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domingo, 26 de agosto de 2018

GP da Bélgica - Morno, mas importante


Dias atrás escrevi o quanto que esta sequência de provas era importante para o andamento do Mundial. Os resultados nesta trinca de corridas Spa-Monza-Cingapura podem decidir de vez os rumos para os dois principais contendores, e hoje Vettel deu o primeiro passo para tentar uma arrancada rumo ao primeiro lugar.
O mais interessante nesse GP belga - que foi bem morno, diga-se - é a brutal diferença entre os motores: Vettel passou por Hamilton após a largada com imensa facilidade, sem tomar nenhum conhecimento. Para aqueles que tem boa memória, no GP do ano passado Vettel tentou várias vezes ultrapassar Hamilton e o máximo que conseguiu foi emparelhar com o inglês em uma das relargadas. Hoje o panorama foi totalmente a favor da Ferrari de Vettel, que fez uma ultrapassagem tranquila sobre Lewis e administrou a vantagem de três segundos até a parada de ambos nos Boxes. A Ferrari foi esperta em chamar Vettel logo em seguida a parada de Hamilton - que ganhara um segundo e meio sobre o alemão - e isso anulou um possível undercut de Lewis sobre Sebastian. Daí em diante a o alemão teve apenas o trabalho em administrar bem a vantagem e aumentá-la, principalmente após adoção de economizar combustível e motor por parte de Lewis.
A impressão que ficou é extremamente clara após esta corrida - coisa que já sabíamos de cór: a Ferrari tem o melhor conjunto da atualidade, e o motor é a peça principal - ainda que o assoalho do carro italiano seja uma peça extremamente intrigante e eficiente. Mas o que me deixa impressionado é a tranquilidade da Mercedes frente a isso. Não que tenham aceitado a condição de segunda força, mas talvez o fato de estarem bem nos dois mundiais, dão a eles uma chance de trabalhar com tranquilidade para dar a Hamilton um carro melhor nesta reta final. Mas o problemas de desgaste dos pneus são a grande pedra no sapato, sem dúvida.
Em Monza a batalha continuará e é bem provável que após esta sensacional conquista de Vettel na Bélgica, deixe os tiffosi extremamente confiantes.
E claro, a Ferrari também.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Foto 681: Alfa Romeo

O retorno...
O incidente entre Bruno Giacomelli (Alfa Romeo) e Elio De Angelis (Shadow), durante o GP da Bélgica de 1979, em Zolder. Ambos abandonaram na volta 21. A prova foi vencida por Jody Scheckter, seguido por Jacque Laffite e Didier Pironi.
A prova marcou o retorno da tradicional fábrica italiana à Fórmula-1, após 28 anos.
A Alfa Romeo retornará ao grid da categoria - pela terceira vez - a partir do GP da Austrália, após um hiato de 33 anos.

domingo, 27 de agosto de 2017

GP da Bélgica: Hamilton no controle

A expressão fechada de Sebastian Vettel no pódio do GP belga, contrastava com um esfuziante Hamilton. E não era pra menos: a aposta do alemão e da Ferrari em tentar dar o bote nas voltas finais após uma parada no box para troca de pneus, durante a entrada do Safety Car, oferecida pelo entrevero da dupla da Force India, deu aos vermelhos uma chance de ouro para que pudessem atacar Lewis Hamilton naquelas derradeiras voltas. Com Vettel usando os ultramacios e Hamilton os macios, parecia ser uma questão de tempo para Sebastian atacasse o piloto inglês e partisse para uma vitória que o deixaria ainda mais confortável na liderança do mundial. O ataque maciço que ele deu sobre Hamilton após a saída do SC, levando ambos a fazerem a reta Kemmel lado a lado, não foi suficiente para tal concretização da ultrapassagem. Lewis foi perfeito na sua defesa, entregando o lado de fora para o alemão e depois desse ataque, o que se viu foi um Lewis continuando a administrar as coisas na pista belga, algo que ele fez por todo o GP: a diferença dele para Sebastian não foi superior a casa dos dois segundos, e Hamilton estava sempre pronto para responder a qualquer volta veloz de Vettel.
Os problemas enfrentados por Lewis com os pneus, que estavam a formar bolhas, não foram bem aproveitados por Vettel e Ferrari. Talvez um aperto por conta de Sebastian naquela condição, poderia ter levado uma boa vantagem sobre a Mercedes de Lewis. Mas como bem disse Vettel, ele esperou um erro de Hamilton... que jamais veio. Foi uma pilotagem segura e muito bem executada por Hamilton. Por outro lado, também temos que exaltar a ótima condução de Vettel nesta tarde onde jamais deixou sumir de seus radares a Mercedes do piloto inglês. Talvez tenha faltado aquela nesga de agressividade para que pudesse atacar com mais veemência em outros estágios da prova. Mas como são os dois principais contendores ao título mundial, também é compreensível  o cuidado de Sebastian em tentar qualquer manobra.
Enquanto que todos esperavam uma Mercedes sobrando em terras belgas, o desempenho da Ferrari, especialmente com Vettel, foi de bom agrado e isso traz um pouco de perspectiva de um restante de mundial bem mais equilibrado, uma vez que a impressão geral é que a equipe alemã começasse a abrir diferença nesta parte do campeonato. Por outro lado, também, ficou bem evidente que o carro da Mercedes parece ter uma melhor performance com os pneus macios do que com os outros dois compostos mais moles. Afinal era de se esperar uma pressão ainda maior quando Hamilton e Vettel saíram dos boxes com pneus diferentes – o alemão com o ultramacio – e o que se viu foi o inglês administrando a vantagem e até abrindo nas últimas voltas.
Apesar da cara amarrada no pódio, Vettel ainda está na jogada e a pista de Monza é o lugar perfeito para uma virada no jogo. Se perderem dentro do seu território, talvez acusem o golpe e assim Mercedes e Hamilton comecem a pavimentar o caminho para mais uma grande conquista.
Mas a pista de Monza sempre reserva algumas surpresas. E 1988 é o melhor dos exemplos.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Foto 636: Mick e a Benetton

O flagra de Mick Schumacher testando o Benetton B194 que foi usado pelo seu pai Michael, na temporada de 1994 que ele acabaria por conquistar.
O jovem alemão conduzirá o Benetton uma hora antes do GP belga, numa homenagem aos 25 anos da primeira vitória de Michael Schumacher na F1 exatamente em Spa-Francorchamps.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Os 25 anos do Tri – A consagração de Ayrton Senna - Final

(Continuação)




Grande Prêmio da Alemanha –
Parecia uma repetição que havia acontecido em Silverstone, semanas antes: Mansell dominara amplamente todos os treinos, mas na classificação uma pequena vantagem de quase dois décimos para Senna, o segundo. A corrida foi um passeio do Leão, com uma largada precisa e dura sobre Ayrton que perdera a segunda posição para Berger que pulou de terceiro. Nigel foi embora, deixando para os que estavam atrás, se digladiarem pela segunda posição. Melhor sorte para Patrese que, apesar de ter feito uma largada péssima – mais uma – conseguiu recuperar-se para terminar em segundo e oferecer a Williams mais uma dobradinha. Senna e Prost duelaram pela terceira posição em certo estágio da corrida, com a melhor ficando para o brasileiro que jogou pesado com o seu velho rival na freada para a primeira chicane, tanto que Prost acabou escapando pela área de escape e indo pra fora. Gerou umas boas reclamações de Alain... Alesi foi outro que se deu bem, ao apostar em pneus mais duros e optar por não parar o que lhe rendeu o terceiro lugar. Para Senna o desaire aconteceu perto fim, ao ficar –outra vez – sem combustível. O dia não era da McLaren, já que Berger parecia ter o terceiro lugar garantido, mas também ficou combustível. Um dia péssimo para a equipe de Ron Dennis, que ainda viu a liderança de Construtores ir para as mãos da Williams (70x71). Mansell venceu, seguido por Patrese, Alesi, Berger, De Cesaris e Gachot (outra boa jornada da equipe Jordan). Campeonato: Senna 51; Mansell 43; Patrese 28; Prost 21; Berger 19. 




Grande Prêmio da Hungria –
Era de se esperar uma reação da McLaren. Não podia a equipe de Ron Dennis esperar de braços cruzados uma queda de rendimento da Williams, porque esta seria bem mais difícil. Portanto, arregaçaram as mangas – tanto eles quanto Honda e Shell – e trabalharam fortemente em Silverstone para conseguir bons resultados que foram levados para a etapa de Hungaroring. Com esse trabalho pesado, o que se viu na pista húngara foi um renovado MP4/6 com um Ayrton Senna a explorar todas as vantagens que aquele renovado carro lhe proporcionara. Há de convir que a Williams não se achou naquele circuito e isso facilitou um pouco, mas não tiramos o mérito do trabalho feito pela McLaren que, convenhamos, tinha passado da hora de acontecer. Ayrton cravou a pole e fez a sua corrida defendendo-se como podia dos ataques de Patrese, que agora havia feito uma boa largada partindo da segunda colocação. Mas os problemas nos freios o fizeram tirar o pé e dar passagem para que Mansell fizesse o ataque a Senna. Do mesmo modo que o italiano, Nigel tentou e não conseguiu, esbarrando nas defesas de Ayrton e do mesmo modo que seu companheiro, o Leão acabou enfrentando problemas nos freios e desistindo de continuar a pressionar o piloto brasileiro. Senna venceu o GP (após cinco provas sem ter esta oportunidade), com Mansell em segundo, Patrese terceiro, Berger em quarto, Alesi em quinto e Capelli (marcando o primeiro e único ponto que a Leyton House teve no mundial) em sexto. E a McLaren recuperava, por dois pontos (83x81), a liderança do mundial de construtores. Campeonato: Senna 61; Mansell 49; Patrese 32; Berger 22 Prost 21. 



Grande Prêmio da Bélgica –
A prova belga acabou por ser de grande sorte para Senna. Numa pista que tão bem conhece e que já havia vencido em outras quatro oportunidades – três dela de forma consecutiva –, o piloto brasileiro marcou a pole com mais de um segundo de vantagem sobre... Prost que aparecia numa bela segunda colocação. As Williams não tinham tido boa jornada: Mansell marcara o terceiro melhor tempo, mas Patrese tinha conseguido a segunda melhor marca. Uma vistoria técnica, que constatou o não funcionamento da marcha ré acabou anulando a sua melhor volta e o deixando apenas com a sua segunda melhor marca... que lhe dava o 17º tempo. Esta prova marcaria a estréia de Michael Schumacher, que substituía Bertrand Gachot. A corrida acabou quase que sendo uma roleta russa para o piloto da McLaren: apesar de uma liderança quase que confortável Senna passa a ter problemas sérios com o câmbio de sua McLaren a ponto de perder, em uma só volta, dez segundos para Alesi. Ayrton passou a evitar a 1ª e 2ª onde as trocas encavalavam e dificultava demais a troca. Para a sua sorte, Jean Alesi, que liderava, tem problemas no motor e abandona. Parecia que as coisas seriam tranqüilas para Ayrton, mas aí surgia... a Jordan de De Cesaris, que estava em grande forma naquele momento e apenas três segundos de Senna. Mais uma vez a sorte sorria para o piloto da McLaren: o motor Ford do Jordan pifou faltando três voltas para o final. Foi um refresco e tanto para o brasileiro que passou para vencer o GP belga, com Berger em segundo, Piquet em terceiro, Moreno em quarto, Patrese (que estava em terceiro, mas sofreu alguns problemas no câmbio que logo o fez tirar o pé e perder posições para Piquet e Moreno) quinto e Blundell (conseguindo os primeiros pontos da Brabham no campeonato)em sexto. Campeonato: Senna 71; Mansell 49; Patrese 34; Berger 28; Piquet 22. 




Grande Prêmio da Itália –
O GP italiano apresentava uma novidade numa das equipes de ponta: o talento apresentado por Schumacher foi logo observado pela raposa Flávio Briatore, que logo correu para garantir um contrato com ele e desalojar Moreno do segundo carro para que o alemão ingressasse na Benetton. Isso gerou algumas dores de cabeça para Roberto que logo entrou com ação judicial. Bernie precisou intervir e resolver o assunto. Com isso a nova estrela pôde fazer sua estréia pela Benetton e segunda corrida na categoria, enquanto que Moreno conseguiu uma vaga na Jordan. Ayrton marcara mais uma pole, um décimo a frente de Mansell. A marca de Senna passou bem perto do recorde de Keke Rosberg, estabelecido na qualificação para o GP da Grã-Bretanha de 1985 quando o finlandês fez 256,629 Km/h para marcar a pole. Ayrton ficara a 0,078km/h do recorde... Na corrida, apesar de seu esforço, Ayrton não foi páreo para as Williams, especialmente a de Mansell com quem batalhou por algumas voltas. Mas antes disso, tinha duelado contra Patrese que chegou assumir o comando, mas abandonaria com o... câmbio quebrado na freada para a Ascari. Um azar do piloto italiano. Mansell foi quem partiu para o ataque e conseguiu passar o brasileiro, que ainda iria para os boxes para trocar os pneus e conseguir recuperar-se para garantir o segundo lugar a sete voltas do fim após ultrapassar Prost. Mansell garantiu a vitória, brecando a reação de Senna que durava já duas corridas; Ayrton foi o segundo, Prost terceiro, Berger quarto, Schumacher (a nova estrela do mundial, que fizera bom treino ao colocar-se à frente de Piquet e conseguindo bom ritmo em toda a prova) em quinto e Piquet (que completara nesta etapa seu GP de número 200) fechando em sexto. Campeonato: Senna 77; Mansell 59; Patrese 34; Berger 31; Prost 25. 




Grande Prêmio de Portugal –
A prova de Estoril acabou sendo vital para o desfecho que o campeonato teria em poucas semanas. O tremendo azar que Mansell teve na hora em que entrou para os boxes para realizar seu pit-stop, era digna de pastelão com os mecânicos da Williams correndo com o pneu traseiro na mão para tentar devolver Nigel à pista. O trabalho mal feito pelos mecânicos naquela altura, deixando que Mansell partisse para a pista com a roda ainda solta, custou uma vitória para o Leão e piorou ainda mais quando ele tomou uma bandeira preta por causa da colocação do pneu em plena pista de rolagem do pitlane. Foi um desaire total... Ayrton Senna, sem dúvida alguma, saiu no lucro, uma vez que a posição que conquistaria naquele momento seria o do terceiro lugar. Não tinha nenhuma condição de discutir vitória com as Williams e a sua preocupação era apenas para tentar salvar o máximo de pontos possível. Com a segunda posição conquistada, a diferença para Nigel subiu para 24. E naquela altura faltavam apenas três GPs para o final... Patrese foi o grande nome daquele GP. Além de uma pole convincente, conseguiu domar Mansell por algum momento da corrida, mas precisou entregar a posição para ele por conta do jogo de equipe. Mas quando aconteceu o abandono de Nigel, ele voltou a carga total conseguindo uma vitória maiúscula naquele GP. Uma bela apresentação do italiano. Outro grande nome foi o de Pierluigi Martini, que brigara com Alesi pela terceira colocação da corrida. Aliás, Martini sempre conseguiu bons resultados naquela pista portuguesa estando a serviço da Minardi. Quem não se lembra dele liderando uma das voltas em 1989? Patrese venceu, mas Ayrton também pôde considerar-se vitorioso visto o que conseguira com aquela segunda posição. Alesi foi o terceiro, Martini o quarto, Piquet (conseguindo domar o novato Schumacher) em quinto e Schumacher em sexto. Campeonato: Senna 83; Mansell 59; Patrese 44; Berger 31; Piquet 25. 




Grande Prêmio da Espanha –
O novo circuito da Catalunha, que abrigou o GP espanhol naquele ano, presenciou a garra de Mansell para tentar reverter o prejuízo que tivera semanas antes em Estoril. Apesar da primeira fila da McLaren – com a pole ficando para Berger – Nigel não se intimidou com a estratégia traçada por Ayrton. Para o brasileiro, era importante aquela colocação de Gerhard, uma vez que ele poderia abrir grande vantagem equanto Senna atrasava Mansell e caso fosse ultrapassado, o Leão teria que trabalhar pesado para alcançar Berger. Apesar de Schumacher ter assumido a terceira colocação ainda no inicio da prova, uma rodada do mesmo facilitou a vida de Nigel que começou a alcançar Senna. Os dois acabariam por protagonizar uma das cenas icônicas da F1 e dos anos 90 ao descerem a enorme reta dos boxes da pista espanhola lado a lado, para Senna perder o segundo posto na freada. Um momento tenso, mas belo protagonizado pelos dois grandes pilotos. A escolha errada de pneus por Ayrton (que optara por pneus mais duros do lado esquerdo) causava pouca aderência e numa pista com a garoa a cair, tornava-se um sabão. Tanto que a rodada acabou inevitável na entrada da reta dos boxes na 13ª passagem. Senna terminaria em quinto, num fim de semana desastroso para ele. Mansell conseguira alcançar Berger e assumir o comando da corrida. O austríaco abandonaria mais tarde com problemas na parte elétrica. No final, Mansell vence seguido por Prost, Patrese, Alesi, Senna e Schumacher. Campeonato: Senna 85; Mansell 69; Patrese 48; Prost e Berger 31. 




Grande Prêmio do Japão –
Pela terceira a F1 viveria a possibilidade de ver o campeonato ser decidido em Suzuka. Para a Honda, seria um desfecho e tanto garantir o seu quinto título mundial como fornecedora de motores naquele local pelo quinto ano consecutivo. Para Ayrton, era a oportunidade de tentar fazer a mesma jogada que dera errado em Barcelona. Nisso, o empenho de Honda e Shell para produzirem motores e combustíveis especiais para aquela ocasião, não foram medidos: enquanto a petrolífera ofereceu óleos e combustível de primeira linha, a fábrica japonesa trabalhou em novas especificações de motores entregando dois tipos para a McLaren: uma para classificação e outro para a corrida. Uma época em que podiam se dar este luxo e quando a categoria não pegava no pé em relação aos altos custos. Bons tempos... Este esforço hercúleo foi bem vindo quando a classificação terminou: Berger assinalava mais uma vez a pole, com Senna em segundo para depois aparecer Mansell. Um cenário bem parecido com aquele que todos presenciaram semanas atrás na Catalunha. Mas será que desta vez daria certo? Do mesmo modo que em Barcelona, Berger largou bem e junto de Ayrton formaram o bloqueio para que Mansell não conseguisse ultrapassá-los. Gerhard conseguiu abrir boa vantagem e Senna, repetindo o que fizera nas primeiras voltas na Espanha, segurava Mansell que aos poucos iniciava uma pressão sobre o brasileiro. A tática em segurar Nigel e deixar que Berger abrisse grande vantagem, estava funcionando de forma perfeita: na nona volta o piloto austríaco já estava com dez segundos sobre Ayrton. Porém, Mansell resolveu encerrar o assunto: colado no câmbio do McLaren, ele acabou perdendo a dianteira do Williams e foi direto para a caixa de brita. Fim de prova e fim de disputa. Senna se sagrara tricampeão com aquele resultado, mas ainda tinha uma corrida para ser disputada. Ayrton conseguiu alcançar Berger, que sofria com problemas no carro, e o ultrapassou. As coisas se manteram inalteradas até a última volta, quando Senna diminuiu o ritmo e deixou Gerhard ultrapassá-lo na última curva para vencer a corrida. Depois soube que aquela atitude tinha sido fruto de um acordo entre Ayrton e Ron Dennis e que fora discutida entre os dois nas últimas voltas via rádio. Berger acreditara que Senna também tinha problemas naquele momento em que esteve lento, porém descobriria mais tarde que era um acordo e isso não agradou muito o austríaco... Berger venceu, com Ayrton, agora tricampeão, em segundo (e soltando o verbo na coletiva de imprensa sobre os acontecimentos dos últimos dois anos), Patrese em terceiro, Prost em quarto, Brundle em quinto (numa boa jornada da Brabham) e Modena em sexto. Menção para Piquet, que teve problemas na suspensão antes da largada e tudo foi solucionado em tempo recorde no grid para conseguir largar em último – ele largaria originalmente na décima posição. Nelson acabou em sétimo. Campeonato: Senna 91; Mansell 69; Patrese 52; Berger 41; Prost 34. 




Grande Prêmio da Austrália –
Adelaide, nos últimos anos, tornara-se um local mais para festas de fim de temporada. Um ambiente mais leve e menos sisudo, afinal os campeonatos sempre se decidiram em Suzuka desde 1987. E o de 1990 não foi diferente, se bem que a chuva, torrencial, também quis participar da prova. Mas exagerou na mão: assim como em 1989, a chuva foi forte e fez com que os pilotos se virassem como podiam naquelas condições adversas. Escapadas e batidas deram o tom naquela derradeira etapa. Senna marcara a pole, com Berger ao seu lado e já na largada o austríaco perdera a segunda posição para Mansell, que passa a perseguir Ayrton. Atrás, escondidos sob o forte spray d’água, o caos desenrolou-se com vários pilotos rodando e batendo no muro, como foram os casos de Martini, Gugelmin, Mansell... Senna ainda liderava a corrida quando acenou para o diretor de provas, Roland Bruynsereade, para interroper a prova na passagem da 16ª volta. Ambos tinham combinado isso caso as condições piorassem. Trato é trato e a prova acabou sendo encerrada em bandeira vermelha, tornando-se, assim, a menor da história com apenas 14 voltas completadas (52.82 km). Senna venceu, com Mansell em segundo, Berger em terceiro, Piquet em quarto, Patrese em quinto e Gianni Morbidelli (que substituiu o demitido Alain Prost) em sexto.

Resultado final dos Mundiais de Pilotos e Construtores de 1991

domingo, 16 de outubro de 2016

Os 35 anos do primeiro título: No meio da guerra, Piquet campeão - 2ª Parte


(Continuação)
A temporada de 1981



Grande Prêmio Oeste dos EUA –
A temporada, enfim, iniciou-se e o traçado citadino de Long Beach recebeu a categoria. Tanto nos treinos, quanto na corrida, a surpresa ficou por conta do ótimo desempenho de Ricardo Patrese a bordo do Arrows. O piloto italiano foi a grande sensação do GP, a dar combate e liderar por boa parte do certame. Infelizmente falhas no motor Cosworth e depois no sistema de combustível acabaram deixando-o de fora da disputa ao abandonar na volta 33. Carlos Reutemann e Alan Jones duelaram pela primeira posição, sendo que o atual campeão acabou por ultrapassar seu companheiro voltas depois para conseguir a vitória em Long Beach. Reutemann terminou em segundo, seguido por Nelson Piquet – que perdera muito tempo atrás de Pironi ficando, assim, sem chances de discutir a vitória com o duo da Williams – Mario Andretti foi quarto, Eddie Cheever quinto – primeira vez que dois americanos terminaram na casa dos pontos numa prova local. A última vez tinha sido em Watkins Glen, 1973, quando Andretti e Mark Donohue terminaram na casa dos pontos. A sexta posição foi de Patrick Tambay. 



Grande Prêmio do Brasil –
Jacarepaguá passava a ser, a partir daquele ano, o local do GP brasileiro. Assim como acontecera em Long Beach, a equipe Lotus não pôde usar o seu Lotus 88 de chassi duplo, tendo que andar com o modelo 81. A pole position ficou para Nelson Piquet, que teve de imediato a dupla da Williams em seu encalço. A corrida teve seu início com pista molhada e Nelson acabou cometendo um de seus raros erros, ao insistir com pneus slick em pista molhada e dar a Williams a chance de batalhar pela vitória. Foi a corrida que ficou marcada pela ordem de equipe para que Reutemann, então líder, abrisse passagem para Jones. O piloto argentino ignorou todas as placas que mostravam o tal pedido, e passou para vencer o seu primeiro GP em 1981 (a terceira dele no GP do Brasil), deixando Jones em estado de fúria. Ricardo Patrese – em mais uma boa apresentação com a Arrows – foi o terceiro; Marc Surer – em grande exibição com a Ensign – o quarto; Elio De Angelis em quinto e Jacques Laffite em sexto. Nelson terminou em 12º e Chico Serra envolveu-se num acidente na largada, vindo abandonar o GP. 




Grande Prêmio da Argentina –
Os argentinos estavam eufóricos após a conquista de “El Lole” no GP brasileiro e, também, do modo como foi conquistado, com o piloto argentino peitando as decisões da Williams. Porém, os argentinos não contavam com uma exibição perfeita de Nelson Piquet naquele fim de semana em Buenos Aires. Aproveitando-se bem da suspensão hidropneumática – que já havia sido usada nas provas anteriores – que baixava o carro durante as voltas, anulando os 6cm regulamentares de distância para o solo, para voltar ao normal quando estivesse parado. Piquet dominou os treinos e marcou a pole, seguido por Alain Prost e Carlos Reutemann. Nelson Piquet dominou a corrida, tendo uma rápida ameaça de Reutemann, que conseguira largar bem, mas que perderia a liderança ainda no decorrer da primeira volta. A vantagem da Brabham com aquela suspensão era tremenda, que até mesmo o mexicano Hector Rebaque estava em grande forma chegando, inclusive, a ficar em segundo por algum tempo. O mexicano abandonaria na volta 33 com problemas mecânicos, deixando caminho aberto para que Carlos voltasse ao segundo posto. Piquet acabou por vencer com 26 segundos de vantagem para Reutemann. Prost foi o terceiro; Alan Jones o quarto; René Arnoux o quinto e Elio De Angelis o sexto. Chico Serra abandonara na 28ª passagem com problemas no câmbio do Fittipaldi Ford Cosworth.



Grande Prêmio de San Marino –
Ímola sediou o primeiro GP europeu da temporada. Agora o circuito italiano, que sediara o GP da Itália de 1980, passava a receber o GP de San Marino. A Lotus se fez ausente nesta etapa, já que estava a testar o novo Lotus 87 e aposentar, de vez, o 88. A Toleman era a equipe estreante no campeonato, com os pilotos Derek Warwick e Brian Henton a formar a dupla de pilotos. O carro inglês era empurrado pelo motor Hart Turbo e calçado pelos pneus Pirelli, que voltavam à F1 após 22 anos. Michele Alboreto também estreava na F1 pela equipe Tyrrell. Este GP também marcaria a estreia do Mclaren MP4/1, de monocoque totalmente feito com fibra de carbono. Aproveitando bem a alta velocidade do circuito italiano, os carros de motores turbo deram as cartas na classificação: Gilles Villeneuve anotou a pole para a Ferrari, seguido por Reutemann e com os dois Renaults, de Arnoux e Prost, ficado em terceiro e quarto respectivamente. Piquet marcou o quinto tempo. A prova acabou sendo marcada, inicialmente, pelo acidente que machucou seriamente as pernas do argentino Miguel Ángel Guerra na largada, após um enrosco com Eliseo Salazar. A chuva acabou dando o tom dessa etapa. As Ferraris de Villeneuve e Pironi estavam em grande forma e talvez Gilles até pudesse vencer a prova caso não voltasse a chover quando acabara de colocar o slicks. Precisou ir aos boxes duas voltas depois para recolocar os pneus para chuva, mas aí a sua corrida estava totalmente prejudicada. Pironi continuou na liderança, enquanto que Piquet subia na classificação aos poucos, superando Reutemann e Patrese que estavam a sua frente. Na volta 47, Nelson acabou superando Pironi, que apresentava danos em sua Ferrari. Ele foi ao box e fez os reparos, mas aí já era tarde. Piquet venceu a sua segunda consecutiva, com Patrese em segundo, Reutemann terceiro, Rebaque em quarto, Pironi em quinto e Andrea De Cesaris em sexto. Chico Serra não qualificou-se para o GP. 



Grande Prêmio da Bélgica –
Este foi, sem dúvida, o GP mais conturbado daquele ano. Iniciando pelo acidente fatal do mecânico da Osella, Giovanni Amedeo, que foi atropelado pela Williams de Carlos Reutemann na sexta-feira, quando este ia de volta para a pista. O mecânico não resistiu aos ferimentos e veio a falecer no hospital. Na qualificação, Reutemann marcou a pole, seguido por Piquet e Pironi. Antes da largada, um protesto por melhores condições de trabalhos no pitlane foi feito pelos mecânicos. Sabe-se que, naquela altura, os boxes não eram apenas um local de trabalho, mas também para transeuntes. Pessoas convidadas pela organização acabavam por ficar passeando pelo pitlane no exato momento em que as equipes trabalhavam freneticamente. Talvez este tenha sido um dos fatores que tenham contribuído para a queda de Giovanni na sexta, no exato momento que a Williams passava. Piquet também atropelara um radialista no fim de semana do GP argentino nos boxes, mas sem nenhuma gravidade. As confusões continuariam ainda no procedimento de largada: o starter acabou autorizando a volta de apresentação ainda com mecânicos trabalhando nos carros, tanto que Bruno Giacomelli nem estava presente no Alfa Romeo quando os carros partiram. Tiveram que fazer outra volta de apresentação. Quando as coisas pareciam acertadas, Ricardo Patrese acabou deixando o motor de sua Arrows apagar. David Luckett, mecânico da equipe, acabou saltando a mureta dos boxes e foi tentar fazer o motor pegar no exato momento que a largada foi autorizada. Ironicamente, Luckett foi acertado violentamente pela outra Arrows, de Siegfried Stohr. O mecânico foi prensado no carro de Patrese e a frente do carro de Stohr danificada. Apesar da cena assustadora Luckett acabou escapando, mas com graves ferimentos. Quarenta minutos depois a largada foi dada, sem a presença das Arrows. A corrida parecia ser de Alan Jones, que partira da sexta posição para escalar o pelotão e assumira a liderança após uma manobra polêmica sobre Piquet, fazendo com que o brasileiro escapasse e batesse no guard-rail. Algumas voltas depois, na 19ª mais precisamente, Jones também acabaria abandonando a prova em decorrência a um acidente. O caminho ficou aberto para Reutemann vencesse, com Jacques Laffite em segundo, Nigel Mansell em terceiro (primeiro pódio dele na F1), Gilles Villeneuve em quarto, Elio De Angelis em quinto e Eddie Cheever em sexto. Serra abandonou na volta 29 com problemas de motor. 



Grande Prêmio de Mônaco –
O GP monegasco, sempre com lugar reservado a 26 carros no grid, precisou de uma pré-qualificação que limou alguns carros antes da classificação. Tolemans, Marchs e o único ATS, deram adeus ao fim de semana em Monte Carlo mais cedo. Acompanhariam eles, mais tarde, os dois Fittipaldi, a Brabham de Rebaque, a Ligier de Jabouille, e as duas Osellas de Ghinzani e Gabbiani. Nelson Piquet foi o dono da pole nas ruas de Mônaco, com Villeneuve em segundo e Mansell, estreando a nova Lotus 87, em terceiro. Piquet estava impecável na corrida, tendo liderado com certa folga até a passagem 53 quando acabou batendo na Tabac. Foi uma chance jogava fora, uma vez que Reutemann abandonara a prova com problemas na suspensão. Jones já estava no encalço do brasileiro naquela ocasião e assumiu a liderança, mas problemas em sua Williams acabaram permitindo a aproximação de Villeneuve que não hesitou em ultrapassá-lo na St. Devote. Gilles apenas conduziu brilhantemente a sua Ferrari a vitória em Monte Carlo, seguido por Jones, Laffite, Pironi, Cheever e Surer. 



Grande Prêmio da Espanha –
Jarama teve a oportunidade de sediar, talvez, a melhor prova da temporada. Jacques Laffite marcara a pole com a Ligier, seguido pelos dois Williams de Jones e Reutemann. Watson também fez um belo treino, ao colocar a McLaren em quarto no grid. Com temperatura elevadíssima, a largada foi feita. Enquanto que Laffite fazia uma péssima largada, Alan e Carlos assumiam os dois primeiros lugares para a Williams. No entanto Gilles, que largara em sétimo, pulara espetacularmente para terceiro numa de suas costumeiras largadas foguete. O canadense ainda conseguiria algumas voltas depois, ultrapassar Reutemann e subir para segundo. Jones parecia intocável na liderança, até que ele escapou. Gilles assumiu a primeira posição, enquanto Reutemann começava a ter problemas no câmbio de seu carro. Voltas depois ele seria superado por Laffite – que se recuperara brilhantemente da péssima largada – e depois por Watson. O que se viu no restante da prova foi Gilles se defendendo como podia dos ataques de Laffite no miolo, e abrindo uma boa distância na grande reta do circuito espanhol. Isso dava o piloto canadense o tempo suficiente para se preparar dos ataques do francês. O mais interessante é que logo atrás de Laffite, Watson, Reutemann e De Angelis, estava extremamente perto dos dois líderes. No final, Gilles acabou por vencer a prova, seguido por Laffite, Watson, Reutemann, De Angelis e Mansell. De Villeneuve até Elio, a diferença foi de 1,23 segundos. Uma corrida com a marca do piloto canadense. Piquet abandonou na 43 volta após um enrosco com Andretti e Serra terminou em 11º. 



Grande Prêmio da França –
A corrida em Dijon-Prenois marcou a aposentadoria de Jean Pierre Jabouille. Para seu lugar na Ligier, Patrick Tambay, que havia sido substituído por Surer na Theodore, acabou assumindo o segundo carro da equipe francesa. Esta prova também marcou o retorno da Goodyear à categoria, sendo que estava de fora desde o imbróglio entre a FISA e a FOCA e desde então, todas as equipes estavam usando os Michelin ou Avon. Brabham e Williams passaram a usar a borracha americana neste GP. A pole foi conquistada por René Arnoux, seguido pela McLaren de John Watson e pela outra Renault de Alain Prost. Piquet aparecia em quarto. Com uma bela largada, Piquet aproveitou-se bem da péssima partida de Arnoux e assumiu a liderança. O piloto francês despencou vertiginosamente para nono. Watson até segurou Prost por um tempo, mas logo o pequeno francês assumia o segundo lugar. Mais atrás, Villeneuve – que largada em 11º - estava lutando pela quarta posição contra De Cesaris. O canadense acabou vencendo a disputa, mas logo seriam ultrapassados por Carlos Reutemann. Arnoux estava em franca recuperação, até que conseguiu passar por Reutemann assumindo, assim, a quarta colocação. Mas na volta 33 ele teve alguns problemas e voltou a cair na tabela, vindo a recuperar-se e terminar em quarto. A forte chuva que abateu sobre o circuito na volta 58, forçou a interrupção da prova. Quando ela foi retomada, com o grid sendo formada pelas posições da volta anterior, Piquet acabou perdendo a liderança para Alain Prost e depois o segundo posto para Watson. Arnoux, Pironi e De Angelis, completaram os seis primeiros. Acabou por ser uma etapa interessante para Piquet, pois os dois pilotos da Williams não pontuaram.

A primeira parte do Mundial chegava ao seu final com a liderança do campeonato ficando para Carlos Reutemann que somava 37 pontos; Nelson Piquet aparecia em segundo com 26 pontos; Alan Jones era o terceiro com 24; Gilles Villeneuve era o quarto com 21; Jacques Laffite com 17 pontos na quinta posição; Alain Prost era o sexto com 13 pontos. 

Já o Mundial de Construtores tinha a Williams liderando a tabela com 61 pontos; Brabham era a segunda com 29 pontos; Ferrari a terceira com 28 pontos; Renault em quarto com 18 pontos; Ligier em quinto com 17 pontos e a Lotus em sexto com 13 pontos. 

Até aquela altura os campeonatos pareciam bem encaminhados para Carlos Reutemann e Williams, mas a segunda parte daquele mundial reservaria boas surpresas.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Foto 593: Michael Schumacher, 25 anos atrás

A mancada de Bertrand Gachot; o olho rápido de Willy Weber; um teste num dia chuvoso em Silverstone pela Jordan; a chance pela mesma equipe em Spa-Francorchamps; uma mentirinha, que qualquer mortal contaria para poder andar naquela pista sensacional; sete décimos de vantagem sobre Andrea De Cesaris, um decano da Fórmula-1; e o sétimo lugar no grid de largada para o GP da Bélgica.
Sabe-se lá o que teria feito Michael Schumacher caso o câmbio de sua Jordan não tivesse quebrado logo após a largada, sendo que De Cesaris chegou a ter hipóteses de vencer aquela prova caso o motor Ford não tivesse quebrado, já que estava alcançando o então líder Ayrton Senna.
Mas a verdade é que isso tinha sido o suficiente para que Michael Schumacher continuasse na categoria.
O resto da história conhecemos bem.
Hoje completa exatos 25 anos de sua estréia na F1.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Vídeo: GP da Bélgica 1958

Spa-Francorchamps no esplendor do seu traçado original de 14 Km, propiciando um duelo entre a Ferrari e a Vanwall naquela que foi a quinta etapa do mundial de 1958.
A vitória ficou para Tony Brooks (Vanwall0, seguido por Mike Hawthorn (Ferrari) e Stuart Lewis-Evans (Vanwall). Para completar o quarteto britânico, Cliff Allison fechou em quarto com a Lotus Climax.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Vídeo: Uma volta com Nigel Mansell em Spa, 1992

Chega a ser uma música esse V10 da Renault empurrando o Williams FW14B, com Nigel Mansell ao volante durante uma volta em Spa-Francorchamps, no fim de semana do GP da Bélgica de 1992.

terça-feira, 17 de março de 2015

Foto 492: Eau Rouge, 1985

A imponência e perigo da velha Eau Rouge durante o final de semana do GP da Bélgica de 1985, ainda ladeada pelos guard-rails.
Uma pancada, durante uma largada, seria um desastre de proporções dramáticas.
Mais um belo trabalho de Dale Kistemaker. 

domingo, 4 de janeiro de 2015

Grandes Atuações: Michael Schumacher, Spa 1995

A coisa que mais prezo em uma pilotagem é a coragem e virtuosismo do piloto em mudar as condições de condução conforme o momento que a corrida exige. São nessas situações que você se depara com atuações dignas de Oscar, daquelas que ficam gravadas na retina por anos e anos e que frequentemente são relembradas em rodas de conversas e em textos e vídeos espalhados pela internet. Vitórias conquistadas à luz da estratégia são inteligentes, bonitas até, mas não se compara a conquistas tiradas a fórceps. O caso do GP da Bélgica de 1995 é um desses, onde Michael Schumacher, até então campeão reinante da Fórmula-1, mostrou ao mundo como lidar com uma série de variáveis sem pestanejar e conquistar uma vitória épica em seu território favorito que é Spa-Francorchamps.
O magnífico circuito das Ardenas recebeu a 11ª etapa de 1995 com o tempo totalmente instável para aquele último fim de semana de agosto, e como era de se esperar, devido esta situação, a classificação marcou uma boa surpresa: as Ferraris marcaram a primeira fila com Berger em primeiro e Alesi em segundo, aproveitando-se bem da rápida manobra de Jean Todt em mandá-los para a pista assim que esta secou após a chuva que caíra no início da classificação. A esperteza do pequenino francês foi vital, pois a chuva voltou logo depois e mais ninguém pôde ameaçar o duo vermelho. Logo atrás apareceram Mika Hakkinen e Johnny Herbert, seguidos por David Coulthard, Mark Blundell, Eddie Irvine e Damon Hill, que marcara apenas o oitavo tempo. Sua volta tinha sido arruinada por Andrea Montermini (Pacific) quando tinha hipóteses de ir mais à frente na classificação e logo depois apareceu a chuva e nada mais pôde fazer. Michael Schumacher tinha sofrido um forte acidente na Malmedy durante o terceiro treino livre, o que deixou seu Benetton destruído e irrecuperável para a classificação. Teve que esperar o término dos trabalhos de Herbert para que pudesse tomar posse do carro do inglês. Com isso, ele teve tempo de fazer a volta que lhe deu a 16ª colocação no grid.
Sem os dois principais pilotos na dianteira da corrida, esta se viu numa disputa aberta entre os coadjuvantes naquelas primeiras voltas: se os Ferraris foram perfeitos na classificação, a largada foi péssima, principalmente por conta de Berger que perdera as duas primeiras posições para Herbert e Alesi, com o francês recuperando em seguida. O brilharete da Ferrari foi até a terceira volta, quando Jean teve uma quebra de suspensão e ficou de fora. Herbert era o novo líder, mas com Berger em seu encalço que era seguido de perto pelas Williams de Coulthard e Hill. Schumacher continuava a sua escalada e já estava em nono na quarta volta. Mas não demorou muito para os carros de Frank Williams superassem a Ferrari de Gerhard.
David Coulthard partiu para o ataque contra Herbert, que suportou a pressão até que o inglês errou e entregou de bandeja a liderança para o jovem escocês. Coulthard parecia decidido que conseguiria a sua primeira vitória em Spa, tanto que abria boa vantagem para Damon até que o câmbio do carro de David apresentou problemas na 13ª volta e o tirou de combate. Hill subiu para a liderança, mas a sombra de Michael Schumacher já estava próxima de certa forma: com uma pilotagem agressiva e aproveitando-se bem das oportunidades, o alemão já estava em terceiro naquele momento e apenas o Ferrari de Berger é que o separava de Damon.
Os dois contendores pelo título mundial pararam juntos para o primeiro reabastecimento e troca de pneus de ambos, com o inglês mantendo a ponta da corrida por um curto espaço de tempo, afinal a chuva começara a cair. Damon e a Williams não demoraram muito a optar pela troca de pneus de chuva e enquanto o trabalho era feito, Schumacher tratou de se manter na pista, equilibrando-se como podia com pneus slick em trechos totalmente encharcados. Correndo nessa condição a chegada de Hill foi rápida, mas não foi fácil dobrar o piloto alemão que se defendia de todos os modos – alguns deles de modo controversos, que depois geraria uma série de reclamações de Damon – e que só “entregou” a posição quando errou na Le Combes. No entanto, com chuva dando uma parada e a pista começando a secar, Hill não conseguiu uma distância confortável o suficiente para tentar outra parada e voltar à frente de Schumacher.
Com a pista já bem mais seca, Hill teve que ir aos boxes trocar pelos slicks, mas na pressa de voltar à pista acabou excedendo a velocidade no pit-lane e teve que pagar um “Stop & Go”, exatamente no momento que o Safety Car foi acionado devido a chuva que voltara a cair. Este ficou por três voltas e em seguida Hill teve ir aos boxes pagar a sua penalização, que o relegou para terceiro e que mais tarde, precisamente na última volta, conseguiu superar Martin Brundle na luta pela segunda posição.
Para Michael Schumacher, que havia largado em 16º e escalado o pelotão com uma pilotagem, foi a décima sexta vitória de uma carreira que se encaminhava a passos para o bi-campeonato. E sem dúvida, naquela altura de sua vida, tinha sido a melhor atuação na F1. Apesar de toda controvérsia.


sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Foto 386: Hecatombe

E amanhã completará 16 anos daquela que foi uma das mais caóticas largadas da história da F1, quando nada mais que treze carros se enroscaram na descida da La Source após uma rodada de David Coulthard.
Apesar do pedido da Mclaren para que a largada fosse feita atrás do Safety Car, exatamente para evitar um acidente por causa do forte spray d'água, isso foi ignorado pelos comissários.
Irônicamente, algum tempo depois, a FIA passou a usar este procedimento mesmo que as condições de pista estivessem melhores do que aquele dia em Spa.
A prova foi marcada, também, pelo famoso acidente entre Coulthard e Michael Schumacher, onde o piloto alemão, que voltara aos boxes em três rodas, queria socar a cara do piloto escocês. E foi também o GP que deu à Eddie Jordan a possibilidade de entrar para o grupo de donos de equipes que venceram corridas na F1. Para Damon Hill, o autor do feito para o Team Jordan, foi o último triunfo dele na categoria.
De fato, um GP memorável.

domingo, 24 de agosto de 2014

GP da Bélgica: Confirmando uma geração

Existe aquele papo de que o cara que vence em Spa mostra, de fato do que é capaz. Pode ser bem uma verdade, visto que Clark, Senna, Schumacher e atualmente Raikkonen, sejam os grandes reis daquele traçado. O importante, também, é ver que eles começaram a brilhar nesta pista quando suas carreiras ainda engatinhavam na F1 e isso deu a eles uma propaganda positiva do que eles podiam fazer nos anos seguintes. E a confirmação de cada um deles foi espetacular.
Essa tarde no circuito belga viu mais uma vez a maravilha de piloto que é Ricciardo, que já havia demonstrado a suas qualidades nas suas outras vitórias anteriores. Melhor que isso, foi Bottas que também demonstrou seu talento nesta pista ao atacar pilotos do naipe de Alonso, Vettel, Raikkonen, Rosberg sem dar nenhuma satisfação, como se estes fossem pilotos "amadores". Outro também que merece uma atenção pelo que fez hoje em Spa é Kevin Magnussen, que após a sua bela prova de estréia em Melbourne, vinha se destacando apenas por superar Button com alguma frequência nas classificações e nos resultados finais de cada GP. Hoje ele foi combativo e soube aguentar bem a pressão exercida por Alonso em duas situações na prova - na metade e depois nas últimas cinco voltas - e vencendo ambas. Infelizmente perdeu a quinta colocação para Vettel no final, pois os pneus já estavam na "lona".
De certa forma, o desempenho destes três caras confirmam bem a renovação que a Fórmula-1 vem passando. E o mais legal de tudo, é que eles não tem medo de arriscar e certamente darão ainda mais trabalho aos velhotes.
A velha guarda da F1 terá um grande trabalho pela frente. E quem ganha com isso, somos nós.

Sobre a corrida

Claro que o papo que dominará as discussões até o GP da Itália repousará simplesmente sobre o toque de Rosberg em Hamilton, quando os dois disputavam ferrenhamente a liderança no final da Le Combes. Não vi a imagem mais vezes, mas o pouco que pude assistir concluo que foi incidente de corrida. Podia o Rosberg ter tirado o pé e deixado Hamilton se distanciar um pouco para depois atacar novamente? Sim, mas creio que ele estava naquela, onde um piloto ver uma brecha ele tentará até que se feche. Mas a briga estará ainda mais aberta após a reunião que a Mercedes fará ainda hoje em Spa. Vai fervilhar as coisas por aquelas bandas.
A Red Bull optou por usar pouca asa para esta prova e isso foi de grande valia para seus pilotos. Ricciardo tirou melhor proveito e assumiu a liderança após a primeira parada de Rosberg, para perdê-la apenas na sua segunda parada para Bottas. Vettel até que começou bem, atacando as Mercedes, mas logo depois começou a cair de rendimento lentamente e a cada parada de box, caía de posição. Terminou em quinto, o que acabou por ser um bom lucro, principalmente por Magnussen ter segurado Alonso e Button, o que possibilitou a sua aproximação para subir de oitavo para quinto em duas voltas.
Fiquei impressionado foi com o ritmo da Ferrari num todo nesta prova. De início as posições de Alonso e Raikkonen na classificação, foram creditadas à chuva do sábado, mas o desempenho de Alonso antes da sua primeira parada e depois de Raikkonen no restante da corrida, mostrou que o carro italiano esteve próximo da Red Bull e Williams pelo menos nessa corrida. E claro, destacar o melhor desempenho de Kimi no ano, numa pista que ele conhece tão bem. Podia ter subido ao pódio, mas pouco podia fazer contra o ataque de Bottas no fim.
A Williams teve um desempenho "manco" em Spa: se Bottas mais uma vez brilhou, Massa (mais uma vez) contou com a sua dose de azar cavalar para ter um pedaço de kevlar, certamente dos inúmeros destroços deixados pelos pneus dos carros de Bianchi e Hamilton, preso no assoalho do seu carro limitando ainda mais o seu desempenho.
Agora é esperar pela prova de Monza, daqui quinze dias.

sábado, 23 de agosto de 2014

GP da Bélgica - Classificação - 12a Etapa

(Foto: Laurent Dubrule / Reuters)
Aquela loteria que acostumamos a ver treinos marcados pela chuva, passou longe desta vez em Spa. Como de costume as Mercedes ditaram o ritmo, mas para quem apostava numa pole de Hamilton, este acabou por ficar em segundo. A sua última volta nos mostrou alguns erros do piloto inglês - mesmo com ele chegando a bater o tempo de Rosberg. Porém não foi o suficiente para que ele garantisse a posição, que foi retomada por Nico. Ou seja, mais um duelo particular das Silver Arrows.
No segundo escalação, que ficou mais de dois segundos atrás dos prateados, bom desempenho de Vettel que marcou o terceiro tempo. Aliás, Sebastian aparenta precisar mais de condições extremas como as de hoje para poder se posicionar melhor no grid, tamanha dificuldade que tem encontrado este ano. Amanhã, onde a previsão é que não haverá chuva, teremos uma idéia se ele voltou, ou não, revitalizado destas férias.
Alonso aparece em quarto apresentando uma performance mais sólida nos treinos, que até me surpreendeu - mesmo estando com a pista molhada. Mas não acredito que em pista seca conseguirá algo melhor amanhã. Ricciardo errou na sua última volta e aparentava que poderia subir ao terceiro lugar. Outra boa surpresa foram as Williams que figuraram no Q3, mostrando uma boa evolução para pistas molhadas. De se destacar também o bom trabalho de Kimi Raikkonen, que dispensa comentários quando se pilota em Spa, e dos pilotos da Mclaren que também subiram para o Q3.

O que esperar da corrida?
Acho que isso será totalmente independente de como esteja as condições de pista amanhã, mas a vitória não escapará do duo da Mercedes. A não ser que problemas mecânicos os atrapalhe, e caso isso não aconteça, aposto numa vitória de Hamilton.
E do terceiro lugar pra baixo, o pau vai comer a solta entre Red Bull, Ferrari e Williams. E devido as retas de Spa, acredito em Bottas no pódio.

Grid de largada para o Grande Prêmio da Bélgica - 12ª Etapa

Pos Piloto                Equipe                  Tempo      Dif   
 1. Nico Rosberg          Mercedes              2m05.591s            
 2. Lewis Hamilton        Mercedes              2m05.819s  +0.228s   
 3. Sebastian Vettel      Red Bull-Renault      2m07.717s  +2.126s   
 4. Fernando Alonso       Ferrari               2m07.786s  +2.195s   
 5. Daniel Ricciardo      Red Bull-Renault      2m07.911s  +2.320s   
 6. Valtteri Bottas       Williams-Mercedes     2m08.049s  +2.458s   
 7. Kevin Magnussen       McLaren-Mercedes      2m08.679s  +3.088s   
 8. Kimi Raikkonen        Ferrari               2m08.780s  +3.189s   
 9. Felipe Massa          Williams-Mercedes     2m09.178s  +3.587s   
10. Jenson Button         McLaren-Mercedes      2m09.776s  +4.185s   
11. Daniil Kvyat          Toro Rosso-Renault    2m09.377s  +2.768s
12. Jean-Eric Vergne      Toro Rosso-Renault    2m09.805s  +3.196s
13. Sergio Perez          Force India-Mercedes  2m10.084s  +3.475s
14. Adrian Sutil          Sauber-Ferrari        2m10.238s  +3.629s
15. Romain Grosjean       Lotus-Renault         2m11.087s  +4.478s
16. Jules Bianchi         Marussia-Ferrari      2m12.470s  +5.861s
17. Pastor Maldonado      Lotus-Renault         2m11.261s  +4.131s
18. Nico Hulkenberg       Force India-Mercedes  2m11.267s  +4.137s
19. Max Chilton           Marussia-Ferrari      2m12.566s  +5.436s
20. Esteban Gutierrez     Sauber-Ferrari        2m13.414s  +6.284s
21. Andre Lotterer        Caterham-Renault      2m13.469s  +6.339s
22. Marcus Ericsson       Caterham-Renault      2m14.438s  +7.308s

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

GP da Bélgica - Treinos Livres - 12ª Etapa

Lewis Hamilton: "É ótimo estar de volta no carro. A manhã não foi forte, mas definitivamente melhorou à tarde. Como sempre, ainda temos trabalho essa noite, mas no geral foi OK. A pista ficou seca durante as duas sessões, mas a previsão do tempo para amanhã é de chuva, então, é importante maximizar o tempo de pista, pois pode sempre ser nossa última volta no seco antes da corrida.
Já vimos tanta chuva aqui, e isso pode realmente misturar as coisas - particularmente quando está seco em alguns lugares e molhado em outros. Sua viseira está quase da altura do chão, então, não dá para você olhar do alto e ver os lugares diferentes. Isso torna muito mais difícil achar os lugares onde você pode achar aderência, mas também é muito divertido"

Nico Rosberg: "Parece que temos o carro mais rápido do grid de novo, mas aqui a coisa está um pouco diferente do que em pistas anteriores. E me parece também que algumas das outras equipes estão mais próximas. Além disso, acho que precisamos trabalhar um pouco mais com relação a nossa velocidade de reta.
Como acontece sempre, hoje vamos analisar tudo e ver o que poderemos fazer para amanhã, especialmente se estiver molhado, como a previsão aponta. Na verdade, já se fala em condições mistas, então vamos ver. O desafio aqui será encontrar um equilíbrio entre ser rápido em uma única volta e ser consistente em ritmo de corrida"

Fernando Alonso: “Aqui e em Monza a potência do motor conta muito. Não existem soluções mágicas, mas nós vamos melhorar todo o resto.
O clima aqui é sempre muito instável, é bem capaz que chova amanhã. Temos de estar prontos para qualquer situação que aconteça”

Felipe Massa: “Foi uma boa sexta-feira para nós, sem problemas, e fomos capazes de continuar aprendendo sobre o carro.
A Mercedes ainda está parecendo muito forte e com uma vantagem sobre todos os demais, mas devemos ter uma boa oportunidade de brigar pelo pódio e precisamos garantir que vamos continuar melhorando o carro ao longo do fim de semana.
Vimos algum desgaste de pneus, então isso vai tornar a estratégia crucial, e será importante estar com o pneu correto no momento certo na corrida”

André Lotterer: "Primeiro treino desta manhã foi uma boa sessão para mim, me adaptei ao carro muito rapidamente e agora eu só preciso otimizar tudo em termos de estilo de condução. Tudo correu conforme o planejado e eu era capaz de ter uma boa noção do que é pilotar o carro.FP2 foi outra boa sessão, embora tivemos que parar um pouco mais cedo devido a um problema técnico. Nós seguimos o programa como planejado, melhorando e ao mesmo tempo aprendendo a lidar com o carro. Fizemos algumas simulações e eu estou começando a me sentir confortável com tudo, mesmo que eu ainda esteja numa curva de aprendizagem."

Sebastian Vettel: “Estou esperançoso de que o motor que teve problema hoje não está danificado. Se estiver, obviamente vamos ter que pegar um novo, não necessariamente para este fim de semana, mas para alguns no futuro, então vamos esperar para ver.
Obviamente, não pilotei muito exceto por algumas voltas nesta manhã. Há muitos itens para serem riscados da lista, e é importante manter o olho aberto aqui, cada ano é diferente. É uma volta longa, há muitas curvas de alta velocidade e, por causa disso, é importante ter um bom ritmo, ao passo que talvez seja mais fácil em uma pista mais lenta”

Resultado dos dois treinos livres em Spa-Francorchamps

Treino Livre 1:
 
Pos Piloto               Equipe                  Tempo       Dif   Voltas
 1. Nico Rosberg         Mercedes              1m51.577s           25 
 2. Lewis Hamilton       Mercedes              1m51.674s  +0.097s  24 
 3. Fernando Alonso      Ferrari               1m51.805s  +0.228s  16 
 4. Jenson Button        McLaren-Mercedes      1m52.404s  +0.827s  21 
 5. Kimi Raikkonen       Ferrari               1m52.818s  +1.241s  17 
 6. Sergio Perez         Force India-Mercedes  1m52.903s  +1.326s  24 
 7. Kevin Magnussen      McLaren-Mercedes      1m52.922s  +1.345s  23 
 8. Nico Hulkenberg      Force India-Mercedes  1m52.937s  +1.360s  22 
 9. Daniel Ricciardo     Red Bull-Renault      1m52.972s  +1.395s  19 
10. Valtteri Bottas      Williams-Mercedes     1m53.172s  +1.595s  20 
11. Sebastian Vettel     Red Bull-Renault      1m53.369s  +1.792s  11 
12. Daniil Kvyat         Toro Rosso-Renault    1m53.594s  +2.017s  21 
13. Romain Grosjean      Lotus-Renault         1m53.597s  +2.020s  20 
14. Adrian Sutil         Sauber-Ferrari        1m53.703s  +2.126s  14 
15. Felipe Massa         Williams-Mercedes     1m53.968s  +2.391s  20 
16. Jean-Eric Vergne     Toro Rosso-Renault    1m54.189s  +2.612s  20 
17. Giedo van der Garde  Sauber-Ferrari        1m54.335s  +2.758s  16 
18. Pastor Maldonado     Lotus-Renault         1m55.336s  +3.759s  21 
19. Jules Bianchi        Marussia-Ferrari      1m55.782s  +4.205s  19 
20. Alexander Rossi      Marussia-Ferrari      1m57.232s  +5.655s  20 
21. Andre Lotterer       Caterham-Renault      1m57.886s  +6.309s  24 
22. Marcus Ericsson      Caterham-Renault      1m57.977s  +6.400s  24 

Treino Livre 2:
 
Pos Piloto                Equipe                   Tempo      Dif     Voltas
 1. Lewis Hamilton        Mercedes               1m49.189s           26
 2. Nico Rosberg          Mercedes               1m49.793s  +0.604s  28
 3. Fernando Alonso       Ferrari                1m49.930s  +0.741s  19
 4. Felipe Massa          Williams-Mercedes      1m50.327s  +1.138s  24
 5. Jenson Button         McLaren-Mercedes       1m50.659s  +1.470s  31
 6. Valtteri Bottas       Williams-Mercedes      1m50.677s  +1.488s  26
 7. Daniil Kvyat          Toro Rosso-Renault     1m50.725s  +1.536s  25
 8. Daniel Ricciardo      Red Bull-Renault       1m50.977s  +1.788s  16
 9. Kevin Magnussen       McLaren-Mercedes       1m51.074s  +1.885s  31
10. Nico Hulkenberg       Force India-Mercedes   1m51.077s  +1.888s  26
11. Jean-Eric Vergne      Toro Rosso-Renault     1m51.383s  +2.194s  26
12. Adrian Sutil          Sauber-Ferrari         1m51.450s  +2.261s  29
13. Sergio Perez          Force India-Mercedes   1m51.573s  +2.384s  28
14. Romain Grosjean       Lotus-Renault          1m52.196s  +3.007s  25
15. Kimi Raikkonen        Ferrari                1m52.234s  +3.045s  18
16. Jules Bianchi         Marussia-Ferrari       1m52.776s  +3.587s  23
17. Esteban Gutierrez     Sauber-Ferrari         1m53.955s  +4.766s   7
18. Max Chilton           Marussia-Ferrari       1m54.040s  +4.851s  18
19. Marcus Ericsson       Caterham-Renault       1m54.050s  +4.861s  30
20. Andre Lotterer        Caterham-Renault       1m54.093s  +4.904s  24
21. Pastor Maldonado      Lotus-Renault          no time              2
22. Sebastian Vettel      Red Bull-Renault       no time

Estaria a Fórmula-1 mais fácil?

Quando Hamilton disse na última quinta-feira que a atual F1 não o empolgava muito, por não dar aquele desafio de outrora, fomos de encontro ao anúncio de um dia antes de Max Verstappen pela Toro Rosso que a partir de 2015 ele passará a ser o piloto da equipe com apenas 17 anos. De fato isso mostra que os carros da F1 podem estar mais fáceis de pilotar - mas não entendo, também, a ênfase que os pilotos tanto deram ao desafio de controlar os carros em saídas de curvas, por estes estarem mais nervosos e também ao freá-los. Vai saber...
Hoje, nos dois primeiros treinos livres para o GP da Bélgica, podemos ver que o estreante André Lotterer, que tão bem conhecemos do Endurance, foi capaz de guiar no mesmo ritmo que Marcus Ericsson, seu companheiro de Caterham. No primeiro treino, Lotterer foi 0.091 centésimos melhor que Ericsson, que deu o troco no TL2 por 0.043 centésimos. De certa forma temos que dar a mão à palmatória de que Lotterer não é nenhum "Zé ninguém": a vaga foi lhe dada exatamente para que ele pudesse passar um melhor feedback das evoluções que foram levadas para Spa e também por ser reconhecidamente um dos melhores pilotos de testes atualmente. Por isso a sua vaga. Por outro lado, ele conhece bem circuito belga: além de ter corrido em outras épocas, este ano ele esteve presente naquela pista em três oportunidades (WEC, GT Francês e 24 Horas de Spa). Portanto a única adaptação que ele teria que se preocupar era com relação ao carro. De fato, ele chegando e já colocando-se à frente de Ericsson, dá entender que a coisa parece que está mais fácil que antes. Mas repito que ele conhece bem o circuito e isso ajuda. Michael Schumacher, por exemplo, não conhecia Spa e nem o carro da Jordan, e de cara já colocou tempo em Andrea De Cesaris.
Pode ser que tudo esteja mais fácil que antes, mas acredito que ainda exista o fator dom natural em conseguir se adaptar rapidamente a uma situação.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Foto 384: Eau Rouge, ontem e hoje

A foto mais antiga da Eau Rouge, que está em sépia, já vinha sendo divulgada na internet desde o ano passado, pelo que me lembro. E agora resolveram fazer uma montagem com uma da situação da curva mais aclamada da F1.
Claro, mudou-se muito - suponho que a imagem superior seja dos anos 30, 40 - mas ainda podemos ver que ao menos duas casas que aparecem na primeira foto ainda estão lá.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Foto 380: Um almoço em Spa

A superioridade italiana. Antonio Ascari conduzindo a sua Alfa Romeo P2 rumo à vitória no primeiro GP da Bélgica, disputado em Spa Francorchamps em 29 de junho de 1925.
Tratou-se de uma luta particular entre franceses e italianos naquela prova, uma vez que apenas a Delage e Alfa Romeo levaram carros para a corrida. A Delage alinhou quatro carros para Albert Divo, Robert Benoist, René Thomas e Paul Torchy. Pela Alfa Romeo, três P2 ficaram aos cuidados de Antonio Ascari, Giuseppe Campari e Conde Gastone Brilli Peri.
Apesar da luta entre estes sete carros terem sido intensa no início, os Delage foram caindo no decorrer da prova com inúmeros problemas: Benoist perdeu um bom número de voltas para tentar resolver um problema no tanque de combustível; Torchy abandonou, enquanto que o carro de Thomas teve um incêndio. Divo foi o único a ficar na pista e dar combate a uma das Alfas - de Brilli-Peri -, mas logo abandonaria.
Tendo apenas os seus três carros na disputa, Vittorio Jano - projetista e chefe de corridas da Alfa - pediu que fosse feito um almoço. Chamou seus três pilotos que entraram para os boxes e assim que desceram dos carros para o já famoso almoço, foram recebidos com vaias e assobios pelo público presente. Com os carros devidamente limpos e pilotos satisfeitos, eles retomaram a prova que foi vencida por Ascari, com Campari em segundo e Peri em terceiro.
Apenas mais uma das folclóricas histórias do automobilismo.

sábado, 31 de maio de 2014

Foto 349: Andrea De Cesaris, 55 anos

Sempre tive a impressão de que, se ele tivesse um pouco mais de cuidado, sabendo dosar bem a sua velocidade que era indiscutível, talvez tivesse sido um dos melhores pilotos da década de oitenta.
Apesar da sua fama de destruidor, que foi muito bem reconhecida em 1981 quando acabou com 22 chassi da Mclaren e que ganharia reforço nos anos seguintes, De Cesaris mostrou que quando colocava um freio no seu ímpeto podia se tornar um bom piloto. Foi assim em Spa 1983 e depois em 1991, lá na mesma pista, quando estava prestes a ameaçar a vitória de Senna. Curiosamente em Mônaco, uma pista anti-De Cesaris, ele costumava andar bem.
O "De Crasheris" completa hoje 55 anos.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Foto 299: A primeira

Uma Spa laranja. Bruce Mclaren, com a sua elegante Mclaren-Ford M7A, liderando um grupo formado por Pedro Rodriguez (BRM P133), Jacky Ickx (Ferrari 312/68) e Jackie Stewart (Matra-Ford MS10) durante o GP da Bélgica de 1968.
Foi a prova que marcou a primeira vitória da Mclaren Racing Limited após a sua estréia na F1 em 1966, durante o GP de Mônaco. A história de 182 vitórias havia começado.

Foto 1039 - Bernd Rosemeyer, Roosevelt Raceway 1937

  (Foto: Adam Gawliczek)  Um momento de descontração antes do embate dos europeus vs americanos pela 13ª edição da Vanderbilt Cup, realizada...