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Prontas para o duelo: Toyota, Porsche e Audi em Paul Ricard, durante a sessão de fotos no Prologue (Foto: dailysportscar.com) |
Após os dois dias do “Prologue” realizado em Paul Ricard nos
dias 25 e 26 deste mês, nos revelou um cenário quase que parecido com o que foi
visto em 2015, principalmente a partir de Le Mans: uma Porsche soberana e
altamente confiável, com alguma “gordura para queimar” frente as suas rivais
mais diretas que é a Audi e Toyota.
Os dois melhores tempos nos dois dias, na soma geral,
ficaram para a Porsche com os seus 919 Hybrid #1 (1’37’’445) e #2 (1’37’’487),
enquanto que a Toyota, com o seu novo TS050, ficou em terceiro com a marca de 1’38’’273
feita com o carro #5 – que foi o único levado pela marca japonesa e dividido
entre os seus seis pilotos. Já a Audi, que também levou apenas um exemplar do
seu novo R18, ficou com o quarto melhor tempo com o #7 anotando 1’38’’827.
Enquanto que a Porsche levou um repaginado 919 Hybrid,
apostando alto na sequência de um projeto que foi tão bem sucedido em 2015 com
as conquistas em Le Mans e dos campeonatos de pilotos e marcas, a Toyota eleva
o jogo com a sua nova jóia TS050 que pareceu ter agradado bastante a cúpula
japonesa. Já a Audi parece ter muito o que melhorar no seu novíssimo R18, que
entra na sua quinta geração: os possíveis problemas que já haviam sido
alertados pelos pilotos quando o carro divulgado semanas atrás, deram as caras
durante os testes. Pelo jeito o trabalho por lá será intenso.
Com uma Porsche tão forte até aqui, é de supor que tenhamos
um mundial pautado pela esperança de ver a fábrica alemã se enrolando em alguma
etapa para que suas rivais consigam chegar ao topo. Na verdade, se formos olhar
pelos tempos alcançados nos testes, a Toyota, que chegava tomar quase dois
segundos em boa parte das provas do ano passado, teve um salto muito positivo
ao ficar apenas oito décimos do melhor 919 Hybrid. Um avanço considerável que
coloca ainda mais pressão sobre a Audi, que tomou segundo e quatro da Porsche e
ficou a meio segundo da Toyota. Mas podemos levar em conta os problemas
enfrentados por eles para que chegassem “apenas” a essa marca.
Mas as condições variáveis que as corridas de seis horas normalmente
nos apresenta – isso sem contar Le Mans, onde as variáveis são ainda maiores –
podem equilibrar as coisas caso, por exemplo, a Toyota apresente um nível de
performance que se aproxime muito da Porsche. Imagina uma batalha entre as duas
e com a Audi logo ali, à espreita?
As 6 Horas de Silverstone, em 17 abril, nos dará uma real
idéia das forças para esta temporada.