quinta-feira, 14 de julho de 2016

Foto 582: Australian Tourist Trophy

Stirling Moss e sua Maserati 300S durante alguma inspeção no fim de semana da 1ª Australian Tourist Trophy em 1956, em Albert Park

O Australian Tourist Trophy teve a sua primeira edição em 1956 em Albert Park (não se sabe se era usado o atual traçado que a F1 corre atualmente) e teve como vencedor Stirling Moss, ao volante de Maserati 300S.

Foram disputadas ao todo 25 edições da ATT, com interrupções - consideráveis, até - em 1957; 1969-74; 1980-2006; 2013; todas para carros Sport e GT. O maior vencedor desta prova é Frank Matich, que conseguiu suas quatro conquistas ainda nos anos 60 (64, 66, 67 e 68). Além de Moss, apenas outros dois estrangeiros é que venceram esta prova: o dinamarquês Allan Simonsen - falecido durante as 24 Horas de Le Mans de 2014 - conquistou um Bi-Campeonato quando a prova foi retomada a partir de 2009. Naquele ano, pilotando uma Ferrari 430 no circuito de Sandown Park, ele venceu em dupla com o australiano Tim Leahey. Em 2010 repetiu o feito pilotando uma Ferrari 430 GT novamente em Sandown Park, mas desta vez dividindo o volante com o australiano Nick O'Halloran. Na edição do ano passado, disputado nos circuitos de Phillip Island e Eastern Creek, a conquista foi do alemão Christopher Mies com um Audi R8 Ultra.

A partir de 2017 a ATT passa a ganhar uma maior visibilidade internacional, uma que passará a premiar os vencedores das 12 Horas de Bathurst.

terça-feira, 12 de julho de 2016

Vídeo: Para descontrair

Deve ter rolado (certamente) dias antes do fim de semana para o GP da Grã-Bretanha. Mika Hakkinen, David Coulthard, Jenson Button, Fernando Alonso e Stoffel Vandoorne, as três gerações de pilotos da Mclaren, se divertindo no kart.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

GP da Grã Bretanha: O fator Verstappen



Se a corrida estiver monótona, chame o Max que ele resolve. Mais ou menos assim, é que devem pensar os fãs da Fórmula-1 quando as coisas vão de mal a pior nas etapas. E não tem sido diferente quando o pequeno prodígio resolve aparecer: uma ultrapassagem estonteante sobre Nico Rosberg na curva que antecede a Hanghar Straight foi sem dúvida o grande momento da prova de ontem, isso sem contar a inúmeras voltas onde ele soube segurar bem o assédio de Rosberg, que tentava como podia recuperar a segunda colocação. As coisas só se resolveram quando Nico conseguiu ultrapassar o jovem holandês no final da mesma reta, aproveitando-se bem da asa móvel e também do fato de Max estar com os pneus traseiros bem desgastados. Mas sem dúvida foi uma bela apresentação de Verstappen, que acabaria coroado com a segunda posição devido a punição de dez segundos de Rosberg.
Nada mal até para um garoto que era visto com (muita) desconfiança por conta de sua pouca idade e que agora já é um dos top drivers a categoria.
Não é à toa que a audiência na Holanda tenha triplicado desde a sua chegada na F1. E a tendência é que aumente ainda mais.

domingo, 10 de julho de 2016

GP da Grã-Bretanha: Agora são quatro pontos

Ainda muito se falava e se fala da motivação de Hamilton com relação a sua estadia na F1. Eu sou um daqueles que criticam bastante o piloto inglês pela forma que ele conduz as coisas, não se concentrando como se deve para o seu dever na categoria. Um bom exemplo disso foi quando ele ficou perguntado o que deveria fazer com alguns botões para achar a regulagem do carro durante o GP da Europa, em Baku. Acredito que um piloto do seu naipe, da altura que se encontra, de campeão reinante, tem o dever de focar no trabalho e procurar ser o melhor, esquecendo um pouco das badalações que a vida lhe proporciona. 
Mas temos que dizer, também, que quando resolve se concentrar em algo, Lewis volta a ser aquele piloto dos velhos tempos de Mclaren. Foi assim em Monte Carlo, depois batendo rodas e vencendo Nico na largada em Montreal; do mesmo modo no Red Bull Ring semana passada, indo à caça de Rosberg e agora, neste fim de semana irretocável que ele teve em Silverstone.
Acredito que Hamilton tenha acendido a luz interna após aquele acidente com Rosberg após a largada do GP da Espanha. Ali a sua atitude já foi bem mais diferente que do que nas outras provas ao ir ao ataque de Nico sem nenhuma trégua. Ele sabia bem que caso Rosberg conseguisse uma quinta vitória consecutiva, as coisas poderiam entornar. E aí veio o acidente, os dois de fora, enfim... Mas o seu foco nas provas seguintes, descontando apenas no Azerbaijão, deixa bem claro que agora é a sua vez de tomar as rédeas do mundial  tentar domar um até então intocável Rosberg e partir para o seu quarto título, o que seria o terceiro consecutivo, aproveitando de modo integral a grande vantagem que a Mercedes proporcionou a ele e Nico de 2014 até este exato momento.
Para o azar de Rosberg, a prova é num território que Lewis conhece tão bem e que domina como poucos, que é em Hungaroring.
Será uma prova interessante para os dois principais contendores do momento.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

GP da Áustria: Ruim para a Mercedes. Melhor para o campeonato



Sem dúvida foi uma última volta de arrancar os suspiros para os fãs. Se a corrida foi apenas boa, se vermos as variáveis que ela nos apresentava por conta das opções de escolhas de pneus, a última passagem compensou a espera. Mas esta foi muito mais pela péssima saída da primeira curva de Nico Rosberg, do que pela bravura de um aparentemente combalido Lewis Hamilton naquele momento.
Mas aquele entrevero era quase bem evitável: para quem tinha uma vantagem de quase um carro e meio para Lewis até a subida para a primeira curva, devia muito bem tomar todos os cuidados para não passar do ponto e atacar as zebras “assassinas” do circuito austríaco, mas Rosberg não teve este cuidado e quando não tracionou suficientemente na saída daquele ponto, pôde ver o Mercedes de Hamilton crescer no retrovisor de desaparecer por frações de segundo, até reaparecer do seu lado esquerdo para tentar uma manobra de ultrapassagem, que se conseguisse, teria sido o grande lance do ano até aqui. Mas na ânsia de tentar se defender – o que estava totalmente certo – o piloto alemão acabou deixando o carro rolar além do que podia e acertar o Mercedes de seu companheiro. Precisamos ser justo que, ao mesmo tempo em que Nico deixava o carro escorregar para tentar fechar o máximo possível de espaço, Lewis também esterçava para definir a manobra. O resultado foi a pancada no carro de Hamilton, que saiu para a área de escape e que ainda passaria pela grama. Rosberg continuou, mas a asa dianteira se desfez por conta do toque e com isso as suas chances de vencer foram para o ralo.
O duelo entre os dois principais contendores da categoria, que já vem se arrastando desde 2014, é mais um capítulo de uma série de rusgas que se iniciaram ainda no distante GP de Mônaco de dois anos atrás, quando Hamilton acusou Rosberg de ter parado o carro na descida da Mirabeau prejudicando, assim, a volta que poderia lhe dar a pole. Foram inúmeras discussões e esbarrões de ambos até este 2016, incluindo, também, a já famosa batida deles logo após a largada do GP da Espanha. Com a política – certeira – da Mercedes em deixar o pau comer a solta na pista, apenas indicando que tentem não se bater e prejudicar o time, é louvável após algumas temporadas onde eles procuraram garantir os resultados ao não permitir o ataque um ao outro, mas com Toto Wolf sinalizando uma possível volta do jogo de equipe, pode deixar ainda mais tensa as coisas. Será bem difícil imaginar um dos dois obedecendo as ordens nesta altura do campeonato, uma vez que a diferença entre eles é de apenas 11 pontos. Restará apenas a Mercedes tentar resolver tudo na conversa – e se precisar, de uns puxões de orelha.
O bom mesmo é que o duelo entre eles de forma tão visceral, pode contribuir bastante para a chegada de um Sebastian Vettel para a disputa, o que deixará as coisas mais tensas na equipe prateada e animadas para um mundial que ainda parece ter destino certo. Mas se tiver mais um contendor para a grande disputa, deixará as coisas interessantes.

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Foto 581: Trator

Bem provável que seja alguma banda ali dos arredores do simpático autódromo de Zeltweg, que receberá a F1 neste fim de semana.
A cena de um trator no paddock de uma refinada e entojada F1 atual, não deixa de ser insólita.
Esses locais não deveriam desaparecer jamais do cenário da categoria.
A foto é de Adam Cooper.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Foto 580: Mil Milhas 1966

Um dos dois Alpine durante as Mil Milhas de 1966. Dois estiveram naquela prova, destinadas a Bird Clemente/ Carol Figueiredo (#46) e Luiz Pereira Bueno/ Luiz Fernando Terra Smith (#47).
As Mil Milhas de 1966 é conhecida por ser uma das mais dramáticas da história do automobilismo nacional, quando a quatro voltas do fim o Malzoni DKW #7 de Emerson Fittipaldi/ Jan Balder apresentou problemas em um dos cilindros forçando Jan - que estava ao volante no momento - a parar nos boxes para reparos, meio que a contragosto do piloto que havia assumido a responsabilidade de tentar levar o carro daquele modo até o fim. Era um desafio e tanto, já que a carretera Corvette Chevrolet #18 de Eduardo Celidonio/ Camilo Christófaro, com Eduardo ao volante e já sabendo dos problemas do Malzoni #7, estava a voar naqueles estágios finais em Interlagos.
Mesmo com a parada para a troca de velas, Balder voltou a pista e ainda teria uma chance quando o Corvette parou nos boxes para um reabastecimento. O suspense para saber que levaria aquela edição aumentou ainda mais quando a carretera não pegou na primeira vez e nem na segunda... indo apenas funcionar na terceira tentativa, conseguindo sair dos boxes poucos metros à frente do Malzoni #7 de Balder. Foi o suficiente para Eduardo Celidonio e Camilo Christófaro conseguirem uma das mais épicas vitórias que Interlagos já presenciou. E foi também a última vitória de uma carretera, encerrando uma era de ouro para estes carros.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...