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sábado, 18 de junho de 2016

84ª 24 Horas de Le Mans: 7ª, 8ª e 9ª Horas

As últimas hora, principalmente esta última, foi das mais movimentadas para algumas classes: na LMP1 a Porsche #1 que tão bem lutou com a Toyota #6 pela liderança, teve um problema elétrico e já se encontra nos boxes - sob um cavalete - oito voltas atrás do líder e está pela sexta posição. Assim como o Audi #7, que também está nos boxes por problemas mecânicos, está logo a seguir do Porsche na sétima colocação. Podemos dizer que já que estão praticamente de fora da briga pela vitória, a não ser que aconteça uma grande reviravolta. A Toyota continua de forma imaculada na dianteira da prova com o #6, seguido pelo Porsche #2 e pelo outro Toyota #5.
Na LMP2, O #47 da KCMG que figurou boa parte da prova até aqui entre os primeiros, teve problemas elétricos e no momento se encontra nos boxes e praticamente fica de fora da briga pela vitória nesta classe. A Thiriet com seu #46 continua na ponta, sempre escoltada pelo #36 da Alpine e pelo #26 da G-Drive.
Na LMGTE-PRO, a Ford teve problemas em dois de seus carros (#66 e #67), mas o Ford #68 está na liderança com o Ferrari #82 da Risi em segundo e o outro Ford #69 em terceiro.
Na LMGTE-AM, a Porsche que esteve muito bem em todos os horários sempre com dois ou três carros nas primeiras posições, tem apenas o #88 da Abu-Dhabi/Proton em primeiro com o Ferrari #62 da Scuderia Corsa em sem segundo e o outro Ferrari #55 da AF Corse em terceiro.

84ª 24 Horas de Le Mans: 6ª Hora

Kamui Kobayashi fez um bom trabalho a bordo do Toyota #6, conseguindo manter sempre a vantagem em recuperar a liderança quando o Porsche #1 ia aos boxes. Neste momento o carro da equipe japonesa leva mais de um minuto de vantagem sobre o Porsche #1 e na terceira posição aparece outro Toyota #5. O Audi #7 já está entre os dez primeiros ocupando a sétima posição.
Na LMP2, a Thiriet se mantém na liderança com o seu #46 seguido pelo #36 da Signatech e pelo #47 da KCMG.
Na LMGTE-PRO, a batalha está restrita neste momento a Ford e Ferrari e com os italianos a liderarem a classe com o #82 da Risi. Em segundo e terceiro aparecem os dois Ford GT de números #68 e #69.
Na LMGTE-AM, o Porsche #88 da Abu-Dhabi/Proton lidera com o Porsche #78 da KCMG em segundo e o Aston Martin #98 em terceiro.

84ª 24 Horas de Le Mans: 5ª Hora

Como em horas anteriores, nada demais na LMP1. A liderança só teve mudanças por conta das paradas de box. A Porsche continua na liderança com o #1, seguido pelo Toyota #6 e pelo outro Porsche #2. O Audi #7 é o 15º neste momento.
Na LMP2, liderança é do #46 da Thiriet e a segunda posição é do Alpine #36 da Signatech, que é o único até agora a se intrometer no domínio quase que absoluto da Oreca nessa classe. Em terceiro aparece o #47 da KCMG.
Na LMGTE-PRO, trinca da Ford até aqui com o #68 a liderar; #66 em segundo e #69 em terceiro.
Na LMGTE-AM, a Porsche continua seu dominio agora com o #88 da Abu-Dhabi/Proton liderando a classe e o #78 da KCMG em segundo. A terceira posição é do Aston Martin #98.

84ª 24 Horas de Le Mans: 4ª Hora


A maior parte das movimentações na liderança da LMP1 foi por conta das paradas de box, até porque a diferença entre o líder e o segundo sempre foi de 10 segundos para mais. Neste momento a liderança pertence ao Porsche #1, com o Toyota #6 em segundo e o Audi #8 em terceiro. O Audi #7 é o 24º na geral, seis voltas atrás do líder.
Na LMP2, O #47 da KCMG é o líder com #36 da Signatech em segundo e o #44 da Manor em terceiro.
Na LMGTE-PRO, a Ferrari #82 da Risi lidera com os Fordo GT #68 e #66 logo em seguida.
Na LMGTE-AM, a Porsche faz a trinca com o #78 da KCMG; #88 da Abu-Dhabi/Proton e #86 da Gulf Racing.
A prova está em Slow Zone na freada para a Dunlop por conta do acidente do Porsche #89 da Proton Competition da LMGTE-AM.

84ª 24 Horas de Le Mans: 3ª Hora

Foi uma hora tranquila, sem muitas mudanças na LMP1 e quando aconteceram foi por conta das paradas de box. A Porsche lidera com o #1, seguido pelo Toyota #6 e Audi #8. O Audi #7 continua sua escalada, ainda seis voltas atrás e na 53ª posição na geral.
Na LMP2, a Oreca domina as três primeiras posições com o #44 da Manor na liderança, seguido pelo #46 da Thiriet e pelo #47 da KCMG.
Na LMGTE-PRO, briga boa entre Ford e Ferrari pela liderança neste momento com o Ferrari #82 a levar a melhor sobre o Ford #68. Em terceiro aparece o outro Ferrari #71.
Na LMGTE-AM, a Porsche domina a classe com o #88 da Abu-Dhabi/ Proton em primeiro; #78 da KCMG em segundo e o #98 da Aston Martin em terceiro.

84ª 24 Horas de Le Mans: 2ª Hora

A segunda hora de prova em Sarthe foi das mais animadas, com um duelo muito bom entre os Porsches 919 Hybrid, Toyota #6 e Audi #8. Por certo momento, o Toyota #6 esteve na liderança e que foi logo suplantado pelo Audi #8 e Porsche #2 conforme as paradas de box iam acontecendo. Quando as coisas se estabiliziram, Porsche #2 e Audi #8 travaram ótimo duelo pela primeira colocação. Posteriormente, com o aumento do tráfego, o Audi #8 ficou em segundo e foi duelar com o Toyota #6 pela segunda posição. Neste momento, devido as paradas de box, o Toyota #6 é líder com o Porsche #2 em segundo e Toyota #5 em terceiro. Audi #7 é que não teve grande jornada nesta segunda hora, perdendo seis voltas no box para troca do turbo. No momento é 58º na geral.
Na LMP2, o #44 da Manor lidera com o #46 da Thiriet em segundo e o #42 da Strakka Racing em terceiro.
Na LMGTE-PRO, a Porsche tem bom andamento ao liderar por boa parte desta hora e no momento lidera com o #92, com o Ferrari #51 da AF Corse em segundo e o outro Ferrari #82 da Risi em terceiro.
Na LMGT-AM, liderança continua com o #78 da KCMG; segundo para o Porsche #88 da Abu-Dhabi/Proton e terceiro para a Ferrari #55 da AF Corse. 

84ª 24 Horas de Le Mans: 1ª Hora

Não foi uma primeira hora como a maioria aguardava para este início de 24 Horas de Le Mans: por conta da chuva, a direção da prova decidiu largar com o SC e esse regime se manteve por mais de 50 minutos. Após a saída do SC, a prova foi iniciada e podemos ver um ataque feroz do Toyota #6 contra o Porsche #1 que nitidamente segurava o ritmo para uma escapada do #2 na ponta. Ao final dessa hora, o Toyota acabou por suplantar os Porsches e assumir a liderança na LMP1.
Na LMP2, o #26 da G-Drive é líder com o #36 da Signatech em segundo e o #35 da Baxi em terceiro.
Na LMGTE-PRO, a briga é intensa entre Ford, Porsche e Ferrari pelas primeiras posições, com o #68 da Ford a liderar o grupo seguido pelo #91 e #92 da Porsche.
Na LMGTE-AM, liderança para o Porsche #78 da KCMG seguido pelo outro Porsche #88 da Abu-Dhabi/Proton e pelo Ferrari #83 da AF Corse.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

84ª 24 Horas de Le Mans: O duelo da vez é com a durabilidade



Para quem acompanha bem a temporada do WEC deste ano, percebeu que as três principais fábricas da LMP1 tem tido o mais diverso dos problemas em seus carros desde a prova de Silverstone. E para esta 24 Horas de Le Mans, os olhos dos chefes destas equipes não estarão voltados apenas para os seus rivais, mas também para as reações que os seus bólidos possam apresentar durante todo o certame. Nos treinos realizados até aqui, Porsche e Toyota não tem muito que reclamar da durabilidade de seus carros. Foram bem em todos os estágios, mostrando boa velocidade. Já a Audi não pode dizer a mesma coisa: os dois carros enfrentaram problemas e a quinta-feira, que poderia ser um bom termômetro para saber em que condição está os dois R18, foi de chuva quase que torrencial, atrapalhando bem a programação deles.
A Porsche apresentou novamente uma velocidade bem ao seu estilo, cravando voltas extremamente velozes e fazendo pela segunda vez consecutiva a primeira fila em Sarthe. Talvez se os dois últimos treinos – ou apenas um deles – tivesse sido realizado em pista seca, poderiam ter baixado muito mais do que os 3’19’’733 feito por Neel Jani com o 919 Hybrid #2 – aliás, o suiço parece ter a mão do carro para este tipo de situação, uma vez que foi dele a marca impressionante de 3’14 no qualy do ano passado, o que lhe valeu o recorde absoluto do traçado francês. Assim como em 2015, aparenta que a Porsche possa andar com seus dois carros bem próximos, tentando garantir a segurança um do outro por conta de futuros ataques dos rivais.
A Toyota fez um bom trabalho até aqui. Dois carros muito bem postados e com tempos próximos da Porsche. Também não dá para dizer o quanto que possam estar à frente da Audi, sendo que o único duelo que tiveram diretamente com eles foi nos treinos livres. Mas mesmo assim, a diferença para os alemães foi pouca, o que sugere que vão lutar forte com os “Auto Union”. Mas não podemos descartar a Toyota de um possível ataque à Porsche, uma vez que em Spa os japoneses tiveram um ritmo bem satisfatório e poderiam muito bem ter discutido – e vencido – o Audi R18 #8 na prova belga, caso o TS050 #5 não tivesse pifado o motor. E a corrida em Spa tem sido um bom parâmetro nestes últimos anos.
A Audi sofre lá o seu calvário: até apresentaram um bom ritmo com o R18 #8 nos treinos livres, sendo superado pelos Porsches no final do treino, mas uma saída de pista após a primeira chicane, o carro apresentou uma lentidão incomum que foi logo descoberta: o sistema elétrico estava afetado. O carro mal andou no primeiro classificatório e quando esteve em pista, foi gradativamente ganhando performance, mas longe do que havia apresentado mais cedo. E ainda teve o agravante de um problema nos freios... Mesmo assim, conseguiu passar o seu gêmeo #7 na classificação para garantir um quinto lugar no grid. O R18 #7 esteve bem discreto, talvez trabalhando mais para a corrida, que no fim das contas é o que interessa. Mas eles tiveram seus problemas também, com uma fuga de combustível ontem. O pior é que a chuva desta quinta atrasou bastante qualquer avaliação em torno do desempenho dos carros após estes problemas, o que adiciona mais uma dor de cabeça para a fábrica das quatro argolas quando os carros partirem para prova. Mas uma coisa ficou certa nos treinos de quarta, tirando pelo ritmo, é que o #8 deverá ser o coelho deles.
Entre as equipes particulares, a Rebellion deve apresentar um duelo caseiro, já que esta classe apresenta apenas os dois carros da equipe suíça e mais o da By Kolles, que teve um principio de incêndio no treino livre e pouco participou das demais práticas.

As demais classes

Apesar dos Orecas terem apresentado uma boa velocidade na LMP2, não podemos descartar o bom andamento dos Alpine desde os treinos livres o que sugere uma batalha bem interessante nesta classe do início ao fim, como é de costume. Os Ligier, a primeira vista, terão que remar um pouco mais se quiser entrar nessa batalha.
A LMGTE-PRO é a classe onde se repousam as melhores expectativas de um duelo brutal pela vitória. O retorno da Ford com seus Ford GT já era algo de se animar nesta classe, mas o após o passo que eles apresentaram desde os treinos livres deixaram a concorrência de cabelo em pé e também um tanto critica, tanto que a Corvette reclamou veemente do desempenho de seus conterrâneos, uma vez que eles estavam muito acima do que poderiam depois do BOP realizado antes do inicio dos treinos. A Ford conseguiu cravar a primeira fila na PRO com tempos recordes, sendo o #68 conseguiu o tempo de 3’51’’185 e o #69
com a marca de 3’51’’497. Os outros dois Ford, #67 e #66, ficaram em quarto e quinto respectivamente. Não fosse a intromissão da Ferrari 488 GTE da AF Corse #51 na terceira colocação, o massacre dos carros americanos teria sido ainda maior. A Ferrari também esteve em boa forma: além do carro da AF Corse em terceiro, apareceu com outros dois na sexta e sétima colocação desta classe, sempre com um ritmo muito superior aos de outros carros que costumam estar brigando com eles pelas primeiras posições, como Porsche, Aston Martin e Corvette. Esse desempenho assombroso da Ford e Ferrari fez com que a ACO mexesse no Bop deles antes da prova de amanhã, fato inédito nas 24 Horas de Le Mans: A Ford teve redução na pressão do seu bi-turbo e recebeu um lastro de 10kg; a Ferrari também teve teve redução no turbo e um aumento no lastro para 15kg e também um aumento extra no tanque de combustível para 4 litros; Corvette teve uma abertura de 0,2mm no restritor de ar e mais dois litros no tanque de combustível; Aston Martin sofreu abertura no restritor de ar de 0,4 mm e aumento de dois litros no tanque; e a Porsche não recebeu nenhuma alteração.
Se havia uma disparidade entre estes carros, a corrida pode nos mostrar um cenário bem mais competitivo após estas mudanças.
E na LMGTE-AM, a Aston Martin que sempre tem apresentado um bom passo em Le Mans, talvez tenha que se preocupar com a Ferrari que apresentou um ritmo bem satisfatório, como bem mostra a pole conquistada pelo #61 da Clearwater Racing.
A verdade é que, para todas as classes, os duelos estarão bem garantidos, mas só nos resta saber se quem vai escrever o seu nome na história desta 84ª edição será um dos figurões de sempre (Porsche ou Audi) ou a tão sonhada primeira conquista (Toyota). Ou até mesmo uma bela zebra suíça... Quem sabe!


quinta-feira, 16 de junho de 2016

84ª 24 Horas de Le Mans: E a pole vai para... A Porsche

Podemos dizer que a chuva que se fez presente desde o segundo treino classificatório, invadindo o terceiro e último treino de classificação, facilitou e muito a vida da Porsche para que esta conquista pelo segundo ano consecutivo a primeira fila para as 24 Horas de Le Mans. Com a marca de 3'19"733 feita por Neel Jani no primeiro classificatório de ontem, ele e seus parceiros no Porsche 919 Hybrid #2, Romain Dumas  e Marc Lieb, ocupam a pole position pela segunda vez consecutiva em Sarthe. Na segunda colocação aparece o Porsche#1 de Mark Webber/ Brendon Hartley/ Timo Benhard, com o Toyota #6 em terceiro e o #5 em quarto. A Audi, que enfrentou problemas em seus dois carros ontem, tem o R18 #8 em quinto e o #7 em sexto. A Rebellion ficou em sétimo e oitavo com o  #13 e #12 respectivamente.
Na LMP2, a G-Drive marcou a pole com o seu #26 com o tempo de 3'36"605, com o Alpine #35 da Baxi DC em terceiro o outro Alpine #36 da Signatech em terceiro.
Na LMGTE-PRO, a Ford conseguiu a primeira fatia do seu bolo em comemoração aos 50 anos de sua conquista em Sarthe ao ter dois Ford GT na primeira fila, com o #68 a fazer a marca recorde para esta classe com o tempo de 3'51"185 e o #69 em segundo. A Ferrari 488 GTE #51 da AF Corse ficou em terceiro, sendo a intrusa entre os Ford já que os outros dois, o #67 e #66, aparecem logo em seguida.
Na LMGTE-AM, a pole ficou para a Ferrari #61 da Clearwater com o tempo de 3'57"827, seguido pelo Aston Martin #98 em segundo e pela Ferrari #88 da Abu-Dhabi Proton Racing.
As 24 Horas de Le Mans terá seu início às 15 horas da França (10:00 de Brasília).

quarta-feira, 15 de junho de 2016

84ª 24 Horas de Le Mans: Na primeira classificação, deu Porsche

Não foi muito difícil a Porsche chegar a marca de 3'19"733 com o #2, ainda na primeira hora do primeiro treino classificatório. O #1 ficou logo atrás, com a Toyota aparecendo em terceiro com #6. O outro Toyota #5, fez o quarto tempo. A Audi, que andou bem no treino livre, teve o atraso no #8 por conta de problemas - provavelmente ainda proveniente da escapada que este teve no treino de hoje cedo, quando voltou lento para os boxes e de lá não voltou mais. O #8 treinou, mas com o ritmo bem mais lento que os carros híbridos, para depois se acertar no fim do treino e conquistar o quinto posto, deslocando o #7 para sexto. Apesar de não ter sido um treino animador, o ritmo apresentado por eles, especialmente o #8 no treino livre, é de considerar que voltem forte amanhã.
Na LMP2, a G-Drive fez o melhor tempo com o #26 com a marca de 3'36"605 que foi melhorada perto do fim do treino. Em segundo aparece o Alpine #35 da Baxi DC e em terceiro o Alpine #36 da Signatech.
Na LMGTE-PRO, a Ford deu troco ao colocar seu #68 em primeiro e de quebra fazer o recorde da classe com o tempo de 3'51"185, rebaixando o outro Ford GT #69 para segundo no fim do treino. Em terceiro aparece a Ferrari 488 GTE #51 da AF Corse.
Na LMGTE-AM, a Ferrari #61 da Clearwater Racing continuou com sua boa forma ao fazer o primeiro tempo com a marca de 3'56"827. A Aston Martin Racing posicionou o seu #98 em segundo e na terceira posição a Ferrari #55 da AF Corse.
Os últimos dois treinos classificatórios acontecerão amanhã, para a definição do grid de largada.

84ª 24 Horas de Le Mans: Porsche comanda os treinos livres

Foi uma boa batalha com a Audi que a Porsche proporcionou neste treino livre de 4 horas de duração, que terminou a pouco por conta de uma bandeira vermelha causada pelo Morgan Nissan #28 da Pegasus, que escapou e bateu na barreira de pneus da curva Ford.
A Porsche colocou seus dois 919 Hybrid na ponta da tabela da LMP1, com o #2 fazendo a melhor marca com 3'22''011, seguido pelo #1 (0''539). A Audi teve o R18 #8 como o melhor dos dois carros, ficando em terceiro, 0''938 atrás do Porsche #2, mas este esteve em boa performance chegando até mesmo a ficar na liderança do treino em algumas oportunidades, enquanto que o #7 ficou em sexto. A Toyota manteve-se com um ritmo bem próximo dos dois Porsches e do Audi #8 em alguns estágios, mas ficou com o melhor carro, o #6, em quarto e o #5 em quinto. Entre os LMP1 não híbridos, melhor para o Rebellion #12 que marcou o tempo de 3'28''036. O carro da By Kolles #4 teve um principio de incêndio e pouco participou do treino.
Na LMP2, melhor tempo para KCMG #47 com a marca de 3'39''133 tomando o primeiro lugar do Alpine Nissan da Signatech no final. A terceira colocação foi da Ligier #23 da Panis-Barthez.
Na LMGTE-PRO, a batalha promete ser bem justa. Apesar de Corvette, Aston Martin e Porsche não terem aparecido bem neste treino livre, Ferrari e Ford estiveram bem, com os carros da marca americana conseguindo em certo ponto do treino livre as três primeiras posições. Mas coube a Ferrari #51 da AF Corse fazer a melhor marca da classe, com o tempo de 3'53''833 seguido pela Ferrari #82 da Risi Competizione e com o Ford GT #68 da Ganassi em terceiro.
Na LMGTE-AM, a Ferrari dominou as três primeiras posições: o #61 da Clearwater Racing ficou em primeiro com o tempo de 3'57''543, com o #62 da Scuderia Corsa em segundo e o #83 da AF Corse em terceiro.
Logo mais, às 17 horas daqui, inicia o primeiro treino classificatório.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

WEC: Quem ficar por último...

(Foto: fiawec)
Não é de se estranhar que as duas primeiras etapas do Campeonato Mundial de Endurance tenham sido as mais emocionantes. Isso é algo que vem sendo a tônica de um mundial que foi retomado em 2012, exatamente quando estava completando 20 anos da sua última temporada. Mas certamente não foi apenas os pegas que deram esse interesse para um inicio tão fulgurante, mas sim os problemas – dos mais diversos – que as três principais fábricas tem enfrentado na LMP1.
Sabemos bem que a Porsche tem os carros mais velozes desta classe, e isso faz deles os favoritos quase que automáticos em qualquer prova. Isso ficou claro em Silverstone com o ritmo imposto pelo 919 Hybrid #1 e também pelo #2, mas os problemas abreviaram uma possível vitória para os atuais campeões: enquanto que Brendon Hartley foi com toda confiança do mundo para dobrar um Porsche dos GTs e quase teve um pavoroso acidente com o #1, o #2, que estava próximo de atacar o #7 da Audi, se viu ao contrário quando foi tocado por um dos Ford GT numa das relargadas e com isso teve que contentar-se com o segundo lugar, que mais tarde se transformaria em primeiro com a desclassificação do R18 #7  que teve um desgaste maior que o permitido no assoalho. Por falar nos co-irmãos, a Audi teve a sua desforra com a primeira fila no grid de largada e apareceu bem durante a corrida, com um ritmo convincente dos dois carros. Infelizmente o #8 teve problemas no turbo, que o limou cedo da prova e o #7 esteve sempre em voga até conquistar a vitória que logo foi retirada depois da vistoria técnica. Para a Toyota, que até conseguiu um bom trabalho no Prologue em Paul Ricard, esperava-se um pouco mais, mas mesmo assim ainda conseguiu salvar um pódio com o TS050 #6 que terminou em segundo após a revisão da tabela final. O #5 não teve melhor sorte naquela ocasião, após abandonar a corrida com pneu traseiro estourado.
Se havia sido o caos em Silverstone, as coisas poderiam ter seguido uma linha mais “normal” na Bélgica, quando o WEC aportou para a disputa das 6 Horas de Spa neste último sábado. Com uma dobradinha irretocável da Porsche, era de se esperar uma corrida com os dois gêmeos da casa de Weissach a discutir a vitória, mas os velhos problemas deram as caras para embaralhar as coisas na floresta de Ardennes: enquanto que o #1 sofria com dois furos de pneus seguidos e mais tarde problemas no drive train, o #2 teve pane no sistema hibrido que cortava pela metade sua velocidade. Isso foi um presente dos deuses para a Toyota que, com o #5, liderava a prova de forma imaculada – depois de ter tido um duelo sensacional contra o Audi #8 nos estágios iniciais da prova – quando uma rara quebra de motor tirou uma boa chance dos japoneses vencerem no WEC, coisa que não acontece desde as 6 Horas do Bahrein de 2014. Foi uma pena ver aquela fumaça azul tirar uma chance dessa quando o carro estava na reta Kemmel... Pior foi o #6, que esteve envolvido em alguns incidentes e que poderia ter sido o “backup” para tentar salvar o dia da Toyota. A Audi mostrou bom ritmo em Spa, e desta vez foi o #8 que brilhou com o belo trabalho de seus três pilotos (Lucas Di Grassi – que se tornou o primeiro brasileiro a vencer uma prova do mundial de endurance em 29 anos –, Oliver Jarvis e Löic Duval) que também se livraram de confusões e problemas – apesar de terem entrado no box, na última intervenção do SC, para reparos – para ficarem no lugar certo e na hora certa e vencerem esta segunda etapa de forma convincente. O #7 não teve seus melhores dias, mas terminou em quinto. Com todos estes problemas quem mais agradece é a Rebellion, que pôde colocar por duas provas seguidas o #12 na terceira colocação. É tanto que a trinca formada por Mathéo Tuscher/ Dominic Kraihamer/ Alex Impertori é a vice líder do mundial, que tem na primeira colocação a trinca do Porsche #2 Marc Lieb/ Romain Dumas/ Neel Jani.
Com duas etapas tão caóticas nos termos técnicos e mecânicos para estas fábricas, fica até complicado pensar que estas passarão as 24 Horas de Le Mans de forma incólume. Se em provas de seis horas as coisas já foram tensas, o que esperar em Sarthe? A verdade é que até lá é bem possível que consigam sanar os problemas mecânicos e torcer para que nada de anormal nesse campo, apareça logo na prova principal do campeonato. Outro fator interessante é que nem Audi e Porsche contarão com o seu habitual terceiro carro, o que as deixam vulneráveis se caso acontecer algo com os dois carros principais. É sempre uma boa ter o terceiro carro, pois você liberar dois para que lutem de forma visceral pelas primeiras posições, enquanto que o terceiro ficará a espreita para caso precise entrar em ação. Foi mais ou menos assim que a Porsche venceu ano passado, quando deixou que o #18 e #17 lutassem contra os Audis pelas primeiras posições, enquanto que o #19 estava apenas “comboiando” a batalha. Quando viram que o #18 enfrentava problemas de freios e o #17 se atrapalhou com os retardatários nas zonas onde tinham bandeira amarela, o #19 apareceu para assumir a liderança e não mais largar para uma vitória histórica. Este ano será de mais cautela por conta dessas fábricas, o que abrirá uma boa chance para que a Toyota, agora em pé de igualdade, possa tentar beliscar a sua tão sonhada vitória em Sarthe.
Com tantas variáveis assim, quem sabe uma “zebrassa” histórica possa cavalgar por aquelas bandas. Do jeito que tem sido até aqui, até a Rebellion pode tentar sonhar com algo maior na maior prova automobilística do planeta.
E sonhar não custa nada. Claro.

sábado, 7 de maio de 2016

WEC: Os melhores momentos das três primeiras horas em Spa

Apesar de um favoritismo quase que automático para a Porsche, o percalços em provas de endurance tendem a derrubar os mais fortes. Problemas de furo de pneus para o #1 e problemas no sistema Hibrido para o #2, jogaram os Porsches para trás na classificação por um breve momento, até que o #2 voltasse para a briga ocupando a terceira posição e neste momento, o segundo posto.
A Audi também teve seus problemas, especialmente com o #7. Mas o #8 se manteve bem e herdou a liderança - que é dele neste exato momento - depois do abandono do Toyota #5.
Talvez tenha sido o grande azar do dia para os japoneses que começaram bem a corrida, lutando fortemente com os Audis. No momento que o Toyota #5 tinha condições de consolidar ainda mais a liderança, o motor abriu o bico. O Toyota #6 se envolveu em alguns incidentes e acabou abandonando a disputa.
No momento a prova se encontra em regime de SC, após o acidente de Stefan Mücke com o Ford GT #66 na Eau Rouge.

ATUALIZANDO: Neste momento o Audi #8, que liderava, acaba de entrar nos boxes. Ele ainda tem duas voltas de vantagem sobre o Porsche #2.

terça-feira, 3 de maio de 2016

quarta-feira, 30 de março de 2016

WEC: Mais um ano para a Porsche?

Prontas para o duelo: Toyota, Porsche e Audi em Paul Ricard, durante a sessão de fotos no Prologue
(Foto: dailysportscar.com)
Após os dois dias do “Prologue” realizado em Paul Ricard nos dias 25 e 26 deste mês, nos revelou um cenário quase que parecido com o que foi visto em 2015, principalmente a partir de Le Mans: uma Porsche soberana e altamente confiável, com alguma “gordura para queimar” frente as suas rivais mais diretas que é a Audi e Toyota.
Os dois melhores tempos nos dois dias, na soma geral, ficaram para a Porsche com os seus 919 Hybrid #1 (1’37’’445) e #2 (1’37’’487), enquanto que a Toyota, com o seu novo TS050, ficou em terceiro com a marca de 1’38’’273 feita com o carro #5 – que foi o único levado pela marca japonesa e dividido entre os seus seis pilotos. Já a Audi, que também levou apenas um exemplar do seu novo R18, ficou com o quarto melhor tempo com o #7 anotando 1’38’’827.
Enquanto que a Porsche levou um repaginado 919 Hybrid, apostando alto na sequência de um projeto que foi tão bem sucedido em 2015 com as conquistas em Le Mans e dos campeonatos de pilotos e marcas, a Toyota eleva o jogo com a sua nova jóia TS050 que pareceu ter agradado bastante a cúpula japonesa. Já a Audi parece ter muito o que melhorar no seu novíssimo R18, que entra na sua quinta geração: os possíveis problemas que já haviam sido alertados pelos pilotos quando o carro divulgado semanas atrás, deram as caras durante os testes. Pelo jeito o trabalho por lá será intenso.
Com uma Porsche tão forte até aqui, é de supor que tenhamos um mundial pautado pela esperança de ver a fábrica alemã se enrolando em alguma etapa para que suas rivais consigam chegar ao topo. Na verdade, se formos olhar pelos tempos alcançados nos testes, a Toyota, que chegava tomar quase dois segundos em boa parte das provas do ano passado, teve um salto muito positivo ao ficar apenas oito décimos do melhor 919 Hybrid. Um avanço considerável que coloca ainda mais pressão sobre a Audi, que tomou segundo e quatro da Porsche e ficou a meio segundo da Toyota. Mas podemos levar em conta os problemas enfrentados por eles para que chegassem “apenas” a essa marca.
Mas as condições variáveis que as corridas de seis horas normalmente nos apresenta – isso sem contar Le Mans, onde as variáveis são ainda maiores – podem equilibrar as coisas caso, por exemplo, a Toyota apresente um nível de performance que se aproxime muito da Porsche. Imagina uma batalha entre as duas e com a Audi logo ali, à espreita?

As 6 Horas de Silverstone, em 17 abril, nos dará uma real idéia das forças para esta temporada. 

sábado, 21 de novembro de 2015

WEC: A batalha em Sakhir

Não poderia ser melhor a decisão do WEC nestas 6 Horas do Bahrein, última etapa do campeonato: enquanto que o Porsche #17 enfrentou problemas mecânicos que o jogaram para trás na classificação geral, a sua recuperação foi sensacional ao chegar até a sexta colocação, mas a distância de três voltas para o Toyota #2 o impossibilitava avançar na classificação. Para tornar as coisas mais drámaticas o Audi #7 estava em segundo enquanto que o gêmeo #8 liderava, mas problemas de freio com este último quando a prova estava chegando na sua metade, deu ao Porsche #17 uma sobrevida principalmente quando o seu companheiro #18 assumiu a liderança com a parada do #7.
No momento, com a corrida a menos de duas horas e meia para o fim, tem o #18 na liderança após um duelo maravilhoso com o Audi #7 pela liderança. A terceira e quarta posições são dos Toyotas #1 e #2 e o #17 é quinto, colocação tal que lhe garante o título de pilotos.
No momento o Audi #7 apresentou problemas nos freios, que pode mudar o panorama da decisão caso o carro vá para os boxes.

domingo, 1 de novembro de 2015

Foto 545: Marcas, para a Porsche

E no seu segundo ano de WEC a Porsche chega ao seu primeiro título na categoria, conquistado nessa madrugada com a dobradinha dos carros #17 e #18 nas 6 Horas de Xangai, penúltima etapa do mundial. Foi a reconquista de um título que a marca não alcançava desde 1985, quando o campeonato ainda chamava-se World Sportscar Championship.
Ainda está em jogo a luta pelo campeonato de pilotos, onde Mark Webber/ Timo Benhard/ Brendon Hartley lideram com 12 pontos de vantagem sobre André Lotterer/ Benoit Tréluyer/ Marcel Fässler.
A decisão acontecerá em 21 de novembro com a etapa final no Bharein.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

83ª 24 Horas de Le Mans: E os donos da casa voltaram

Me recordo de uma frase dita por Tony Kanaan durante uma matéria que foi exibida antes das 500 Milhas de Indianápolis deste ano, onde ele dizia que “que aquela pista tinha vida própria. Ela escolhia quem deveria vencer naquele ano”. De certa forma ele tem razão: quantas foram as vezes que vimos um piloto estar com a vitória garantida no Brickyard e simplesmente por um problema mecânico ou acidente, perdê-la? Foram muitas até. Acho que essas pistas míticas, como é o caso de Indianápolis, costumam pregar essas peças tendo a participação ativa dos “deuses do automobilismo” na escolha de quem deve receber todas às glórias da conquista. A pista de Sarthe, a exemplo de sua “irmã mais velha”, tem esse dom de nos surpreender.
Olhando friamente esta edição, quem poderia apostar algo num trio em que dois deles visitavam a pista francesa pela primeira vez? Certamente as apostas repousavam sobre os mais velhos: o Porsche #18, com aquela fabulosa pole feita por Neel Jani, nos deixava com a dúvida se aquele desempenho ultra veloz poderia repetir-se em algum estágio de um certamente tão longo e cheio de armadilhas que é esta prova; o outro Porsche #17, o vermelho que remete ao legendário 917K de 1970, o primeiro Porsche a vencer na geral em Le Mans, carregava a experiência do ano anterior e um vencedor da prova (Timo Bernhard). Por outro lado, o favoritismo da Audi era forte, principalmente por conta do carro #7 com a trinca atual vencedora (Marcel Fässler/ André Lotterer/ Benoit Tréluyer). Toyota, a atual campeã do mundo apresentava-se abaixo da média e a Nissan... bem, as condições do seu novo protótipo são bem criticas descartando qualquer chance de lutar por algo melhor. Ou seja, a luta dar-se-ia entre as duas fábricas alemãs.
A classificação tinha sido um show a parte por conta da Porsche: simplesmente três carros tomando conta das três primeiras posições, dando a entender que criariam uma “barreira” a qual a Audi e os demais pretendentes deveriam transpor caso quisessem assumir a liderança. A volta de Neel Jani tinha sido mágica: cravando um tempo absurdamente veloz (3’16’’8), a melhor para esta era dos LMP1 em Sarthe e uma das melhores de todos os tempos do traçado, entrando para o top 10 deste quesito. Os outros dois Porsches acompanharam o ritmo e fizeram bons tempos, a ponto de apenas administrarem essas marcas na quinta-feira. Isso deu a Porsche a tranquilidade de trabalhar no ritmo de prova, testando alguns stints para a corrida. A Audi pouco se aproximara, mas a carta na manga para os dois de corrida já estava guardada, que era puramente estratégia baseada nos pneus, cujo trunfo deste R18 e-ttron Quattro é na economia dos
pneus frente a sua co-irmã. E tinha sido isso, aliado a erros de estratégia da Porsche e pilotagem de seus pilotos, que garantiram os dois sucessos para fábrica das quatro argolas nas duas corridas iniciais. Se para uma sobrava a manha de Sarthe, para a outra restava apenas a fabulosa história que tinha sido construída sobre as suas 16 vitórias anteriores. A Porsche tinha que dar uma resposta a si própria: recuperar-se de erros que tinham roubado deles vitórias em Silverstone e Spa, era uma questão de honra e Le Mans é um palco perfeito para este tipo de situação.
A corrida estava a ser um clássico do endurance: enquanto que a Porsche dominava as ações com o #17 e #18, a Audi subia com seu ataque em “bloco”, com o #7, #8 e #9 a atacar o #19 e superá-lo rapidamente. Conforme as horas foram passando, ficava claro que o #17 da Porsche parecia ser o mais tarimbado para guiar a equipe ao triunfo, e essa idéia se reforçou quando a Audi começou a enfrentar seus primeiros problemas: enquanto que o #7 voltava aos boxes alguns giros depois de seu pit-stop para trocar um pneu furado, num momento que estava prestes a assumir a liderança, o #8 acabou acidentando-se na parte de Indianápolis num trecho que deveria estar em bandeira amarela (slow zone) e que os comissários se atrapalharam ao sinalizar com a verde. Com os carros – em boa parte os GTs – desacelerando, Duval passou por uma Ferrari por fora e bateu de frente, danificando totalmente a dianteira. O carro foi levado aos boxes e alguns minutos depois, devolvido à pista, mas com a prova totalmente comprometida.
O período de Safety Car foi importante para que os carros se juntassem e ao dar a relargada, o duelo entre o Porsche #17 e o Audi #9 levantou a torcida nas arquibancadas com uma disputa visceral entre estes dois carros. Para Filipe Albuquerque, no comando do Audi #9, foi um momento brilhante: aproveitando-se bem do vácuo do #17, conseguiu quebrar naquele momento o recorde de melhor volta para aquela pista que já durava 44 anos, e que pertencia à Jackie Oliver. Mais tarde esse recorde voltaria a ser quebrado pelo Audi
#7 com Lotterer ao volante, ao descer dos 3’17”6 de Albuquerque para 3’17”4. Infelizmente problemas mecânicos e outros contratempos tirariam qualquer chance destes dois Audis de vencer: o #9 teve problemas com seu sistema híbrido e viu suas chances caírem por terra; para o #7, a carenagem solta também atrasou bastante o passo deste trio que tentava o seu quarto triunfo em Sarthe. De se elogiar sempre a pilotagem de André Lotterer, que desde um bom tempo tem se mostrado o melhor piloto de endurance do momento. A tocada limpa e precisa, entremeada com velocidade pura e cadenciamento – quando é preciso – tem sido a alma desse trio, sinceramente. O trabalho do trio do Audi #9 também precisa ser elogiado ao máximo, ainda mais Filipe Albuquerque com uma pilotagem muito precisa. Não foi de se estranhar a alta expectativa que foi criada em torno deles neste terceiro carro, especialmente montado para Le Mans, pois o ritmo estava excelente e tinham boas chances de disputar e sair com a vitória.
A Porsche também teve lá os seus problemas: o #17 parecia intocável e num passo firme para abrir caminho em meio aos retardatários e isso foi o que acabou matando as chances deste trio, quando Webber fez uma ultrapassagem em bandeira amarela e teve que pagar um penalty que o jogou um pouco para trás na classificação. Enquanto isso, o #18 enfrentava problemas – aparentemente de freios – que fez o carro escapar duas vezes para fora da pista e deixar as coisas complicadas para aquele trio. A surpresa para a Porsche foi o #19 ter um ritmo excepcional em todas as fases da prova: enquanto que o gêmeo #17 e #18 travava duelos contra os três Audis, este ficava apenas acompanhando de perto sem nunca perder contato com os ponteiros, esperando exatamente a sua vez na corrida. Quando assumiu a liderança ainda na nona hora, eles não largaram mais e entrando numa zona mais fria que é a noite e madrugada, igualaram a batalha com a Audi em consumo de pneus e isso deixou seus pilotos mais à vontade para ditar o ritmo. O trio mandou a bota – especialmente Earl Bamber no meio da madrugada – que deixou o #19 em boa condição de administrar a vantagem e apenas responder quando fosse preciso. Os problemas na carenagem do Audi #7 os deixou ainda mais perto da vitória, principalmente por estarem
levando uma volta de vantagem sobre o #17 e três sobre o #7. Apenas um desastre tiraria essa conquista. Restou apenas a Nico Hulkenberg assumir o comando e guiar o carro de forma imaculada a uma vitória inédita para os três.
Em relação aos japoneses, coube apenas a decepção: a Toyota nem foi sombra do desempenho que fez ano passado ao fechar em sexto e oitavo (#2 e #1) com oito e nove voltas, respectivamente, de desvantagem para o vencedor. Vencer neste ano, somente com um golpe de muita sorte. A Nissan largou com seus três carros e nenhum completou, nesta que foi um dos maiores papelões da história recente da prova. Despejar altas doses de dinheiro e não desenvolver um protótipo de forma decente para ao menos andar com dignidade próxima as outras fábricas, foi de jogar o nome da Nissan na lama e pisotear.
Para a Rebellion, que estreou seu R-One nesta corrida, foi uma prova mais que tranqüila, pois a ByKolles não ofereceu nenhuma resistência a equipe suíça que venceu entre as particulares na LMP1.

As outras categorias

LMP2

A KCMG dominou amplamente aquela classe, sendo que desde a segunda hora eles assumiram a liderança e não largaram mais. Nicolas Lapierre/ Richard Bradley/ Matthew Howson deram à KCMG a primeira vitória em Le Mans nesta classe e particularmente, para Lapierre, foi a desforra após ter sido dispensado pela Toyota ano passado, tirando dele a chance de ganhar o campeonato junto de Davidson/ Buemi. Ainda tendo visto que o desempenho da Toyota foi bem pífio, o prazer desta sua conquista deve ter sido ainda maior.
A segunda colocação foi da Jota Sport, que enfrentou problemas de câmbio no inicio do certame, conseguiu uma bela recuperação devido, especialmente, a pilotagem de Mitch Evans e Oliver Turvey para abrir caminho na parte final e conseguir o pódio frente ao #26 da G-Drive e o #48 da Murphy Motorsport.
A única equipe que parecia ainda com ritmo para dar combate ao carro da KCMG era o #46 da Thiriet, mas este acabou sendo acertado pelo Aston Martin #99 (com Fernando Rees ao volante) e ficando de fora.

LMGTE-PRO

As disputas nessa classe são sempre o grande atrativo, e neste ano não foi diferente: Ferrari, Corvette e Aston Martin estiveram numa luta brutal pelas primeiras posições e que foram decididas através dos problemas e acidentes que iam tirando os carros de linha.
Para a Corvette acabou sendo uma prova recompensadora após a perca do #63 nos treinos, após o acidente de Jan Magnussen que impossibilitou os reparos no carro. Apesar de um início bem tímido, o trio formado por Oliver Gavin/ Tommy Milner/ Jordan Taylor, foram subindo na classificação aos poucos e os problemas com os rivais mais diretos ajudaram bastante a conseguir uma importante e gratificante vitória para eles e Corvette, que não vencia desde 2011.
A Ferrari perdeu uma corrida que poderia ter sido dela, não fosse os inúmeros problemas que rondaram os #51 e #71 da AF Corse. Enquanto que o #51 se viu envolvido no enrosco do Audi #8 fazendo com que ele fosse ao boxe reparar os danos, voltando bem trás dos seus rivais, o #71 estava em grande forma ao disputar diretamente com a Aston e Corvette a dianteira da prova, mas problemas no motor de arranque atrasaram suas pretensões. Mas a Ferrari tinha ganho um fôlego com o retorno do #51 à disputa e com chances de ameaçar a Corvette, mas problemas com o câmbio forçaram a saída momentânea de Gianmaria Bruni/ Toni Villander/ Giancarlo Fisichella da prova, conseguindo voltar para terminar em terceiro. A segunda posição acabou para a outra Ferrari #71 de Davide Rigon/ James Calado/ Olivier Beretta, numa boa recuperação do trio.
Para a Aston Martin, que estava com ótimas chances de vencer nessa classe, restou apenas a desilusão de ver seus três ficarem de fora por problemas mecânicos - #95 e #97 – e o #99, que estava na disputa direta, ter se acidentado quando Rees estava para ser dobrado pelo #46 da LMP2.
Os Porsches do Team Manthey foram verdadeiros coadjuvantes nesta edição, sem ter lutado pela liderança em momento algum. Enquanto que o #92 foi limado da prova logo no início por uma quebra de motor, o #91 ainda tinha esperanças de beliscar um pódio, mas um vazamento de óleo tirou essa chance deles.

LMGTE-AM

Apesar da forte oposição vindo da Ferrari #72 da SMP Racing, não era de duvidar muito que a vitória não escaparia das mãos do trio Pedro Lamy/ Paul Dalla Lana/ Mathias Lauda. Porém, quando faltavam menos de 50 minutos para o fim, Dalla Lana acabou escapando e batendo forte na curva chicane Ford e tirando a chance de vez de vitória. Coube ao trio do Ferrari #72 – Victor Shaytar/ Andrea Bertolini/ Aleksey Basov vencer a prova.
A segunda colocação ficou com a Dempsey-Proton Racing com seu Porsche #77, guiado por Patrick Dempsey/ Patrick Long/ Marco Seefried, nesta que foi a melhor colocação da equipe em Le Mans.
E a terceira foi da Ferrari #83 da AF Corse com François Perrodo/ Emmanuel Collard/ Rui Águas.

Mais um grande dia para a história de Le Mans

Sem dúvida foi outro grande dia para os inúmeros acontecimentos que já entraram para história dessa grande prova. Um ano após o seu retorno a classe principal, a Porsche nos brindou com uma vitória irretocável de um trio que nem estava entre os favoritos para a conquista dessa corrida. Foi o primeiro carro não diesel a vencer em Sarthe em dez anos.
Por outro lado, ter convivido com a desconfiança da maioria em torno da sua confiabilidade, foi um verdadeiro cala a boca com toda força e competência que é normal de uma equipe alemã. As lágrimas do diretor da Porsche e dos outros integrantes, assim como de Nico Hulkenberg, traduzem e muito todo o trabalho que foi feito até aquele momento. Para a Porsche, um desafio e tanto com este projeto do 919 Hybrid e para os pilotos, uma conquista histórica, particularmente falando.
Enquanto que Nick Tandy era o mais experiente dos três com duas participações em Le Mans, Earl Bamber era um bicampeão da Porsche Super Cup Ásia e assim como Nico Hulkenberg, fazia o seu debut na maior prova de endurance do mundo. As prestações que estes três tiveram a bordo do 919 Hybrid #19 foi de um primor altíssimo: seguraram bem o ritmo no início da prova, ganharam posições conforme os da frente iam tendo problemas e assumiram a liderança no meio da noite para não largar mais, sempre com velocidade pura por parte dos três. Foi um trabalho recompensado com uma inédita conquista para os três: Bamber e Hulkenberg tornaram-se os primeiros pilotos a vencerem as 24 Horas de Le Mans logo na sua estréia – o último tinha sido Aurent Aiello em 1998 com a... Porsche, exatamente na última conquista da marca. E Nico foi o primeiro piloto da F1 em atividade a vencer a prova desde a conquista de Johnny Herbert e Bertrand Gachot na vitória pela Mazda em 1992. Para a Porsche foi a 17ª conquista em Sarthe e no mesmo dia que completa outra data importante para o time de Stuttgart: há 45 anos eles chegavam a primeira vitória no geral em Sarthe, com o 917K de Hans Hermann/ Richard Attwood. Melhor dia para esta conquista, não existe.
A Porsche retoma as chaves de casa e agora é uma forte ameaça ao império conquistado pela Audi nos últimos anos.

Habemus duelo!  

sábado, 13 de junho de 2015

Foto 525: Doze horas depois

E já passamos da metade da prova - faz um tempo já - e a Porsche continua com o seu #19 na liderança da prova, agora conduzido por Earl Bamber. A diferença deles para o segundo, o Audi #9, é de 41 segundos. Mas o carro da Audi deve parar em breve nos boxes e o #7 deve subir, e a sua desvantagem neste momento para o líder é de mais 1 minuto.
Ainda temos um pouco mais de onze horas de corrida, mas aos poucos as coisas começam a se desenhar para um final eletrizante.

Foto 523: Um picolé em forma de Audi R18

(Foto: Twitter/@TobyMoody)
Emanuele Pirro prestes a sorver um picolé de Audi R18...
Sinceramente, bem que poderiam vender dessas forminhas. Ia fazer um sucesso!

Foto 1039 - Bernd Rosemeyer, Roosevelt Raceway 1937

  (Foto: Adam Gawliczek)  Um momento de descontração antes do embate dos europeus vs americanos pela 13ª edição da Vanderbilt Cup, realizada...