terça-feira, 19 de maio de 2015

Foto 515: Nelson Piquet, Mônaco 1986

Nelson Piquet no túnel, durante o GP do Mônaco de 1986. Ele terminou na sétima colocação, uma volta atrás do vencedor Alain Prost. Nelson nunca foi fã da pista de Monte Carlo, a quem ele comparava ao mesmo que "andar de bicicleta na sala de casa".
A melhores colocações dele em Mônaco foi um terceiro em 1980 e segundo em 1987.

Vídeo: GP de Mônaco 1955

Foi a prova que os italianos deitaram e rolaram após a desistência das Mercedes de Juan Manuel Fangio, Stirling Moss e André Simon (que substituíra Hans Hermann que havia e acidentado), que abandonaram por problemas mecânicos.
Maurice Trintignant (Ferrari) venceu, seguido por Eugenio Castelloti (Lancia) e Jean Behra/ Cesare Perdisa (Maserati). As outras duas posições pontuáveis foram de pilotos e carros italianos: Nino Farina (Ferrari) e Luigi Villoresi (Lancia).
Foi nesse prova - que levou também o nome de GP da Europa - que Alberto Ascari caiu no mar com a sua Lancia.
 

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Vídeo: GP de Mônaco 1960

Um resumo da magistral vitória de Stirling Moss em Monte Carlo 1960. Foi a primeira conquista da Lotus na F1, pela equipe particular de Rob Walker.

Vídeo: Indy 500 1991

A 75ª edição das 500 Milhas de Indianápolis, disputada em 26 de maio, foi vencida por Rick Mears após este ter largado da pole - a sexta dele no Brickyard. Foi uma prova dolorida, literalmente, para o americano que fez toda a prova com dores no pé direito após tê-lo machucado em um dos treinos - foi a primeira vez que Mears se acidentara em Indianápolis. Segundo Rick, ele teve que cruzar as pernas para continuar acelerando com o pé esquerdo devido a tamanha dor que estava no direito. Foi a sua quarta e última vitória em Indianápolis, igualando Al Unser e A.J Foyt.
Essa prova teve algumas marcas históricas, como a presença de um piloto negro e japonês pela primeira vez no grid - Willy T.Ribbs e Hiro Matsushita - e da classificação de quatro membros da mesma família - o clã Andretti foi representado por Mario, Michael, Jeff e John.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Foto 514: Que liberem tudo e dane-se o resto

O que tenho lido nos últimos tempos sobre a atual F1, as opiniões de várias pessoas sobre a fase que a categoria passa e a possibilidade de mudanças para melhoria da mesma, que pode entrar em vigor em 2017, não tem sido brincadeira. 
Entendo perfeitamente a indignação da maioria em relação à isso, principalmente as velocidades dos carros atuais que também não tem agradado os pilotos do grid, como bem destacou David Coulthard em sua coluna na BBC.  
Porém, a maioria do comentários que leio sobre o que deve mudar para uma possível melhoria na F1, repousam exclusivamente nos motores, combustíveis e pneus, mas acho que liberar a criatividade dos projetistas é algo que pode melhorar bastante a categoria. Sem ter essa do cara criar algo revolucionário ou eficiente (como o caso dos difusores duplos ou soprados) e depois a FIA vir e passar a foice proibindo tudo. 
A entrada de uma nova fornecedora de pneus ajudaria bastante. Quem se lembra do duelo Bridgestone vs Michelin na década passada, sabe do que estou falando. 
Os combustíveis, sim, tem que liberar o consumo. Sem restrição alguma, assim como a venda de chassi como foi nas décadas de 50, 60 e 70. Imagina uma Sauber andando com uma Ferrari de 2014? Para a Scuderia era uma carroça, mas para a equipe do Peter Sauber, com algumas atualizações para alinhar nesta temporada, seria um belo carro. Sem contar a Manor, que seria ajudada com uma novidade dessa. 
E os motores? Não tenho nada contra os V6 Turbo Híbridos. Se realmente aumentarem a potência para daqui dois anos, será um salto de qualidade muito bom e até o barulho pode melhorar. Mas acho que o desenvolvimento desses motores deveriam ser liberados à vontade, até que atingisse um teto de potência aceitável pela FIA - lembrem-se que a entidade ficou paranóica após o 1º de maio de 1994, lutando ostensivamente para diminuir a velocidade dos carros e pistas, sendo que esta última eles conseguiram, enquanto que os carros agora que estão conseguindo "pará-los". Para mim, deveria liberar cada fábrica a fazer seu motor, independente de cilindrada ou potência. 
Quer fazer um 4 cilindros? Faça; Quer continuar com os V6 Turbo Híbridos ou ir apenas com um clássico V6 Turbo? Faça; Quer voltar aos V8 aspirados? Ótimo, faça; Ah, tenho saudades dos gritantes V10... Faça; Se a italianada quer voltar com os V12? Que volte; Tem condições de trabalhar um V16 ou W16? Manda ver... 
Se as cabeças pensantes da F1 fizessem isso tudo e principalmente, como já disse, liberando junto a criatividade dos projetistas, teríamos um belo campeonato. Ah, e a FIA ficaria exclusivamente para redigir as regras e trabalhar fortemente na segurança dos carros e pistas. 
Você certamente dirá que "assim a categoria vai minar de vez, por causa dos altos custos". De certa forma vai, porque não acredito que a F1 vá diminuir os gastos. 
E se a categoria for acabar que seja em grande estilo. Seria um encerramento e tanto.

domingo, 10 de maio de 2015

GP da Espanha: 60%

Após três semanas de ausência no cenário automobilístico, a F1 retomou seus trabalhos na em Barcelona para a disputa do GP espanhol. Esperava-se um confronto mais direto entre a Mercedes e Ferrari, principalmente pelo que foi visto nas últimas quatro corridas onde a equipe italiana esteve no encalço dos alemães, conseguindo até uma vitória na Malásia com Vettel e boas atuações do mesmo e de Kimi Raikkonen na última corrida. Mas a Mercedes ficaria de braços cruzados frente a essa evolução da Ferrari? Certamente não. Afinal de contas, estamos falando de uma equipe que aniquilou a concorrência em 2014 sem piedade alguma.
Apesar de uma largada bem melhor de Vettel sobre Hamilton, ficou claro que alguma vantagem a Mercedes tinha na manga ao vermos que Rosberg estava com voltas extremamente velozes no início do GP e em pouco tempo, tinha aberto quase toda a reta dos boxes de distância para Sebastian, que estava com Hamilton na sua cola. Lewis pareceu um pouco apático nas duas vezes que estava atrás do piloto da Ferrari, sempre dizendo que era impossível aproximar-se de Vettel para tentar uma manobra. Até que conseguiu chegar perto, mas as tentativas nunca aconteceram e enquanto ele se matava na terceira posição, Nico continuava tranquilamente na ponta da corrida que perdeu apenas nas suas paradas de box.
Porém, após a sua segunda parada de box, é que veio a grande cartada de Hamilton: com pneus duros, conseguia andar até dois segundos mais rápido que Vettel – ele rodava na casa de 1’29-1’30, enquanto que Sebastian ficava na casa de 1’31-1’32 – e a diferença foi despencando até que o alemão foi para os boxes fazer a sua segunda e última parada. Com um ritmo tão bom que apresentava, após um belo par de voltas com aqueles pneus duros, até a hipótese de ir ao fim da corrida com aqueles compostos podia ter sido considerada, mas o terceiro pit-stop foi feito – como era esperado – e Lewis conseguiu voltar com três segundos de vantagem sobre Vettel, que em poucas voltas aumentou para sete, depois dez... até chegar aos 45 segundos finais. Uma lavada que pouca gente considerava após quatro corridas bem interessantes realizadas no outro lado do mundo.
Apesar de Sebastian Vettel achar que os tráfego o prejudicou na tentativa de garantir a segunda colocação, creio que seria muito difícil segurar Lewis devido a performance que este teve hoje. Para Nico Rosberg, que vinha tendo um desempenho bem abaixo do esperado, foi uma prova revitalizante para suas pretensões no mundial e com a próxima corrida sendo num lugar que ele costuma se dar bem – GP de Mônaco – tende a ser uma oportunidade de ouro para que possa sair dessa pequena fase européia com ânimo ainda mais elevado.
Por mais que esta prova de Barcelona não tenha sido a melhor das cinco disputadas até aqui, serviu apenas para mostrar em que passo se encontra a Mercedes. Pode ser também que a pista tenha ajudado, mas vale lembrar que todas – ou quase – equipes levaram atualizações para esta corrida e a Mercedes só não fez o que quis por completo porque Hamilton passou uma parte do GP encaixotado em Vettel.

Mas a próximas provas nos darão uma real sensação se a Mercedes está andando apenas em 60% da sua capacidade técnica – como foi dito no paddock espanhol neste fim de semana – e caso seja isso, eles poderão usar os 40% restantes a qualquer momento. E na corrida de hoje, a julgar pelo desempenho do seu duo, usaram esta sobra... ou apenas um pouquinho dela.  

sexta-feira, 8 de maio de 2015

GP da Espanha - Treinos Livres - 5ª Etapa

Lewis Hamilton: “Foi OK. Foi um dia bem decente, sem problemas, de verdade.
Apenas trabalhamos no acerto. Estava ventando bastante, então o carro foi afetado, mas foi bom.
Você vai mudando o equilíbrio. Às vezes é difícil. Entre o primeiro e o segundo treino, a pista e o tempo mudam, então você vai tentando entender os pneus.”


Sebastian Vettel: “Melhoramos o carro, sim. Embora a diferença tenha sido de 0s4, foi mais se você analisar o dia como um todo. Não comparei os long-runs, mas creio que a diferença ainda está lá. Essa é a má notícia para todos nós.
Acho que foi bastante tranquilo com os médios sendo os pneus mais rápidos, mas hoje foi um dia meio escorregadio para todos os carros. A aderência parece ser muito baixa, mas nada de anormal, como vimos em outros anos. Geralmente no verão a pista é um pouco mais lenta. Claro que até domingo vai melhorar, mas no geral as condições seguirão as mesmas. Dizem que será um pouco mais frio no domingo e isso talvez possa ajudar.
Não fiz a melhor volta hoje, mas acredito que com essas condições é difícil para todo mundo. A diferença entre os dois pneus é muito grande em volta lançada, mas muito menor em long-run. No entanto, quando você anda mais, aí não dá para tirar o máximo da performance dos pneus. Hoje todo mundo escorregou muito, por isso não dá pra ser justo ao analisar as novas peças no carro. Mas o mais importante é que não há nada de errado com elas. Funcionaram conforme o esperado, então podemos trabalhar de forma esperançosa em cima disso”


Nico Rosberg: "Estava muito quente, então foi difícil de lidar com os pneus. E isso é uma coisa que, com certeza, tenho de trabalhar para amanhã.
Foram alguns pequenos contratempos, precisamos ajustar algumas coisas ainda. Estávamos avaliando novas configurações para a redução das marchas, mas não deu certo.
De qualquer forma, foi um bom dia, especialmente no que diz respeito à corrida. Estamos realmente muito bem, principalmente na comparação com a Ferrari, que é importante, e também com relação a Lewis. Agora, preciso trabalhar mais e melhorar a meu desempenho em uma única”


Kimi Raikkonen: “Foi um dia muito estranho. A posição e os tempos de volta não foram ruins, mas não fiquei completamente feliz com o comportamento do carro. Não sei se isso foi causado pelo vento ou pelas condições da pista, mas lutei o tempo todo.
Não vi nada de ruim com as atualizações que trouxemos aqui. A impressão é que não acertamos tudo por completo, já que o carro escorregou muito. Sinto que há muito a melhorar e ganhar, vamos analisar os detalhes à noite e ver o que podemos fazer no resto do fim de semana. Temos muito trabalho a fazer”


Daniil Kvyat: “Nossa segunda sessão foi boa, e temos muitos dados para a equipe analisar e encontrar melhorias. Temos alguns ajustes aqui e precisamos olhar de perto como eles funcionam. Tentaremos extrair o máximo do carro para que tenhamos uma boa classificação amanhã”



Max Verstappen: “Estou feliz com esta sexta. Nessa manhã, na primeira sessão, fiz algumas simulações de corrida, assim como testamos as novas atualizações aerodinâmicas que trouxemos para cá. Conseguimos informações importantes, e acredito que o carro está bastante forte na pista, o que me deixa bastante satisfeito. Agora precisamos manter o bom desempenho, otimizar tudo e esperar que continuemos assim para o resto do final de semana”

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...