domingo, 6 de junho de 2021

GP do Azerbaijão - À moda de Baku

(Foto: F1/ Twitter)

Chega ser impressionante como este traçado de Baku consegue reunir todos os ingredientes para transformar uma corrida até de certa controlada, em caos independentemente qual seja o estágio que a corrida se encontra. Outro ponto importante é que a vitória nem sempre vai para as mãos daquele que dominou as ações, assim como acontecera em 2017 e 2018. 

Com o retorno do circuito ao calendário, após um ano de ausência, devido o cancelamento pela pandemia, uma das pistas mais populares da Fórmula-1 voltou da melhor forma possível.


Estrela Mexicana

(Foto: Red Bull Racing/ Twitter)

Sergio Pérez tem um feeling bastante aguçado para aquele traçado de Baku: foi terceiro em duas oportunidades (2016 e 2018); parecia ter um ritmo bem interessante para pegar outro pódio em 2017, não fosse o enrosco com Esteban Ocon e ainda salvou pontos em 2019 ao ficar em sexto. Desta vez, com um carro mais competitivo, era de esperar que o mexicano tivesse uma chance de vencer na pista onde ele teve suas melhores apresentações, mas furar a bolha onde Max Verstappen e Lewis Hamilton tem disputado palmo a palmo a liderança do campeonato e das corridas, ele teria que contar com alguns azares para que isso fosse concretizado. 

Um ponto interessante para que Pérez diminuísse o prejuízo da sua posição de grid, era efetuar uma bela largada. E isso aconteceu: não só conquistou conquistou o sexto lugar - ele sairia de sétimo, mas a punição de Lando Norris em não respeitar a bandeira vermelha durante a qualificação fez com que o piloto da Mclaren perdesse três posições no grid, caindo de sexto para nono - como também fez uma bela largada e já estava em quarto na primeira volta para, algumas voltas depois, assumir o terceiro posto após ultrapassar Charles Leclerc. 

O melhor ritmo dos Red Bull permitiram que os dois carros voltassem à frente de Lewis, que liderou as primeiras voltas do GP, assim que as paradas de box foram efetuadas. A partir daí o jogo da Red Bull entrou em ação, com Max apenas administrando a liderança enquanto que Sergio segurava Lewis até com certa tranquilidade, uma vez que o Red Bull era mais veloz na parte sinuosa e o Mercedes, apesar de ter velocidade de reta, não conseguia ficar perto o suficiente para tentar a ultrapassagem. 

O acidente de Lance Stroll após seu pneu estourar em plena reta, poderia ter mudado o panorama da prova, mas foi o de Max Verstappen, faltando três voltas para o fim, que deu um tom diferente para uma corrida que parecia ter dono. A bandeira vermelha foi mostrada e prova teve a sua relargada e este foi o momento em que Lewis Hamilton cometeu um de seus raros erros ao passar direto na área de escape da primeira curva e deixar o caminho aberto para que Sergio Perez chegasse a sua segunda vitória, com Sebastian Vettel em segundo e Pierre Gasly em terceiro. 

Um resultado importante para o piloto mexicano que vinha deixando a desejar em algumas etapas.


A farra dos coadjuvantes

(Foto: F1/ Twitter)

Apesar de boa parte dos sentimentos alimentarem a possibilidade de haver uma zebra neste GP, era de esperar que Max e um revitalizado Lewis pudessem vencer, mas o imponderável jogou à favor dos demais para que nenhum dos dois rivais pela luta do mundial pudessem marcar pontos. Foi a deixa perfeita para que Perez chegasse a sua segunda vitória e mais atrás outros dois pilotos conquistassem seus melhores resultados até aqui neste campeonato.

Sebastian Vettel foi um dos grandes da tarde ao mostrar a sua habitual finesse e dava para perceber que poderia ganhar algo a mais nesta corrida, quando alongou sua parada de box e diminuiu bastante o prejuízo de uma qualificação que poderia ter sido bem melhor, mas com o acidente de Daniel Ricciardo no Q2 deixou o tetra-campeão na mão. Ele chegou liderar a prova com bom ritmo e assim que voltou de sua parada de box, estava em sétimo e recuperou-se bem após a primeira relargada para subir ao quarto lugar e depois pegar o terceiro com o abandono de Verstappen. A segunda posição foi um presente após o erro de Hamilton e o piloto alemão pode voltar ao pódio, algo que não acontecia desde o GP da Turquia de 2020 quando terminou em terceiro. Para a Aston Martin foi o primeiro pódio da história da fabricante inglesa na F1.

Pierre Gasly foi outro que beneficiou-se de todos os infortúnios daqueles que iam a sua frente, mas o francês fez por onde para garantir esse lugar no pódio, começando pela sua ótima qualificação que lhe rendeu o quarto lugar. E ficou bom tempo em quinto até descer para sétimo, logo atrás das duas Aston Martin - tomando uma bela ultrapassagem de Vettel num certo momento. O seu duelo com Leclerc nas voltas finais, com ele sendo ultrapassado, devolvendo a ultrapassagem e ainda se defendendo bem, mostrou o quanto que este piloto tem evoluído desde o ano passado. 

Para o restante dos dez primeiros, foram boas provas particulares: Leclerc sabia que batalhar contra Mercedes e Red Bull seria dificil e nem se opôs nas disputas, mas a sua pole foi brilhante - por mais que a bandeira vermelha tenha atrapalhado os demais; Lando Norris podia ter se beneficiado bastante deste caos entre os ponteiros para pegar outro pódio não fosse a punição que o jogou para nono, mas voltou a ser o melhor dos dois Mclaren; Fernando Alonso salvou bons pontos após um boa qualificação, mas o ritmo do espanhol não parecia lhe dar oportunidade de chegar aos pontos após chegar ocupar a 13ª posição, mas as intervenções do Safety Car e bandeira vermelha, ajudarm o veterano a voltar para o jogo e fazer ultrapassagens que lhe garantiram uma boa sexta posição. Yuki Tsunoda ficou em sétimo e andando sempre entre os dez primeiros; Carlos Sainz cometeu um erro e caiu na classificação, mas teve tempo para conseguir salvar alguns pontos; Daniel Ricciardo foi outro que conseguiu chegar a casa dos pontos em mais um final de semana dificil para o autraliano da Mclaren; Kimi Raikkonen pegou a décima posição após ultrapassar seu companheiro de Alfa Romeo, Antonio Giovinazzi, na última volta. 

Prejuízo e Lucro

(Foto: F1/ Twitter)

Tanto Max, quanto Hamilton, deveriam sair de Baku com a liderança ampliada, mas o azares para estes dois contribuiu para que ambos continuassem como estavam antes dessa etapa. O estouro do pneu do Red Bull de Max Verstappen tirou uma vitória certeira do holandês, que faria ele elevar a diferença no campeonato para vinte ou vinte um pontos, caso ele confirmasse a sua melhor volta, e teria uma vantagem mais confortável para a etapa da França. O que acabou sendo um desfecho frustrante para um piloto que estava num ritmo espetacular, apenas administrando a vantagem para o segundo colocado e aumentando quando quisesse. Foi uma chance de ouro para coletar o maior número de pontos em duas provas onde a Mercedes não estava em seus melhores dias.

Assim como Max, Hamilton teve a chance e desperdiçou com um erro raro ao apertar um botão de balanceamento dos freios na relargada parada, quando ele estava com quase o carro inteiro a frente de Pérez. Custou caríssimo algo que poderia ter sido um alivio após um final de semana complicado para a Mercedes, que viveu um inferno nestas duas provas de rua. O acerto usado por Hamilton, privilegiando a longa reta, amenizou o desastre - no entanto, Bottas foi muito abaixo da média, entregando uma de suas piores apresentações ao volnate da Mercedes - que poderia ter sido coroado com uma vitória impressionante que lhe daria a liderança isolada do mundial. Foi a primeira vez que ele não pontua, a última sendo na Áustria 2018, e também da Mercedes que no mesmo GP da Áustria ficou sem pontuar após a quebra dos dois carros. 

Baku não apenas voltou ao calendário, como mais uma vez embaralhou o jogo. O próximo GP será na defenestrada pista de Paul Ricard, que tanto entregou provas modorrentas nos últimos anos. Mas com a atual situação da Fórmula-1, as coisas podem ser bem diferentes desta vez.

Foto 959: Ivor Bueb, Le Mans 1957

 



A comemoração de Ron Flockhart (capacete branco) e Ivor Bueb (capacete marron) após a conquista da dupla nas 24 Horas de Le Mans de 1957, que marcou a última conquista da Jaguar em Sarthe - que retomaria o caminho das vitórias no traçado francês 31 anos depois. 

Foi a segunda vitória de Ivor Bueb que conquistara a primeira na trágica edição de 1955, quando dividiu o Jaguar D-Type oficial com Mike Hawthorn. Dessa o Jaguar D-Type foi inscrito de forma particular pela Ecurie Ecosse que levou dois Jaguares e entregou para Ron Flockhart/ Ivor Bueb (#3) e para Ninian Sanderson/ John Lawrence (#15), que enfrentaram o desafio vindo da Ferrari, Maserati, Aston Martin e Porsche. Mas a confiabilidade dos carros fizeram suas vitimas e ao final das 24 horas, era a Jaguar quem sorria ao colocar cinco D-Type nas seis primeiras posições e todos por equipes privadas. A Ecurie Ecosse fez a dobradinha com o #3 em primeiro e o #15 em segundo, sendo que o Jaguar de Flockhart/ Bueb assumiu a liderança na terceira hora e não perdeu mais. 

Ivor Bueb fez seis aparições na Fórmula-1, mas participando de cinco e sem marcar pontos. As participações foram entre 1957 e 1959 pilotando sempre por Connaught, Maserati, Lotus e Cooper. Sua melhor posição foi um 11º lugar no GP da Alemanha de 1958 com o Lotus 12 da Ecurie Demi Liter. 

Mas seus melhores resultados remontam as provas de endurance, como as já mencionadas vitórias nas 24 Horas de Le Mans de 1955 e 57, e outras vitórias conquistadas em carros da Lister no campeonato britânico de carros esporte. 

Ele veio morrer seis dias depois de acidentar-se numa prova de Fórmula-2 em Clermont-Ferrand no ano de 1959, quando seu Cooper escapou do traçado e ele sendo arremessado para longe. 

Ivor Bueb completaria 98 anos hoje.

Foto 958: Noritake Takahara, International Trophy 1974

 


O primeiro japonês... Noritake Takahara com o March 741 da equipe de fábrica, durante o International Trophy de 1974 realizado em Silverstone. Ele largou em 14º num grid de 32 carros e terminou em 11º, com uma volta de atraso para o vencedor James Hunt. 

Takahara já era um dos melhores pilotos japoneses, tendo estreado em 1969 no automobilismo local e conquistando títulos na Fórmula 2000 - antiga Fórmula Nippon e atual Super Fórmula - onde foi bi-campeão (1974 e 1976 - ele ainda ficaria em terceiro em 1973, no ano de estréia da categoria, e em segundo no ano de 1975). 

Em 1976, ao lado de seus compatriotas Masahiro Hasemi e Kazuyoshi Hoshino, foram os primeiros japoneses a participar de uma prova oficial do Mundial de Fórmula-1 e foi exatamente quando a categoria foi para o Japão onde o GP foi realizado pela primeira vez na história, no circuito de Fuji - e que ficaria marcado para sempre por ser o palco da decisão do mundial daquele ano entre Niki Lauda e James Hunt. A prova ainda teria a participação de Masami Kwashima pela Wolf Williams, mas seu dinheiro não foi suficiente para pagar o assento e este acabou sendo ocupado por Hans Binder. 

Naquele GP, Takahara, que competiu com um Surtees TS19 da equipe de John Surtees, terminou em nono com três voltas de atraso para o vencedor Mario Andretti. Takahara voltou a participar do GP do Japão de 1977 pilotando um Kojima Ford, mas a sua prova não passou da primeira volta após um acidente. Foi a sua última aparição na Fórmula-1.

Noritake teve uma forte carreira nas provas de Endurance do Japão ao vencer por três vezes (1973, 1975 e 1976; vice em 1974) o Fuji Grand Champion Series, com as provas sendo realizadas exclusivamente no circuito de Fuji. 

Noritake Takahara completa 70 anos hoje. 

sábado, 5 de junho de 2021

Foto 957: Umberto Maglioli, Targa Florio 1968

 


O festejo de uma grande vitória... Ao centro, Umberto Maglioli envolto com a coroa de louros junto de seu companheiro Vic Elford após a edição da Targa Florio de 1968, que ambos venceram com um Porsche 907 de fábrica. 

Essa corrida foi 52ª edição da Targa Florio, que era a quinta etapa do Mundial de Marcas de 1968. A Ferrari não compareceu a essa prova em sinal de protesto a mudança de motores a partir de 1969, onde os Protótipos do Grupo 6 ficariam limitados a 3 Litros e os Carros Esporte do Grupo 4 a 5 Litros com o martelo sendo batido durante o final de semana das 24 Horas de Le Mans. Dessa forma, a Porsche teria caminho livre para tentar vencer a Targa Florio, mas a Alfa Romeo apareceu na competição com seu Tipo 33/2 e isso significava que haveria um duelo pela vitória naquela edição. 

O que pesou à favor da Porsche foi o virtuosismo de Vic Elford, que conseguiu recuperar terreno após ter perdido uma roda do 907 na primeira volta e, para piorar, o carro ainda teria um pneu furado. Isso deixaria as coisas bem mais dificeis, mas o britânico conseguiu recuperar-se de forma impressionante ao conseguir aliar velocidade e destreza com uma tocada de rally, fazendo com que o Porsche 907 deslizasse pelas curvas do colossal traçado da Sicília. Das dez voltas programas, Vic pilotou em sete e entregou o carro para o experiente Maglioli em três voltas. Na nona volta, Elford alcançou o Alfa Romeo Tipo 33/2 dos jovens Nanni Galli/ Ignazio Giunti, que lideravam na ocasião, para ultrapassá-los
e vencer a prova com três minutos de vantagem. 

O Porsche 907 de Elford/ Maglioli na Targa Florio
Essa vitória na Targa Florio foi a terceira e última de Umberto na grande prova, tendo vencido em 1953 com um Lancia D20 e em 1956 com um Porsche - sendo essas duas pilotando sozinho. Maglioli foi um dos melhores pilotos de endurance de sua geração a vencer provas importantes como a última Carrera Panamericana em 1954 (com uma Ferrari 375 Plus), 1000km de Buenos Aires (também em 1954 em parceria com Nino Farina) e o Supercortermaggiore realizado em Monza em dupla com Mike Hawthorn. Ele ainda venceria uma 12 Horas de Sebring em 1964 pela Ferrari.

O italiano ainda participou de dez provas na Fórmula-1, tendo estreado em 1953 no GP da Itália pela Ferrari. Ele conseguiu dois pódios: foi terceiro no GP da Itália de 1954 e repetiu o feito no GP da Argentina de 1955.

Umberto Maglioli completaria 93 anos hoje. 

sexta-feira, 4 de junho de 2021

Foto 956: Ettore Chimeri, GP da Argentina 1960

(Foto: Bernard Cahier/ Getty Images)

Ettore Chimeri com o Maserati 250F inscrito pelo próprio, durante o GP da Argentina que abria o Mundial de Fórmula 1 de 1960. Foi o seu primeiro e único Grande Prêmio na categoria, sendo que havia se inscrito para o GP dos EUA de 1959, mas não correndo

Chimeri nasceu na Itália - em Lodi - mas a sua família mudou-se para a Venezuela logo em seguida. Ettore tornou-se um dos pilotos mais populares da Venezuela e isso se intensificou quando ele iniciou a sua carreira internacional a partir do Grande Prêmio da Venezuela para Carros Sport, realizado em Caracas, nos anos de 1955 até 1958.

Na Fórmula-1 ele fez a tentativa para o GP dos EUA de 1959, realizado em Sebring, mas não conseguindo competir. Conseguiu, enfim, entrar para o GP da Argentina, mas problemas elétricos o tiraram da prova na volta 23ª volta. Na semana seguinte terminaria em quinto no GP de Buenos Aires, que foi vencido por Maurice Trintignant.

Passados quinze dias do GP argentino, Ettore Chimeri acabou falecendo após um acidente durante os treinos para o GP de Libertad, realizado em Cuba. Sua Ferrari 250 TR bateu numa barreira e acabou caindo em um barranco. Ele chegou ser socorrido, mas acabou morrendo a caminho do hospital. 

O nome de Chimeri faz parte do Salão da Fama do Automobilismo Venezuelano desde 2004. 

Hoje Ettore Chimeri completaria 100 anos.

Foto 955: Michael Doohan, Nations Grand Prix 1990

 

(Foto:Professional Sport/ Getty Images)

O grande Michael Doohan em ação no Grande Prêmio das Nações (GP da Itália) com a Honda NSR500, onde ele terminaria na terceira posição, com a vitória ficando para Wayne Rainey e a segunda posição para Kevin Schwantz. O GP, que foi realizado na pista de Misano, foi a quarta etapa do Mundial de 500cc de 1990.

Era a segunda temporada de Doohan na 500cc após ter feito sua estréia em 1989 pela Rothmans Honda/HRC onde fez dupla com seu compatriota Wayne Gardner. Na ocasião, Michael terminou o campeonato na 9ª posição com 81 pontos e um pódio, conquistado no GP da Alemanha em Hockenheim. Ele ainda conseguiria outra posição entre os cinco primeiros, ao fechar em quarto no GP do Brasil realizado em Goiânia. 

Voltando a 1990, Doohan conseguiu a primeira vitória nas 500cc no GP da Hungria, penúltimo GP da temporada, que era o primeiro realizado em solo húngaro. Michael fez a pole, mas a sua largada não foi das melhores e o fez cair para quinto, atrás de um pelotão liderado por Wayne Rainey, Eddie Lawson, Kevin Schwantz e Wayne Gardner. 

Michael Doohan consegue alcançá-los, passando por Gardner, Schwantz até chegar em Lawson, que comete um erro após ser ultrapassado pelo australiano. Michael continua em grande ritmo até chegar em Rainey e ultrapassá-lo para assumir a liderança - pouco tempo depois, a Yamaha de Rainey acaba quebrando, nesta que foi a primeira quebra do recém coroado campeão. Doohan apenas administrou a vantagem para vencer a sua primeira corrida nas 500cc com mais de 25 segundos de vantagem sobre Lawson e 54 segundos sobre Schwantz. 

Michael Doohan completa 56 anos hoje.

quarta-feira, 2 de junho de 2021

Vídeo: Bruce Mclaren, Can-Am, Elkhart Lake 1967

 


O vídeo da prova de abertura do campeonato da Can-Am de 1967, que entrava na segunda temporada de existência. O campeonato foi do dia 3 de setembro ao dia 12 de novembro com seis etapas compondo o calendário.

A prova em Road America abriu aquela temporada onde a expectativa girava em torno de um possível duelo entre os Mclaren M6A conduzido pelo duo neozelandês Bruce McLaren e Denny Hulme contra o Chaparral 2G de Jim Hall. Porém, este último, enfrentou sérios problemas de confiabilidade no motor Chevrolet e o caminho ficou aberto para que o duo da McLaren pudesse dominar amplamente o campeonato. 

Para aquela corrida em Road America a primeira fila foi dominada pela Mclaren, com a pole ficando para Bruce e o segundo lugar para Denny. Ao final de 1 hora e 54 minutos de prova, era Hulme quem sairia vitorioso. 

O campeonato ficou entre eles, com Denny vencendo as três primeiras corridas (Elkhart Lake, Bridgehampton e Mosport), Bruce vencendo outras duas na sequência (Laguna Seca e Riverside) e John Surtees, a bordo de um Lola T20 MK2 Chevrolet, vencendo a prova final em Las Vegas chamada de "Stardust GP". Bruce venceu o campeonato com três pontos de vantagem sobre Hulme (30 x 27), com Surtees - então campeão de 1966 - em terceiro com 16 pontos. 

Este campeonato de 1967 foi apenas o início de uma fase dourada da McLaren na Can-Am, vencendo os campeonatos de 1967 até 1971. Bruce venceu o de 1967, Denny Hulme venceu em 1968, 1969 e 1970 - período que ficou conhecido como "The Bruce and Denny Show"; Peter Revson venceu a edição de 1971.

Hoje completa 51 anos da morte de Bruce Mclaren, que aconteceu em testes com o M8D na pista de Goodwood.


Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...