Mostrando postagens com marcador René Arnoux. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador René Arnoux. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Le génie Nelson Piquet - Parte 2

Parte 1: Le Génie Nelson Piquet


Prost e Arnoux se revezam e Piquet cai na tabela

O GP do Canadá não apenas marcou o fim da aventura da F1 pela América naquela temporada, como também encerrou a primeira parte do campeonato. Duas novidades para a pista canadiana: além de ter mudado o nome do circuito para Gilles Villeneuve, Jacques Villeneuve, irmão de Gilles, tentaria se classificar para aquela corrida a bordo do March da equipe RAM. Infelizmente o irmão de Gilles não conseguira a classificação, repetindo o feito de 1982...
René Arnoux mais uma vez pôs a Ferrari na ponta do grid, mostrando o quanto que o carro italiano estava forte naquela ocasião. Prost saiu em segundo com Piquet, Tambay, Patrese e Cheever fechando os seis primeiros. A corrida foi de domínio amplo de René Arnoux que só perdeu a liderança do GP durante a parada de box. Nelson Piquet estava numa boa terceira colocação – estava logo a frente de Prost – e poderia pensar num pódio naquela corrida se não fosse o cabo do acelerador quebrado, forçando o seu abandono na volta 16. Patrese era outro que estava formidável na corrida: uma vez pulando de sexto para segundo na largada, o italiano ensaiou uma reação contra a liderança de Arnoux até que o câmbio do Brabham passou a ter problemas, forçando assim o seu abandono na volta 57. Alain Prost fez uma prova discreta, apesar de ter ficado na casa dos pontos por toda a corrida até que Keke Rosberg – em mais uma bela corrida – o passou na disputa pelo quarto lugar. René Arnoux acabou por vencer a prova, seguido por Cheever – que chegou 42 segundos depois – Tambay, Rosberg, Prost e Watson. Alain Prost aumentou em mais dois pontos a sua vantagem para Piquet (30x27) e o piloto brasileiro tinha naquele momento a compania de Tambay, que também somava 27 pontos; Keke Rosberg era p quarto com 25; René Arnoux subira para quinto com 17 pontos e Watson o sexto, com 16.

Silverstone recebeu a F1 após um mês de recesso da categoria, e algumas equipes levaram evoluções de seus modelos para a disputa do GP da Grã Bretanha: A Brabham – rebatizando o BT52 como versão B - apresentou melhorias na aerodinâmica, suspensão, um novo bocal para o reabastecimento e de “bônus” a BMW conseguiu mais alguns cavalos para o seu excepcional motor Turbo de 4 cilindros. Indo na mesma toada que a rival, a Ferrari também lançou a evolução do 126C2 que agora seria conhecido como 126C3, com uma aerodinâmica e suspensão mais aperfeiçoada e também a distribuição de peso que ficou mais uniforme. A Lotus contratou Gérard Ducarouge – que estava na Alfa Romeo – e este conseguiu construir um carro em tempo recorde para substituir o problemático 93T: o 94T, agora com motor Renault Turbo
A volta da Honda, com a equipe Spirit e Johansson ao volante
também para Nigel Mansell, passou a render bons frutos para De Angelis e Mansell. A Honda acabou por ser a grande novidade da corrida – e do ano: voltando após 15 anos de ausência, a fábrica do senhor Soichiro Honda colocava uma unidade V6 Turbo para empurrar o chassi 201 da Spirit, equipe oriunda da Fórmula 2. Stefan Johansson, assim como na estréia extra-oficial da equipe na Corrida dos Campeões, foi o piloto escolhido para conduzir o bólido.
A Ferrari continuou a dar as cartas nas classificações e René Arnoux fez a sua terceira pole consecutiva, agora tendo Tambay ao seu lado na primeira fila. Prost ficou em terceiro e De Angelis, mostrando a ótima evolução do novo Lotus 94T, fechou em quarto com Patrese e Piquet completando os seis primeiros. A corrida foi uma luta intensa pela liderança, em especial entre Prost, Tambay e Arnoux, mas Piquet conseguiu
quebrar essa trinca francesa após a sua parada de box na volta 42 quando conseguiu voltar a frente de Patrick. Arnoux sofreu com o desgaste dos pneus e um possível pódio acabou virando um quinto lugar. De se destacar a grande prova de Nigel Mansell que enfim tinha em mãos um bom carro. Saindo de 18º, subiu o pelotão aos poucos até conseguir um excelente quarto lugar. Niki Lauda também fez ótima corrida e voltou a pontuar com o sexto lugar, fato que não acontecia desde o GP de Long Beach quando terminou em segundo. Com mais uma vitória de Prost, o piloto francês chegou aos 39 pontos, seis a mais que Piquet e oito que Tambay; em quarto se manteve Rosberg com 25; Arnoux subiu para 19 na quinta posição e Watson continuou com os seus 16 pontos na sexta posição.
(Foto: Sutton-Images)
O GP da Alemanha, disputado no veloz Hockenheim, comprovou mais uma vez a ótima fase que a Ferrari passava naquele estágio da temporada: Patrick deu a quarta pole-position consecutiva para a “Rossa” e Arnoux fechou a dobradinha com a segunda posição. De Cesaris, apresentando uma boa pilotagem, repetiu a terceira posição conseguida em Spa e teve ao seu lado Nelson Piquet. Prost e Cheever fecharam a terceira fila para a Renault. Apesar de uma boa largada, a liderança de Tambay não passou da segunda volta quando este foi superado por René. Mas a corrida terminaria cedo para Patrick, já que o motor do seu Ferrari estourou na 9ª volta. Desse modo Piquet assumia a segunda colocação e mais tarde subiria para a ponta da corrida após a entrada de Arnoux para o seu pit-stop. Nelson liderou até a 31ª volta, quando também fez a sua parada voltando em segundo. A segunda posição parecia garantida quando o motor BMW estourou – com incêndio logo em seguida – forçando o seu abandono. Este resultado, caso acontecesse, deixaria o piloto brasileiro há um ponto de atraso para Prost que conseguia apenas o sexto lugar após enfrentar uma queda de rendimento do seu Renault. A sorte sorriu ao francês narigudo, porque além da quebra de Piquet, Cheever também enfrentou problemas vindo a abandonar e sendo assim ele subiu para quarto. Arnoux confirmou a vitória seguido por De Cesaris, Patrese – que conseguia, enfim, os seus primeiros pontos naquele ano – Prost, Watson e Laffite. Lauda seria o quinto, mas devido uma ajuda externa após uma rodada, o piloto austríaco foi desclassificado. Prost aumentou a vantagem para Piquet em nove pontos (42x33); Tambay seguiu em terceiro com 31; Arnoux passou Rosberg na pontuação somando três pontos mais que o atual campeão mundial (28x25) e Watson chegara aos 18 na sexta posição.
Dando sequência as pistas de alta velocidade a F1 se deslocou para o majestoso Zeltweg para a realização do GP da Áustria, 11ª etapa. Já estava ficando fácil saber que a pole ficaria com a Ferrari devido a sua ótima velocidade neste treino oficial e coube à Tambay a honra de dar à equipe de Enzo Ferrari a marca histórica de 100 pole-positions e para a festa ficar completa, Arnoux se colocou em segundo. Nigel Mansell conseguiu uma bela terceira posição e teve ao seu lado na segunda fila, Nelson Piquet. Prost e Patrese fecharam a terceira fila. Tambay conseguiu se manter na frente de Arnoux e ao contrário do que acontecera na Alemanha, Patrick soube segurar o ímpeto do seu companheiro. Mansell despencou para quinto e ainda perderia a posição para Patrese. Piquet e Prost apareciam em 3º e 4º respectivamente. Tambay, que já havia feito a sua parada de box na 22ª volta, acabou por abandonar na volta 30 quando a pressão do óleo caiu. Nelson Piquet é quem aparecia com grande chance de vitória, afinal ele havia herdado a liderança na 28ª volta e quando fez a sua parada, ele conseguira voltar ainda frente de Arnoux. Um belo trabalho de Piquet e Brabham que teria dado resultado caso o motor BMW não apresentasse mais uma vez problemas, o que fez o rendimento cair drasticamente e dessa forma ele virou presa fácil para Arnoux e pouco depois para Prost. A luta ficou restrita ao dois franceses e quem levou a melhor foi Prost, que conseguiu a ultrapassagem a 48ª volta e garantiu a sua quarta vitória no mundial. Arnoux, Piquet, Cheever, Mansell – que ainda salvou dois pontos após sofrer com o baixo rendimento dos pneus Pirelli – e Lauda fecharam os seis primeiros. Prost ampliava naquele momento a diferença para Nelson em 14 pontos (51x37); Arnoux continuava a sua escalada na tabela de pontos e agora era terceiro, com 34 pontos; Tambay o quarto com 31; Rosberg o quinto com 25 e Watson em sexto com 18.
(Foto: Sutton-Images)
A Brabham, visando reverter o jogo contra o domínio de Renault e Ferrari naquele campeonato, levou para a Holanda melhorias que foram logo percebidas na classificação quando Piquet quebrou a sequência de cinco poles consecutivas da Ferrari. Mesmo na pole, o brasileiro ainda teve Tambay na primeira fila; Elio De Angelis marcou o terceiro tempo com Prost em quarto, Mansell em quinto – mostrando a crescente melhora da Lotus – e Patrese em sexto. Arnoux, que vinha sendo um dos mais velozes nas classificações, aparecia somente em décimo. A largada perfeita de Piquet lhe deu a chance de continuar na ponta após a Tarzan, ao contrário de Tambay que fez uma péssima largada e virou a primeira curva em 21º... um início desastroso para a Ferrari. Talvez o único consolo para o time italiano foi a largada de Arnoux que proporcionou a ele a chance de subir para sétimo. Prost ainda teve um trabalho com Cheever, que largara bem pulando de oitavo para segundo, mas que foi resolvido logo na segunda passagem.
O duelo entre Piquet e Prost, que mais parecia uma caça do gato ao rato, era o ponto alto da corrida, mas tinha outros dois atrativos naquele GP holandês que interessavam a todos também: as duas Ferraris vinham em franca recuperação, com René alcançando o terceiro posto e Tambay o oitavo lugar, mais uma vez mostrando o quanto que aquele 126C3 era bom. Os dois ponteiros ainda não haviam parado para os seus respectivos pit-stops, mas isso acabou nem acontecendo: Prost, na ânsia de tentar assumir a ponta, acabou arriscando uma ultrapassagem quando viu uma fresta se abrir quando Piquet começa a contornar a Tarzan. O problema é que Alain deixou para frear muito dentro da curva e as rodas bloquearam, fazendo com que o seu Renault deslizasse e acertasse o Brabham de Piquet que foi de encontro à barreira de pneus. Fim de prova para Nelson e Prost continuou, para abandonar depois de algumas voltas. René Arnoux ganhou a liderança de presente, que ele acabou conservando até o final. Tambay conquistou um brilhante segundo lugar após a sua desastrosa largada; Watson foi terceiro com a McLaren Cosworth, já que a equipe estreara naquele GP o TAG Porsche Turbo que foi utilizado apenas por Lauda que abandonou por causa da quebra deste. Derek Warwick foi o outro nome da prova, levando a Toleman a ganhar os primeiros pontos na temporada - e dele também – ao ficar em quarto; Mauro Baldi e Michele Alboreto fecharam o pódio. Alain Prost manteve a liderança com os seus 51 pontos, mas agora tinha René Arnoux em segundo com 43, Tambay alcançou Piquet e empatou com ele em 37 pontos; e Rosberg via agora a sua quinta posição ser ameaçada por Watson, que chegara aos 22 pontos contra 25 do finlandês.
Estas cinco corridas de domínio amplo de Prost e Arnoux, onde eles se revezaram nas vitórias, acabou por ser infrutífero para Piquet. Neste período Prost conquistou 23 pontos; Arnoux foi quem mais conseguiu pontos ao ganhar 35 e Tambay, que mesmo não ganhando nenhuma corrida, conseguiu somar 14 pontos. Piquet teve uma maré de azares que o fez conquistar apenas 10 pontos. Para os franceses, era só uma questão de tempo para festejar a primeira conquista de um piloto do seu país na F1, mas as três últimas corridas reservavam algo a mais para aquela reta final de campeonato.

Parte Final: Le Génie Nelson Piquet

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Keke Rosberg, 30 anos atrás

Se nos treinos de hoje em Monte Carlo Nico Rosberg esteve extremamente rápido ao colocar a Mercedes na ponta dos dois treinos livres realizados lá, talvez ele possa sonhar com uma pole e quem sabe, até vencer. A situação não é fácil como todos sabemos devido ao alto desgaste dos pneus que aliado a baixa performance do W04, dificulta tudo. Mas seu pai, o velho Keke Rosberg, conseguiu uma improvável vitória no GP de Mônaco de 1983 ao sair da quinta colocação do grid e pular para segundo já na primeira curva.
Apesar da enorme falta de potência dos Cosworth frente aos motores Turbo da BMW e Renault, aquele tipo de traçado era o único em que um carro equipado com motor aspirado podeia fazer frente aos monstros turbocomprimidos. Com a pista molhada no início e partindo com pneus de pista seca, Rosberg conseguiu a primeira colocação ainda na primeira e volta e desapareceu na frente. Foi uma aposta arriscada, uma vez que os ponteiros Prost, Arnoux, Cheever e Tambay estavam com pneus para pista molhada e a aposta numa corrida com pista seca foi a cartada que a Williams e outros times tiveram e acabaram por se dar bem.
Com um pilotagem vistosa, andando de lado em vários trechos do circuito, Rosberg venceu com uma folga de dezoito segundos para Nelson Piquet e a terceira colocação ficou com Alain Prost. Depois desta conquista de Keke, a Williams só voltaria a vencer no Principado 20 anos depois com Juan Pablo Montoya ao volante.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

F1 Battles: Ricardo Patrese vs Alain Prost, GP do Brasil 1980

Foi a última vez que a F1 corria no velho e magnífico traçado de Interlagos e enquanto Arnoux liderava com folga, Patrese e Prost se entregavam a uma batalha maravilhosa pelos quase oito quilômetros do circuito paulistano.
Apesar de a qualidade do vídeo não ser lá grande coisa (além das constantes manchas, o áudio é perdido perto do fim), a batalha entre eles é sensacional. Ah, a ultrapassagem de Prost, que lhe garantiu o quinto posto, também não foi captada.
Fora estes contratempos, vale a pena ser vista.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Vídeo: GP do Brasil, 1982

Um vídeo para relembrar como foi o GP do Brasil disputado em Jacarepaguá, em 21 de março de 1982. A prova foi vencida por Alain Prost após a desclassificação de Nelson Piquet (Brabham) e Keke Rosberg (Williams) por estarem abaixo do peso limite. Essa corrida marcou, também, a despedida de Carlos Reutemann (Williams) da F1. Ele abandonou a prova após um acidente com René Arnoux (Renault) e Elio De Angelis (Lotus) na 21ª volta.

sábado, 19 de novembro de 2011

Foto 44: Aterrissagem

Curiosa esta foto onde René Arnoux parece “pousar” sua Ferrari após, ou durante, uma volta rápida no circuito de Long Beach, em 1983. Por coincidência René marcou a pole para esta prova, que acabou sendo vencida por John Watson (Mclaren). Lauda foi segundo, formando assim a dobradinha da Mclaren que até antes da prova era impensável, pois os dois largaram em 23º e 24º respectivamente. Arnoux fechou em terceiro, mais de um minuto de desvantagem para Watson.

domingo, 4 de setembro de 2011

Grande Prêmio da Itália, 1982 - Vídeo

Semana que vem acontecerá em Monza a 13ª etapa do mundial de Fórmula 1. Para ir aquecendo fica o vídeo, completo, do GP da Itália de 1982 (15ª etapa) vencido por René Arnoux com um Renault:

terça-feira, 19 de julho de 2011

Grande Prêmio de Dallas, 1984- Vídeo

Eis a prova de Dallas de 1984, disputado em 8 de julho. A prova foi vencida por Keke Rosberg, seguido por René Arnoux e Elio de Angelis. A corrida ficou mais conhecida pelo forte calor em que foi disputada naquele dia e por isso o horário da prova fora adiantado para as 11 da manhã. O asfalto, que já não era grande coisa, acabou por ser destruido após a corrida dos carros da Can Am. Com a pista a desintegrar-se, até cogitaram seu cancelamento que não acabou não acontecendo. Para completar o final de semana um tanto conturbado, Mansell, que largara na pole, acabou por completar a corrida empurrado sua Lotus Renault até a linha de chegada para garantir o sexto lugar desmaiando logo em seguida. Foi a última aparição da F1 naquele lugar.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

F1 Battles: Jacques Laffite vs Rene Arnoux, GP da Àustria 1981


Apenas para comemorar a reinauguração de um dos mais belos circuitos em que a F1 já realizou corridas, eis um duelo entre Laffite e Arnoux durante o GP da Áustria de 1981 disputado no veloz circuito de Osterreichring (que já foi chamado de Zeltweg e A1-Ring). A vitória ficou com Laffite, seguido por Arnoux e Piquet.
A sua reabertura será neste domingo com presença de Vettel, Webber, Loeb e de outros tantos que defendem as cores da bebida energética no automobilismo. A pista foi comprada por Dietrich Mateschitz em 2004 e levará o nome de Red Bull Ring. Boa sorte ao novo ciclo deste velho circuito.

terça-feira, 19 de abril de 2011

F1 Battles: Arnoux vs Rosberg vs Bellof vs De Angelis, GP da Bélgica 1984


Visto em primeiro plano, a briga entre Rosberg e Arnoux pela sexta posição posição no GP belga, disputado em Zolder, durou pouco. Arnoux ultrapassou o finlandês da Williams após alguma voltas de intensa batalha. Com um carro mais rápido, o francês com sua Ferrari chegou rapidamente em outra disputa que tinha Bellof e De Angelis duelando pela quinta posição. René não teve dificuldade em ultrapassar os dois contendores, talvez estes com problemas de pneus ou seja lá o que for. Mas o mais belo foi a manobra de Rosberg, que entrou colado no câmbio do Tyrrell de Stefan ultrapassando-o por fora no meio da reta. Keke deslocou-se rápido para a esquerda e mergulhou por dentro para passar De Angelis. Foi uma bela manobra.
Arnoux fechou em terceiro, seguido por Rosberg e De Angelis. Bellof fechou em sexto,mas devido a exclusão de todos os resultados da Tyrrell naquela temporada por ter usado combustível adulterado por todo aquele ano, é Senna quem aparece em sexto com sua Toleman nos resultados oficiais da FIA.

sexta-feira, 18 de março de 2011

F1 Battles: Eddie Cheveer vs René Arnoux, GP de Mônaco 1983

Era a abertura da segunda volta do GP monegasco. Prost e Rosberg haviam abrido grande diferença para o resto do pelotão, pelo fato de Cheever estar mais lento que o normal e por isso reter os outros adversários atrás de si. O ritmo dele era até aceitável, pois a pista ainda estava húmida e por causa da chuva que caíra antes da prova. Um pouco mais atrás vinha Arnoux, abrindo caminho no pelotão após ter despencado de segundo para sétimo. O francês recuperou-se rapidamente saindo da rascasse já em quarto, mas quando tentou a ultrapassagem sobre Cheever na St. Devote acabou por calcular mal a manobra ao subir demais na zebra interna da pista, dando ao piloto da Renault a chance de recuperar a posição na subida do cassino. Fica também o vídeo da largada, onde Rosberg pula de quinto para segundo perseguindo de muito perto o então líder Prost.
Arnoux abandonou a corrida na volta seis após um acidente e Cheever foi até a volta trinta, desistindo por problemas elétricos. Rosberg acabou por vencer com a Williams e Prost foi terceiro, com Piquet chegando em segundo.


quinta-feira, 4 de novembro de 2010

F1 Battles- Rene Arnoux vs Eddie Cheveer, Long Beach 1983

Ótima batalha entre Rene Arnoux (Ferrari 126 C2B) e Eddie Cheveer (Renault RE-30C) pela quarta no GP de Long Beach, em 1983. Inicialmente a disputa fora pela quinta posição, com Arnoux (6º) à pressionar Cheveer (5º). No final de uma das retas do circuito, Arnoux aproveita o vácuo e passa Cheveer que se atrapalha com o Williams de Laffite, que era quarto, e que está lento pela pista. Mais adiante, Cheveer se aproveita de um descuido de Arnoux e o passa, reassumindo o posto. Arnoux, como sempre, não baixou os braços e foi novamente buscar a posição no final da reta "Sheroline Drive".
A corrida daquele ano ficou marcada pela bela recuperação e dobradinha da Mclaren, com Watson em primeiro e Lauda em segundo, já que ambos largaram em 22º e 23º respectivamente. Arnoux fechou em terceiro e Cheveer abandonou quando estava em quinto, por problemas de câmbio.

sábado, 21 de agosto de 2010

Duas jóias de Gilles Villeneuve em Mônaco

Circuito de Mônaco é conhecido por ser um traçado complicado de se ultrapassar, claro, seu layout citadino ajuda para que isto não aconteça com frequência. Mas Gilles Villeneuve sabia e muito bem como fazer isto.
Em 1979, durante uma disputa com Niki Lauda, emparelhou com o austríaco na reta (?) dos boxes efetuando a ultrapassagem antes da entrada da Saint Devote.


A outra foi em 1980, quando perseguia René Arnoux na disputa pela sexta posição. Gilles saiu colado no câmbio do Renault do piloto francês e na entrada da Saint Devote, mergulhou por dentro pegando René no susto. Arnoux teve que abrandar o ritmo para não dar de frente na barreira de pneus. Assim Jan Lammers, que vinha logo atrás, também passou pelo Renault Turbo. Villeneuve fechou aquela prova em quinto e Emerson, que terminou em sexto, marcou seu último ponto e da equipe Fittipaldi na F1.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Os Renaults Turbo- Do sonho ao fracasso

Foi um apresentação tímida, mas notável. No grid de largada do GP da Inglaterra de 1977, mais precisamente da 21ª posição, um carro amarelo cortado horizontalmente por uma faixa preta com o nome Renault fazia sua estréia na F1. Talvez fosse normal aquela estréia, mas tinha algo a mais naquele "Bule de chá amarelo"( apelido dado pelos ingleses por conta dos problemas enfrentados pela Renault com o seu motor): sob a carenagem traseira estava instalado um motor turbo V6 com ângulo de 60° graus, 500 cv de potência e que chegava à 11.000rpm. Ao volante daquele carro estava Jean Pierre Jabouille, que estava no desenvolvimento deste motor desde 1975 e no comando da equipe Gerard Larrousse, um dos ótimos pilotos de endurance da França naquela década. A corrida, porém, foi curta: já na 14ª volta o motor apresentou problemas nos coletores de admissão forçando o abandono de Jabouille. A equipe não correu nas duas provas seguintes - Alemanha e Áustria - voltando nas últimas etapas e não completando nenhuma também por problemas.
O começo realmente não era dos melhores, principalmente para um motor que tinha sido apenas testado exaustivamente por Jabouille durante o ano de 76 todo e não tinha um ritmo de prova ainda. Mesmo assim eles sabiam que estavam no caminho certo, pois o motor era potente demais e era só o tempo de conseguir confiabilidade para os resultados chegarem com força.
Os primeiros passos de um gigante: a prova durou apenas 14 voltas no GP da Inglaterra de 77

Mas a história deste motor remonta à fevereiro de 75 quando a Renault encomendou dois motores de 1,5 litros à Renault-Gordini, a famosa casa de preparação de motores de Amedeé Gordini. Com os motores prontos, a Renault instalou-os nos protótipos Alpine que tinham sido campeões da categora Sport 2 Litros no ano de 74 e agora correriam no Mundial de Marcas. Os Alpine-Renault Turbo se mostraram extremamente velozes em todos os circuitos e só não venceram o campeonato de 75 porque apresentaram vários problemas. Ao menos venceram a prova de Muggelo com Jabouille/Larrousse dividindo o volante do Alpine A441. O título daquele ano ficou com Alfa-Romeo. Mesmo não conseguindo o título, o motor turbo tinha sido a grande vedete daquele campeonato e assim, uma das unidades de 1,5 litro, foi colocado num Alpine monoposto em 1976 para que Jabouille testasse à vontade o ano todo em vista da Renault entrar para a F1 em 77. Eles se aproveitaram do regulamento que permitia o uso de turbocompressores em motores de até 1.500cc e assim, em 14 de julho de 77 eles estrearam na F1.
Larrousse levando o Alpine-Renault Turbo à vitória em Mugelo no campeonato Mundial de Marcas de 1975

No ano de 78 o motor ainda apresentava problemas, mas a medida que o tempo passava eles começaram a concluir as provas como em Mônaco, 5ª etapa, quando Jabouille terminou a prova em décimo, 4 voltas atrás de Depailler que venceu a prova. E Watkins Glen, 15ª prova, ele marcou os primeiros pontos chegando em quarto na mesma volta que o vencedor Carlos Reutemann. Naquele mesmo ano a Renault conseguiu a tão sonhada vitória nas 24 Horas Le Mans com o protótipo Alpine-Renault Turbo pilotado por Jean Pierre Jaussand/ Didier Pironi.
A grande conquista: O Alpine-Renault Turbo enfim consegue sua vitória em Le Mans com a dupla Jassaud/Pironi

Em 79 eles colocaram mais um carro na pista destinado à René Arnoux que assim fazia par com Jabouille. Este último ficou com as honras ao marcar a primeira pole da Renault-Turbo no GP da África do Sul, disputado em Kyalami, e ao vencer o GP da França do mesmo ano em Dijon. Mas sua vitória histórica na França foi, de algum modo, ofuscada por aquela que foi a maior batalha entre pilotos dentro da pista em busca por uma posição estrelada pelo fantástico Gilles Villeneuve, com sua Ferrari, e René Arnoux com a outra Renault. Foi algo que até hoje, por mais que você veja o video milhares de vezes, ainda fique entusiasmado pela disputa limpa entre ambos que se tocavam, travavam pneus, usavam o vácuo um do outro. A batalha foi vencida por Villeneuve que assim tirou a chance da Renault fazer 1-2 na sua grande vitória. Os Renaults Turbo tinham mostrado, enfim, sua força.
Jabouille caminhando para a vitória em Dijon-Prenois, a primeira da equipe e de um turbo na F1

Entre 1980 e 81 a Renault venceu 5 provas com Arnoux e Alain Prost ganhando duas cada  e Jabouille ficando com uma. A Renault ficaria sem os serviços de Jabouille após este ter quebrado as pernas num acidente no GP do Canadá de 1980, quando seu Renault passou reto e bateu de frente num guard-rail.
Outras equipes e fábricas aderiram aos turbos como a Ferrari, BMW e Honda, mas o domínio no campeonato ainda eram das equipes inglesas que se apoiavam nos motores Cosworth e no efeito-solo para enfrentarem os Turbos. Mas os dias dos carros asa estavam contados: a FISA decidira bani-los e isso causou a famosa guerra contra a FOCA que representava as equipes pequenas. Elas sabiam que se perdessem os seu coringa, seriam dominadas pelos carros turbo e nem todas tinham dinheiro suficiene para bancar esta tecnologia. Mas em 1982 o golpe foi duro: vários acidentes causados pelo efeito-solo e a morte de Villeneuve, que teve ligação imediata ao uso deste quando seu carro decolou em Zolder, mostraram que a FISA estava certa e para tentar acabar com este perigo crescente a entidade proibiu seu uso para 83. Assim em 82 foi o último ano dos carro-asa. 
A Renault esteve perto de conseguir o título, mas problemas entre Prost e Arnoux azedaram esta chance de vencer o campeonato e Keke Rosberg com sua Williams-Cosworth, levaram o mundial de 82. Foi o último título da gloriosa fase da Cosworth na F1.
Prost com sua Renault em Dijon 1982. Ele deveria ter vencido esta prova, mas Arnoux ignorou um combinado entre eles e venceu a corrida. Azar de Prost

Outra chance para a Renault apareceu em 83 quando Prost esteve perto de conseguir o título, mas perdeu-o para Piquet com sua Brabham na última prova do campeonato disputado na África do Sul. O mais doloroso de tudo foi que a Renault, a primeira equipe a usar turbo na F1, tinha sido derrotada pela BMW que tinha desenvolvido o turbo no seu motor de 4 cilindros em linha. Mesmo com a suspeita de a equipe Brabham usava gasolina ilegal, a derrota tinha deixado uma ferida que não cicatrizaria nunca mais.
Prost vencendo em Spa 1983. Ele perderia o mundial daquele ano para Piquet com sua Brabham-BMW Turbo

Em 1984 e 85 a Renault ainda tentou algo com sua dupla de pilotos, Patrick Tambay e Derek Warwick, mas sem conseguir repetir os feitos de um passado não tão distante. Outras fábricas tinham passado à sua frente como por exemplo a BMW, que chegou a desenvolver um motor com 1.275 cv de potência para a Brabham em treinos de classificação e outro de 860cv para corridas. A Honda e a TAG Porsche também estavam bem adiantadas.
Ao final de 1985, numa altura em que a Renault também fornecia motores a Lotus, decidiu sair de cena. Eles alegavam problemas financeiros, mas sabiam todos que os dissabores por não ter conquistado aqueles dois mundiais tinham sido fundamentais para aquele desfecho.
François Hesnault no terceiro carro da equipe em Nurburgring 1985. Ele abandonou na 8ª volta e seus companheiros, Tambay e Warwick, tiveram destino semelhante. No final do ano a equipe saiu de cena

A Renault ainda preparou motores para a Lotus, onde um motor de 1.240 cv foi usado por Senna nos treinos de classificação em 85 e 86, e Tyrrel. Ao final de 86 eles sairam de vez da F1.
A era turbo continuou até 88 quando a Mclaren, em parceria com a Honda, massacraram os concorrentes que estavam usando motores aspirados de 3.500cc. A FISA decidiu, em 87, que em dois anos os motores turbo seriam tirados de cena da F1 e assim as equipes foram, aos poucos, se adequando ao novo regulamento. Já em 89 todos os carros tinham motores aspirados.
A Renault voltou em 89 fornecendo os famosos motores V10  para a Williams e esta parceria rendeu 5 títulos de construtores e 4 de pilotos com a equipe do tio Frank e mais 1 de pilotos e construtores com a Benetton em 95. Sairam de novo de cena em 98 para voltar em 2002 com a equipe própria. Venceram os mundiais de 2005 e 2006 com Alonso, mas nenhum destes títulos cicatrizou aquelas perdas de 82 e 83 quando já estavam praticamente garantidas.
O motor Renault Gordini Turbo

 Vídeo de um teste em 2007 no circuito de Dijon, quando testaram o Renault RS01 de 1977 com a presença de René Arnoux.

Foto 1039 - Bernd Rosemeyer, Roosevelt Raceway 1937

  (Foto: Adam Gawliczek)  Um momento de descontração antes do embate dos europeus vs americanos pela 13ª edição da Vanderbilt Cup, realizada...