Mostrando postagens com marcador GP da Argentina. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador GP da Argentina. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Foto 590: Amon

Chris Amon comemorando a sua vitória no Grande Prêmio da Nova Zelândia, etapa de abertura
da Tasman Series em 1969
Quando comecei a estudar o automobilismo, desde meados dos anos 90, o nome de Chris Amon foi um daqueles que mais me chamou a atenção pelo simples fato de levar a alcunha de ter sido o "O melhor piloto a não ter vencido um GP". Christopher Arthur Amon teve sua série de azares na F1: talvez os mais famosos, que vem a mente é a sua quase vitória em Montjuich Park em 1968, quando herdou a liderança após os fortes acidentes dos dois Lotus 49 de Graham Hill e Jochen Rindt. Mas o motor de seu Ferrari acabou por quebrar na volta 56 quando levava quase trinta segundos de vantagem sobre Jackie Stewart. A outra remete-se ao GP da França de 1972, no belo circuito de Clermont Ferrand, e naquele dia Chris estava numa forma acima dos demais como bem vinha demonstrando desde os treinos, ao marcar a sua quinta e última pole na F1. Uma corrida solitária e formidável que o veloz neozelandês vinha fazendo ao volante de sua Matra foi abalada quando um dos pneus furou - as pedras, das encostas, causaram inúmeros furos nos pneus e ainda causou a perda de um dos olhos de Helmut Marko ao furar o capacete do piloto austríaco - e ele teve que arrastar-se até os boxes para trocá-lo. Sua recuperação para escalar o pelotão, foi uma das melhores atuações da década de 70 que o levaria até o terceiro posto, porém serviu apenas como consolo para um dia que poderia ter sido dele. Ao menos conquistas como nas provas extra-oficiais no Silverstone International Trophy (1970 pela March) e Argentina (1971 pela Matra), foi um reconhecimento de suas qualidades que já eram bem notadas desde a metade dos anos 60. Esticou a sua carreira até 1976 na F1, prestando serviços de modo esporádico a equipes como a Tecno, Tyrrell, BRM, Ensign e Wolf. Teve também uma curta e mal sucedida passagem como dono e piloto de equipe, quando alinhou o seu Amon AF101 em quatros GPs de 1974.
Mas Amon foi um dos pilotos mais versáteis de sua geração. Senão foi sortudo na F1, teve uma carreira bem eclética e com sucessos em outras praças. Sem dúvida alguma, a sua maior conquista foi as 24 Horas de Le Mans de 1966 quando dividiu o volante do Ford GT40 com seu conterrâneo Bruce McLaren, dando a dupla e também a Ford - que iniciava a sua saga em Sarthe - a primeira vitória na prova mãe do endurance mundial. Ainda venceria as 24 Horas de Daytona pela Ferrari em 1967, ano que ele ajudou a equipe italiana a vencer o Mundial de Marcas sobre a Porsche. Venceu também, em 1969, a Tasman Series com a Ferrari, titulo qual estava a perseguir a alguns anos já, mas sempre esbarrando em pilotos do naipe de um Jackie Stewart e Jim Clark pelo caminho. Ainda teve algumas aventuras na Cam-Am, em 1977, mas sem obter sucesso e após isso, viria a aposentar-se de vez.
Chris pode não ter sido campeão do mundo na F1, talvez exatamente por conta de sua alta dose de azares que sempre o acompanhou, mas sem dúvida foi um dos melhores pilotos de sua geração quando tomava posse dos mais variados carros de corrida.
Chris Amon faleceu hoje, aos 73 anos em Rotorua, na Nova Zelândia, após lutar contra um câncer.  

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Áudio: Osmar Santos narrando o GP da Argentina de 1978

Já faz uns catorze, treze anos que passei a ouvir as transmissões da F1 pelo rádio, por entender que lá, além de você conseguir uma melhor memorização das ações da prova, também é possível colher informações que nem sempre chegam à transmissão da TV. Comecei a ouvir pela Jovem Pan, mas infelizmente a rádio paulistana deixou de transmitir as provas do mundial tem uns dois anos. Uma pena...
Recentemente descobri algo que nem sabia: Osmar Santos, um dos maiores - e talvez melhor - narradores esportivos do rádio do Brasil, também narrou provas da Fórmula-1 no início de 1978 quando a Rádio Globo passou a transmitir as corridas do mundial. Além dele nesse transmissão do GP da Argentina, estiveram presentes Castilho de Andrade (comentários) e Roberto Carmona (repórter). Ele também veio a narrar o GP do Brasil daquele ano, que foi a sua última em uma corrida.
Osmar Santos era mais popular nas narrações do futebol, principalmente com seus bordões históricos como "Ripa na chulipa e pimba na gorduchinha" e "E que GOOOOOOOOOOOOOOL...".
Osmar encerrou a carreira após um grave acidente de carro em dezembro de 1994, onde a principal sequela foi a dificuldade na fala.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Foto 486: As provas de abertura dos mundiais de F1 - Parte 4

Se nos anos 70 a Argentina sediou a maioria das aberturas dos campeonatos, agora era a vez do Brasil ter esta honra de sediar a prova inaugural e de quebra ainda receber os testes de pré-temporada no saudoso Jacarepaguá. Foram sete provas ao todo neste período que deram a oportunidade de Alain Prost vencer nada menos que cinco vezes no traçado carioca, o que lhe fez receber a alcunha de “Rei do Rio”.
Nelson Piquet venceu duas vezes, mas podia ter sido três caso não sofresse a desclassificação em 1982. Outro que venceu por duas vezes as provas de abertura foi Alan Jones, em 1980 e 81 na Argentina e EUA.


1980: Alan Jones – Williams Ford - Grande Prêmio da Argentina

1981: Alan Jones – Williams Ford – Grande Prêmio dos EUA


1982: Alain Prost – Renault – Grande Prêmio da África do Sul

1983: Nelson Piquet – Brabham BMW - Grande Prêmio do Brasil


1984: Alain Prost – McLaren Porsche - Grande Prêmio do Brasil


1985: Alain Prost – McLaren Porsche - Grande Prêmio do Brasil


1986: Nelson Piquet – Williams Honda - Grande Prêmio do Brasil


1987: Alain Prost – McLaren Porsche - Grande Prêmio do Brasil


1988: Alain Prost – McLaren Honda - Grande Prêmio do Brasil


1989: Nigel Mansell – Ferrari - Grande Prêmio do Brasil

quarta-feira, 11 de março de 2015

Foto 485: As provas de abertura dos mundiais de F1 - Parte 3

Doze anos depois a Argentina voltava ao calendário da categoria e como nos anos 50, foi a corrida que abriu as temporadas da F1 mais vezes na década de 70 contabilizando um total de provas, contra duas da África do Sul e uma do Brasil.
Em relação aos vencedores, está também foi equilibrada: Mario Andretti e Emerson Fittipaldi venceram duas cada um.
A prova de 1974 marcou a última vitória de Denny Hulme na F1.


1970: Jack Brabham – Brabham Ford - Grande Prêmio da África do Sul


1971: Mario Andretti – Ferrari - Grande Prêmio da África do Sul


1972: Jackie Stewart – Tyrrell Ford - Grande Prêmio da Argentina


1973: Emerson Fittipaldi – Lotus Ford - Grande Prêmio da Argentina


1974: Denny Hulme – McLaren Ford - Grande Prêmio da Argentina

1975: Emerson Fittipaldi – McLaren Ford - Grande Prêmio da Argentina


1976: Niki Lauda – Ferrari – Grande Prêmio do Brasil


1977: Jody Scheckter – Wolff Ford - Grande Prêmio da Argentina


1978: Mario Andretti – Lotus Ford - Grande Prêmio da Argentina



1979: Jacques Laffite – Ligier Ford - Grande Prêmio da Argentina

terça-feira, 10 de março de 2015

Foto 484: As provas de abertura dos mundiais de F1 - Parte 2

A década de 60 para a F1 teve início em Buenos Aires, com o GP da Argentina que voltaria ao calendário da categoria doze anos depois. O GP de Mônaco e GP da África do Sul - que teve duas casas naquela década, East London e Kyalami - sediaram quatro aberturas de mundiais cada.
Graham Hill venceu três vezes (1962, 63 e 64), todas pela BRM, enquanto que Jim Clark e Jackie Stewart venceram duas cada. Uma época de ouro para os pilotos britânicos, que arrebataram, também, seis títulos nos anos 60.
A prova de 1968, que foi realizada em Kyalami, foi a última aparição e vitória de Jim Clark na F1.


1960: Bruce McLaren – Cooper Climax - Grande Prêmio da Argentina

1961: Stirling Moss – Lotus Climax – Grande Prêmio de Mônaco


1962: Graham Hill – BRM – Grande Prêmio da Holanda


1963: Graham Hill – BRM – Grande Prêmio de Mônaco


1964: Graham Hill – BRM – Grande Prêmio de Mônaco


1965: Jim Clark – Lotus Climax – Grande Prêmio da África do Sul


1966: Jackie Stewart – BRM – Grande Prêmio de Mônaco


1967: Pedro Rodriguez – Cooper Maserati – Grande Prêmio da África do Sul


1968: Jim Clark -  Lotus Ford – Grande Prêmio da África do Sul



1969: Jackie Stewart – Matra Ford - Grande Prêmio da África do Sul

segunda-feira, 9 de março de 2015

Foto 483: As provas de abertura dos mundiais de F1 - Parte 1

A intenção destas postagens era de mostrar as largadas das corridas de abertura da F1, desde o GP da Grã-Bretanha de 1950 até o GP da Austrália de 2014. Mas como é difícil encontrar fotos de largadas de todas essas corridas, acabei colocando apenas o do vencedor do GP e por isso lhes peço desculpas.
A Fórmula-1 visitou três países naquela sua primeira década de existência para realizar suas provas de abertura. Coube à Inglaterra sediar o primeiro GP da categoria em 1950 no antigo aeródromo de Silverstone, fato que não repetiria nunca mais em termos de abertura. A Suíça teve a sua vez em 51 e 52, em Bremgarten e a Argentina emendou o restante da década.
Juan Manuel Fangio foi quem mais venceu as provas de abertura daquela década, coincidentemente todas elas nos anos em que foi campeão (51, 54, 55, 56 e 57).
Na corrida de 1958, a vitória de Stirling Moss, pilotando o pequenino Cooper de motor traseiro, iniciou uma nova era para a categoria.

1950:  Giuseppe Farina – Alfa Romeo - Grande Prêmio da Grã-Bretanha


1951: Juan Manuel Fangio – Alfa Romeo  – Grande Prêmio da Suíça


1952: Piero Taruffi – Ferrari – Grande Prêmio da Suíça


1953: Alberto Ascari – Ferrari – Grande Prêmio da Argentina


1954: Juan Manuel Fangio – Maserati – Grande Prêmio da Argentina


1955: Juan Manuel Fangio – Mercedes - Grande Prêmio da Argentina


1956: Juan Manuel Fangio – Ferrari - Grande Prêmio da Argentina


1957: Juan Manuel Fangio – Maserati - Grande Prêmio da Argentina


1958: Stirling Moss – Cooper Climax - Grande Prêmio da Argentina



1959: Jack Brabham – Cooper Climax - Grande Prêmio de Mônaco

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Foto 232: Argentina, 1955

Fangio sendo saudado pela imprensa e pelo público, nas arquibancadas
(Foto: Reprodução)
O calor escaldante daquele GP da Argentina, que foi a prova de abertura do campeonato de 1955 da F1, não foi empecilho para que Juan Manuel Fangio vencesse a corrida.
Junto do forte calor, o desgaste físico - e mecânico - foram os grandes rivais dos pilotos, tanto que a segunda colocação foi conquistada por três pilotos que partilharam a Ferrari 625 #12 (José Froilan Gonzalez/ Giuseppe Farina/ Maurice Trintignant) e quarta colocação foi da Mercedes W196 com Stirling Moss/ Hans Hermann/ Karl Kling. Mas o desempenho de Fangio foi assombroso, pois completou a prova sem partilhar o carro com ninguém - se bem que ele deveria ter entregue o Mercedes para Moss, segundo uma ordem de Alfred Neubauer, que ele acabou por ignorar.
Com os pilotos levando seus respectivos carros para que seus companheiros assumissem o volante, devido ao tempo quente, Fangio continuava na pista: “Comecei a imaginar que eu era um homem perdido na neve e que teria que seguir em frente senão morreria de frio. Houve um momento que achei que não conseguiria, porem quando um  certo momento critico era superado, meu animo se restabelecia e a vontade de vencer retornava” Declarou logo após a corrida.
Juan venceu a prova com quase dois minutos de avanço sobre o trio da Ferrari, mas após encostar a sua Mercedes, foi atendido pela equipe médica.

As marcas de Ímola

A foto é do genial Rainer Schlegelmich (extraído do livro "Driving to Perfection") tirada da reta de Ímola após uma das largadas. ...