terça-feira, 30 de abril de 2013

Foto 194: Roland Ratzenberger, 19 anos atrás

Últimas instruções antes das últimas voltas do piloto austríaco na F1, durante o treino classificatório para o negro GP de San Marino de 1994.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Foto 193: Zeltweg

As provas no velho Zeltweg proporcionavam belas fotos. Mais uma do belo acervo de Dale Kistemaker, que acompanhou a F1 nos anos 80.

A última vitória de Alboreto

São os momentos finais do GP da Alemanha de 1985, disputado no então novo traçado de Nurburgring e  Michele Alboreto estava no encalço de Keke Rosberg que estava na liderança da corrida, mas os problemas de freio no seu Williams fez com que o finlandês diminuísse o ritmo deixando que o italiano se aproximasse dele. Alain Prost ambém pressionava Alboreto na luta pela segunda posição, mas sem esboçar um ataque.
Ao final da volta 45, na última curva, Alboreto conseguiu a ultrapassagem sobre Rosberg que ainda perderia a segunda colocação para Prost na mesma manobra. Gradativamente, Michele aumentou a diferença para Alain e venceu o GP alemão.
Foi a sua última vitória na F1 e atmbém de um piloto italiano pilotando pela Ferrari na categoria.  

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Foto 192: A largada dos 1000Km de Monza, 1970

Semanas atrás publiquei uma foto do Porsche 917 e Ferrari 512S descendo a reta dos boxes durante os 1000Km de Monza de 1970.
Pois bem, aí fica o instantâneo do grid passando pela reta oposta e entrando na Parabólica. Na foto, o Porsche 917 K #10 de Vic Elford/ Kurt Ahreins Jr. seguido pelo Porsche 917 K #7 de Pedro Rodriguez/ Leo Kinnunen; a Ferrari 512S #3 de Ignazio Giunti/ Nino Vaccarella/ Cris Amon e mais atrás a outra Ferrari 512S pilotada por John Surtees/ Peter Schetty. A primeira fila foi formada pelo Porsche 917 K #8 de Jo Siffert/ Brian Redman e a Ferrari 512S de Chris Amon/ Arturo Merzario.
A prova foi vencida por Pedro Rodriguez e Leo Kinnunen.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Foto 191: Segrave

Henry Segrave ao volante do Talbot 700, durante o primeiro Grande Prêmio da Grã-Bretanha disputado a 7 de agosto de 1926 na pista de Brooklands. A corrida foi vencida pelos franceses Robert Sénéchal e Louis Wagner dividindo o comando num Delage 155B, após quatro horas de prova.
Henry Segrave foi o primeiro grande piloto britânico, tendo destaque em especial em 1923 ao derrotar os franceses no seu território quando levou o Sunbeam à vitória no GP do Automóvel Clube da França. Foi a primeira vez que um piloto inglês vencia um GP e pilotando um carro britânico.
Segrave ainda venceu outras corridas na Espanha e em Miramas, na França, quando decidiu abandonar as corridas de carros e partir para os recordes de velocidade.
Em 1926, pilotando um Sunbeam Tiger de 4 Litros, ele estabeleceu um novo recorde de velocidade terrestre ao chegar a marca de 152,33 mph (245,149 kmh) nas areias de Southport (ING). Um ano depois ele veio a recuperar esta marca que tinha sido quebrada por Parry-Thomas. No comando do HP Sunbeam Mistery "The Slug", Henry alcançou 203,79 mph (327,97 kmh) numa das estradas de Daytona Beach.
Em 1929, Segrave estabeleceu pela última vez um recorde sobre a terra: com o Golden Arrow, ele atingiu a marca de 231,45 mph (372,46 kmh) novamente em Daytona Beach. Depois ele seguiu para tentar o recorde sobre a água.
Ainda em 1929 ele duelou com o recordista de velocidade sobre a água, Garfield Wood. Ele desbancou o favoritismo de Wood na disputa realizada em Miami, sendo que o antigo recordista não perdia há nove anos. Após esta conquista, Segrave foi agraciado com o título de cavaleiro.
Henry Segrave morreu em 1930, aos 33 anos, quando tentava quebrar o recorde de velocidade na água. O seu barco, o Miss England II, bateu em uma pedra no lago de Windermere (ING) matando de imediato o seu mecânico Victor Helliwell. Segrave foi retirado com vida, apesar dos graves ferimentos. Foi levado ao hospital e lá recebeu a notícia de que havia quebrado o recorde. Poucos minutos depois, estava morto.

Foto 190: Na trilha de Michael

E Sebastian Vettel vai caminhando a passos largos para igualar, ou até quem sabe ultrapassar Michael Schumacher nas estatísticas da Fórmula-1.
Nesse quadro apresentado pela Sky Sports, os dois maiores pilotos que Alemanha já teve na F1 tem seus números comparados ao atingir 103 GPs. E Vettel leva vantagens em alguns quesitos, como no número de poles e de títulos.
E pensar que tão cedo veríamos alguém com chances de buscar as marcas estratosféricas de Michael Schumacher...

domingo, 21 de abril de 2013

Grand-Am: Road Atlanta, 4ª Etapa

E a quarta etapa da Grand-Am Rolex Series foi realizada na pista de Road Atlanta na tarde deste sábado. Entre os DPs a vitória foi do duo da Chip Ganassi no BMW/Riley #01 Scott Pruet/ Memo Rojas, seguidos por Alex Popow/ Ryan Dalziel com o Ford/Riley #2 da Starworks e a terceira colocação ficando com John Fogarty/ Alex Gurney com o Corvete DP #99 da GAISNCO Auto Insurance.
Na classe GT, vitória para John Edwards/Robin Liddell com o Chevrolet Camaro #57 da Stevenson Auto Group (a segunda vitória deles, repetindo o feito da última etapa disputada no Alabama). A segunda posiçõa foi de Patrick Lindsey/Patrick Long com o Porsche 911 #73 da Park Place Motorsports e a terceira com a dupla Jeff Westphal/Alessandro Balzan com a Ferrari 458 #63 da Scuderia Corsa.
Na GTX, reação da Mazda que enfim se impôs ao domínio da Porsche: vitória para Andrew Carbonell/Joel Miller com o Mazda 6 #00, seguido por Jim Norman/David Donohue no Porsche Cayman #38 da BGB Motorsports e em terceiro outro Mazda 6 pilotado por Tom Long/Sylvain Tremblay com o #70.
Já os brasileiros, melhor resultado para Pizzonia junto de Gustavo Yacamann que levaram o Ford/Riley #6 da Michael Shank Racing ao quarto lugar. Christian Fittipaldi junto do português João Barbosa, pilotando o Corvete DP #5 da Action Express Racing fechou em 12º entre os DPs.
Abaixo o vídeo completo da corrida que teve 120 voltas.

GP do Bahrein - Corrida - 4ª Etapa

"Foi uma corrida fantástica", Vettel sobre a sua vitória de número 28 na F1.
(Foto: AFP)
As três primeiras voltas do GP barenita lembraram muito o início da corrida da China, disputada semana passada. Naquela ocasião as Ferraris atacaram a Mercedes de Hamilton como uma matilha de cães caçando um coelho e os dois carros vermelhos resolveram a parada em pouco metros. Uma semana depois a cena se repetiu e uma Mercedes, a de Rosberg, foi atacada sem piedade por Alonso e Vettel. Este último foi mais impiedoso: perdeu a segunda colocação para Fernando na largada, recuperou-a  nos esses após uma bel ultrapassagem sobre o espanhol e partiu para cima de Nico Rosberg e efetuou a ultrapassagem na terceira volta. E depois disso ninguém mais viu Sebastian na corrida. Uma prova solitária, bem ao seu estilo, andando extremamente rápido para abrir uma larga diferença e vencer com tranquilidade. Uma conquista com a sua marca.
O sofrimento que Sebastian e Red Bull passaram na China com o alto desgaste dos pneus, não foi apresentado nessa etapa e o desempenho deles foi tão dominante quanto o de Alonso na semana passada. Vettel chegava a virar quase dois segundos melhor que seus adversários diretos: enquanto que um surpreendente Paul Di Resta marcava voltas na casa de 1'40/ 1'41, o piloto alemão cravava voltas excepcionais entre 1'39/ 1'40. E o ritmo continuou inabalável após os seus três pit-stops, tanto que ele cravou a melhor volta da corrida há poucas voltas do fim ao baixar para 1'37''9.
Para os demais a prova foi trabalhosa. O duo da Lotus escalou o pelotão para conseguir um pódio, com Kimi em segundo e Grosjean em terceiro - repetindo o pódio de 2012 lá mesmo no Bahrein. Os duelos foram os pontos altos desse GP, com destaques para a disputa interna da Mclaren entre Button e Perez que por muito pouco não resultou em acidente, principalmente quando o mexicano deu um leve toque no pneu traseiro direito do carro de Jenson. Mas foi de louvar o desempenho de Sergio, que foi cobrado fortemente por Martin Withmarsh dias atrás por não ser combativo e nesta corrida bateu rodas com Grosjean, Rosberg e Alonso para ganhar suas posições que resultou num belo sexto lugar. Outra disputa que animou foi a de Hamilton vs Webber pela quinta colocação, que durou um bom par de voltas com Lewis conseguindo ganhar a colocação. Paul Di Resta parecia forte para chegar ao seu primeiro pódio na categoria e o segundo da Force India na história, mas Grosjean estava em melhores condições e desalojou o escocês ddo terceiro posto. Parece que a presença de Sutil na equipe o forçou psicológicamente a andar bem. A Ferrari teve o seu dia de cão: se na China as coisas transcorreram quase que beirando a perfeição, essa corrida no deserto foi um balde de água fria no time vermelho. Os problemas no DRS de Alonso e os dois pneus furados de Massa, destruíram uma corrida que se desenhava para eles. Mesmo com estes contratempos, Alonso salvou um oitavo lugar fazendo quase que todo certame sem o uso da asa traseira.
A prova do Bahrein fecha por enquanto o ciclo da Fórmula-1 pela Oceania/ Ásia/ Oriente Médio e voltará para o seu habitat natural para a disputa do GP da Espanha que abrirá a temporada européia. Se as dúvidas que cercavam a categoria antes do seu início eram muitas, agora podemos dizer que estão bem respondidas: Red Bull, Ferrari e Lotus num nível acima das demais; Mercedes bem, mas não como gostariam e Mclaren batendo cabeça para tentar solucionar os problemas neste início de campeonato.
A verdade é que não há um super carro neste momento. Red Bull e Ferrari vão oscilar com boas e medianas apresentações devido o consumo de pneus, talvez a coisa pendendo um pouco para os rubro taurinos que paracem não ter um bom rendimento com os pneus macios e super macios. A Ferrari aparenta ter resolvido esse quesito nos seus carros e a Lotus é que apresenta um desempenho uniforme no trato com a borracha apresentada pela Pirelli neste ano.
A pista de Barcelona não é muito camarada com os pneus, mas até lá as equipes, ou até a mesmo a Pirelli, que já ascenou com possíveis mudanças, podem apresentar algumas novidades. E tempo para isso é que não vai faltar.

Resultado Final 
Grande Prêmio do Bahrein 
Circuito de Sakhir - 57 Voltas - 21/4/2013

1 - Sebastian Vettel (ALE/RBR) - 57 voltas        
2 - Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) - a 9s1       
3 - Romain Grosjean (FRA/Lotus) - a 19s5       
4 - Paul di Resta (ESC/Force India) - a 21s7       
5 - Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - a 35s2       
6 - Sergio Perez (MEX/McLaren) - a 35s9       
7 - Mark Webber (AUS/RBR) - a 37s2       
8 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 37s5       
9 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 41s1       
10 - Jenson Button (ING/McLaren) - a 46s6       
11 - Pastor Maldonado (VEN/Williams) - a 1m06s4       
12 - Nico Hulkenberg (ALE/Sauber) - a 1m12s9       
13 - Adrian Sutil (ALE/Force India) - a 1m16s7       
14 - Valtteri Bottas (FIN/Williams) - a 1m21s5       
15 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 1m26s3        
16 - Daniel Ricciardo (AUS/STR) - a 1 volta       
17 - Charles Pic (FRA/Caterham) - a 1 volta       
18 - Esteban Gutierrez (MEX/Sauber) - a 1 volta       
19 - Jules Bianchi (FRA/Marussia)- a 1 volta       
20 - Max Chilton (ING/Marussia) - a 1 volta       
21 - Giedo van der Garde (HOL/Caterham) - a 2 voltas                 

Não completou a prova:
Jean-Eric Vergne (FRA/STR) - a 16 voltas

sábado, 20 de abril de 2013

GP do Bahrein - Classificação - 4ª Etapa

Foi a segunda pole de Rosberg na F1. A primeira foi na China, ano passado, quando venceu também o seu primeiro GP.
(Foto: REUTERS)
A exemplo de Lewis Hamilton conseguira na semana passada ao fazer a pole para o GP da China, Nico Rosberg também não deu chances aos concorrentes e cravou a segunda pole da Mercedes na temporada. A marca do alemão foi de 1'32''330 contra 1'32''584 de Sebastian Vettel, que superou Fernando Alonso no final do Q3. Mas o piloto espanhol talvez tivesse chances de conquistar até mesmo a pole, caso não errasse duas vezes na sua última tentativa. A desvantagem de Fernando para Nico foi de apenas 0''337 décimos e para Vettel de 0''083 centésimos. E os três sairão com os pneus médios para a prova.
A quarta colocação tinha sido feita por Hamilton, seguido por Webber. Mas com a punição de ambos -  Lewis perdeu cinco posições por ter trocado o câmbio e Mark foi punido com a perda de três devido ao acidente com Jean Eric Vergne durante o GP chinês - proporcionou a Massa pular de sexto para quarto no grid. A sua diferença para a marca alcançada por Nico chega a quase um segundo, mas isso tem explicação: o piloto optou pelo uso do pneu duro para a corrida. Na sequência aparecem os dois carros da Force India, com um ótimo trabalho feito por Paul Di Resta e Adrian Sutil; Mark Webber, Kimi Raikkonen, Lewis Hamilton e Jenson Button, fecham os dez primeiros. É de se destacar o trabalho de Button, que arrancou um lugar neste Top Ten no final do Q2 e mostra mais uma vez que a Mclaren tem um carro abaixo até mesmo da Force India neste momento.
Com relação a corrida de amanhã, é de se esperar uma briga intensa entre os três primeiros que estarão com os pneus médios, mas Felipe é o que aparece com boas condições de tentar algo por sair com os duros. Poderá retardar ao máximo a parada de box e pelo que os dois pilotos ferraristas declararam, a diferença entre os pneus médios e duros é muito pouca. Talvez isso seja uma verdade, tanto que Fernando Alonso fez a sua melhor marca (1'32''878) no Q1 com os pneus duros. Comparado ao que ele fez no Q3, o tempo foi 0''211 pior. Mas toda essa estratégia dependerá, também, de uma boa largada dele na corrida de amanhã.

Grid de Largada para o Grande Prêmio do Bahrein - 4ª Etapa

1 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) -  1m32s330
2 - Sebastian Vettel (ALE/RBR) - 1m32s584
3 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1m32s667
4 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1m33s207
5 - Paul di Resta (ESC/Force India) - 1m33s235
6 - Adrian Sutil (ALE/Force India) - 1m33s246
7 - Mark Webber (AUS/RBR)  - 1m33s078*
8 - Kimi Raikkonen (FIN/Lotus)  - 1m33s327
9 - Lewis Hamilton (ING/Mercedes)  - 1m32s762*
10 - Jenson Button (ING/McLaren) - sem tempo
11 - Romain Grosjean (FRA/Lotus) - 1m33s762
12 - Sergio Pérez (MEX/McLaren) - 1m33s914
13 - Daniel Ricciardo (AUS/STR) - 1m33s974
14 - Nico Hulkenberg (ALE/Sauber) -  1m33s976
15 - Valtteri Bottas (FIN/Williams) - 1m34s105
16 - Jean-Eric Vergne (FRA/STR) - 1m34s284
17 - Pastor Maldonado (VEN/Williams) - 1m34s425
18 - Charles Pic (FRA/Caterham) - 1m35s283
19 - Jules Bianchi (FRA/Marussia) - 1m36s178
20 - Giedo van der Garde (HOL/Caterham)  - 1m36s304
21 - Max Chilton (ING/Marussia)  - 1m36s476
22 - Esteban Gutiérrez (MEX/Sauber)  - 1m34s730*
 
* Mark Webber perde 3 posições no grid por acidente com Jean-Eric Vergne (STR) no GP da China; Lewis Hamilton perde 5 posições no grid por trocar a caixa de marcha da Mercedes; Esteban Gutiérrez perde 5 posições no grid por acidente com Adrian Sutil (Force India) no GP da China.
 

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Revista Speed - Edição 10

A edição de número dez da Revista Speed foi ao ar nesta manhã. O carro-chefe desta edição fica por conta de uma entrevista feita com Nicolas Costa, que foi campeão da Fórmula Abarth em 2012 e que este ano estará na GP3. Além disso, matérias sobre a F1, GP2 e MotoGP estão neste número.
Outro destaque fica para a matéria feita pelo Paulo Alexandre Teixeira que fala sobre o possível regresso da Honda à F1 pela equipe Mclaren em 2015, o que poderia reeditar uma das vitoriosas parcerias da categoria. Outras duas matérias também levam a assinatura do Speeder: sobre o belo e vitorioso Lotus 49 e os vinte anos do GP da Europa de Donington Park.
As tradicionais colunas "O grande Circo", "Bus Stop", "Fire Up" e "Papo Ligeiro" abordam temas como a tensão no Bahrein; a crise na Red Bull; as cobranças de Ecclestone para autódromo de Interlagos e difícil missão dos times pequennos para chegar na casa dos pontos.
A minha contribuição para esta edição foi o tributo ao "Barão" Wilson Fittipaldi e sobre a vitória de Ayrton Senna no GP do Brasil de 1993.
Espero que gostem desta edição:

O link da décima edição da Speed: http://speedrevista.wordpress.com/2013/04/18/speed-10-abril-2013/


quinta-feira, 18 de abril de 2013

Foto 189: Rindt, 71

Jochen Rindt e sua esposa Nina, durante um passeio de lancha no lago de Geneva em 1970. O campeão post-mortem de 1970 estaria completando 71 anos hoje.

Foto 188: Clark e Spa

Se havia um circuito que Jim Clark não gostava, este era o desafiador Spa-Francorchamps. Irônicamente era uma prova que ele dominava em qualquer que fosse a situação, tanto que a venceu quatros vezes de forma consecutiva (1962, 63, 64 e 65).
Na foto acima, o piloto escocês caminhando para a sua segunda vitória no GP da Bélgica de 1963 com a sua Lotus 25-Climax após ter largado da oitava posição. Ele terminou quatro minutos à frente de Bruce Mclaren.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

GP da China - Corrida - 3ª Etapa



A julgar pelo ritmo apresentado durante as 56 voltas do GP chinês, dificilmente alguém seria páreo para Fernando Alonso naquela rara tarde de sol em Xangai. Após uma classificação onde Lewis Hamilton ditou o ritmo e Kimi Raikkonen mostrou mais uma vez a força da Lotus ao colocá-la na primeira fila, era difícil prever se a Ferrari teria ritmo para brigar, principalmente, com a Mercedes de Hamilton. Mas a má largada de Kimi e o ataque maciço do duo ferrarista na abertura da terceira volta, ao ultrapassar Lewis na reta de largada, facilitou a vida de Alonso que teve apenas o trabalho de construir uma vantagem que lhe deu o conforto de fazer os pit-stops e voltar na frente ou próximo dos seus rivais diretos.
As câmeras on-board e as externas mostraram o quanto que a pista chinesa é porosa. Devido ao tempo fechado dos últimos anos, ora por poluição, ora por causa da chuva, isso ficou camuflado e pouco podíamos ver o quanto que ela é abrasiva. Com a Pirelli levando seus pneus macios e médios, as equipes tiveram um quebra cabeça infindável neste fim de semana e que por incrível que pareça, foi dominada amplamente por um carro que tinha sérios problemas de desgaste de pneus nos últimos anos. A Ferrari parece ter resolvido esta questão, pois até o ano passado este era o grande calcanhar de Aquiles da equipe vermelha. Se eles acertassem o carro para andar bem com um tipo de pneus, quando o outro fosse usado certamente o ritmo de corrida seria prejudicado. Ontem Alonso não demonstrou nenhum tipo de dificuldade com isso, tanto que quando seus pneus médios já deveriam estar na lona, ele conseguia manter um bom passo frente  aos demais. Na sua luta por um lugar no pódio, Vettel parecia ter condições de tirar de Fernando a chance de ganhar a corrida quando fez a sua parada na volta 34. Ele alcançara Raikkonen e Lewis rapidamente na luta pela 2ª e 3ª posições e seus tempos de volta eram muito bons e sua desvantagem para Alonso era de 23 segundos. Mas após seis voltas e depois de ter superado seus dois rivais, Sebastian se encontrava com 19 segundos de desvantagem e essa diferença ficou oscilando nessa casa até que Alonso parou nos boxes em torno da volta 40-43 e voltou em segundo, bem próximo de Vettel. Uma volta foi o suficiente para o espanhol passá-lo e abrir larga vantagem. Para Sebastian ainda restava a chance de colocar os macios e fazer um curto stint no ritmo de classificação. Isso foi possível faltando quatro voltas para o fim e ele descontou uma diferença de 7-8 segundos para Lewis em três voltas, virando tempos na marca de 1’36 – num momento que os demais já viravam na casa de 1’39-1’40. Mas os dois erros na entrada e contorno do curvão que antecede a reta oposta, o privou de passar Hamilton na reta na última volta e conseguir o terceiro posto.  
Devido a esta característica abrasiva, a corrida ficou ligada ao consumo dos pneus e quem soube melhor administrá-los é que se saiu bem. Fernando Alonso foi o vencedor, mas Button também brilhou neste quesito que lhe é habitual. Com um carro nitidamente abaixo de Red Bull, Ferrari, Mercedes e Lotus neste momento, o piloto inglês conseguiu retardar ao máximo as sua paradas de boxes e livrou um honroso quinto lugar, sendo que chegou a ficar em segundo em algumas ocasiões, e fez apenas duas paradas contra três dos quatro primeiros. Com um carro em melhor condição, podia ter subido ao pódio. Lewis, com a sua Mercedes, aparentava estar em grande para este GP quando cravou uma pole com certa folga e o desempenho do seu carro com pneus médios era satisfatório a ponto de ser indicado como favorito a uma vitória. Esse desempenho não apareceu e Hamilton teve que contentar-se em brigar com Kimi Raikkonen pela segunda posição. O piloto finlandês mostrou bom desempenho mais uma vez, mas os danos de um incidente com Pérez num estágio da corrida, que por pouco não resultou num grave acidente, o atrasaram bastante. E nem o Lotus, que mostrou ser um carro bem econômico no trato com os pneus, não escapou de fazer três paradas de box. Apesar de Mark Webber ter sido limado na primeira metade da corrida, devido um pneu solto, a Red Bull sofreu com os desgastes dos pneus no carro de Vettel. Largando com os médios e arriscar apenas duas paradas, essa idéia foi para o ralo quando Sebastian parou na volta 14 para fazer a sua primeira troca de pneus. O restante da corrida foi uma batalha intensa do tri-campeão com os compostos para tentar conservá-los ao máximo. Ao que parece, este deve ser o grande desafio dos rubro taurinos durante esta primeira parte do mundial: tentar diminuir o alto desgaste dos pneus e dar a Sebastian a chance de lutar pela pole, sem ter que sacrificar essa oportunidade como aconteceu na China.
A Ferrari apresentou uma melhora nos seus carros e, pelo menos neste momento, parece ser o melhor carro do lote e isso pode se confirmar na corrida da semana que vem, no explosivo GP do Bharein. Uma semana não parece ser suficiente para que os concorrentes consigam correr atrás de evoluções para que possa alcançar o time italiano. Mas isso pode muito bem ser apenas um acerto feliz que Alonso conseguiu para esta etapa. A verdade mesmo é que a Pirelli acena com a possibilidade de mudar a composição dos pneus para a corrida da Espanha, a quinta etapa. E se a Ferrari conseguiu entender o “segredo da borracha”, talvez desfrute muito pouco dela. 

Resultado Final - Grande Prêmio da China - Circuito de Xangai - 56 Voltas - 3ª Etapa - 14/04/2013

1- Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1h36m26s945
2- Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) - a 10s100
3- Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - a 12s300
4- Sebastian Vettel (ALE/RBR) - a 12s500
5- Jenson Button (ING/McLaren) - a 35s200
6- Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 40s800
7- Daniel Ricciardo (AUS/STR) - a 42s600
8- Paul di Resta (ESC/Force India) - a  51s000
9- Romain Grosjean (FRA/Lotus) - a 53s400
10- Nico Hulkenberg (ALE/Sauber) - a 56s500
11- Sergio Perez (MEX/McLaren) - a 1m03s800
12- Jean-Eric Vergne (FRA/STR) - a 1m12s600
13- Pastor Maldonado (VEN/Williams) - a 1m33s800
14- Valtteri Bottas (FIN/Williams) - a 1m35s400
15- Jules Bianchi (FRA/Marussia) - a 1 volta
16- Charles Pic (FRA/Caterham) - a 1 volta
17- Max Chilton (ING/Marussia) - a 1 volta
18- Giedo van der Garde (HOL/Caterham) - a 2 voltaS

 
Não completaram:                                                    
Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - na 22ª volta
Mark Webber (AUS/RBR) - na 16ª volta
Adrian Sutil (ALE/Force India) - na 6ª volta
Esteban Gutierrez (MEX/Sauber) - na 5ª volta
 
Volta mais rápida: Sebastian Vettel (ALE/RBR) - 1m36s808


Foto 1039 - Bernd Rosemeyer, Roosevelt Raceway 1937

  (Foto: Adam Gawliczek)  Um momento de descontração antes do embate dos europeus vs americanos pela 13ª edição da Vanderbilt Cup, realizada...