segunda-feira, 8 de maio de 2017

Foto 625: Gilles Villeneuve, 35 anos atrás

Para uns, um herói. Para outros, apenas um batedor de carros. Outros enxergavam nele um arrojo acima da média. Uma parcela dos mais exigentes, apenas viam nele um cara desastrado.

Os adjetivos para definir quem foi Gilles Villeneuve, são infindáveis. Cada terá uma visão diferente para com aquele que conseguiu até mesmo imortalizar um número na F1 - o #27 - a ponto de colocarem este algarismo num patamar onde apenas pilotos velozes e destemidos é que poderiam ostentá-lo - para os Tiffosi, Jean Alesi, que usou este número na sua estadia na Ferrari de 1991 até 1995, fez jus a "alma" que este número acabou "incorporando" após aquele fatídico 8 de maio de 1982, quando Gilles perdeu a vida durante os treinos para o GP da Bélgica, em Zolder.

Gilles talvez tenha sido o último piloto a sintetizar aquilo que o público mais romântico - ou como costumamos dizer nos dias de hoje petrolhead - gostava de ver num piloto: o amor empregado na pilotagem. Não importasse em que situação fosse ou que aconteceria logo em seguida, o mais importante era ver os lances e duelos que entrariam para a história do esporte. E nisso Villeneuve era bom, muito bom por sinal. Seu famoso duelo contra René Arnoux em Dijon pela segunda posição do GP francês de 1979, é o exemplo máximo do que os torcedores mais apaixonados esperam. Suas disputas ferrenhas contra Alain Jones também marcaram uma época, onde as decisões eram tomadas com lances memoráveis. Os seus acidentes eram causados tanto pelo seu arrojo excessivo, como também por problemas mecânicos, mas o que acabava transparecendo quando se vê vídeos destes lances, é que o público acaba aceitando aquilo como parte de um show.
 
Villeneuve passou a ser a estrela principal em cada corrida que a F1 realizasse. Como bem falou Patrick Tambay - amigo muito próximo de Gilles -, "as pessoas passaram a esperar o impossível de Villeneuve a cada corrida". Ver uma prova de F1 entre os anos de 77 e 82 passou a ser como ir a um show de mágica onde Villeneuve, a qualquer momento, poderia tirar uma manobra ou uma vitória da cartola. Mais ou menos assim é que deviam ser aqueles tempos com o franco-canadense na pista.
Ter corrido pela Ferrari talvez tenha ajudado muito na criação deste mito que tornou-se Gilles Villeneuve. Enzo Ferrari acabou adotando Gilles como um filho, a ponto de compará-lo a outros ases do passado como Tazio Nuvolari e Guy Moll, pilotos lendários que estiveram a serviço de Enzo quando este era chefe da equipe oficial e semi oficial da Alfa Romeo nos anos 30. A coragem de Villeneuve e a paixão que empregava a cada pilotagem, deixava o velho italiano ainda mais encantado, mesmo que excesso de arrojo de seu protegido terminasse em prejuízo para ele.
 
O grande canadense gerou uma paixão que perdura até os dias de hoje e mesmo que não tenha sido campeão, seu nome quase que sempre acaba figurando em listas de melhores de todos os tempos da categoria.

A verdade mesmo é que a coragem e a paixão que Villeneuve colocava a cada prova, ainda gera uma enorme fantasia do que ele poderia ter alcançado na F1.

De toda forma, apesar de ter partido naquela tarde do dia 8 de maio, Gilles conquistou o respeito e eternidade no coração dos petrolheads, os verdadeiros amantes das corridas.

Como bem disse Nigel Roebuck certa vez, "o que fica na mente não são os campeonatos num todo, mas sim os grandes lances que fizeram parte dele". E a cada vídeo que vemos de Gilles, até mesmo para aqueles que não viram ele correr - como é o meu caso - a certeza que fica é que o fabuloso canadense veio apenas para marcar uma época e partir rapidamente.

E hoje faz 35 anos que o espetacular canadense se foi.

Salut, Gilles!

domingo, 7 de maio de 2017

Foto 624: GP de Mônaco, 1932

Os dois melhores pilotos de uma época. Tazio Nuvolari (#28) e Rudolf Caracciola (#2) com as Alfas P3 no GP de Mônaco de 1932.
Era a primeira participação de Caracciola em Monte Carlo pela Alfa Romeo e por muito pouco o piloto alemão não venceu a prova: por falta de gasolina no seu Alfa, Nuvolari se viu próximo de abandonar o GP a poucas voltas do fim. Com isso, Rudolf assumiu a liderança, mas não contava com a intervenção da equipe italiana no resultado: com Tazio conseguindo ativar o tanque reserva de seu carro, o italiano voltou a toda para a disputa e as indicações vindas do box mostravam para Caracciola que ele devia abrandar o ritmo. Com isso, ele obedeceu as ordens e deixou caminho aberto para Nuvolari conquistar a vitória em Monte Carlo, com Rudolf em segundo e Luigi Fagioli com a Maserati.
Foi um ano praticamente perfeito aquele de 1932 para a Alfa Romeo, que venceu as principais provas européias. Além de Nuvolari e Caracciola, a equipe contava com Giuseppe Campari e Baconin Borzacchini.

Foto 623: Nelson Piquet, 25 anos atrás

Nelson Piquet durante os treinos para as 500 Milhas de Indianápolis de 1992.
Hoje faz exatos 25 anos de seu terrível acidente no Brickyard.

Foto 622: Indy 500, 1916

Uma foto e algumas histórias. Pilotos, carros e mecânicos posam para a foto antes das 300 Milhas de Indianápolis, em 1916.
Por conta da 1a Guerra a prova foi reduzida para 300 Milhas, uma vez que a organização acreditava que o número de inscritos seria bem menor. De certa forma acabou sendo uma lista bem reduzida, com apenas 21 participantes.
O domínio francês continuava em voga a ponto de Carl Fischer, então dono do circuito de Indianápolis, encomendar algumas réplicas do Peugeot que vinha dominando as provas americanas. Apesar do esforço de Fischer, suas réplicas - demominadas Premier - não chegavam próximas do desempenho dos Peugeot. A melhor colocação de um Premier foi de Howdy Wilcox, que fechou em 17o.
A vitória foi da Peugeot - a segunda da marca no Brickyard - com Dario Resta ao volante. A segunda colocação foi do Duesenberg do americano Wilbur d'Aléne e em terceiro o Peugeot de Ralph Mulford.
Essa edição também marcou a primeira vez que pilotos usaram capacetes de aço: Eddie Rickenbacker - que anos depois compraria o complexo de Indianápolis de Carl Fischer - e Peter Henderson, foram os pilotos a fazer uso da peça

sábado, 6 de maio de 2017

6 Horas de Spa - Os melhores momentos

Os melhores momentos até aqui das 6 Horas de Spa. Faltando menos de 1hora para o fim da prova, a liderança é do Toyota TS050 #8 seguido pelo gêmeo Toyota #7 e pelo Porsche 919 Hybrid #2. A diferença entre eles é de um pouco mais de 30 segundos, do líder para o terceiro.


quarta-feira, 3 de maio de 2017

Foto 621: No radio

A DTM decidiu banir o uso do rádio quando a prova estiver em regime de bandeira verde, deixando para os pilotos a decisão do que fazer durante a prova e apenas se basearem nas informações indicadas pelas placas mostradas nas muretas dos boxes, como era feito em décadas passadas. O rádio será usado, exclusivamente, quando houver alguma situação de acidentes e na entrada do Safety Car.
A idéia é uma boa, voltando a transformar a corrida em algo menos robótico e deixando que os pilotos tomem as suas decisões e isso certamente agradará os fãs.
Outras duas mudanças também entrarão em ação nesta temporada, que é a pontuação para os três primeiros do grid (3 pts para o pole; 2 para o segundo e 1 para o terceiro). E o DRS passa a ter três ativações por prova.
O DTM estreará neste final de semana, em Hockenheim.

Vídeo: Europeu de F3 - Etapa de Monza

Os melhores momentos da rodada tripla (4ª, 5ª e 6ª etapas) da etapa de Monza da Fórmula-3 Européia.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...