Williams) - a 1 volta
15 - Daniel Ricciardo (AUS/STR) - a 2 voltas
16 - Pastor Maldonado (VEN/Williams) - a 2 voltas
17 - Jules Bianchi (FRA/Marussia) - a 2 voltas
18 - Charles Pic (FRA/Caterham) - a 2 voltas
19 - Max Chilton (ING/Marussia) - a 3 voltas
20 - Esteban Gutiérrez (MEX/Sauber) - a 7 voltas
 
Melhor volta: Mark Webber (RBR) - 1m16s182 - na volta 69
 
Não completaram:
Nico Hulkenberg (ALE/Sauber) - na volta 46
Giedo van der Garde (HOL/Caterham) - na volta 44

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Foto 207: Caçada

(Foto: Rainer Schlegelmilch)
Talvez o maior duelo da história das 24 Horas de Le Mans onde Jacky Ickx, com o seu Ford GT40 #6 (que dividiu com Jackie Oliver) perseguiu de forma alucinada o Porsche 908 #64 de Hans Hermann (que teve como parceiro Gerard Larousse) nas últimas horas da prova para travar uma batalha épica pela primeira posição, com os pilotos a trocarem de posição constantemente.
Ickx conseguiu superar Hermann, que vinha com problemas nos freios, faltando 5 Km para receberem a quadriculada. Jacky venceu por míseros 120 metros de vantagem sobre Hans.
E pensar que o piloto belga quase morreu na semana da corrida, quando seu Porsche 911 de passeio bateu em um poste ficando totalmente destruído. Ickx saiu ileso.

Grand-Am: Detroit, 5ª Etapa

E aqui fica o vídeo - na íntegra - da quinta etapa da Grand-Am Rolex Sportscar Series, disputada nas ruas de Detroit no último sábado.
A vitória na categoria DP ficou com Max Angelelli/ Jordan Taylor (Corvete DP #10); na categoria GT, mais uma vitória para o Camaro #57 de John Edwards/Robin Liddell e na GX vitória para a dupla do Mazda 6 #00 de Joel Miller/Tristan Nunez.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Foto 206: V12

(Foto: Charger Le Mans)
Uma das inúmeras paradas de box do BMW V12 Le Mans #2 do Team BMW Motorsports durante as 24 Horas de Le Mans de 1998, que foi conduzido por Joachim Winkelhock/ Pierluigi Martini/ Jhonny Ceccoto. A outra BMW V12 #1 estava aos cuidados de Tom Kristensen/ Steve Soper/ Hans Stuck.
O carro #2 partiu da sexta colocação no grid, enquanto que o #1 largou da 12ª posição. Mas os dois carros não chegaram ao fim, devido a problemas na suspensão traseira que os limaram da prova com pouca diferença de voltas de um para o outro: o #2 saiu na volta 43 e o #1 na volta 60.
A vitória ficou para a Porsche, a última dela em Sarthe, depois de problemas com os Mercedes CLK GTR e com os Toyota GT ONE. Allan McNish / Stéphane Ortelli / Laurent Aiello levaram o Porsche 911 GT1 da Porsche AG ao primeiro lugar, seguido pelo outro carro da equipe que foi conduzido por Jörg Müller / Uwe Alzen / Bob Wollek. A terceira colocação foi dos japoneses Kazuyoshi Hoshino / Aguri Suzuki / Masahiko Kageyama com o Nissan R390 GT1 da Nissan Motorsport.
Para a BMW restou esperar por um ano para conseguir a vitória em Le Mans.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...