Falamos tanto de Gilles Villeneuve quando queremos nos referir a pilotagens performáticas. De fato: o canadense foi espetacular quando assumia o volante de um carro de corrida, conseguindo angariar uma legião de fãs. Mesmo que se acidentasse, aquilo fazia parte do show.
Mas esquecemos de Ronnie Peterson. O sueco sabia tão bem fazer um carro bailar pelas curvas quanto o canadense, mas havia algo melhor: tinha uma elegância para fazer isso que prendia a atenção de todos.
Se a pessoa que não estava acostumada com aquilo, imaginaria que ele estamparia o carro em algum muro. Mas na verdade ele se safava e conseguia tirar o máximo do carro para uma volta espetacular. Anos atrás existiu um vídeo onde mostrava as últimas voltas do GP de Mônaco de 1974, prova que Ronnie venceu com a Lotus 72. O modo de contornar as curvas do traçado de Monte Carlo era hipnótico: o Lotus 72 dançava de um lado para o outro de uma forma absurdamente bela, fazendo que aquilo parecesse fácil. Ronnie venceu com 28 segundos de vantagem sobre o Tyrrell de Jody Scheckter. Outra aula de como domar um carro no sobreesterço? O vídeo onboard da sua volta com a March em Anderstorp, 1972, é de uma beleza infindável.
Mas não era apenas isso que fazia de Peterson especial. A sua velocidade pura e crua pôs o recém campeão mundial de 1972 Emerson Fittipaldi, para suar o macacão para que pudesse acompanhar a sua tocada. Quando dividiram o espaço na Lotus em 1973, Ronnie foi avassalador nas classificações conseguindo largar 11 vezes (sendo nove poles) na frente de Emerson, enquanto que o brasileiro conseguiu apenas quatro vezes (sendo uma pole) essa proeza. O sueco ainda venceria quatro GPs contra três de Fittipaldi.
A velocidade de Ronnie Peterson ficava muito bem vista em Monza. Um circuito que exala história, velocidade, dramas e tragédias, era o palco perfeito para que o sueco mostrasse toda a sua virtuose ao volante de um carro. Venceu pela primeira vez lá em 1973, na famosa prova em que Emerson passou todo o certame atrás dele esperando a ordem de troca de posições por parte de Colin Chapman, que nunca veio. Repetiu o feito em 1974, num momento que a Lotus já não estava no mesmo patamar de McLaren e Ferrari. E voltaria ao topo do pódio em 1976, na prova que marcou o retorno de Niki Lauda.
Infelizmente, em 10 de setembro de 1978, na pista onde melhor resumia a sua fabulosa pilotagem, o acidente na largada antes da primeira chicane de Monza deu início a um período dramático para Ronnie: as pernas moídas por conta do violento impacto que destruiu a dianteira do Lotus, levaram a equipe médica do hospital onde estava internado a amputar o pé esquerdo. Mas uma embolia acabou por dar fim da vida de Ronnie Peterson em 11 de setembro.
Infelizmente, em 10 de setembro de 1978, na pista onde melhor resumia a sua fabulosa pilotagem, o acidente na largada antes da primeira chicane de Monza deu início a um período dramático para Ronnie: as pernas moídas por conta do violento impacto que destruiu a dianteira do Lotus, levaram a equipe médica do hospital onde estava internado a amputar o pé esquerdo. Mas uma embolia acabou por dar fim da vida de Ronnie Peterson em 11 de setembro.
As nove temporadas de Ronnie Peterson foi a confirmação de um grande talento, que cativou uma legião de fãs e conquistou o respeito de seus adversários. A elegância de seus contraesterços ficaram na memória, assim como o seu inconfundível capacete azul e amarelo.
O Superswede ainda vive!
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