(Foto: Toyota) |
Voltando para a corrida, a Toyota certamente tem os filmes de suas duas últimas edições bem guardadas como lição e desta vez, onde a vitória pode acontecer, o mantra dentro da equipe é que "devagar se vai ao longe" visto que, para muitos, a condução exagerada de seus pilotos principalmente na edição de 2017 poder ter influenciado para os problemas que afetaram os três carros naquela edição, sendo que dois foram limados na mesma hora. Ter uma condução mais cadenciada frente a toda essa situação que permeia a prova deste ano, fará mais sentido para que preservem ao máximo o equipamento. E caso as coisas vão mal - lembrando que estamos a tratar de uma longa prova - o uso do equipamento bem cuidado para um momento critico, é de grande valia. Bem provável que os seis pilotos da marca devem ter recebido todas os conselhos ao máximo, de tal ponto de saberem isso de memória.
Entre os não hibridos, a batalha tende a ser das mais apertadas: Rebellion e SPM estão bem próximas - como já vimos em Spa - e isso trará a essa turma uma gama de situações que podem definir seus futuros durante o certame. Apesar de não ter parecido tão bem, a By Kolles não é de se descartar da briga: acredito que tenham se preparado bem, uma vez que falharam a prova de abertura justamente para uma melhor ambientação para Le Mans. Os Ginettas... bem, não foram lá grande coisa devido os mais variados problemas, mas na última classificação melhoraram o passo chegando andar na casa de 3'23. Mas não devem passar de meros figurantes.
Na LMP2 a disputa tende a ser palmo a palmo, já que os tempos de volta foram bem próximos principalmente entre os Oreca que praticamente dominaram as ações. A TDS com o #28 foi o pole, mas por não ter feito a parada para a pesagem, teve as suas melhores voltas retiradas o que fez cair na tabela de tempos e largar apenas na 17ª posição da classe (25ª na geral). Mas podem muito bem escalar o pelotão e batalhar contra IDEC, Dragonspeed e G-Drive, que mostraram um bom passo e ocuparam as três primeiras colocações no grid da P2. Apesar de não terem aparecido tão bem até aqui, é para se observar o ritmo dos atuais campeões da classe LMP2 a Jackie Chan Racing.
A classe de onde esperamos os melhores e mais insanos duelos, a LMGTE-PRO teve na Porsche a sua grande dominadora com seus dois 911 RSR retrô dominando os treinos oficiais desde a primeira atividade. Mesmo que a Ford tenha feito um belo trabalho no treino livre, foram nas qualificações que a Porsche deu o ar da graça a comandar amplamente. Mas o domínio da Porsche e o bom ritmo da Ford podem sofrer uma pequena queda de rendimento com o BOP apresentado pela ACO para a prova de amanhã, onde ambas foram as mais "castradas", com adição de peso enquanto as demais tiveram uma diminuição, ou não, de peso: Aston Martin e BMW perderam 10kg, enquanto que a Corvette perdeu apenas 5kg e Ferrari continuou com o mesmo peso, no entanto tiveram um aumento na capacidade do tanque de combustível de de 92 para 93 litros; Porsche e Ford tiveram seus pesos aumentados para mais 10kg. A Aston ainda terá um aumento no boost que lhe dará cerca de 7cv. Ou seja, se a categoria estava fadada a ter um duelo particular entre Porsche e Ford, poderemos ter mais outros pretendentes na disputa.
E na LMGTE-AM, a Porsche também mostrou a sua força ao se posicionar com três 911 RSR (o pole e o terceiro sendo da Dempsey-Proton Racing e o segundo para a Gulf Racing), mas a Ferrari ainda pode dar luta a estes durante a prova. A classe também sofreu com o BOP divulgado pela ACO hoje: Aston Martin perde 10kg; Porsche ganha 10kg e Ferrari se mantém no peso. Talvez o equilibrio apareça.
Independente do que possa acontecer durante as 24 horas de prova, esta tende a ser mais uma grande edição. Mas haverá aqueles a esbravejarem e chorarem ao final. Aí restará saber se é de raiva ou alegria.
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